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segunda-feira, 28 de julho de 2014

ESTRANHAS CONFABULAÇÕES


Mergulhou fundo em estranhas confabulações o relatório do TCU sobre a aquisição da refinaria de Pasadena. Saiu ensopado, mas saiu como o governo queria, nada respingando para o lado do Conselho de Administração. Ou seja, para o lado da presidente Dilma, que, à época da inconcebível compra, pilotava o órgão de aconselhamento superior da estatal.

O jornal O Estado de São Paulo informa, na edição do dia 25 de julho, que o ministro do TCU José Múcio Monteiro, na segunda-feira 21, dois dias antes da sessão de julgamento, esteve reunido em São Paulo com o ex-presidente Lula. Segundo o ministro, foi uma visita para matar saudade e jogar conversa fora. Para Lula, nem isso. Jacaré não vai para o céu e Lula sabe muito bem o motivo. Recusou-se a comentar o assunto. Para as fontes do jornal, no entanto, o encontro efetivamente ocorreu como parte de uma investida do governo para blindar a presidente e evitar danos à sua imagem quando ela está em plena campanha para suceder a si mesma. Até o início da semana havia a expectativa de que o relator do processo, ministro José Jorge, indicaria responsabilidade de Dilma em virtude de sua posição no Conselho à época dos fatos.

Transcrevo parte da matéria: "Após a conversa com Lula, o ministro do TCU procurou os colegas e ponderou que responsabilizar Dilma neste momento pré-eleitoral seria politizar demais o caso, além de repetir a defesa do governo de que a presidente votou a favor da compra da refinaria com base em resumo incompleto sobre o negócio. Um ministro, ouvido pelo Estado sob a condição de anonimato, relatou que até uma vaga no Supremo Tribunal Federal foi mencionada. A votação foi unânime". Noutra parte da mesma matéria, lê-se: "Lula sinalizou que até mesmo cargos em um eventual segundo mandato de Dilma poderiam ser usados como elemento de convencimento dos ministros".

No dia 23, enquanto os corredores se agitavam e os celulares esquentavam as orelhas, o ministro Benjamin Zymler pediu vistas ao processo. O pedido, formulado com intuito preventivo, foi imediatamente retirado quando se evidenciou que a maioria dos membros da corte se inclinava em favor da não inclusão da presidente. Nesse mesmo sentido, aliás, posicionou-se o relator, ministro José Jorge, no voto que proferiu. Decisão unânime.

A questão que fica no ar, sem possibilidade de resposta conclusiva, é a seguinte: a deliberação do TCU foi influenciada, ou não, pelo que ocorreu nos bastidores? O que sim, se sabe, é que as fontes do Estadão relatam algo que, desgraçadamente, se torna muito verossímil porque tem toda a cara do Brasil que, a cada dia, mais e melhor conhecemos.


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Percival Puggina (69) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões, integrante do grupo Pensar+ e membro da Academia Rio-Grandense de Letras.

Para salvar o planeta produza mais CO2, diz físico matemático

Por Luis Dufaur
Frank J. Tipler, professor de Física Matemática na Universidade de Tulane:    sem CO2, os seres vivos desapareceriam.
Frank J. Tipler, professor de Física Matemática na Universidade de Tulane: 
Sem CO2, os seres vivos desapareceriam.
Frank J. Tipler , professor de Física Matemática na Universidade de Tulane e co-autor de “The Anthropic Cosmological Principle” e outros livros, esclareceu um dado elementar: o CO2 é o primeiro e mais importante alimento das plantas. E estas são o elo primordial da cadeia da vida.

O CO2 é a fonte de carbono para a química orgânica. Sem ele, os seres vivos desapareceriam.

Quanto menos CO2 no ar, menos as plantas o sintetizam. Em consequência, menor será a massa vegetal e menos alimento haverá para os animais, e obviamente para os humanos.

Eliminado o CO2, morre toda a biosfera. Mas, a histeria ambientalista trata esse gás benéfico como um “tóxico” perigoso para a Terra.

As plantas eram muito mais produtivas quando, em época longínqua, o CO2 atingiu 0,1 % da atmosfera, escreveu Tipler. Depois, essa proporção caiu para 0,02% e hoje gira em volta 0,0379%.

O CO2 está na base da cadeia alimentar.
O CO2 está na base da cadeia alimentar. Plantação de girassol.
O ser humano, agricultor inteligente, percebeu há milênios a necessidade que tem os vegetais de CO2.

Por isso, começou a aplicá-lo nas plantações na forma de adubo orgânico, e, depois, químico.

O homem tira proveito também dos imensos depósitos de carbono existentes no subsolo em forma de carvão mineral, petróleo e gás.

E depois de trazê-lo à superfície o converte em CO2. Isso eleva a proporção do CO2 na atmosfera e favorece os desenvolvimento dos vegetais.

A tentativa de reduzir a proporção de CO2 na atmosfera não só não salva a Terra, mas é contraproducente para a biosfera. “É um ato profundamente mau”, escreveu Tipler.

Paul Krugman: quem se opõer aos planos anti-CO2 faz “traição contra o planeta” e "deve ser detido a todo custo!" Para Tipler, Krugman está desligado da realidade.
Paul Krugman: quem se opõe às leis anti-CO2 faz 
“traição contra o planeta” e "deve ser detido a todo custo!" 
Para Tipler, Krugman está desligado da realidade.
Mas nem o bom senso nem as matemáticas fazem efeito nos fundamentalistas "verdes". O Prêmio Nobel de Economia Paul Krugman qualificou a oposição ao projeto de lei do presidente Obama que visa reduzir o CO2 de “traição contra o planeta”!

É um dos exemplos mais aberrantes de certo fanatismo ambientalista desligado da realidade, comentou Tipler.

Krugman ainda postulou que “aqueles que não querem reduzir o uso de combustíveis fósseis são inimigos mortais da biosfera. Devem ser detidos a todo custo!”

Tipler explicou que Krugman presume que as condições climáticas de há um século eram as “naturais” e não devem ser mudadas. Mas não faz idéia do que está falando.

Krugman usa um critério subjetivo para denunciar a humanidade e a civilização. Esse posicionamento arbitrário, anti-histórico e danoso é considerado “progressista” pela mídia que concede largos espaços para o excitado economista e abafa a voz dos cientistas prudentes.



O DESPUDOR DO LULOPETISMO

Por Nilson Borges Filho

Duas notícias publicadas pela chamada grande imprensa merecem uma análise mais apurada, para, no mínimo, se colocar as coisas nos seus devidos lugares. O banco Santander, de bandeira espanhola, encaminhou aos clientes das agências Select uma informação que é de domínio público: se Dilma subir nas pesquisas haverá uma movimentação para baixo dos indicadores econômicos e, sendo assim, os investidores com aplicações no Santander Select devem procurar os gerentes de seus investimentos para um realinhamento.

Simples assim. Essa informação deve ser lida, considerando que: primeiro, o banco não fez uma declaração urbi et orbi, apenas alertou seus clientes, a quem deve fidelidade, o que o futuro reserva para os seus investimentos; segundo, o banco não especulou cenários possíveis, pois o que consta do comunicado do Santander são fatos reais e conhecidos por todos aqueles que têm o hábito da leitura de jornais e revistas ou pelos que acompanham noticiários das tevês.

O banco Santander, como instituição privada e apartidária, tem todo o direito em preservar o dinheiro aplicado por seus clientes e avaliar o humor do mercado, oferecendo caminhos para minimizar eventuais perdas dos investimentos da clientela, em decorrência de pesquisas eleitorais. A bem da verdade, Lula já se utilizou de indicadores econômicos favoráveis para fazer proselitismo eleitoral, sem o mínimo pudor. Aliás, pudor é o tipo de comportamento que não agrega à personalidade do ex-presidente em exercício.

O que se viu, depois do comunicado do Santander, foi uma forte pressão sobre o banco com acusações rasteiras de que estaria promovendo campanha em favor de outros candidatos de oposição. O Santander soltou nota dizendo que não está em campanha por determinados candidatos em detrimento da candidatura oficial e que se desculpava com os clientes pelo mal entendido. Para dar certo sossego a si próprio, fez chegar a direção do PT  que havia demitido todos os funcionários envolvidos no episódio.

A rigor, a direção petista intimou o banco a cortar algumas cabeças. O presidente nacional do PT, deputado Rui Falcão, cheio de si, vibrou com a quantidade de cabeças que rolaram no Santander. Pura hipocrisia, senão veja-se: enquanto o banco Santander estava sendo defenestrado por “petistas éticos” por estar favorecendo candidatos da oposição, o Banco Central, instituição pública, informava urbi et orbi que estava colocando à disposição do setor bancário 30 bilhões de reais com impacto imediato no mercado de crédito. Ao longo do tempo as cifras podem chegar a 45 bilhões.

Com tal “bondade”, o Banco Central permite que aumente o crédito para que o populacho continue consumindo. Ora, não é necessário um diploma de economista para concluir que essa medida tomada pelo Banco Central tem uma conotação eleitoreira para favorecer a candidata Dilma Rousseff que, mal das pernas, desce ladeira abaixo nas intenções de votos, principalmente pela política econômica desastrada do seu governo.

Quer dizer: o Santander, ao querer preservar os investimentos dos seus clientes, segundo os petistas, estava em campanha para as candidaturas da oposição.  E o Banco Central, com a liberação de 30 bilhões de reais  dos contribuintes está fazendo o quê? A hipocrisia  do lulopetismo e a falta de pudor dos seus agentes são de embrulhar o estômago. É a política no nível do esgoto.




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Nilson Borges Filho é mestre, doutor e pós-doutor em Direito e articulista.

"O AUTO DE DILMA, A COMPADECIDA"

Por Celso Arnaldo Araújo

Eu diria que o nome de Suassuna, no Twitter de Dilma, foi “assassuanado”. Dilma não perdoa: é serial killer, feroz e implacável, de palavras, nomes, termos, ditados, ditos, máximas, aforismos – enfim de tudo o que se chama, se diz, se fala e se escreve. Aliás, repare na tuitada: para ela, Auto da Compadecida é livro – não uma peça de teatro.

É uma Dilma que não falha nunca: a Dilma Compadecida.

Assim como Quarta-feira de Cinzas se segue à terça-feira de Carnaval, Dilma Compadecida sobrevoa áreas inundadas em qualquer parte do Brasil, com ar compungido, captado, na janelinha, pelos cinegrafistas do Planalto – louca para voltar à secura de Brasília, onde absolutamente nada será feito para minorar o sofrimento das vítimas e evitar outra tragédia na próxima enchente. Além das promessas encharcadas de sempre.

E essa previsibilidade de falsos compadecimentos se materializa numa segunda frente: o obituário de personalidades, na forma de notas de pesar sistemáticas assinadas pela presidente.

Não faz isso por desejo dela, é claro, mas instruída pela marquetagem do Palácio, que conhece bem o impacto popular causado por uma presidente solidária na morte e na vida, e severa – não Severina.

Dilma, por certo, não conhece ou mal conhece a maior parte dos pranteados nas notas oficiais. Mas finge conhecê-los com intimidade quase familiar, nas mensagens escritas por assessores que ela avaliza com a chancela da Presidência.

Quando morreu Dominguinhos, escreveram para ela assinar:

“O Brasil perdeu ontem José Domingos de Moraes, o Dominguinhos”.

Nem o mais apaixonado fã da música de Dominguinhos jamais ouviu ou leu seu nome de batismo citado na íntegra – muito menos Dilma. Mas o obituarista do Planalto, por um instante, se transformou em escrivão de cartório de registro.

Não é de Dilma, mas tudo parece ter um toque de Dilma, em seu desprezo pela lógica e pelo sentido das coisas, mesmo a sete palmos do chão.

O mais famoso obituarista da imprensa brasileira, Antônio Carvalho Mendes, o Toninho Boa Morte, escreveu necrológios para o Estadão por quase 40 anos ─ até que um colega escrevesse o dele, na mesma seção. Apesar da rotina mortal, tinha recursos estilísticos para, de vez em quando, sair do terreno raso das platitudes necrológicas. Num intervalo de meses, faleceram Julio de Mesquita Filho e seu filho, Luiz Carlos Mesquita. Toninho começa assim o obituário deste: “Mais uma vez, a morte entrou-nos porta adentro”.

A criatividade, mesmo parnasiana, não é um auto de Dilma Compadecida. Ela assina notas fúnebres feitas à sua imagem e semelhança, enterrando, de cara, qualquer chance de inteligência, sinceridade e oportunidade.

Começa sempre com um clichê terminal – que, em alguns casos, afronta o próprio talento do falecido, como no mais recente, antes de “Suassuana”.

“A literatura brasileira perde um grande nome com a morte de João Ubaldo Ribeiro”.

Outras aberturas de mensagens de pesar atribuídas a Dilma, extraídas da seção “Notas Oficiais” do Portal do Planalto:

“O Brasil sofre uma profunda perda com a morte de João Filgueiras Lima, o Lelé, um dos nossos mais brilhantes arquitetos”.

“É com sentimento de profunda tristeza que recebo a notícia da morte do cantor Jair Rodrigues”.

“Foi com tristeza que soube da morte de dom Tomás Balduíno, incansável lutador das causas populares”.

“Foi com tristeza que soube da morte do escritor colombiano Gabriel García Márquez”.

“Foi com tristeza que tomei conhecimento da morte de José Wilker”.

“Foi com tristeza que tomei conhecimento da morte do senador João Ribeiro”.

“Foi com tristeza que recebi a notícia da morte do amigo e companheiro Jacob Gorender”.

“Foi com pesar que soube da morte de Norma Bengell, uma das principais atrizes do cinema brasileiro”.

Por sorte, não escreveram Benguel – como era costume em parte da imprensa.

Mas Ariano, acredito, ficará uma onça com o Suassuana de Dilma.


Hezbollah: O Partido de Deus?

Por Carlos I. S. Azambuja
Hezbollah-Argentina 
O Hezbollah utilizou distintas denominações, objetivando confundir os Órgãos de Inteligência ocidentais: Jihad Islâmica (quando de objetivos ocidentais no Líbano); Resistência Islâmica (quando os objetivos eram israelenses); e outras denominações ocasionais, como Organização para a Justiça Revolucionária, Organização dos Oprimidos da Terra, ou Jihad Islâmica para a Libertação da Palestina.

HEZBOLLAH: significa "Partido de Deus". Foi constituído em 1982 por um grupo de libaneses muçulmanos xiitas, quase todos clérigos. Recebe suporte ativo do Irã - orientação ideológica e fundos financeiros. Seu objetivo é criar um Estado Islâmico no Líbano, além de estimular a destruição de Israel. Opera a partir do Vale do Bekah, no Sul do Líbano. Por meio de seu braço armado, a JIHAD ISLÂMICA, é responsável por inúmeros atentados e mortes dentro e fora de Israel. É, certamente, um dos grupos mais eficazes e poderosos, com extensas ramificações na Europa, África e Américas do Norte e Sul.

Em julho de 1993, enquanto negociava a paz em segredo com a Síria, Israel lançou contra o Hezbollah a "Operação Ajuste de Contas", que consistiu no bombardeio de aldeias e cidades situadas em uma faixa de segurança de 14 quilômetros no Sul do Líbano, criada em 1985.

Em fins de julho de 1993, o saldo dessa Operação era de 86 mortos, 480 feridos e 360 mil libaneses deslocados dessa região para Beirute. Tudo isso entre o fogo cruzado dos israelenses e dos membros do Hezbollah, que dispunham de mísseis soviéticos Katiushka.

Com se sabe, a "Operação Ajuste de Contas" não trouxe qualquer resultado prático para Israel. Ao contrário, desencadeou uma série de críticas internas e a repulsa internacional.

O Hezbollah surgiu da fusão de dois grupos: o partido islâmico pró-Síria "Amal" (que significa Esperança), dirigido por Hussein Musawi, primo de Abu Abbas - dirigente do Hezbollah até sua morte em mãos de um comando israelense -, e um grupo originário do Vale do Bekah, dirigido por Subbi Tufaili.

O Vale do Bekah, ao Sul do Líbano, contava, na época, com a proteção das tropas sírias. Sua economia consistia nos cultivos mais importantes do mundo, a papoula, de onde é extraído o ópio, e do haxixe. Na região estava instalada uma plataforma síria de lançamento de mísseis.

O grupo xiita representa 30% da população do Líbano, e é considerado o mais radicalizado da maioria muçulmana do País. Esse grupo, a partir da revolução iraniana tentou criar um Estado regido pelas leis islâmicas e expulsar do País a minoria cristã. Sua política com relação aos habitantes do Sul do Líbano era similar à desenvolvida atualmente pela guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC): em regiões onde o Estado não existe auxiliam as populações desassistidas e impõem a "sua lei".

Em outubro de 1983, o Hezbollah realizou sua primeira operação terrorista: um caminhão-bomba dirigido por um militante-suicida foi lançado contra um quartel da Infantaria de Marinha dos EUA, perto do aeroporto de Beirute, causando 241 mortes. Pouco tempo depois, outro caminhão foi lançado contra um quartel das tropas francesas, também em Beirute, deixando 58 vítimas.

Após cada atentado o Hezbollah comunicava-se com a imprensa, reivindicavam a ação e enviavam uma série de fotos dos quartéis, obtidas antes dos ataques, revelando que havia sido realizado um prévio levantamento dos alvos.

Na lista de atentados do Hezbollah, os mais importantes são os seguintes: quartel do exército israelense na cidade de Tiro, no Líbano, em 4 de novembro de 1983 (60 mortos); embaixadas da França e EUA no Kwait, em 12 de dezembro de 1983 (7 mortos); anexo da embaixada dos EUA em Beirute em 21 de setembro de 1984 (23 mortos); embaixada dos EUA em Beirute em 8 de abril de 1993 (63 mortos);

Todos esses ataques foram reivindicados pelo Hezbollah que, além disso, realizou uma extensa série de seqüestros e atentados individuais, como a tomada da embaixada dos EUA no Irã durante 444 dias, em novembro de 1979; o assassinato de Malcolm Kerr, presidente da Universidade Americana em Beirute, em 18 de janeiro de 1984; o seqüestro do jornalista Jeremy Levin, da rede CNN, em 7 de março de 1984; o seqüestro do vôo 221, com destino a Teerã, em 3 de dezembro de 1984, durante o qual dois oficiais do Departamento de Estado dos EUA foram mortos; o seqüestro, em Beirute, do jornalista Terry Anderson, em 16 de março de 1985; atentado a bomba na sinagoga de Copenhague, em 22 de julho de 1985; uma série de atentados a bomba em Paris, no mês de setembro de 1985, deixando 9 mortos; o seqüestro de quatro professores do University College, em Beirute, em 24 de janeiro de 1987.

Nessas ações terroristas, o Hezbollah utilizou distintas denominações, objetivando confundir os Órgãos de Inteligência ocidentais: Jihad Islâmica (quando de objetivos ocidentais no Líbano); Resistência Islâmica (quando os objetivos eram israelenses); e outras denominações ocasionais, como Organização para a Justiça Revolucionária, Organização dos Oprimidos da Terra, ou Jihad Islâmica para a Libertação da Palestina.
Embora o Alcorão proíba o suicídio, a morte dos condutores de carros-bomba é justificada pelo Hezbollah sob a alegação de que o resultado é equivalente ou excede a perda da alma do suicida.

As divisões internas no Hezbolah se acentuaram a partir de 1989. No Congresso realizado em 1991, Abbas Musawi foi eleito dirigente máximo do grupo. No entanto, foi assassinado logo depois, em fevereiro de 1992, por um comando israelense. Essa morte foi assinalada por alguns como motivadora do atentado a bomba à embaixada de Israel em Buenos Aires, pouco menos de um mês depois.

Hoje o Hezbollah encontra-se também instalado na Argentina e Venezuela.

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Carlos I. S. Azambuja é Historiador.

O PENICO ESTÁ NA SALA

Por Ignácio José de Araújo Mahfuz

Engodo, traição, desmandos, mentiras, incompetência, incapacidade, demagogia, deslealdade, hipocrisia, injustiça e corrupção sempre existiram.

Desde priscas eras.

A história está repleta de exemplos.

Segundo a Bíblia, Eva, no paraíso, foi corrompida com uma maçã.

Com uma inocente e frugal maçã.

Continuando nas páginas bíblicas, o próprio Jesus Cristo, desde Herodes até Pilatos, passando pelos trinta dinheiros do Judas, foi levado ao Calvário devido à inveja e a injustiça.

Impérios poderosíssimos, como o grego e o romano, ruíram em função do deterioramento e do aviltamento dos mais elementares valores éticos e morais do ser humano.

Na França, em 1789, quando a plebe se fartou do pão e do circo oferecidos pela corte, a Bastilha caiu.

Não faltam exemplos na história da humanidade.

No Brasil, ao longo dos "500 anos", são corriqueiros os casos e causos de atos ilícitos e pouco recomendáveis.

Já no início, quando do descobrimento, o escriba oficial da esquadra de Cabral, Pero Vaz de Caminha, entre as loas que escreveu sobre a nova terra, dizem, fez um pedido ao rei de Portugal, em favor de um parente seu.

Daí em diante...

Daí em diante, os nossos índios, iludidos, literalmente, "entregaram o ouro" em troca de bugigangas, cachaça e quinquilharias.

Hoje, os "índios", miseráveis, fruto dos "catecismos", formam "nações", "territórios" e "reservas".

Todas riquíssimas.

É a evolução...

Mais modernamente, outros (e muitos) "patriotas" vendem-se a peso de ouro e dólares, de preferência depositados no exterior.

Em decorrência disso, as "caixas-dois" e as "mordomias" podem ser consideradas coisas "inocentes", de principiantes, já fazendo parte do passado.

Antes tudo era feito às escondidas, sorrateiramente, por baixo do poncho, nas moitas, nas macegas, lá atrás das bananeiras...

Hoje, o despudor, a falta de vergonha, de moral e de ética são tão grandes que tudo está sendo feito às claras, de forma escancarada, descarada e impunemente.

Colocaram o penico na sala e, ali, ele é usado despudoradamente.

A "coisa" ficou explícita, virou rotina.

É a sala repleta de penicos...

Quem são os "donos" da casa?

Quem manda e desmanda?

Os bancos? As redes de televisão? A globalização? A imprensa (de todas as cores e tamanhos...)? As multinacionais? A CUT? Os sindicatos? Os "Neoliberais"? Os cartéis? O MST? O FMI? A bandidagem? As Igrejas? Os oligopólios? Os fisiológicos e interesseiros politiqueiros? Quem mais?

Todos, todos estão mandando e mamando, menos, infelizmente, o "povão", a esmagadora maioria da operosa e sofrida população brasileira, a qual, cada vez mais desesperançada, espoliada, enganada e aviltada, dia após dia, pacote após pacote, escândalo após escândalo, eleição após eleição, vê, por enquanto impassível, os valores éticos e morais desta grande Nação serem transformados em "enchimento de penico".

Até quando esse descalabro?

Até quando o penico continuará na sala?


Fonte: TERNUMA


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Ignácio José de Araújo Mahfuz é Engenheiro Agrônomo.

UM PAÍS DE FUTURO INCERTO E DUVIDOSO

Por Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira

Brasília, DF, 27 de julho de 2014

Numa rápida análise, quando olhamos a imensidão do território nacional, as suas inúmeras riquezas minerais, a existência de uma única língua, a ausência de confrontos internos e de hecatombes e uma série de outras obviedades, qualquer indivíduo de curta inteligência poderia afirmar que um dia o País estaria entre as grandes nações.

Recordamos que na década de 40 do século passado, a alcunha de "País do Futuro", criada por Stefan Zweig, escritor, romancista, poeta, jornalista e biógrafo austríaco de origem judaica, se tornaria um apelido para o Brasil..

Como tantos, imaginávamos que apesar de carnavalescos, jeitosos ao absurdo, amantes dos feriados, com damas de imenso traseiro e sensual rebolado, iríamos futuramente nos destacar entre as grandes potencias.

Contudo, lá vamos nós aos trancos e barrancos.

Por quê? Não somos sérios? Só Deus sabe.

Fomos a última nação da América do Sul, quiçá do mundo, a abolirmos a escravidão. Idem, com o Plano Real, fomos o último país da área a vencer a inflação galopante que assolava em particular a região Sul.

Lembramos que em priscas eras o Brasil foi um dos batalhadores pela criação do Estado de Israel, e um dos primeiros países a reconhece-lo em 1949.

Hoje, nos bandeamos para o outro lado, somos contra Israel e, portanto, favoráveis às muçulmanas entidades terroristas.

Para os israelenses hoje somos um “anão diplomático”, um arremedo que acredita ser a porta-voz do comunismo e defensores do Hamas, do Hesbollah, do Jihad, das FARCs e outras organizações terroristas. Nada a estranhar, pois temos paixão pelos nossos honoráveis terroristas.

Acreditamos que a repulsa de Israel para as providências nacionais em relação aos seus últimos confrontos com os palestinos, não decorra apenas dos atuais destemperos, pois as relações exteriores de Israel devem ter acumulado com ojeriza uma série de procedimentos da nossa política externa, que através da abominável diplomacia do ex-presidente cerrou simpatias com outras ditaduras e com o ex-presidente do Irã, aquele que afirmou que o “holocausto não existiu”.

Assim, em diversas oportunidades, ficou nítida a intenção do Brasil atual em desmoralizar o estado israelense.

Acreditamos que a contundente resposta de Israel traduziu a sua revolta por várias posturas nacionais, que explicitamente atacavam aquele governo.

Portanto, quando analisamos as razões de não atingirmos no cenário internacional uma posição de destaque, verificamos que somos sadomasoquistas e, seguidamente, pela má escolha de nossos representantes, damos tiros em nossos pés.

Sabemos que no início deste século, as oportunidades para o desenvolvimento econômico do País foram auspiciosas, tanto que apesar das péssimas gestões, conseguimos alguns índices favoráveis em nosso PIB, mas nada mais do que o da maioria dos BRICs, e, pelo contrário, com as proverbiais incompetências, ficamos na sua rabeira.Contudo, a seguir foi tal o marcar passo econômico, que hoje se discute se estamos ou não entrando em recessão.

Ao que tudo indica, se a neurônio for reeleita, continuaremos a ser um País de futuro incerto e duvidoso, e como declarou à época o embaixador brasileiro na França, Carlos Alves de Souza, “O Brasil não é um país sério”, confirmando que seremos o “eterno País sem seriedade”, do navio que não navega, do trem - bala invisível, do abominável Doutor Honoris Causa, do...



Dilma, Lula, Petismo e Parceiros, são isto. E aí?



Eles mesmo o dizem, não tem porque duvidar. 
Depois das eleições de 2014, já sabe o que os espera. 

Votar no PT e Parceiros, é o caminho seguro para ser um puro escravo, 
sua vida vai virar um inferno.

"VEIAS ABERTAS DA AMÉRICA LATINA"


No Correio do Povo do dia 20 deste mês, o jornalista Juremir Machado da Silva recordou o quanto era difícil, nos anos 80, encontrar nas bibliotecas exemplares do livro Veias Abertas da América Latina. Esse era o livro mais indicado pelos professores e mais procurado pelos alunos. E continua muito recomendado, ao que me informam. Malgrado seja um amontoado de asneiras, Veias Abertas tornou-se o texto introdutório ideal da pregação marxista, objetivo primeiro de grande parte do mundo acadêmico nacional.

Talvez ninguém expresse melhor do que o próprio autor o que acabei de afirmar a propósito de seu louvado trabalho. No dia 11 de abril passado, o uruguaio Eduardo Galeano concedeu uma entrevista em Brasília. Ele era o homenageado da 2ª Bienal do Livro e da Leitura. O destaque que recebia tinha tudo a ver, por certo, com a popularidade que lhe adveio desse livro (alguém conhece outra obra de Galeano?). Na entrevista, com todas as letras, ele declarou: "Veias Abertas tentou ser um livro de economia política, só que eu não tinha ainda a formação necessária. Não estou arrependido de tê-lo escrito, mas é uma etapa superada. Eu não seria capaz de ler de novo esse livro. Cairia desmaiado. Para mim, essa prosa de esquerda tradicional é chatíssima. Meu físico não aguentaria. Teria que ser internado em Pronto-Socorro. 'Tem alguma cama livre', perguntaria".

Nesse trem do qual Galeano já saltou fora ainda existe muita gente embarcada, com o livro dele na mochila. Pois bem, para quem leva Veias Abertas a sério, Cuba vive, há 55 anos um modelo mais do que perfeito. Todo o patrimônio das espoliadoras empresas norte-americanas caiu, de um dia para o outro, nas mãos do Estado cubano sem que o Estado tivesse que pagar um centavo por ele, cessando, também, a remessa de qualquer lucro. Dois anos mais tarde, Fidel estabeleceu com a URSS uma aliança altamente vantajosa: os soviéticos passaram a lhe prestar ampla ajuda técnica, militar e científica, se responsabilizaram pelo seu superávit comercial comprando açúcar e níquel cubano a preços superiores aos de mercado e vendendo seus produtos a preços inferiores aos de mercado. Um negócio da China, segundo o qual o regime não só fechou suas veias como cravou a seringa na artéria dos russos.

Contudo, para absoluto espanto, malgrado a massiva expropriação que procedeu, malgrado as veias fechadas, malgrado quase três décadas favoráveis no balanço hematológico com a URSS, malgrado 55 anos de um padrão de consumo que faria padecer um monge franciscano, Cuba é, ainda hoje, um país tão pobre quanto você imagina um povo obrigado a enquadrar suas necessidades numa renda mensal inferior a 12 dólares e onde as atividades mais estimuladas batem num teto de 30 dólares. Um exército de policiais e informantes vigiam a vida privada e coontrolam o procedimento, nas ruas, dessa multidão de carentes.



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NOTA: Atendendo muitas solicitações, para mais fácil uso pelos leitores que o desejam reproduzir, transformei em artigo dois textos anteriores sobre esse tema .

A verdade sobre as terras indígenas no Brasil



Nesse surpreendente documentário, é revelado a verdade e os problemas sobre as Terras Indígenas Brasileiras e o oprimido povo indígena, escravos do Estatuto do Índio de 1970, da Constituição de 1988 e da FUNAI, onde uma civilização inteira está proibida de se civilizar para atender a interesses de poucos brasileiros e muitos estrangeiros.