A esquerda costuma tratar como capitão-do-mato todo negro
que se opõe a ela.
Já aconteceu com o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal,
Joaquim Barbosa – o carrasco dos mensaleiros – e agora com o professor Paulo
Cruz, que contestou a cantora Daniela Mercury, para quem a redução da idade
penal é um “extermínio dos negros” (sic).
Para o progressista de plantão, os negros são seus aliados
naturais e ele busca neles o apoio moral para suas teses. A cor da pele do
interlocutor, contudo, é usada contra ele quando este se revela um opositor dos
dogmas da esquerda.
É interessante notar que o progressista vive a dizer que a
cor da pele não importa, mas a verdade é que a cor da pele dos outros nunca
lhe passa desapercebida.
O progressista padrão é dotado de um radar que tenta
identificar em poucos segundos a cor da pele, a classe social e a opção sexual
do interlocutor.
A lógica binária das mentes progressistas impede que seus
portadores saibam lidar com a diversidade. Negros conservadores como Thomas
Sowell e homossexuais de direita como Clodovil são anomalias no mundo
preto-e-branco dos progressistas.
A
esquerda não permite que negros divirjam dela. E entende que a cor da pele
de todo indivíduo é sua jaula ideológica. É negro? Tem que ser de esquerda!
Por isso o jovem negro Fernando Holiday foi
brutalmente ofendido. A esquerda reduz o indivíduo a sua cor de pele e faz
dela a sua jaula ideológica. Holiday é negro? Não pode ser de direita!
O progressista pensa que os negros são vulneráveis e que
devemos tratá-los com a gentileza discriminatória que dispensamos às crianças.
E não importa o que os negros pensem a respeito: nenhuma criança sabe o que é
melhor para si mesma.
É por isso que podemos testemunhar situações bizarras como o
“diálogo” impetuoso entre Daniela Mercury e um negro para quem a redução da
idade penal não significa o encarceramento em massa de negros.
Na tentativa de afirmar sua superioridade moral, a cantora
partiu para a hipérbole política e afirmou que reduzir a idade penal é coisa de
quem quer “exterminar negros e pobres”.
Ao reduzir toda a problemática da idade penal a uma forçada
associação com negros e pobres, Mercury deixa subentendido o que ela realmente pensa
dos negros e pobres.
Paulo Cruz, um negro, contestou a frase absurda de Daniela
Mercury, recebeu um evasivo “me respeite” e ficou falando sozinho.
Pouco depois, um perfil de fãs da cantora conclamou os
“mercuryanos” a denunciar o perfil de Paulo! Qual seria o conteúdo da denúncia?
“Ele é negro, mas não é de esquerda”?
Preconceituoso prafrentex
A necessidade imperiosa de bancar o cafetão das minorias –
para usar a brilhante expressão de Alexandre Borges – faz o progressista negar
o fato de que negros, homossexuais e pobres não são obrigador a assumir
determinada visão de mundo por causa da sua cor, opção sexual ou origem social.
O progressista é um preconceituoso politicamente correto.
Isso me faz refletir: será que existe um racismo de
esquerda? Politicamente correto?
A tentativa da esquerda de associar a redução da idade penal
aos negros esconde uma premissa…racista. Ora, existem muitos negros e pobres no
Brasil, mas apenas uma minoria deles comete crimes, acreditem ou não os esquerdistas.
Aliás, não são “os negros” que vão para a cadeia; são os
criminosos, sejam eles negros, brancos, asiáticos ou coloridos.
O que sei é que os supostos defensores de minorias não têm
mandato para falar em nome daqueles que supostamente representam. Falam apenas
em nome de sua ideologia.
E sei que associar
a redução da idade penal à hipótese de encarceramento em massa de negros é
um preconceito às avessas.
É feio ter que repetir isso para progressistas, mas vamos
lá: galerinha prafrentex, os negros não são bandidos em potencial.
Por favor, aceitem isso.
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