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segunda-feira, 5 de maio de 2014

Pronunciamento de Dilma feriu Lei Eleitoral e Lei de Improbidade Administrativa


A oposição decidiu recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral contra o pronunciamento feito pela presidente Dilma Rousseff na quarta-feira, 30 de abril, por ocasião do Dia do Trabalho. Vamos ver o que vai dizer o tribunal. Parece evidente que se tratou de um abuso — e não porque ela tenha anunciado o reajuste do Bolsa Família e da tabela do Imposto de Renda. Isso é o de menos. Ninguém espera que a presidente deixe de fazer o que está a seu alcance e é de seu ofício porque isso pode beneficiá-la eleitoralmente. Ações assim são parte do jogo.

A ilegalidade está em outro lugar. Mais de uma vez, ela se referiu aos telespectadores e ouvintes como eleitores; mais de uma vez, falou de uma parceria que, estava claro, não se estenderia apenas até dezembro deste ano, quando termina seu mandato, mas além. E isso significa uso da máquina pública em favor de um partido político, de uma candidatura. Uma coisa é Dilma anunciar medidas que beneficiem estes ou aqueles; outra, diferente, é atrelar essas medidas a um projeto político.

E ela fez isso, especialmente quando reduziu e resumiu seus críticos a supostos defensores do “quanto pior, melhor”. Estava na cara que se referia aos que lhe fazem oposição. E esse direito ela também não tem. Se a máquina do estado é empregada para que a petista Dilma Rousseff se refira desse modo aos partidos de oposição, estes, ora vejam, deveriam dispor do mesmo tempo, então, para se defender e apontar os erros de Dilma Rousseff. E que se note: acusar alguém de apostar no “quanto pior, melhor” não é apontar um erro, mas acusar o outro de má-fé.

A coisa não para por aí, não. Parece-me evidente que o pronunciamento de Dilma fere também a Lei 8.429, que é a Lei da Improbidade Administrativa.

Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:
(…)
II – permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie.

Encerro


Acho que está claro que Dilma fez precisamente isso. Ponto.

Aécio desmente discurso marqueteiro do PT.

Acima, Aécio Neves em encontro com o Sindicato Nacional dos Aposentados, hoje pela manhã. 
Abaixo, artigo intitulado "Ficção e realidade", publicado pelo pré-candidato tucano 
à presidência da República, na Folha de São Paulo.
"O governo se torna cada vez mais refém da ficção que vem sendo criada pelos seus marqueteiros. Com dificuldades de enfrentar o debate da –e na– realidade, inventa dados e tenta transformar seus adversários no que gostaria que eles fossem. Pressionado pela queda nas pesquisas, o petismo recorre ao terrorismo em escala, tentando demonizar as oposições para confundir e dividir o país –reeditando o conhecido "nós e eles".

O "nós" são os "patriotas" do governo e os que se servem de fatias da administração federal como contrapartida ao alinhamento e ao silêncio obsequioso. Ou, pior, os que se prestam à posição vergonhosa de atacar quem cobra transparência e exige a apuração sobre a corrupção endêmica que atinge o país. O "eles" são as oposições e os brasileiros que, nesta versão maniqueísta, ao combater e criticar os malfeitos do governismo, trabalham contra o Brasil. Simples assim.

Esta é a estratégia que restou, desde que o PT perdeu discursos e abandonou as suas bandeiras históricas. Primeiro foi o do pretenso monopólio da ética, destruído pelos maiores escândalos da história da República, em 12 anos de governo. Depois, o conceito de um governo que só governa para os pobres. Será?

Enquanto a inflação corrói o salário do trabalhador e o reajuste do Bolsa Família repõe apenas metade da inflação dos últimos três anos, as "elites" tão demonizadas pelo PT não têm do que reclamar. As instituições financeiras amealham lucros recordes, grandes empresários, selecionados a dedo pelos mandatários da Corte, recebem empréstimos bilionários a juros camaradas.

Quem mais reclama –e tem motivos de sobra para isso– são os mais pobres. Afinal, são eles que penam, horas a fio, todos os dias, no trânsito, porque as obras de mobilidade urbana prometidas simplesmente não aconteceram. Que vão ao hospital público e não conseguem ser dignamente atendidos, porque milhares de leitos foram fechados pela irresponsabilidade oficial. São os mais pobres que precisam das creches prometidas e não construídas.

É a classe média que não tem como blindar os carros e tem medo de andar na rua, porque o governo acha que segurança pública não é assunto do qual deva se ocupar, terceirizando responsabilidades a Estados endividados e prefeituras beirando à insolvência.

A verdade é que, por mais que o governo tente fugir da realidade, ela se impõe todos os dias. Denúncias sobre as falcatruas na Petrobras não param de surgir e a imprensa já lança luz naquele que parece ser o grande temor do governo: os negócios realizados nos fundos de pensão das estatais, que têm tudo para desafiar a paciência do mais crédulo dos brasileiros."

Reunião tensa no Ministério da Defesa.

Reunião tensa no Ministério da Defesa. Representantes dos militares da Forças Armadas já falam em paralisação.
“ Se prender meu esposo o Ministério vai ter que mandar prender ele e eu...”
"Nos vamos fazer como todo mundo faz, prender um é fácil, prender dois é fácil. Eu quero ver prender TRÊS MIL, QUATRO MIL..."
 
Dia 24 de abril ocorreu nova reunião no Ministério da Defesa, com a presença de Ari Matos Cardoso, Secretário Geral do ministério. No evento compareceram varios políticos e representantes de associações. O deputado Izalci, do PSDB, que se apresentou como “defensor das Forças Armadas”, logo de início disse que defende a criação de uma espécie de comissão no Ministério da Defesa voltada exclusivamente para a questão de remuneração dos militares. Segundo o deputado, todas as categorias que fazem paralisação conseguem ter suas reivindicações atendidas, mas os militares, que não podem se sindicalizar nem fazer greves, permanecem com enorme defasagem salarial.

Recentemente os policiais da Bahia realizaram uma greve, considerada ilegal, e os militares federais foram deslocados para reforçar a segurança do estado. Os policiais conseguiram seu reajuste.

Ari Matos Cardoso disse que o Ministério da defesa já construiu uma política de remuneração dos militares, que teve a aprovação dos três comandos, que deve ser apresentada ainda esse mês. Segundo o mesmo, o documento será um instrumento orientador para a valorização da carreira militar.

O senador Paulo Paim, quando assumiu a palavra logo mencionou a questão do inacreditável valor do salário família dos militares, que é de 16 centavos, valor ridículo, que só ganhou evidência nacional após um já conhecido militar carioca, sargento Vinícius Feliciano (Veja Aqui) - em ação ousada - escalar a estátua do Marechal Deodoro usando uma camisa com a frase “Não é só por R$ 0,16”

As falas da maioria das pessoas foram dentro da tão conhecida, e já angustiante, ética parlamentar. Que acaba, pelo excesso de gentilezas e atenuantes linguísticos, fazendo parecer que os temas tratados não são tão urgentes e importantes quanto na verdade são. Fugindo dessa regra surge a Senhora Kelma, presidente da Unifax. Kelma Costa não poupou palavras de indignação. Ela parece saber realmente o que são as privações passadas pela família militar, e cremos que deixou o Ministério da Defesa bastante preocupado depois de ouvir suas palavras.

Kelma começou sua fala perguntando: “Ha quanto tempo que se sabe disso? Quando você sabe de um problema e não busca uma solução demonstra-se com isso algumas coisas. Ou é falta de vontade de resolver. Porque se for falar que é questão de dinheiro eu vou ter que desmentir, porque no Brasil, aonde se tem dinheiro pra tudo é complicado acreditar e passar isso pra tropa hoje. Isso não pode ser mais justificativa. A questão dos 28,86% é uma questão agora de execução...

Ela continuou. Ao seu lado Ari Matos mantinha o semblante fechado. "O que eu preciso saber é o seguinte: se tudo isso que se disse aqui já se sabe desde 2005, então, sair daqui ou nos deixar novamente no vácuo, sem uma resposta, uma data, um preto no branco, seria simplesmente a defesa se colocar numa posição omissa. Ou de que não quer resolver ou de que joga a bola pra Presidente. E os militares vão saber o seguinte, nós então estamos sem representação, nós não temos mais a quem recorrer a não ser o comandante supremo..."

O senhor lembra que eu estive aqui em manifestação no ano passado... estivemos em reunião com o senhor... no dia seguinte voltamos em manifestação... buscando de alguma forma chamar a atenção do Ministério da Defesa pra essa situação que eu to apresentando pro senhor um ano depois, e nada foi feito. Eu disse, então nós vamos pro Congresso, do Congresso partimos pro Senado, e as coisas cresceram e a tendência agora é crescer muito mais. Porque eu vou dizer uma coisa pro senhor doutor Ari, eu estou com quatro ônibus de militares da reserva preparadinhos, porque se não for tomada uma decisão nós vamos vir pra cá.

Nós vamos fazer como todo mundo faz, prender um é fácil, prender dois é fácil. Eu quero ver prender TRÊS MIL, QUATRO MIL, aí vai complicar a situação. Eu vou dizer pro senhor que o meu marido é um desses que está cansado, sobrecarregado, endividado, e esperando, esperando... Vai ter que acontecer igual acontece aí, uma hora vamos parar, vamos parar com tudo e quem tiver que prender prenda e quem tiver que arcar com as consequências que arque... Se prender meu esposo o Ministério vai ter que mandar prender ele e eu. Porque o senhor vai levar e eu vou ficar sentada do lado de fora esperando ele sair, ou dentro da cela com ele. Vai ser um trabalho dobrado.

A senhora Ivone Luzardo descreveu uma mensagem que recebeu de um militar: “Eu quero entrar no Congresso armado... se eu tiver uma chance não sobra um.” "A que ponto deixaram chegar os militares. Se isso não é revanchismo é o que?" Disse Luzardo

Pelo conteúdo dos discursos conclui-se facilmente que a situação está no limite. As falas dos representantes nos levam a crer que em um momento como esse qualquer coisa pode acontecer.

Essa semana mesmo o grupo TERNUMA (Terrorismo Nunca Mais) criou uma grande lista, exemplarmente democrática, em repúdio ao governo atual. Em poucos dias o documento já conta com mais de 2 mil signatários. Imaginem um grande grupo de militares da reserva, generais que ocuparam altos cargos, coronéis, capitães, sargentos... Caminhando silenciosamente e simplesmente se posicionando em frente ao Palácio do Planalto. Imaginem que eles permaneçam ali por vários dias seguidos... Que cena! Que repercussão incrível causaria!

Qual será o tamanho do prejuízo político se a sociedade perceber que as Forças Armadas estão insatisfeitas com o governo, a ponto de atitudes extremas, como mencionou a senhora Kelma Costa?

 

PT lança guerra suja contra Oposição.

 
Não é só nas redes sociais que a guerra suja do PT está em andamento. Até mesmo para difamar a oposição junto a empresários existe uma campanha em andamento, conforme matéria abaixo do Valor Econômico.

Confirmada a candidatura da presidente Dilma Rousseff à reeleição, o próximo passo da campanha será conversar com os empresários que estão lotando as plateias dos candidatos de oposição, Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), para mostrar a eles o que vai significar a saída do PT do poder.

Emissários serão enviados para iniciar essas conversas e aos empresários será dito que se a oposição for vitoriosa nas eleições de outubro será o fim do crédito subsidiado do BNDES, o fim das desonerações da folha de salários, haverá um realinhamento instantâneo dos preços da gasolina e da energia e o programa Minha Casa Minha Vida, que alimenta a indústria da construção civil, também vai acabar. "Ou seja, eles (Campos ou Aécio) vão dar um cavalo de pau na economia que será recessivo", disse um assessor de Dilma.

Quando usou a rede nacional de rádio e televisão para um pronunciamento em comemoração ao 1º de maio, a presidente Dilma Rousseff falou como candidata. Vestiu tailleur azul, dispensando o vermelho do Partido dos Trabalhadores; definiu de que lado está - "dos mais pobres e da classe média" -; e entrou na disputa com a segurança de que terá o apoio do PT.

O movimento "Volta Lula" já havia sido equacionado em uma conversa dela com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, há exatamente um mês, no dia 4 de abril, em São Paulo. Ali, o martelo foi batido: a candidata é Dilma Rousseff. Espera-se, assim, que o crescente apelo para o retorno do ex-presidente esteja estancado.

No Palácio do Planalto o diagnóstico é de que Dilma perdeu um pedaço importante da base de eleitores do governo do PT, que desde Lula tem girado em torno de 42% dos votos, por causa da inflação. Foram os aumentos de preços, sobretudo dos alimentos, que a fez cair para a casa dos 36% a 37% das intenções de voto.

O pronunciamento do 1ºde maio foi destinado a reconquistar esses eleitores. A ideia que Dilma pretendeu deixar clara no discurso foi de que "eu tenho lado e o meu lado é o dos trabalhadores", explicou uma fonte oficial. Com esse mesmo objetivo, ela anunciou as medidas de correção de 4,5% da tabela do Imposto de Renda, em 2015 (índice abaixo da inflação de mais de 6%); e o reajuste do Bolsa Família.

Assessores da presidente recomendam não buscar no texto do pronunciamento sinalizações para um eventual segundo mandato. Mesmo o compromisso com a valorização do salário mínimo, assumido no discurso, não deve ser lido necessariamente como a manutenção da atual fórmula de reajuste cuja vigência se encerra em dezembro de 2015.

A partir da certeza de que Dilma é a candidata do PT, seu governo começou a mudar de comportamento, disse uma fonte oficial. Por exemplo, reagiu de imediato à tentativa da Cemig, distribuidora de energia de Minas Gerais, Estado governado pelo PSDB de Aécio Neves, de responsabilizar o governo federal pelo aumento de 14,3% da tarifa de energia. Coube à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) responder que, ao contrário, a Cemig queria um reajuste bem mais salgado, de 29,74%, e que à agência reguladora cabe apenas estabelecer um teto para os aumentos de preços.

De agora até as eleições de outubro, a presidente estará voltada para a campanha. Não será encontrado nos seus discursos o que o PT tem chamado de "sincericídio" dos candidatos de oposição, ou seja, a antecipação de medidas duras que terão que ser tomadas na área econômica para recolocar o país na trilha do crescimento.

Não haverá, assim, clareza do que será um eventual segundo mandato de Dilma, embora se saiba que ela também terá que promover ajustes se quiser colher melhores resultados do que os do primeiro mandato. Nesse período o país conviveu com inflação alta e crescimento baixo como produto das escolhas do governo. Campanha, como lembrou uma fonte próxima à presidente, é para ganhar a eleição. Governar é outra coisa. (Valor Econômico)

Em vez de uma escola brasileira à altura de Machado, um “Machado” à baixura da escola brasileira


Atenção, pai! Atenção, mãe. Este assunto parece não ter a importância da possível roubalheira na Petrobras. Parece não ter a importância dos grandes temas da política. E, no entanto, é infinitamente mais importante. Porque diz respeito ao futuro dos seus filhos. Atenção, estudantes! Isso  aqui diz respeito ao país que seus filhos herdarão.

Uma professora chamada Patrícia Secco, informa Chico Felitti, na Folha, decidiu reescrever clássicos da literatura brasileira. Segundo ela, os estudantes se desinteressam de alguns livros porque certas palavras são difíceis. E ela, então, se propõe a reescrevê-los. A primeira vítima será “O Alienista”, de Machado de Assis, a história do médico de loucos que terminou, ele próprio, no hospício.

Infelizmente, a obra de Machado é de domínio público. Não se pode impedir ninguém de fazer essa besteira. O problema é que Patrícia vai assassinar Machado, na prática, com dinheiro público, já que conseguiu apoio da Lei Rouanet, do Ministério da Cultura.

Assim, esta senhora vai reescrever o maior escritor brasileiro com o apoio do estado brasileiro. Haverá uma tiragem de 600 mil livros, a serem distribuídos nas escolas pelo Instituto Brasil Leitor.

Ora, literatura não é só o que se diz. Também é como se diz. Uma das funções da escola é ampliar o vocabulário dos alunos. Além de todas as particularidades de estilo, um escritor do fim do século 19 não escrevia e não pensava como um do século 21. Estamos diante de uma violência cultural.

Eis o erro fundamental. Em vez de o governo petista construir uma escola à altura de Machado de Assis, decidiu destruir Machado de Assis para deixá-lo à baixura — sim, a palavra existe! — da escola brasileira.


É o fim da picada! A educação em nosso país é que está no hospício. A educação é que virou coisa de loucos.

Nada como uma vaia depois da outra para abalar a fé dos devotos, emudecer o chefe da seita e tirar o sono da guardiã do rebanho

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Nada como uma vaia depois da outra para embaralhar a partitura da ópera dos malandros, desafinar o coro dos contentes, tirar o sono dos sacerdotes da seita, emudecer o seu único deus, escancarar a indigência mental da guardiã do rebanho, abalar a fé do mais fanático devoto, induzir convertidos de aluguel a flertar com outros altares. Nada como uma vaia depois da outra para assombrar as madrugadas de quem até outro dia dormia contando votos da vitória no primeiro turno e acordava sonhando com a proclamação da república bolivariana.

As manifestações de rua de 2013 implodiram a farsa do Brasil Maravilha, mas os alvos dos protestos não foram identificados tão claramente quanto neste outono. Os destinatários das mensagens sonoras agora têm nome, sobrenome, endereço e filiação partidária. Cresce em progressão geométrica a imensidão de brasileiros que enxergam as coisas como as coisas são. Milhões de lesados descobriram que o bando acampado no coração do poder foi longe demais até para os padrões do País do Carnaval. E exigem mudanças imediatas.

Todos constataram que o governo lulopetista recruta e acoberta corruptos. Que a roubalheira impune agora é medida em bilhões de dólares. Que os ineptos e os larápios se associaram para enterrar em estádios padrão Fifa o dinheiro que poderia abrandar pavorosas carências no universo da saúde e da educação. Que as promessas não descem dos palanques. Constataram, enfim, que lidam há 12 anos com vendedores de nuvens e camelôs de si próprios.

Alheio às alterações na paisagem, o marqueteiro João Santana imaginou, depois de consumir uma semana na releitura de pesquisas recentes, que a curva descendente da candidata à reeleição seria invertida por outro comício eletrônico transmitido em cadeia nacional. Péssima ideia: a discurseira na véspera do Dia do Trabalho só serviu para comprovar que as cartas na manga acabaram, que as mágicas de picadeiro perderam o encanto e que truques outrora infalíveis ficaram subitamente grisalhos.

Habituada a conjugar impunemente os três verbos preferidos de Lula — mentir, tapear, distorcer —, Dilma soube tarde demais que o senador Aécio Neves e o ex-governador Eduardo Campos não deixariam nenhum embuste sem revide, nenhuma invencionice sem réplica. Dispostos a provar que a oposição voltou de vez das férias, os candidatos do PSDB e do PSB à sucessão presidencial assumiram o papel de porta-vozes dos descontentes.

Dilma garantiu, por exemplo, que “a inflação continuará rigorosamente sob controle”. Ouviu que não se pode continuar o que não começou. Ao “reafirmar o compromisso do governo com o combate incessante e implacável à corrupção”, foi convidada a suspender a guerra de extermínio movida contra quem se atreve a investigar patifarias bilionárias consumadas nas catacumbas da Petrobras. E a tentativa de responsabilizar a oposição pelos estragos na imagem da estatal soou como anedota improvisada por patriotas de galinheiro.

“Os brasileiros não aceitam mais a hipocrisia”, recitou no fim do comício. Não aceitam mesmo, reiteraram as comemorações do Primeiro de Maio em São Paulo. Pela primeira vez desde a fundação do PT em 1980, figurões do Partido dos Trabalhadores foram impedidos de discursar no Dia do Trabalho. O ministro Ricardo Berzoini e o prefeito Fernando Haddad, por exemplo, não conseguiram abrir a boca sequer no palanque da CUT, controlada desde sempre por pelegos companheiros. Lula e Dilma nem deram as caras por lá. Na tarde seguinte, obrigada a visitar a Expozebu, a presidente reencontrou em Uberaba — três vezes — as vaias das quais escapara na véspera.

Nas primeiras 72 horas de maio, João Santana aprendeu, entre outras lições sempre úteis, que o país que não é para amadores também trata sem clemência adivinhos de botequim. Confrontado com a epidemia de apupos (e com mais uma pesquisa atulhada de más notícias para o Planalto), ele certamente se lembrou da entrevista, concedida em dezembro de 2010, em meio à qual resolveu restaurar a monarquia, transformar o gabinete presidencial em sala do trono e coroar Dilma Rousseff.

“Como se trata de uma figura única, que uma nação precisa de séculos pra construir, a ausência de Lula deixa uma espécie de vazio oceânico”, ressalvou o marqueteiro do reino. Apesar disso, ou por isso mesmo, Dilma tinha tudo para transformar-se na herdeira que todo súdito pede a Deus. “A República brasileira não produziu uma única grande figura feminina, nem mesmo conjugal”, ensinou Santana. “O espaço metafórico da cadeira da rainha só foi parcialmente ocupado pela princesa Isabel. Dilma tem tudo para ocupar esse espaço”.

Em novembro de 2012, festejou o acerto da profecia. “Foi uma metáfora que está se cumprindo simbolicamente”, cumprimentou-se o imaginoso publicitário baiano. “Grandes camadas da população têm um respeito, uma admiração e um carinho tão sutil por Dilma que chega até a ser de uma forma majestática”. Os fatos já aposentaram faz tempo o professor de história e o vidente. O marqueteiro só sobreviverá se esquecer os escombros do trono e concentrar-se nas rachaduras do palanque.

Mas vai perder seu tempo se ceder à tentação de descobrir a cura da vaia. E acabará perdendo o emprego.

Aécio é o candidato do Agro brasileiro.

 
Os pecuaristas já escolheram seu candidato a Presidente da República este ano e para quem vão abrir suas carteiras para ajudar no financiamento da campanha. O senador mineiro Aécio Neves, pré-candidato do PSDB, terá apoio maciço do setor a julgar pelas reações de alguns desses empresários do campo que participaram no fim de semana da abertura de uma das principais feiras de gado do país.

Aécio foi a Uberaba na sexta-feira e se reuniu com pecuaristas de diversos Estados. No encontro havia mais de 100 pessoas. A cidade sedia a Expozebu, tradicional exposição de bovinos da subespécie Zebu, aberta oficialmente no sábado pela presidente e pré-candidata à reeleição pelo PT Dilma Rousseff. Numa cena significativa, pecuaristas vaiaram por três vezes a presidente durante a cerimônia.

"O setor é contra o PT", resumiu Rubens Catenacci, veterano produtor do Mato Grosso do Sul. "A política deles não é a favor do agricultor e do pecuarista. Aécio é mais favorável. Eduardo Campos até poderia ser uma opção, mas com a Marina, nem pensar", avalia. Marina Silva, que será vice na chapa do ex-governador Eduardo Campos (PSB-PE), é vista pelo agronegócio com muita resistência. Campos é esperado na Expozebu na quinta-feira.

"Nossa visão é de necessidade de mudança", disse Pedro Gustavo Novis, pecuarista de São Paulo. " Os caminhos apontados por Aécio são completamente diferentes do traçado pelo PT nos últimos 12 anos", afirma. Antônio Pitangui de Salvo, pecuarista de Minas, admite que na gestão petista, "tivemos plano de safra como nunca se teve". Mas emenda a crítica: "Todo o governo do PT foi de insegurança para nós", lamenta. Para ele, Aécio "certamente será um grande presidente e a tendência do setor é apoiá-lo", acredita.

Queixa recorrente entre grandes empresários do campo é o clima de disputa constante de terras com índios, quilombolas e sem-terra. Ao Valor Aécio disse: "A omissão do governo federal e o aparelhamento de instituições acabam estimulando essa insegurança". E acrescentou: "Eu sou o homem do diálogo, acredito que você dialogando e tendo como base os instrumentos legais, seja a constituição seja o próximo código florestal para determinados conflitos, você encontra um caminho", disse.

Para o deputado ruralista Ronaldo Caiado (DEM-GO) não há dúvida de que o setor ajudará com gastos da campanha tucana. E previu ainda que "todo produtor rural vai assumir a campanha dele em cada lugar do Brasil." "Isso é uma coisa natural", disse o deputado Abelardo Lupion (DEM-PR). "Faremos o possível pela campanha", afirmou.(Valor Econômico)

Novos documentos da PF indicam que o crime organizado opera na estrutura do Estado


A coisa realmente é de uma graça sem fim. O Labogen, o tal laboratório-fachada de Alberto Youssef, que está em nome de laranjas, importava joias italianas, vinhos, instrumentos musicais etc. É o que apontam documentos revelados pela Polícia Federal. Atenção! Os documentos apontam a importação de insumos para a fabricação de remédios. Que mimo! A empresa servia para remeter dinheiro ilegalmente para o exterior e para operar uma sofisticada forma de contrabando. Os “clientes” de Youssef compravam suas “mercadorias finas”, repassavam para ele dinheiro em reais, ele adquiria os produtos no exterior, falsificava a importação de remédios e pronto! Tudo chega aqui sem imposto.

Até aí, vá lá. Coisa típica da bandidagem. Ocorre que esse dito “laboratório” havia fechado uma parceria com o Laboratório da Marinha e com a gigante EMS para a produção de remédio. Sabe-se que essa biboca não tinha condições de fabricar coisa nenhuma. Como é que o dois outros laboratórios, um privado e outro público, fizeram o acordo?

Sim, um ex-assessor de Alexandre Padilha, que ele trata por “Marcão”, foi contratado para dirigir um suposto laboratório que servia à remessa de recursos para o exterior, contrabando e, provavelmente, lavagem de dinheiro. O deputado André Vargas (PR) disse a Youssef que “Marcão” era uma indicação de Padilha. Agora nega. Mais do que isso: o então ministro serviu de testemunha do acordo entre as três empresas. Como é que um grupo criminoso atua dentro do poder com esse desassombro?

A parceria já firmada era de R$ 31 milhões, mas poderia chegar a R$ 150 milhões. E o cliente era o Ministério da Saúde.

Estamos diante de uma evidência: o crime organizado já se infiltrou no Estado brasileiro e opera dentro do poder.

PF investiga banco suspeito de ajuda a doleiros para lavar a jato grana de corrupção e tráfico de drogas

 
Um grande banco que financiava as operações do doleiro Alberto Youssef, principalmente nas operações de lavagem de dinheiro e compra de diamantes via países africanos, é a maior bomba a estourar na Operação Lava Jato. Tão grave quanto essa relação – que tem grandes políticos envolvidos no negócio – é a conexão entre os doleiros pegos na Lava Jato e que também mexiam com grana do tráfico de drogas, na recém-descoberta conexão entre o Porto de Santos, no Brasil, e países africanos e europeus. O esquema envolve tanta gente de peso que pode terminar abafado, por alegada “falta de provas”.

Não será tão fácil esconder, porque o caso é investigado há dois anos pela Interpol, envolvendo as polícias da Espanha, Suíça, Inglaterra e Itália. O risco de abafamento ficou mais complicado com a prisão, quinze dias atrás, na Espanha, da doleira gaúcha Maria de Fátima Stocker, de 41 anos. “Hospedada” na Penitenciária de Madri V, a doleira é suspeita de envolvimento com a Ndranghetta - máfia italiana de drogas. A PF brasileira, que pediu a prisão dela depois da apreensão de 3,7 toneladas de cocaína pura no Porto de Santos, no final de março, agora comprovar a relação dela com o esquema detonado pela Operação Lava Jato.

As investigações buscam mais provas da relação de negócio entre Maria de Fátima e o doleiro Alberto Youssef. Juntadas as pontas, confirma-se o que o Alerta Total antecipou na edição de 1º de abril: “Espionagem contra o governo procura elos entre aLava Jato e as operações Hulk e Oversea”. Agora, também entram as informações da Operação Monte Polino. O caso pode ficar mais explosivo se vier à tona o nome da instituição financeira brasileira que dava suporte à ação dos doleiros – que é agora o principal foco da PF em busca de provas concretas.

A PF avalia que só a ajuda de um grande banco, que fizesse operações rotineiras, em alto volume, nos países para os quais a droga se destinava, poderia ajudar a rede de doleiros levantar um volume tão alto de dólares e euros para repassar aos traficantes e suas empresas de fachada. O caso se torna politicamente explosivo quando expõe que as operações ilegais do doleiro Youssef se entrelaçam com esquemas de desvio de dinheiro público em negócios com a Petrobras, Ministério da Saúde, Correios e por aí vai... Os norte-americanos já pediram ao Ministério Público Federal todas as informações sobre o doleiro Youssef, desde sua atuação no escândalo do Banestado, que explodiu a partir do ano 2000.

O caso de Maria de Fátima é bem emblemático de como a espionagem norte-americana vem colaborando com as polícias de diversos países. Foi a NSA (National Security Agency) dos EUA quem alertou à Interpol sobre a doleira, que tinha residência em Londres, depois de ter morado muitos anos na Suíça, onde foi casada com um banqueiro, o que lhe deu direito a cidadania. Não é à toa que o governo brasileiro tem tanto medo da bisbilhotagem da NSA – que atua contra suspeitas de lavagem de dinheiro que financiem o tráfico de drogas, armas e o terror contra os Estados Unidos.

Agora, o entrelaçamento das Operações Lava Jato, Hulk, Oversea e Monte Polino, com alto risco também de envolver a Operação Porto Seguro, vai permitir o rastreamento detalhado do esquema de lavagem de dinheiro (reais, dólares e euros) para financiar a logística de exportação de drogas para a Europa, Cuba e países africanos, junto com o financiamento a esquemas de alta corrupção política.

Se tanta sujeita vier à tona, um vaso sanitário, bem cheio, vai desabar sobre a campanha reeleitoral - prejudicando Dilma e seu Super Presidentro...

Episódio 2


Releia o artigo de domingo: Vai pra Copa que o pariu

Homenagem



Cel Molinas 2012, Cel Malhães em 2014: ambos colecionadores de armas?

Por Carlos Alberto Brilhante Ustra*

Dois coronéis que combateram a luta armada foram assassinados.
Não coleciono armas e não escondo documentos comprometedores

O primeiro foi o  coronel Júlio Miguel Molina Dias, que comandou o DOI/CODI/I Exército, RJ, em 1981, assassinado na noite de 1º de novembro de 2012, em Porto Alegre, quando chegava em sua residência, no bairro Chácara das Pedras.

Segundo a polícia, o  Cel, durante um sequestro relâmpago, foi morto porque reagiu quando 4 policiais militares o renderam e dispararam 15 tiros em sua direção.

O  motivo do crime seria o roubo de uma coleção de armas  do coronel.

Segundo a mídia os assaltantes assassinos, tiveram oportunidade de sequestrá-lo antes de chegar em casa, pois o seguiram desde a residência de uma filha, mas preferiram atacá-lo na porta de sua casa, fugindo em seguida.

A  polícia gaúcha, investigando o crime, encontrou na casa de Molinas um documento do ano de 1971, da  Turma de Recebimento do DOI/CODI/I Ex, comprovando que Rubens Paiva deu entrada naquele DOI. O Cel assumiu o comando do DOI/CODI/IEx dez anos depois, em 1981.

Então, verifica-se que o Cel, como comandante, foi remexer nos arquivos do DOI e encontrou esse papel lá guardado por uma década. O caso Rubens Paiva não tem nada a ver com o seu comando, mesmo assim ele o achou interessante, e deve ter pensado que era um documento altamente comprometedor. O surrupiou e foi escondê-lo entre seus alfarrábios, em sua casa.

Trinta e três anos depois é assassinado, e a polícia encontra o tal documento que, estranhamente, não é juntado aos autos do inquérito, mas, entregue ao governador Tarso Genro que, com pompas e circunstâncias, o entrega no Palácio Piratini ao Dr Cláudio Fonteles, então membro da Comissão Nacional da Verdade.

Outros documentos comprometedores também teriam sido encontrados na cada de Molinas.

As últimas notícias foram que os sequestradores assassinos foram presos e julgados.

Depois, o silêncio total sobre a morte do Coronel Molinas. Notícias apenas sobre os documentos entregues à Comissão da Verdade.

O segundo foi o coronel Paulo Malhães, morto no dia 17 de abril.

Inicialmente, a mesma motivação foi levantada: roubo de armas de um colecionador.

Logo a esquerda se alvoroçou e nos acusou de queima de arquivo.

Porém, com presteza, dispensando o auxílio da PF, a polícia desvendou o crime: o assalto foi coordenado, segundo o que lemos na mídia, pelo seu caseiro e mais dois irmãos deste. O objetivo era apenas o roubo.

Segundo o atestado de óbito, a morte ocorreu por edema pulmonar e infarto. Parece que o Cel  Malhães morreu devido ao estresse do assalto, pois era cardíaco.

Um mandado de busca e apreensão foi deferido dia 26/04/2014  pelo juiz federal Anderson Santos da Silva, e teve por finalidade apreender, além de documentos, outras provas que possam contribuir para a investigação de crimes cometidos durante a “ditadura militar” por agentes do estado. Foram apreendidos computadores e documentos.

Dezessete dias depois, o mesmo silêncio sobre a morte do Cel.

Como o caso Molinas, o que vai interessar é o que possa ser encontrado nos computadores roubados e nos encontrados depois, quando foram apreendidos
Crime de assalto, sem assassinato, creio eu, tem pena bem mais leve ! Pode até ter sido o caseiro, mas ...Mistério!...

Tenho uma sugestão a fazer aos companheiros. Seria interessante que deixassem uma declaração com amigos  semelhante a que faço abaixo:

“Eu, Carlos Alberto Brilhante Ustra, deixo muito claro que não sou colecionador de armas e que não tenho, guardado em minha casa, qualquer documento comprometedor a respeito da luta armada no Brasil, bem como qualquer outro que possa interessar à Comissão Nacional da Verdade, ao Ministério Público Federal ou à esquerda revanchista que hoje domina o Brasil.

Caso venham procurá-los, e digam que os encontraram, podem ter certeza de que eles foram plantados para me incriminar.

Volto a afirmar: tudo o que eu sei está dito no meu livro 'A Verdade Sufocada – A história que a esquerda que o Brasil conheça',lançado em 2006 , atualmente na 9ª edição, com 609 páginas, e que pode ser adquirido em todo o Brasil, nos endereços especificados no site 'A Verdade Sufocada'  

Declaro, ainda, que sempre fui tratado com amizade, respeito, deferência e solidariedade, não  só pelos companheiros que combateram a  luta armada, bem como pelos demais companheiros das Forças Armadas.” 

Por que não deixar aqui, também, a nossa teoria de conspiração?  Conjecturas  por conjecturas: pode ser essa esquerda raivosa, revanchista, que pretende por qualquer pretexto incriminar os militares que tenha planejado e executado esses crimes!... Ou só eles podem fazer conjecturas?

Para saber mais Clique nos links abaixo:







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*Carlos Alberto Brilhante Ustra – Cel Ref – Comandante do DOI/CODI/IIEx (SP) - no período de 29/09/1970 a 23/01/1974

Economistas desautorizam Dilma e mais uma vez revisam para baixo o crescimento do PIB em 2014


crise_economica_10Fora do tom – Dilma Rousseff insiste em dizer que a economia está sob controle, mas o pandeiro do cotidiano toca em ritmo diferente do que consta na mentirosa partitura palaciana. Isso porque contra fatos não há argumentos, principalmente quando em cena estão números de uma economia que continua a cambalear.

Como faz semanalmente, nesta segunda-feira (5) o Banco Central trouxe as expectativas do mercado financeiro acerca da economia nacional. De acordo com o Boletim Focus, que sempre ouve os economistas das cem maiores instituições financeiras em atividade no País, o crescimento do PIB em 2014 foi revisado para baixo, alcançando a desanimadora marca de 1,63%, contra 1,65% da previsão anterior. Para 2015, a previsão de avanço do Produto Interno Bruto recuou de 2% ara 1,91%.

A situação torna-se ainda mais preocupante quando analisadas as previsões de crescimento da produção industrial, que para este ano recuou de 1,4% para 1,21%, sendo que para 2015 o índice manteve-se em 2,65%. Ou seja, o horizonte verde-louro aponta para seguidas turbulências na economia.

Para os economistas dos bancos e financeiras, a expectativa de inflação para este ano continuou permaneceu em 6,5%, no teto do sistema de metas de inflação. Os analistas consultados pelo BC creem que o Comitê de Política Monetária (Copom) não decidirá por nova alta da taxa básica de juro (Selic) na reunião marcada para o final deste mês. Atualmente a Selic está em 11% ao ano, mas para o consumidor as taxas praticadas pelos bancos são muito maiores. Os especialistas também mantiveram a expectativa em relação ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2015, que na semana anterior alcançou 6%.

Ao contrário do que afirma a presidente Dilma, a economia brasileira está fora de controle e já começa a interferir no projeto de reeleição da presidente, que na última sexta-feira (2) foi confirmada como pré-candidata do PT para mais uma temporada no Palácio do Planalto. O impacto maior do descompasso que marca a política econômica do governo acontece nos preços de produtos e serviços, em especial nos gêneros alimentícios. Os preços dispararam por diversos fatores, mas principalmente pela baixa confiança do empresariado no futuro. Por conta dessa conjuntura nada agradável, a inflação real já deixou para trás o patamar de 20% ao ano. O que tem o obrigado a extensa maioria da população a mudar os hábitos de consumo.

Apesar do cenário, o governo não desiste da teoria míope de resolver a crise por meio do consumismo, quando na verdade deveria fazer jus aos impostos que cobra de maneira aviltante, sem dar a devida contrapartida ao contribuinte, investindo em infraestrutura, não sem antes rever a equivocada política econômica que levou o País à vala das dificuldades. Enfim…