A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou hoje
(15) que a aeronave em que viajava o candidato do PSB à Presidência da
República, Eduardo Campos, não poderia decolar sem o gravador de voz ativado.
Segundo a agência, embora não seja um item de segurança, o equipamento deve ser
obrigatoriamente checado pelo comandante antes do início do taxiamento,
conforme manual de operação do fabricante da aeronave.
O manual também estabelece que o cockpit voice recorder
(CVR) deve ser verificado a cada 150 horas de voo ou 24 meses, o que ocorrer
primeiro. Mais cedo, a Aeronáutica informou que o gravador de voz do jato que
caiu quarta-feira (13) não registrou as conversas ou sons ambientes em seu o
último voo. As duas horas de áudio gravadas e já analisadas por peritos do
Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) não
correspondem ao voo em que Campos e mais seis pessoas morreram.
A Anac reiterou que o avião PR-AFA, modelo Cessna Aircraft
560XL, estava com a Inspeção Anual de Manutenção e o Certificado de
Aeronavegabilidade válidos e que a última verificação anual completa das
manutenções foi executada em fevereiro deste ano.
A aeronave, com capacidade para nove passageiros, de
propriedade da Cessna Finance Export Corporation, era operada pela empresa
privada AF Andrade, por meio de arrendamento operacional (leasing), conforme
Registro Aeronáutico Brasileiro. A Anac pediu apoio à Polícia Federal para
localização do operador, com o objetivo de verificar informações veiculadas
pela imprensa sobre eventual venda da aeronave, ainda não comunicada à agência.
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