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sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Parlamentares minimizam silêncio de ex-diretor na CPI


Marco Maia (D) fala ao lado de Vital do Rêgo (E) em reunião 
da CPI mista Foto: Geraldo Magela
Os integrantes da CPI Mista da Petrobras minimizaram ontem o silêncio do depoimento do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Os parlamentares argumentaram que as investigações da comissão não dependem das informações prestadas pelo ex-diretor da estatal.

O presidente da CPMI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), lamentou que Paulo Roberto Costa tenha se recusado a colaborar. Para não perder os benefícios da delação premiada, ele não respondeu às perguntas sobre o esquema de lavagem de dinheiro de contratos da Petrobras com empresas do doleiro Alberto Youssef. Apesar de admitir a frustração com o silêncio do ex-diretor, Vital argumentou que a CPI mista conta com os documentos já enviados pela Justiça para investigar o esquema.

— É possível avançar porque os parlamentares estão trabalhando em cima dos dados de centenas de documentos e de milhares de sigilos que foram quebrados. Então, ­independentemente da delação, a CPI mista pode trabalhar nesse curso, cruzando os dados — afirmou Vital.

O relator da comissão, deputado Marco Maia (PT-RS), também minimizou o silêncio de Costa ao lembrar que o colegiado aprovou a convocação de Meire Poza. A ex-contadora do doleiro Alberto Youssef confirmou a existência do esquema e o pagamento de propina para políticos. Marco Maia lembrou que a CPI mista ainda vai ouvir o doleiro.

— Já aprovamos a convocação da contadora junto com as informações que ela prestou à Polícia Federal e ao Judiciário. Essas informações e ouvir a contadora serão importantes para que possamos confrontar com o depoimento do Youssef e, ali na frente, com a delação premiada do Paulo Roberto Costa — disse o deputado.

Os depoimentos da contadora e do doleiro deverão ocorrer após as eleições. A CPI mista vai insistir no recebimento da cópia da delação premiada de Paulo Roberto Costa antes das duas oitivas.

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