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quinta-feira, 29 de maio de 2014

Fosse o Brasil um país sério, Joana Havelange, diretora do COL, já estaria atrás das grades


joana_havelange_02Sol quadrado – A lambança patrocinada por Joana Havelange, diretora do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo (COL), deve aumentar. Isso porque a filha de Ricardo Teixeira (ex-presidente da CBF) e neta de João Havelange (ex-presidente da FIFA) postou em uma rede social, na terça-feira (27), uma declaração no mínimo controversa. Afirmou a diretora do COL, ao se referir às obras da Copa, que “o que tinha que ser roubado já foi”.

A afirmação de Joana Havelange surgiu após o ex-jogador Ronaldo Nazário, que também integra o COL, ter declarado que sente-se envergonhado com os injustificáveis atrasos nas obras destinadas ao mundial de futebol. O ex-centroavante da seleção foi mais longe e disse que discorda de superfaturamento de obras e corrupção. O que leva a entender que a roubalheira existiu nas obras da Copa, como já era esperado.

Depois da enorme repercussão de sua infame declaração, Joana Havelange voltou à rede social Instagram para tentar remendar o desvario. Repetindo o mantra de camelô de que o Brasil fará a Copa das Copas, Havelange, a neta, escreveu: “Infelizmente eu não posso nem replicar algo positivo numa página pessoal que oportunistas vêm invadir meu círculo pessoal para a organização da Copa. Eu postei um texto que corre pelas mídias sociais que levantava o espírito num momento tão importante do nosso País. De fato não atentei para a frase que está gerando toda a polêmica. Não concordo com ela e lamento não ter me atentado para ela”.

É importante avisar à senhora Joana Havelange que reconhecer a existência de roubalheira em obras financiadas com o dinheiro público está a anos-luz de ser “algo positivo”. É, sim, caso de polícia, por que não de cadeia. Pelo fato de se indignarem com afirmação tão absurda os brasileiros de bem não podem ser chamados de “oportunistas” por alguém que por questões familiares viveu à sombra do oportunismo, sempre escancarado e condenável.

joana_havelange_06O mais bizarro nessa ópera bufa é que Joana Havelange, depois de tamanha sandice, ainda tenta passar por vítima quando afirma que é alvo de injustiças. Se a diretora do COL é simpática à farsa protagonizada pela presidente Dilma Rousseff, que tenta salvar a Copa do fiasco que se aproxima, é um assunto que ela deveria tratar de forma restrita, não publicando mensagens absurdas em redes sociais.

Contudo, essa desculpa esfarrapada de última hora de Joana Havelange, que agora posa de “boa moça”, não há de convencer até mesmo o mais ignaro dos cidadãos, pois é sabido que a roubalheira falou mais alto nas obras da Copa do Mundo. Uma arena esportiva, erguida em um estado onde o futebol é inexpressivo, que custa US$ 1 bilhão – é o caso do Estádio Mané Garrincha, em Brasília, significa que a corrupção e o superfaturamento deram o tom da gatunagem. O pior é que a senhora Havelange afirma, em sua nova e estabanada postagem, que em relação à Copa o Brasil está no caminho certo.

Fosse o Brasil um país minimamente sério e com um povo responsável e com sangue nas veias, Joana Havelange já estaria presa, pois é inadmissível que a diretora do Comitê Organizador Local faça uma declaração estapafúrdia, que sugere a existência de crime, e ao final tenta provar que foi mal compreendida. Como já informou o ucho.info, nos Estados Unidos, por exemplo, a filha de Ricardo Teixeira teria sido presa por conspiração contra o Estado, pelo menos. Sem contar que, dependendo da situação, a neta do nefasto João Havelange poderia ser acusada de conivência ou falsa comunicação de crime.

Essa rumorosa confusão envolvendo Joana Havelange serve para confirmar o dito popular que garante que uma maçã, mesmo podre, não cai longe da árvore. Por isso, brasileiros de bem, ainda dá tempo de boicotar a Copa.

Confira abaixo as duas mensagens postadas pela irresponsável Joana Havelange na rede social Instagram

joana_havelange_04

joana_havelange_05

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