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“FORA, DILMA!”


Finalmente, rompeu-se o impasse.

A queda de braço entre a Presidente da República e o Presidente da Câmara de Deputados, verdadeira chantagem recíproca em que ambos se empenhavam, ameaçando-se ostensivamente com o deslanche da campanha de impeachment de um ou do outro, barganhando votos e prazos, todos sabendo que o outro mentia até considerar-se em posição de vantagem para romper o acordo da véspera, desequilibrou-se e as coisas se precipitaram, como aconteceria mais cedo ou mais tarde.

Felizmente para o Brasil, foi mais cedo do que ousávamos esperar.

O que decidiu a parada foi o fato de três deputados petistas do baixo clero, membros da Comissão de Ética da Câmara (sem gargalhadas, por favor) terem cedido às pressões e ofertas de seu partido e declarado seu voto para o prosseguimento da ação contra Eduardo Cunha que tramita naquela Casa.

Sentindo-se traído pelo partido da Presidente, com justa razão, Cunha adotou a medida que já tinha pronta para esta eventualidade: retaliou, acolhendo o pedido de impeachment da Presidente, que dormitava em sua gaveta há meses e dando andamento ao processo.

Rompido o acordo dúbio que unia as duas autoridades, uma prometendo evitar que a outra fosse impedida, o tempo passa, agora, a correr contra o Presidente da Câmara, envolvido em maracutaias da Operação Lava-Jato e nas mentiras com que procurou encobrir a existência de gordas contas em bancos suíços, com recursos de origem nebulosa ou mágica.

Dilma, por sua vez, tem interesse em que seu julgamento comece logo, pois percebe que a situação econômica nacional se deteriora diuturnamente e, em breve, teremos manifestações populares nas ruas, pedindo sua saída.

Esperamos que tais trâmites realmente se acelerem, já que o acordo de proteção mútua acabou, e estejamos, nos prazos legais, livres desses dois personagens – Dilma e Cunha – que tanto mal já nos fizeram e ainda podem fazer, enquanto não forem definitivamente afastados da vida pública.

Na série de ameaças que proferia de vez em quando, para reforçar sua posição na barganha política com que pretendia salvar seu mandato, o deputado citava um rol de dezenas de parlamentares sobre os quais dispunha de dossiês comprometedores, que seriam divulgados caso fosse afastado de sua posição privilegiada.

Que venham então essas novas denúncias, para que prossiga a faxina ética de que tanto o Brasil precisa.


Que tudo isso nos sirva de lição, para não mais nos deixarmos enganar por candidatos mentirosos e falsos nas próximas eleições, a partir das de 2016.

Natal sem Dilma ou Carnaval do Impeachment


dilma mariaMadame vai sair fantasiada de D. Maria, a Louca

Três bobagens, três derrotas. Fala-se das tentativas do PT, do PCdoB e de deputados governistas de obter do Supremo Tribunal Federal a anulação do processo de impeachment da presidente Dilma, iniciado pelo presidente da Câmara. Qualquer observador de bom senso desestimularia esse tipo de ação, não só pela falta de embasamento jurídico quanto pelo estímulo da interferência entre os poderes da União. Queriam a mais alta corte nacional de justiça atropelando a Câmara dos Deputados numa decisão exclusiva dos representantes da população.

O resultado só poderia ter sido a rejeição, exarada em termos duros e necessários, pelos ministros Celso Mello, Gilmar Mendes e, sem a menor dúvida, por todos os demais integrantes do STF. Desmoralizaram-se os autores dos pedidos, mas, acima de tudo, ajudaram a desmoralizar o governo. Forneceram mais uma prova da confusão verificada em torno da presidente Dilma, que se foi consultada previamente e autorizou, fica muito mal. Mas se não foi, pior ainda.

Apesar das sucessivas reuniões ministeriais promovidas por Madame, continua o bate cabeça no Palácio do Planalto e adjacências. A novidade, ontem, foi a disposição do governo de apressar o julgamento. O argumento anunciado como exigência da presidente baseou-se no raciocínio de que se agora está feio, com o passar dos meses ficará horrível, tendo em vista o agravamento da crise econômica. Quer dizer, em vez de demonstrar disposição para debelar o desemprego, o aumento de impostos e as dificuldades crescentes na vida nacional, os detentores do poder preferem antecipar o confronto.

Imaginam dispor de mais apoio, ou de menos abandono, antes que a situação se deteriore. É reconhecer a incapacidade de recuperar a economia. Em especial quando concluem melhor submeter-se agora ao pedido de afastamento, quando dizem dispor de 258 votos, do que daqui a dois ou três meses, quando faltará a certeza de que contarão com 172, o número mínimo para salvar o pescoço da rainha. Mais uma prova de fraqueza. Por isso sustentam os governistas a suspensão do recesso parlamentar, com o funcionamento normal do Congresso em janeiro. Dificilmente conseguirão outra evidência de haverem perdido o controle do processo político.

Enquanto isso, prossegue a baixa tertúlia entre Dilma e seus ministros, de um lado, e Eduardo Cunha, de outro, acusando-se de mentirosos e chantagistas. Um lamentável espetáculo que não deveria ser encenado. Afinal, os dois grupos desdobraram-se em simulacros de entendimento e agressões ostensivas. Ninguém controla ninguém. O governo, com medo das ruas, prevendo que crescerão as manifestações ditas contra o impeachment, mas na realidade de indignação frente ao caos econômico. As oposições, cada vez mais ávidas de aproximar-se do vice Michel Temer, para o que der e vier.


Por enquanto, faltam votos no plenário da Câmara para a condenação da presidente. Em fevereiro, ignora-se, tendo em vista o perigo real e imediato da desagregação econômica prestes a transformar-se em crise social. Entre exortações para a antecipação do embate parlamentar, a pergunta fica é sobre o que fará mais mal ao país: o Natal sem Dilma ou o Carnaval do impeachment.


Picolé derrete como a Dilma: na pressão!

 
Historicamente, o sistema estatal brasileiro (União, Estados e Municípios) raramente respeitou os cidadãos - a não ser quando eles exerceram seu poder de pressão e direito instituinte. Na lógica de exploração do Estado Capimunista, na qual o indivíduo é tratado de forma subalterna, como se fosse um escravo - embora tenha as obrigações de votar, pagar impostos e obedecer (cegamente) a leis nem sempre legítimas. Normalmente, o modelo adora agir e tomar decisões sem ouvir as pessoas. Só dá problema quando tem reação forte de algum grupo organizado ou da maioria da opinião pública, via repercussão midiática.

Foi exatamente isso que aconteceu com o tal decreto de reorganização escolar que o governo do Estado de São Paulo baixou e tentou executar. O plano tinha uma série de "boas intenções" e propunha algumas medidas racionais básicas ou necessárias para o correto funcionamento de uma complexa rede de escolas públicas. Elas não são tão gratuitas quanto a fama sugere, pois têm gastos altos e muitos desperdícios de recursos, raramente transparentes ao cidadão-eleitor-contribuinte. Algumas têm qualidade, mas a maioria reflete o desastre educacional da pátria sem educação.

Como o "maravilhoso" projeto de reforma estrutural não foi exaustivamente discutido com a população, houve reações: justas ou nem tanto, beirando ao vandalismo e a violência. Jovens (de forma espontânea e também instrumentalizados por movimentos políticos) promoveram protestos nas ruas. As manifestações saíram do controle. Transformaram-se em "casos de polícia". Escolas foram ocupadas e depredadas. O Ministério Público foi forçado a entrar na confusão. Com abusos cometidos por todos os lados, e o caos gerado no trânsito, atrapalhando a mobilidade de quem achava que nada tinha a ver com as passeatas, geraram uma pressão de mídia contra o governo estadual - que fez um discurso inicial de que a mudança seria irreversível e irrevogável, até ser forçado a baixar a bola e recuar (de modo até politicamente covarde).

A gota d'água foi a divulgação de uma pesquisa de opinião indicando uma grande queda de popularidade do governador, combinada com a rejeição da maioria dos entrevistados contra uma reforma que não foi debatida publicamente (inclusive sem ouvir, até cansar, todos os alunos, professores e pais diretamente interessados). O governador Geraldo Alckmin, que tenta vender a permanente imagem de eficiência para emplacar uma candidatura presidencial em 2018, foi obrigado a revogar o decreto. O Secretário de Educação ficou pt da vida e pediu exoneração. A mesmice venceu, por culpa da arrogância autoritária do governo paulista há mais de uma década comandado pelo PSDB - que tem todos os cacoetes totalitários de uma falsa e envergonhada esquerda, que pouco tem de social e menos ainda de democrata.

Pelo recuo inoportuno e covarde, diante de uma pressão de jovens que chegou a acusar de ter sido instrumentalizada politicamente (pelo PT e PC do B), Geraldo Alckmin praticamente sepultou sua chance de se viabilizar como candidato a suceder a desgastadíssima Dilma Rousseff. O governador Alckmin agora terá sua impopularidade acelerada pelo episódio da reforma escolar (na qual nem ele acreditava, senão não a revogaria, mas faria a tal audiência pública para iniciar um debate que deveria ter sido um pressuposto).

O tucano foi vítima da própria fragilidade e falta de consistência. Picolé de Chuchu derrete, facilmente, sob o calor do clamor popular. A fraqueza comprovada e exposta de Alckmin foi uma ótima oportunidade para lembrar aos cidadãos brasileiros que é preciso e vale a pena reagir, de forma civilizada e legítima, porém contundente, contra os abusos cometidos pelos entes estatais e suas máquina de perseguição (as gestapos tupiniquins). A pressão popular funciona (para as coisas certas, e também para as coisas erradas). Os governos (ainda) têm medo da reação popular. Este é o detalhe mais importante.

A regra vale para que o Brasil consiga se livrar da Dilma Rousseff - eleita pela maioria sem noção e pela omissão completa de uma suposta oposição que, claramente, não quis ganhar a eleição - questionável pela votação eletrônica sem direito a uma legítima recontagem de voto por meio físico. Protestar é preciso! No entanto, a passividade do brasileiro diante dos abusos dos vários desgovernos ainda é uma péssima tendência. O governo do Crime Organizado tira vantagem desta fragilidade do cidadão sem fé e coragem.

Vem aí uma nova onda de protestos nas ruas contra Dilma e seu desgoverno. Será que no dia 13 de dezembro milhões irão às ruas? A petelândia aposta que não, e corre para impedir o recesso parlamentar, a fim de colocar em votação o processo de impeachment de mentirinha (um golpe baixo armado pelo alto clero do Congresso Nacional para usar a maioria da base aliada e rejeitar o processo contra Dilma). A manobra é canalha! Pena que alguns idiotas, inocentes inúteis, não queiram perceber o jogo sujo do Palhasso do Planalto (o ente fictício máximo de um País de Mentiras).      

Ainda estamos engatinhando na reação aos abusos estatais no Brasil. No entanto, a revolução brasileira dá sinais de avanço. Vale a regra: quem não reage rasteja!

Cantamos a Marchinha


Japonês da Federal: o hit do momento. Dos Autores: Thiago SP, Dani Batistonne, Jabolinha e Tigrão.

Sem lugar



Acarajé Petista