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quarta-feira, 27 de agosto de 2014

O debate na Band: Aécio Neves foi o melhor no show de horrores

 
Terminou agora há pouco o primeiro debate entre os candidatos à presidência, organizado pela TV Bandeirantes. A verdade foi a primeira sacrificada, como de praxe. A língua portuguesa a segunda, em época na qual “nóis pega o peixe” passou a ser aceito como “apenas diferente”, e não mais algo incorreto. Marina Silva não quer que a conquista do tripé macroeconômico se “perda” (sic), o Pastor Everaldo quer que algo “seje” (sic) destacado, e por aí vai.

Mas se a forma fosse o principal ponto fraco, até dava para relevar. O problema é mesmo de conteúdo. Poucas propostas decentes, muita enrolação, fuga pela tangente, dados infundados e promessas vazias. Um espetáculo desprovido de essência, de solidez, de argumentos e propostas efetivas. Perde a democracia, ou talvez seja esta a democracia possível para nosso Brasil de hoje – quero crer que não. Abaixo, um rápido resumo de minha visão por candidato:

Aécio Neves

Foi o que se saiu melhor, sem dúvida. Manteve a postura e a calma, conseguiu colocar Dilma contra a parede em alguns momentos, como no caso da Petrobras, em que lembrou da perda de mais da metade do seu valor nos últimos anos e da transferência do noticiário econômico para o policial, com tantos escândalos e um diretor importante preso. Perguntou se a presidente não gostaria de aproveitar a oportunidade para pedir desculpas pela gestão temerária, o que foi um tiro certeiro. Não fugiu do legado positivo de FHC, das privatizações, como fizeram Alckmin e Serra antes. Soube explorar no final a diferença da equipe técnica, a experiência de Armínio Fraga, contra eventuais “aventuras” ou o “mais do mesmo”, que seria caótico. Teve uma tirada excelente ao dizer que “o sonho de todo brasileiro é viver no Brasil da propaganda do PT”. Só faltou emendar que o sonho da cúpula do PT é mais prosaico: sair da prisão! Pecou pela pusilanimidade ao não explorar melhor o Decreto 8.243, de viés bolivariano, preferindo falar em “preservar a separação dos poderes constitucionais”, em vez de mastigar melhor a mensagem e lembrar que representa o caminho da Venezuela, que o ex-presidente Lula considera viver em “excesso de democracia”. Poderia ter marcado ponto ao defender uma redução da maioridade penal logo de cara, o que não fez. E precisa maneirar nos termos para não reforçar a imagem de elitista. Falar coisas como “avilta” e “estertores” é música para nossos ouvidos, bem machucados pelos demais, mas não quer dizer patavina para um público mais simples. Dito isso tudo, é realmente assustador ver a (falta de) qualidade dos demais e pensar que Aécio poderá nem mesmo estar no segundo turno, o que nos dá vontade de jogar a toalha em ato de desespero e abandonar nosso país (o que, para a tristeza dos golpistas, não faremos).

Dilma Rousseff

Tensa, nervosa, na defensiva, e incapaz de responder uma só pergunta de forma direta. Mas treinou antes as táticas de enrolar e fugir, ou de defender o indefensável. Tenta se comparar ao governo FHC ignorando que foi nele que a inflação começou a ser efetivamente derrotada e que parte da crise na época foi causada pelo próprio PT e o risco Lula. Joga a responsabilidade pela estagflação atual na crise externa. Essa terrível crise externa de que Dilma tanto fala é aquela que fez os demais países emergentes crescerem mais que o dobro do Brasil com menos da metade de inflação? Talvez tenha conseguido enganar alguns incautos, mas em geral se saiu mal e deve ter perdido mais alguns votos, ao menos aqueles que não foram comprados. Enfatizou a importância de um plebiscito popular para uma nova Constituinte, o que é clara tentativa de golpe para quem esteve mais atento nos últimos anos. Fugiu pela tangente quando apertada sobre a relação promíscua com a ditadura cubana. Chamou a atenção, também, o fato de que concentrou sua munição mais em Aécio, sendo que Marina acaba de sair como favorita no segundo turno em nova pesquisa do Ibope. Será que o PT não confia nessas pesquisas e acha que o alvo deve ser mesmo o tucano?

Marina Silva

Postura de Gandhi, de quem paira acima de todos, da disputa partidária, o que é muito irritante para quem não sonha em “salvar o planeta” só com uma bike e comendo alface. Soube explorar a comoção nacional bancando a “viúva” política de Eduardo Campos. Não conseguiu escapar de suas contradições, mas tampouco escorregou feio. Para seu público típico, diria até que foi bem, pois quem acende sempre uma vela para o Diabo e outra para Deus tem como alegar que defende tudo, ou que é contra tudo. Marina é a favor do agronegócio (agora) e da ecologia sustentável. Quer aproveitar o melhor do PT e do PSDB, mas é a resposta para quem não aguenta mais a polarização entre ambos (e finge não ter sido do PT pelos últimos 30 anos). Ganhou pontos com os moderados quando, rebatendo a uma pergunta de Luciana Genro, disse que não dá mais para defender a velha esquerda que se julga dona da verdade absoluta (resta saber se ela não se considera esquerda). Mas quando questionada sobre o programa Mais Médicos, acabou o defendendo, ainda que como “paliativo”. É essa a “nova política” de Marina? Um bolivarianismo paliativo?

Luciana Genro

Uma piada a candidata do PSOL! A velha esquerda caricata, que “acusa” até o PT de neoliberal, lembrando que seu “papai” é não só do PT, como da linha dura esquerdista. A candidata de Gregório Duvivier acha que todos os males do mundo são responsabilidade do tal Capital Financeiro, um monstro mais malvado do que Hitler, pelo visto, como disse jocosamente um amigo. Ela quer combater a inflação com o MST! Mostra intolerância às religiões, especialmente ao cristianismo. E parece crer que as grandes prioridades do país são legalizar todas as drogas, o aborto e garantir mais direitos aos gays e transsexuais. Enfim, o simples fato de alguém com tais “ideias” retiradas diretamente de um panfleto marxista de um século atrás ser candidata e ainda receber o apoio de artistas e “intelectuais” mostra o atraso de nossa política.

Pastor Everaldo

O discurso é bom, mas o mensageiro não convence. Como brincou um leitor, parece que ele aprendeu sobre liberalismo pelo Twitter uma semana atrás. Toca nos pontos certos, fala em estado mínimo, em menos Brasília e mais Brasil, em federalismo com descentralização de poder, em reduzir a maioridade penal e valorizar quem trabalha de verdade, em cortar ministérios, até em privatizar a Petrobras! Mas fica tudo meio solto, sem convencer de verdade, sem o devido embasamento. O discurso certo na pessoa errada.

Levy Fidelix

O mesmo vale aqui. Foi uma surpresa interessante no debate, pois era um dos mais desconhecidos. Tem um jeito engraçado, e resolveu “bombardear” Marina com uma pergunta. Quer privatizar até as prisões (o discurso liberal vai ganhando força finalmente), liberar armas em casa para legítima-defesa e reduzir a maioridade penal. Como o Pastor Everaldo, tem discurso interessante, mas na fonte errada.

Eduardo Jorge

O candidato pelo PV foi a sensação da noite, pelo aspecto pitoresco. Uma espécie de Tiririca entre os outros (Luciana Genro é concorrente de peso quando tenta falar a sério). Pessoas maldosas poderiam até dizer que ele consumiu alguma clorofila estragada ou que tinha alguma substância estranha em sua granola. O fato é que o homem parecia ter saído de um hospício, e não juntava muito o lé com o cré. Chegou a encurtar uma resposta a míseros dois segundos, abrindo mão de seus três minutos, quando sabemos que o tempo é precioso demais em debates. Talvez estivesse com pressa para alguma coisa, em abstinência de granola, com muita fome, não sabemos.


O resumo geral é que nossa democracia é mesmo dominada por amadores, malucos ou safados, e assusta, como já disse, o fato de que o candidato que se destaca em termos de postura e apresentação de ideias corra o risco de sequer chegar ao segundo turno. É de tirar nosso sono mesmo…

Dilma mente sobre a PF no debate da Band





A Polícia Federal enfrenta uma das maiores crises de sua história e entre as maiores críticas, esta a interferência política nas suas investigações. Enquanto isso, a Presidente Dilma vai a TV para dizer que a PF é livre para investigar.

Marina Silva: a “nova direitista” que a esquerda escolheu para os conservadores do Brasil


Se depender de Emir Sader, a direita, ou os conservadores, já têm seu candidato: Marina Silva. Ele defendeu essa ideia no site esquerdista Carta Capital. Ora, para que ele tivesse um pingo de razão, ele teria de provar que: 
  1. Marina não militou durante mais de duas décadas no Partido dos Trabalhadores (PT).
  2. Marina nunca foi uma ambientalista radical nem foi ministra do Meio-Ambiente no governo Lula.
  3. Marina nunca ocupou papel de liderança na infame Central dos Trabalhadores (CUT).
  4. Marina nunca teve papel de liderança na Rede Sustentabilidade, cujos fundadores são a favor do aborto, “casamento” gay e maconha e, além disso, opostos às campanhas evangélicas em defesa da família.
  5. Marina nunca foi assessorada pelo maior católico progressista — Leonardo Boff — nem pelo maior protestante progressista — Caio Fábio.  
Marina Silva e Leonardo Boff, da Teologia da Libertação
Se Emir Sader conseguir provar que Marina não tem esses envolvimentos, então ele pode começar a argumentar sobre uma possibilidade de Marina ser conservadora.

Contudo, esse não é o caso. Marina nunca foi conservadora. Pelo contrário, ela se queixou da “onda de conservadorismo” que quase derrotou Dilma Rousseff na eleição presidencial de 2010. A onda conservadora foi a expressão de fortes sentimentos cristãos contra o aborto e o homossexualismo. Em vez de se colocar frontalmente contra o histórico e posições patentemente abortistas e homossexualistas de Dilma e do PT, Marina, em sua “Carta Aberta aos Candidatos à Presidência da República Dilma e Serra”, criticou abertamente o que ela enxergou como “esse conservadorismo renitente que coloniza a política e sacrifica qualquer utopia em nome do pragmatismo sem limites.” (Fonte: http://bit.ly/11zFSqq)

O que Sader está fazendo — escolhendo uma esquerdista para os conservadores — não é novidade. Na última eleição presidencial americana, os eleitores americanos tinham uma candidata excelente: Michele Bachmann, que é contra o aborto, o “casamento” gay, a favor da educação escolar em casa, da liberdade dos pais vacinarem ou não os filhos, etc.

No entanto, a esquerda americana insistia em peso que o candidato ideal para a direita americana era o mórmon liberal Mitt Romney, que como governador do estado de Massachusetts legalizou o “casamento” gay. Massachusetts, sob Romney, foi o primeiro estado americano a legalizar essa abominação.

Romney era o candidato predileto da esquerda americana para a direita americana! Estamos num tempo tão difícil que agora, desde os EUA até o Brasil, quem escolhe candidatos para os conservadores são os próprios esquerdistas.

Pobre de nós, conservadores! Estamos tão incapacitados de fazer escolhas que os esquerdistas “bondosamente” indicam seus próprios aliados para nos representar. É a velha, desgastada e inútil estratégia de “votar no menos pior ajuda” — sim, sempre acaba ajudando a garantir a perpetuidade da esquerda no poder.

Michele Bachmann não é nada parecida com Romney, assim como Marina não é nada parecida com uma cristã conservadora. Michele é uma política cheia do Espírito Santo, não cheia de Teologia da Libertação. Veja as referências de Michele aqui:

Michele nunca se envergonhou nem atacou ondas conservadoras. Pelo contrário, ela apoiou todas, inclusive o Tea Party, que foi a maior onda conservadora nos EUA.

Agora compare a Michele cheia do Espírito Santo com a Marina cheia da Teologia da Libertação:

Essa é a Marina que Emir Sader e outros da esquerda brasileira escolheram para representar os conservadores do Brasil. Sader tem a coerência de mostrar que no passado a escolha para os conservadores foi o socialista Fernando Henrique Cardoso. Assim, ao mesmo tempo em que escolhem um Lula ou uma Dilma para si, a esquerda escolhe como “alternativa” para os conservadores um clone camuflado dessas criaturas socialistas.

E se Marina também sofrer um acidente de avião? Não tem problema: Sader & Cia não vão hesitar de nomear Aécio Neves pró-“casamento” gay como o legítimo representante dos conservadores.

Como cristão conservador, só tenho uma resposta: Vade retro, Satana!
A esquerda nos EUA e no Brasil está com tudo para escolher candidatos para si e para os conservadores.

Pena que não tenhamos nenhum candidato cheio do Espírito Santo, contra o aborto, o “casamento” gay, a favor da educação escolar em casa, da liberdade dos pais vacinarem ou não os filhos, etc.

Pena que não tenhamos nenhum candidato para condenar de forma clara e sem ambiguidade — parafraseando Marina — “a Teologia da Libertação renitente que coloniza a política e sacrifica a família e a vida em nome de uma igualdade marxista utópica e destrutiva.”

Marina: Para fingir que não é política, a Protetora das Saúvas persegue o poder com a fantasia de retirante de butique

Por Reynaldo Rocha

Marina escolheu o PSB por falta absoluta de opção. Continua apoiando petistas do Acre e do Rio de Janeiro.
Continua sem saber que economia é ciência e não slogan de sonháticos e pesadeláticos.

Um dia o prefeito da maior capital do país se definiu como alguém que não era de centro, nem de direita e nem de esquerda. Entendi que ele era de baixo.

Agora temos uma política profissional – sempre viveu disso – repetindo o discurso de Collor: cuidado com os políticos (os outros). O perigo maior é ela própria.

Messiânica, com ar de retirante de butique, seringueira de Brasília e acusadora de todos os que ousam discordar do que diz, Marina Silva faz lembrar o que de pior temos nestas terras tupiniquins: o antigo PT, dono de ética e das verdades. Deu no que sabemos. Difícil escolher entre o descaramento explícito e a desfaçatez silenciosa.

Uma escolha entre Dilma e Marina não é sequer um plebiscito. É uma roleta russa. Envolta em panos (caros) e echarpes (mais ainda), Marina se porta frente aos marineiros como guru a ser idolatrado. Concorda com tudo e não assume nada. Diz platitudes que, se não têm consistência, ao menos entendemos.
Entendemos?

Como uma madre Teresa do Acre, cultiva a figura que tenta ser uma Quixote de saias. Mesmo sendo um Sancho Pança famélico.

Não é contra nada. Mas sempre longe de ser a favor de algo, pois para ser a favor é preciso ter ideias.

Dizer-se sucessora de dois ex-presidentes é o cúmulo da prepotência. Quer ser a continuidade e oposição ao mesmo tempo. Quer ser herdeira sem ter sido aliada de um deles. Pelo outro foi usada e usou a imagem de pobres e nordestinos. Uma falta de vergonha e compostura que envergonha qualquer povo da floresta, da cidade ou do butequim.

Quem em sã consciência é contra a luz elétrica? Ter como programa o apoio à luz elétrica é tão assustador quanto pretender ser presidente e contar com quadros (que a Rede de Embalar Idiotas não tem) de outros partidos. Um ministério com Aloysio Nunes e José Dirceu? Com Álvaro Dias e Ideli? Todos irmanados em mantras matinais quando a salvadora e casta presidente adentrar qualquer ambiente?

Marina Silva é um engodo. A Rede sabe disso. Eduardo Campos também sabia. O que ela tem de valioso são os votos de quem, sem entender o que diz, prefere uma frase com pé e sem cabeça a frases sem uma coisa nem outra, como as despejadas por Dilma. É pouco. Muito pouco.

Tancredo morreu e herdamos Sarney. Eduardo deixou essa coisa amorfa e arrogante que se julga a nova dona do Brasil

Triste destino nos tem dado a Velha Senhora. Joga com a vida e morte escolhendo o absurdo para além da morte em si.

Marina escolheu o PSB por falta absoluta de opção. Continua apoiando petistas do Acre e do Rio de Janeiro. Continua sem saber que economia é ciência e não slogan de sonháticos e pesadeláticos.

Continua a criar uma seita, que neste início é ainda mais sectária que o PT.

Acha que em se plantando tudo dá, mesmo que seja no quintal das casas dos protegidos pela falta de estrutura. Não enxerga o agronegócio. Assim como o idiotizado Suplicy (isso explica a amizade que os une) é monotemática. Alguém se lembra de UMA ÚNICA palavra de Marina sobre a saúde e os médicos cubanos? Ou a agressão a Yoani Sanches? Política fiscal? Inflação? Política de desenvolvimento da indústria? Agências reguladoras? Sobre os 39 ministérios e Ali Lula Babá? Sobre a amante Rosemary? Sabe-se o que ela pensa sobre política externa? Infraestrutura? Exportações? Política de emprego e renda?

São detalhes para os marineiros. Na visão tacanha desse grupo, que lembra antigos bandos de hippies em Arembepe, mais importantes são os povos da floresta, a plantação de mandioca e a sustentabilidade que NUNCA foi explicada com clareza.

Marina é insustentável. Insuportável. Despreparada. Fruto de um destino cruel com Eduardo Campos. Dona da verdade. Aproveitadora de partidos e lutas que não são dela.

Marina é – esta sim – um Collor repaginado.

O Caçador de Marajás saiu do Planalto a pontapés do Planalto (aliás, onde estava Marina naquela época?). Quem está tentando entrar é a Protetora das Saúvas, uma praga que agora age em rede.

Publicado na coluna de Augusto Nunes.




Quero morar na propaganda do PT




Na propaganda tudo é bonito e colorido, mas a realidade de nosso país é muito diferente...

Exército denunciou para Dilma esquema de venda de votos, com título de eleitor duplicado, no RJ

 
Em várias “comunidades” do Rio de Janeiro, principalmente no Complexo da Maré e na Baixada Fluminense, existem vários cidadãos com dois títulos de eleitores. Eles recebem dinheiro em troca do voto. Este mecanismo eleitoral do crime organizado foi denunciado, oficialmente, pela inteligência do Exército à Presidenta Dilma Rousseff – candidata à reeleição. Generais revoltados com tal escândalo já falam em “risco de ruptura institucional”, dependendo do resultado. Eis a verdadeira Zona Eleitoral... Ainda mais quando as pesquisas indicam até uma vitória de Marina Silva sobre Dilma Rousseff, com Aécio Neves ficando de fora.

Até então guardada sigilosamente pelo governo e pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, a informação sobre a vergonhosa manipulação de votos no Rio de Janeiro vazou no final da tarde de ontem. O grupo político de Aécio Neves tomou conhecimento. Espera-se que parta para alguma denúncia mais consistente e formal. Do contrário, ficará o informado pelo não dito. Concretamente, por falta de poder ofensivo, a candidatura do neto de Tancredo Neves corre tanto risco de naufrágio quanto o PTitanic.

Como de hábito no atual desgoverno, se for questionada sobre o explosivo tema, Dilma dirá que é “invenção” e que nada sabia sobre tal denúncia. Independentemente do que for dito, o resultado eleitoral já não merecia muito crédito – por causa da urna eletrônica, da transmissão de dados e do processamento de votos sem chances de auditoria externa. Agora se torna absolutamente inconfiável.

A descoberta concreta de fraude eleitoral, até agora mantida em “sigilo de Estado”, ocorreu durante as ocupações militares. Foram encontrados títulos eleitorais duplicados. Este mesmo golpe é aplicado em alguns estados do Nordeste e do Norte. No Maranhão, por cada voto a mais, o eleitor duplicado recebe até R$ 300 reais. O mesmo valor seria negociado nas áreas carentes do Rio de Janeiro – ainda dominadas por milícias urbanas.

Só a identificação biométrica, individualizada, do eleitor, cruzando dados do número do cadastro do eleitor, da carteira de identidade e do CPF, poderia evitar tal duplicidade de títulos ou a chance de alguém votar no lugar de alguém que já morreu – mas continua eleitoralmente ativo. Mas o Tribunal Superior Eleitoral não agiu com a necessária velocidade para fazer o recadastramento geral dos eleitores. Mais grave ainda: a oposição sequer cobrou tal celeridade que deveria ser prioritária e urgente para impedir a fraude eleitoral na hora da votação. A urna só é liberada para o voto se reconhecer as digitais do eleitor.

No Rio de Janeiro, por exemplo, só os 402.146 eleitores de Armação de Buzios e Niterói (universo ínfimo de 3,3% do total) usarão o sistema de identificação biométrica para votar. O eleitorado total fluminense, agora sob suspeita, é de 12.141.145 cidadãos. Quem não se recadastrou até 7 de maio não poderá participar da eleição. Em todo o Brasil, o recadastramento é feito gradualmente, obedecendo à Resolução 23.335 do TSE, atualmente presidido por José Dias Toffoli, ministro do Supremo Tribunal Federal e, em um passado não muito distante, advogado do Partido dos Trabalhadores.

A meta do TSE era contar, neste ano, com 22 milhões de eleitores identificados pela impressão digital. Em julho, chegou a um total de 23.851.673 aptos a votar com biometria. O eleitorado brasileiro total habilitado a votar este ano é de 142.822.046 eleitores – conforme as estatísticas eleitorais de 2014 do TSE.

A equipe treinada da Justiça Eleitoral realiza a coleta das impressões digitais, além de fazer a fotografia dos eleitores de maneira rápida e fácil. Um escâner de altíssima resolução permite uma leitura de qualidade das impressões digitais. Um programa de computador faz o controle de qualidade automaticamente. Na prática, os “fantasmas” devem desaparecer com o recadastramento.

Banqueiragem

Os bancos continuarão obtendo lucros recordes, com juros altos, carga tributária elevada como sempre e custo de vida aumentando ligeiramente. Eis a única previsão concreta para a economia brasileira em 2015, seja quem for eleito para o trono do Palácio do Planalto. Os demais prognósticos são uma grande incógnita. Cartomantes têm mais chances de acerto que os economistas que embarcam na conversinha nada fiada do desgoverno.

Uma pesquisa da Confederação Nacional do Comércio indicou um recorde de brasileiros endividados. Ao mesmo tempo, outro estudo do Banco Central revela que a inadimplência está no menos nível desde 2011. No final das contas, os bancos continuam faturando em cima de quem é forçado ou induzido a pegar dinheiro emprestado. Passam sufoco os encalacrados com juros e taxas dos cartões de crédito e os que incorporam o cheque especial ao cada vez mais apertado orçamento mensal, corroído pela “inflação”. No fundo, o brasileiro se vira na economia informal – o que minimiza os efeitos diretos das crises midiaticamente anunciadas.

Quem deve nem sempre teme, No entanto, se aporrinha muito. Bancos, financeiras e escritórios de advocacia contratados para recuperação de dívidas dadas como perdidas promovem um ataque constante, via telefone, SMS e cartas para a residência dos inadimplentes. Não há facilidades nas negociações – a não ser quando o “calote” já é dado como certo e a dívida já foi contabilizada pelo banco como “perda”. O termo é um humor econômico de baixo calão, já que as tarifas e os juros embutidos nos empréstimos já renderam muita coisa até se transformar no suposto “prejuízo”.

Curiosamente, tal cenário não é devidamente tratado na campanha presidencial. O Brasil desenhado pelos marketeiros não tem gente encalacrada. Além disso, comprometidos com o sistema financeiro, a maioria esmagadora dos candidatos (pelo menos aqueles com alguma chance concreta de vencer a eleição) fogem do polêmico assunto. Na vida real, todos bem de vida, não sabem a pressão psicológica sofrida por quem fica devendo ao banco ou tem o nome “negativado” nos serviços de proteção ao crédito.

As soluções concretas para os problemas do Brasil Capimunista (carestia, cartelização, cartorialismo, corrupção e canalhice) continuam fora da agenda dos candidatos. Por isso, pouco se pode esperar do resultado das urnas, seja ele qual for.  

Ameaçado pela promessa alheia

 

Soma fatal


 

Para reflexão

Por Marco Antonio Esteves Balbi

E se ao invés de pedir desculpas, tivéssemos que responder pelo descumprimento de uma norma legal?

Meu amigo General Paulo Chagas escreveu um escorreito texto sobre a jornalista Miriam Leitão e a adesão dela à campanha encetada pela direção da Comissão da (In)verdade no sentido de que as Forças Armadas peçam desculpas à nação pelos eventuais desvios cometidos por alguns dos seus membros durante a guerra interna 1968/1974 que o Brasil enfrentou.

O meu amigo é cavalariano e, como o cavalo passou encilhado, vou aproveitar e fazer uma digressão pertinente ao assunto.

Paulo Chagas, em um dos parágrafos, fala sobre o recrutamento de jovens que o PC do B realizava para a composição das Forças Guerrilheiras do Araguaia (FOGUERA). Chegou até a lograr algum êxito e muitos jovens das cidades, criados em áreas urbanas, que mal conheciam o campo, embrenharam-se na selva daquela região na expectativa de, um dia quem sabe, conseguir conduzir a revolução que levaria o país à ditadura do proletariado modelo russo, cubano, chinês ou albanês, ou uma combinação tupiniquim, quem sabe?

A reação das forças legais, aliada à absoluta falta de apoio da população local e associada à dificuldade de, pela localização geográfica, não contar com suporte do exterior, levou ao desmantelamento completo daquelas Forças.

Assim, passo a seguinte pergunta: caso as Forças Armadas não tivessem reprimido, por decisão do poder constituído em Brasília, a FOGUERA, e ela tivesse crescido a ponto de tornar-se, por exemplo, as nossas FARB, similar às FARC colombianas, e tivéssemos hoje uma área do território brasileiro, no sul do estado do Pará, norte do estado de Tocantins, onde o Estado brasileiro não pudesse exercer a sua autoridade, qual seria a reação da sociedade brasileira? Não cobrariam a negligência das Forças Armadas por não terem cumprido sua missão constitucional? Constituir-se-ia uma comissão da verdade para apurar quem foram os responsáveis, Presidente da República, Ministros Militares etc? Quanto custaria em termos de economia, política, psicossocial e mesmo militar ao povo brasileiro possuir uma área sem controle do poder central, incrustada bem no meio do seu território?

Finalizo esta pequena reflexão, lembrando que o PC do B continua aliciando jovens para o seu credo e que atuam, sob a forma legal e ostensiva, como União da Juventude Socialista (UJS), presente em todas as manifestações que ocorrem no Brasil. Prestem a atenção, pois são bastante atuantes e responsáveis, entre outros grupos, por muitos dos escrachos realizados em imóveis de pessoas que lutaram pela manutenção da democracia entre nós. Além disso costumam arguir sobre o paradeiro dos guerrilheiros que não retornaram da contenda, esquecendo-se de cobrar dos  próprios dirigentes, principais responsáveis por abandonarem os seus no campo de batalha. Afinal, era uma guerra!



O “tarifaço” que Dilma acusa a oposição de desejar já começou!


A marca registrada do governo Dilma na gestão econômica é seu voluntarismo, fruto da arrogância de que basta “vontade política” para resolver tudo com base na intervenção estatal. O mecanismo de preços livres, fundamental para transmitir informações relevantes aos investidores, foi totalmente destruído. Preços foram represados pelo governo, com anúncios populistas em cadeia nacional de televisão. Algo insustentável.

O custo da irresponsabilidade chegou. E o que faz a presidente Dilma? Acusa a oposição de desejar impor um “tarifaço” se eleita. Mas vejam a ironia da coisa: o “tarifaço” já está em curso, sob o próprio governo Dilma! Desta vez serão os consumidores do Piauí, Alagoas, Maranhão e Paraíba que sofrerão aumento de até 30% na conta de luz:

A Aneel aprovou nesta terça-feira o aumento na conta de luz em quatro estados do Nordeste. Os reajustes entram em vigor partir da próxima quinta-feira. No Piauí, a Eletrobras Distribuição Piauí (Cepisa) a tarifa vai aumentar 24,93% para os consumidores residenciais e comerciais (baixa tensão), enquanto para as indústrias (alta tensão) será de 29,14%. A distribuidora presta serviço para um milhão de unidades consumidoras localizadas em 224 municípios do Piauí.

Em Alagoas, os consumidores residenciais e comerciais (baixa tensão) da Companhia Energética de Alagoas (Ceal) vão ter um reajuste de 30,02%. Para os industriais (alta tensão), será de 37,08%. A distribuidora atende 950 mil unidades consumidoras localizadas em 102 municípios alagoanos. Os aumentos foram aprovados nesta terça-feira durante reunião pública da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Outro aumento autorizado pela Aneel foi o da Cemar, distribuidora do Maranhão, que presta serviço para 2,1 milhões de unidades consumidoras localizadas em 217 municípios do estado. Para as residências e comércio, o reajuste será de 24,11%, e para a indústria de 24,16%. O aumento começa a vigorar nesta quinta-feira, dia 28.

Na Paraíba, o valor da conta de luz vai subir em 1,265 milhão de unidades consumidoras de 216 municípios do estado. A tarifa dos consumidores residenciais e comerciais vai aumentar 21,43% e das indústrias 22,75%.

A quem Dilma quer continuar enganando com seu discurso? Às próprias vítimas de suas trapalhadas? Os nordestinos vão mesmo ter de escutar a “presidenta” afirmando que vem “tarifaço” por aí se Aécio Neves ou Marina Silva vencerem, enquanto são obrigados a pagar quase 30% a mais na tarifa de luz a partir de agora?

Lições da guerra em Gaza

Por Daniel Pipes

À medida que as operações israelenses contra o Hamas estão perdendo intensidade, apresento sete insights sobre o conflito que já dura um mês:

irondome
A Cúpula de Ferro em ação, protegendo israelenses.
Escudo antimísseis: O impressionante desempenho da Cúpula de Ferro, o sistema de proteção que derrubou praticamente todos os foguetes do Hamas que ameaçavam vidas ou propriedades, acarreta importantes implicações militares tanto para Israel quanto para o mundo. Seu sucesso sinaliza que a "Guerra nas Estrelas" (como os adversários apelidaram maliciosamente a Cúpula de Ferro quando da sua criação em 1983), pode realmente proporcionar proteção contra foguetes e mísseis de curto alcance e provavelmente de longo alcance mudando, potencialmente, o futuro das operações militares.

Túneis: O uso de túneis atrás das linhas inimigas não é uma tática nova, já teve sucesso, historicamente falando, como por exemplo na Batalha de Messines em 1917, quando minas britânicas mataram 10.000 soldados alemães. As Forças de Defesa de Israel (IDF) sabiam da existência dos túneis antes do início das hostilidades em 8 de julho, mas não avaliaram quantos eram, comprimento, profundidade, qualidade da construção e sofisticação eletrônica. Jerusalém percebeu rapidamente, segundo o Times of Israel, que a mesma supremacia de "Israel no ar, mar e terra não se dava no subsolo". Assim sendo, as Forças de Defesa de Israel (IDF) precisavam de mais tempo para atingir o domínio subterrâneo.

Consenso em Israel: A incessante barbárie do Hamas criou um raro consenso entre os judeus israelenses a favor da vitória. Essa quase unanimidade reforça a posição do governo quanto à maneira de lidar com as potências externas (o Primeiro Ministro Netanyahu alertou a administração dos EUA a nunca mais censurá-lo) e, é provável que ele leve mais para direita a política interna israelense, para o campo nacionalista.

Resposta do Oriente Médio: com exceção dos países que patrocinam o Hamas (Turquia, Catar, Irã), os terroristas islamistas não tiveram praticamente nenhum apoio governamental na região. Em um exemplo digno de nota, o rei saudita Abdullah se pronunciou a respeito da matança de moradores de Gaza pelo Hamas da seguinte maneira; "é vergonhoso e uma desgraça que esses terroristas estão (mutilando os corpos de inocentes e orgulhosamente divulgando suas ações) em nome da religião". Ele conhece muito bem seu inimigo mortal.

Nos bons tempos: Ismail Haniyeh (esquerda) e Khaled Meshaal 
(centro) do Hamas em Jidá com o rei saudita Abdullah em 2007.
Aumento do antissemitismo: Especialmente na Europa, mas também no Canadá e Austrália, o antissemitismo veio à tona, principalmente de palestinos e islamistas, bem como de seus aliados da extrema esquerda. Essa reação irá, provavelmente, aumentar a imigração de judeus para os dois refúgios da vida judaica, Israel e os Estados Unidos. Em contrapartida, os muçulmanos do Oriente Médio se mantiveram em silêncio, com exceção dos turcos e daqueles árabes que vivem sob controle israelense.

Reações da elite versus reações populares: Não é todo dia que o secretário geral das Nações Unidas e todos os 28 ministros da União Européia ficam do lado de Israel contra o inimigo árabe, mas aconteceu. No Congresso dos EUA, o Senado aprovou por unanimidade e a Câmara votou 395 a 8 em favor de um adicional de US$ 225 milhões para o programa Cúpula de Ferro. Por outro lado, entre o público em geral, o sentimento pró Israel caiu quase em toda parte, (não nos Estados Unidos). Como explicar tal disparidade? Meu palpite: Os líderes imaginam o que fariam se fossem deparados com foguetes e túneis inimigos, ao passo que o público se foca em fotografias de bebês mortos em Gaza.

Bebês mortos: O que nos leva para o mais complexo, surpreendente e estranho aspecto de todo o conflito. Pelo fato das Forças de Defesa de Israel (IDF) usufruirem de uma vantagem esmagadora sobre o Hamas no campo de batalha, o confronto se assemelha mais a uma operação policial do que a uma guerra. Consequentemente, os israelenses foram julgados principalmente pela objetividade das declarações públicas de seus líderes, uso criterioso da força e a forma de lidar com as evidências. Assim sendo, a atenção da mídia se afastou continuamente da esfera militar para as questões de proporcionalidade, moralidade e política. A maior arma estratégica do Hamas, em seu esforço de prejudicar a reputação de Israel e marginalizar o pais, não foram nem os foguetes nem os túneis e sim as lancinantes fotografias de civis mortos supostamente pelas Forças de Defesa de Israel (IDF).

O que resulta na situação bizarra em que o Hamas procura a destruição da propriedade palestina, obriga civis a sofrerem ferimentos e mortes, infla o número de vítimas e até mesmo pode atacar intencionalmente seu próprio território, enquanto as IDF sofrem fatalidades desnecessárias com o objetivo de poupar os palestinos. O governo israelense vai ainda mais longe fornecendo alimentos, assistência médica e envio de técnicos que se arriscam para certificar-se de que os habitantes de Gaza continuem desfrutando de energia elétrica gratuita.

Caminhões com alimentos, medicamentos e outros suprimentos indo de Israel para Gaza pela passagem de Kerem Shalom, durante as hostilidades.
É uma guerra muito estranha essa, em que o Hamas comemora o tormento palestino e Israel faz o possível para que a vida continue normalmente para seu inimigo. Realmente estranha, mas esta é a natureza da guerra moderna, onde artigos em jornais e revistas muitas vezes valem mais do que balas. Em termos Clausewitzianos, o centro de gravidade da guerra passou do campo de batalha para o das relações públicas.

Levando tudo isso em conta, as forças da moral e da civilização de Israel se saíram bem nesse confronto direto com a barbárie. Mas não o suficiente para evitar, por um tempo considerável, outro ataque.

Tradução: Joseph Skilnik

Publicado na National Review Online.
Original em inglês: Lessons of the War in Gaza




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O Sr. Pipes (DanielPipes.org) é o presidente do Middle East Forum. © 2014 por Daniel Pipes. Todos os direitos reservados.


Congresso Bolivariano dos Povos

Por Carlos I. S. Azambuja

“O Congresso Bolivariano dos Povos (CBP) é um espaço novo que nasce sob o calor das urgências dos povos latino-americanos e caribenhos. O Congresso Bolivariano dos Povos será o lugar onde as forças populares, democráticas e patrióticas de Nossa América poderão discutir e resolver as linhas comuns de ação no caminho da integração e da unidade”. 
(http://www.congresobolivariano.org/modules.php?name=Content&pa=showpage&pid=28)

Integram o CBP “todas as organizações populares, democráticas e patrióticas que levantem as bandeiras da unidade latino-americana e caribenha”. Do Brasil essas organizações “democráticas e patrióticas”, que são:

Federação Única de Petroleiros - CUT,
Partido Comunista do Brasil (PCdoB)
Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (CEBRAPAZ),
Federação das Associações de Favelas do Estado do Rio de Janeiro (FAFERJ)
Círculos Bolivarianos Leonel Brizola
Federação Democrática Internacional de Mulheres

O I Congresso do Congresso Bolivariano dos Povos foi realizado em 15/27 de novembro de 2003, em Caracas, inaugurado por Hugo Chávez. Na Declaração Final desse Congresso são listados, resumidamente, os seguintes objetivos do CBP que, na realidade, constituem o programa de ação do CBP:

- Apoiar as lutas dos povos latino-americanos e caribenhos contra o modelo neoliberal;

- Fomentar a unidade bolivariana em nível regional e continental, desenvolvendo uma formação cidadã que incorpore uma consciência crítica social, uma memória histórica e uma identidade cultural;

- Substituir o modelo de democracia representativa por uma democracia participativa e protagônica que possibilite a participação e intervenção das pessoas, movimentos sociais e forças políticas na tomada de decisões (vide Decreto 8243...);

- Constituir uma alternativa à integração neoliberal, que priorize o livre comércio e os investimentos;

- Buscar uma maior inserção dos movimentos sociais em outros processos de integração que se desenvolvem na região, como o MERCOSUL, Comunidade Andina e outros;

-Priorizar a formulação de políticas públicas, reformas políticas e programas de desenvolvimento das expectativas, direitos e propostas dos amplos setores camponeses, indígenas, mulheres, jovens, afro-descendentes e nativos, que com suas lutas atuais constituem setores sociais e políticos determinantes nas mudanças e transformações sociais;

- Desenvolver um parlamentarismo bolivariano que contribua na construção de uma alternativa bolivariana de integração entre os povos;

- Luta pela desmilitarização, o desmantelamento das bases militares norte-americanas, e pela oposição aos exercícios militares coordenados pelo Comando Sul;

- Desenvolver uma solidariedade efetiva entre os povos de Nossa América, em particular contra o bloqueio a Cuba, contra a agressão militar na Colômbia e as manobras antidemocráticas contra a revolução bolivariana da Venezuela. Exigir a liberdade dos cinco patriotas cubanos prisioneiros nos EUA;

- Saudar as lutas do povo salvadorenho contra o modelo neoliberal, particularmente a solidariedade à Frente Farabundo Martí de Libertação (FMLN) na luta político-social pelas mudança;

- Saudar a mobilização do povo mexicano em defesa da indústria energética ameaçada, pela privatização, de ser entregue ao capital internacional;

- Dar solidariedade ao povo uruguaio e à Frente Ampla por seu triunfo no referendo contra a privatização da empresa petrolífera;

- Combater o colonialismo em todas as suas formas e manifestações; a descolonização de Porto Rico e a soberania argentina sobre as ilhas Malvinas;

- Apoiar a demanda da recuperação de saída ao mar pela Bolívia;

- Saudar o 200º aniversário de independência do Haiti;

- Saudar o aniversário da revolução cubana:

Em dezembro de 2004 foi realizado o II Congresso Bolivariano dos Povos, novamente em Caracas. Esse Congresso reafirmou a decisão de lutar unidos pela definitiva independência dos povos latino-americanos e caribenhos, bem como as decisões do I Congresso. Além disso, a Resolução Final decidiu:

- Trabalhar para converter o Congresso Bolivariano dos Povos num movimento internacional que aglutine as forças políticas e sociais da América Latina e Caribe, impulsione sua unidade e articule suas lutas em função da autodeterminação e bem-estar de todos, tendo sempre como referência o pensamento emancipador de Simon Bolívar;

- Apoiamos a construção da Comunidade Sul-Americana de Nações;

- Acordamos criar um Secretariado Político permanente, com sede inicial em Caracas, donde estejam representadas, em forma rotativa, as distintas forças políticas e sociais que integram o CBP .

Integram o Congresso Bolivariano dos Povos, organizações políticas e movimentos ditos sociais dos seguintes países: Argentina, Bolívia Brasil,Chile, Colômbia, Cuba, Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Porto Rico, Republica Dominicana, Uruguai e Venezuela.

Representantes de organizações políticas, sindicais e movimentos, dito sociais, do Brasil, que participaram do II Congresso Bolivariano dos Povos:

Federação Única de Petroleiros - CUT, João Antonio Moraes

Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (CEBRAPAZ), José Reinaldo Carvalho

Federação das Associações de Favelas do Estado do Rio de Janeiro (FAFERJ) e Círculos Bolivarianos Leonel Brizola, Aurélio Fernandes

Federação Democrática Internacional de Mulheres, Marcia Cardoso Campos.


Fonte: Alerta Total


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Carlos I. S. Azambuja é Historiador.

Bater ou não bater?

Por Eliane Cantanhêde - Folha de São Paulo

BRASÍLIA - Os programas na TV mostram Dona Nalvinha de dentes novos, humanizam Dilma e colorem Aécio como estadista e Marina como salvadora da pátria. Mas tudo muda nos debates, a partir de hoje.A discussão é quem, como e onde vai bater primeiro na intrusa Marina, que chegou atrasada, por uma fatalidade, e já bagunçando o coreto. Dilmistas e aecistas estão loucos para bater, mas morrem de medo.Marina, com seus 50 quilos, alimentação de passarinho e um prontuário recheado de doenças nativas, está emergindo da perplexidade geral e da dor particular com a morte de Eduardo Campos. Como bater numa figura frágil assim?

Ocorre que Dilma e Aécio não têm como fugir disso. Marina é competitiva, uma incógnita fantástica e um fantasma para a polaridade PT-PSDB. Se os dois antes favoritos lavarem as mãos, correm o risco de acordar com Marina disparada. Se bater, o bicho pega; se não, o bicho come.

Dilma vai desviar as baterias de Aécio para Marina, hoje a ameaça principal. Com a economia crescendo 7,5%, Serra tinha em torno de 30% em agosto de 2010. Com crescimento menor que 1%, Aécio só chega a 20% no mesmo mês da campanha. Ou seja: ele se enclausurou nos votos tucanos. É bobagem Dilma bater aí, porque são votos que não vão para ela e para o PT de jeito nenhum.

Aécio vai ter de bater no mau governo de Dilma e nos desmandos do PT, mas sem deixar Marina correndo solta rumo ao segundo turno. E Marina pode bater em quem quiser, mas o problema dela não é só mostrar o que há de ruim nos outros, mas o que há de bom nela além dos sonhos.

Até aqui, Dilma e Aécio questionam a capacidade executiva de Marina e a ausência de quadros suficientes do PSB e da Rede, tanto para compor um eventual governo quanto para cumprir a promessa de combater a síndrome do vitorioso no Brasil: a dependência do que há de pior na política para ter maioria no Congresso.



Liberação do uso da maconha continua dividindo opiniões no Congresso


Wikimedia Commons
A descriminalização da maconha no Brasil é um dos assuntos mais polêmicos discutidos na Câmara dos Deputados. Segundo o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Políticas Públicas do Álcool e outras Drogas (Inpad), o Brasil tem 3,5 milhões de usuários de maconha. Apesar do grande número de usuários, um levantamento da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), patrocinado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), mostra que 75% da população é contrária à legalização.

A maconha é uma substância psicotrópica psicoativa, ou seja, é capaz de causar alucinações e alteração no comportamento do usuário. Os parlamentares divergem não só sobre a liberação ou não da venda da droga, mas também sobre o uso que será feito dela: se recreativo ou apenas medicinal.

"A maconha causa dependência química em torno de 15% dos seus usuários, um pouco mais do que o álcool", adverte o psiquiatra Leonardo Moreira. Quando um jovem se envolve com maconha, alerta o médico, o cérebro dele ainda está amadurecendo e os danos são irreversíveis. Leonardo Moreira esclarece ainda que o que é usado medicinalmente é um composto da maconha: o canabidiol.

Atualmente, o canabidiol consta de uma lista de psicotrópicos elaborada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Por isso, quem quer fazer uso terapêutico do composto dependem de autorização especial (da própria Anvisa ou da Justiça) ou da importação à margem da lei. A substância é usada por quem sofre de epilepsia grave, esclerose múltipla, esquizofrenia e mal de Parkinson.

A Anvisa discute a mudança da classificação do canabidiol da lista de substâncias psicotrópicas para a de substâncias sujeitas a controle especial. O assunto, porém, foi tratado pela última vez em reunião no dia 29 de maio.

Na Câmara há projetos que regulamentam o uso da maconha e outros que aumentam as penas para o tráfico.

A favor

O deputado Jean Wyllys (Psol-RJ) é um dos parlamentares que defendem regras para a produção, a industrialização e a comercialização da maconha e seus derivados. O Projeto de Lei 7270/14, de autoria do parlamentar, tem 40 páginas e, além de definir regras para plantação da maconha, estende a esses produtos normas já vigentes para tabaco e álcool, como proibição de propaganda e do fumo em recintos fechados.

A proposta de Jean Wyllys tramita apensada ao Projeto de Lei 7187/14, do deputado Eurico Júnior (PV-RJ), que libera a plantação da maconha em residências, além do cultivo para uso medicinal e recreativo. Os textos serão analisados por uma comissão especial que será criada unicamente para discutir o mérito dessas propostas.

Contra

O assunto é polêmico e divide opiniões na Câmara dos Deputados. Na contramão da regulamentação, está o deputado Osmar Terra (PMDB-RS), autor de um projeto que prevê o aumento das penas para os traficantes de drogas, como uma forma de inibir o comércio ilegal (PL 7663/10). A pena mínima passaria de cinco para oito anos de reclusão. A pena máxima permaneceria em 15 anos.

Para Osmar Terra, propostas que visem a permitir o uso de drogas só aumentariam o número de pessoas dependentes, que ele considera doentes.

A proposta, que também permite a internação involuntária do usuário de drogas, já foi aprovada na Câmara e seguiu para a análise do Senado.

Ontem, no Senado, o assunto mais uma vez causou discussões. Os participantes chegaram a pedir a prisão de um dos presentes com a alegação de que ele estaria oferecendo canabidiol.

Íntegra da proposta:

BRASIL PEDE SOCORRO

BRAZIL IS ABOUT TO BECOME A COMMUNIST COUNTRY. HELP!


O BRASIL ESTÁ A BEIRA DE SE TORNAR UM PAIS COMUNISTA. SOCORRO !