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sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Marina sinaliza ao PSB que aceita ser candidata

Carlos Siqueira, Milton Coelho, Roberto Amaral, Luiza Erundina, e Walter Feldman, da cúpula do Partido Socialista Brasileiro (PSB), realizam visita à Marina Silva, em sua residência no bairro Vila Nova Conceição, em São Paulo - 15/08/2014
COMITIVA – (Da esq para a dir) Carlos Siqueira, Milton Coelho, Roberto Amaral, Luiza Erundina, e 
Walter Feldman, na entrada do prédio de Marina Silva, no bairro Vila Nova Conceição, em São Paulo 
(Felipe Rau/Estadão Conteúdo)
Ex-senadora recebeu comitiva do PSB em sua casa, em São Paulo, e autorizou o partido a realizar consultas internas para lançar seu nome na disputa

A ex-senadora Marina Silva deu aval nesta sexta-feira ao comando do PSB para realizar uma consulta interna no partido sobre sua entrada na disputa à Presidência da República, em substituição ao ex-governador Eduardo Campos, morto em acidente aéreo na última quarta-feira. Nesta sexta, lideranças do PSB estiveram na casa de Marina, em São Paulo, para uma visita informal. A cúpula do partido agendou uma reunião para oficializar o futuro da sigla na próxima quarta, em Brasília.

Embora não tenha afirmado taxativamente que quer encabeçar a chapa, Marina deu o sinal mais claro até agora de que está disposta a entrar na corrida eleitoral. Desde a última quarta-feira, ela tem dito que não fará nenhum anúncio até que o corpo de Campos seja enterrado, no domingo, em Recife.

A comitiva enviada à casa de Marina foi capitaneada pelo presidente do PSB, Roberto Amaral, além da deputada Luiza Erundina (SP), do secretário-geral da sigla, Carlos Siqueira, e de Walter Feldman, conselheiro da ex-senadora e responsável pela "ponte" entre o PSB e os "marineiros" da Rede Sustentabilidade.

Na rápida conversa, Marina autorizou o partido a realizar a consulta interna sobre o apoio à candidatura – e ouviu do grupo que as lideranças majoritárias já manifestaram apoio a ela, classificada como "o caminho natural". Segundo aliados da ex-senadora, ela só aceitará a candidatura se seu nome for aclamado pelo partido. Além disso, faz questão de fechar questão antes com os dirigentes de sua Rede. O principal temor de Marina é que os já complicados arranjos nos palanques estaduais se deteriorem. Nas últimas 24 horas, lideranças regionais do PSB, partido que durante anos orbitou os governos Lula e Dilma Rousseff, foram procuradas por petistas numa tentativa de reaproximação.

Amiga da família de Eduardo Campos, Marina irá a Recife amanhã para o velório e permanecerá até enterro do corpo, no dia seguinte. Durante todo esse tempo, estará cercada pelos dirigentes do PSB, que também contam com um pedido da família de Campos para que ela aceite substituí-lo. Segundo um interlocutor de Marina, ela dificilmente resistirá se isso ocorrer – e a tendência é que retorne de Recife candidata.

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