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sexta-feira, 11 de abril de 2014

Presidente da Petrobras falará sobre denúncias em audiência pública na terça


Em audiência em maio de 2013, Graça Foster falou da confiança dos investidores na empresa
Em meio ao impasse quanto à criação de uma CPI para investigar a Petrobras, a presidente da estatal, Graça Foster, confirmou sua presença no Senado, na próxima terça-feira (15), para falar de denúncias como a que envolve a compra da refinaria de Pasadena, nos EUA. Audiências previstas com Graça Foster e o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, chegaram a ser canceladas com a insistência da oposição de instalar uma CPI exclusiva para apurar as denúncias.

Graça Foster será ouvida em audiência pública conjunta das Comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA). A iniciativa de organizar a reunião foi do presidente da CAE, senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que diz ter ouvido da executiva o desejo de conversar com os senadores. Nas duas comissões, há requerimentos para que ela seja ouvida.

A pressão por uma investigação da Petrobras começou com a revelação de que a compra da refinaria de Pasadena, em 2006, teria causado prejuízo de cerca de US$ 1 bilhão e que o negócio fora aprovado por Dilma Rousseff, então presidente do Conselho de Administração da empresa.

Além da compra de Pasadena, os oposicionistas querem investigar denúncias de propina para obtenção de contratos; procedimentos que podem ter comprometido a segurança de trabalhadores e  de plataformas; e o custo de refinarias em construção no Brasil.

A disputa se dá porque o governo pressiona pela criação de uma CPI mais ampla, que investigue também supostas irregularidades nos metrôs de São Paulo e do Distrito Federal e no Porto de Suape, em Pernambuco. É essa CPI ampliada que foi aprovada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado (CCJ) na última quarta-feira (9).


Há, ainda, a expectativa por uma decisão liminar do Supremo Tribunal Federal sobre o tema, já que governo e oposição entraram com mandados de segurança para fazer valer seus pedidos. A relatora das duas ações na Corte é a ministra Rosa Weber.

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