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quarta-feira, 2 de abril de 2014

Aprenda a discursar com Dilma Rousseff: dez aulas práticas em cinco minutos e meio

Por Augusto Nunes - VEJA


Para cumprir a promessa formulada no título ─ “Aprendendo a discursar com Dilma Rousseff ─, o vídeo de  5:39, agrupou 10 palavrórios da presidente que criou um estranho subdialeto para deixar claro que não consegue dizer coisa com coisa. Ela tropeça na gramática e espanca o raciocínio lógico até quando está lendo o que algum assessor escreveu. Encerrado o curso intensivo, também fica evidente que é melhor ser surdo do que ouvir um improviso em dilmês.

O cortejo de assombros começa com Dilma ensinando a Barack Obama que pasta de dente não tem nada a ver com dentifrício e termina com a invenção do “decreto líquido”. Entre os dois espantos, o neurônio solitário promove Manaus a capital da Amazônia, descobre no segundo parágrafo que está lendo à tarde o discurso que foi escrito para o comício da noite, revela que a Zona Franca evita o desmatamento, avisa que as árvores são plantadas pela Natureza, inaugura uma ligação submarina entre o Brasil e a Europa, enxerga um cachorro oculto por trás de toda criança e reconhece formalmente “a União Europeia como sendo uma reserva dos maiores times de futebol”. Fora o resto.

Veja Dilma em ação. E seja compassivo com os encarregados de traduzir para outros idiomas falatórios que nenhum brasileiro com cérebro consegue decifrar.

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