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domingo, 20 de abril de 2014

Quando vai cair o regime meliante?

 
Justo e Perfeito reconhecimento dos controladores globalitários: em novembro de 2009, Lula recebeu do Duque de Kent, primo da rainha Elisabeth e Grão-mestre da Grande Loja Unida da Inglaterra, o prêmio Chatham House. Lula continua tão esperto que, daqui a pouco, rouba o lugar do tal de “Grande Arquiteto do Universo” – como os maçons se referem a Deus...

“Quem não deve não teme. E quem deve tem que ser preso e algemado”.

Seria uma frase de efeito “justa e perfeita” (como diriam os maçons) para um político de oposição ao Governo do Crime Organizado. Mas, por ironia da mal contada História tupiniquim, foi proferida, semana passada, pelo gênio da raça Luiz Inácio Lula da Silva. O Presidentro, que defende uma CPI X-Tudo para misturar os escândalos da Petrobras, do metrô de São Paulo e do Porto de Suape, consegue a façanha de falar de corrupção como se este mal que destrói o Brasil estivesse bem longe dele. O cinismo pragmático de Lula faz jus ao apelido de $talinácio – dado pelo falecido jornalista escroque Agamenon Mendes Pedreira, funcionário que O Globo mandou embora do Dodge Dart que a lenda dizia fica estacionado na porta de sua sede.

Muita gente próxima de Lula corre o risco de ser algemada (se é que a lei ainda permite isto que o Presidentro prega) na República Sindicalista do Brazil. O companheiro André Vargas, futuro ex-presidente da Câmara dos Deputados, é um exemplo tétrico. Vargas até pensou em renunciar, para tirar uma onda de “vítima injustiçada”. Mas mudou rapidinho de ideia quando soube que, sem a imunidade parlamentar, corria o risco de acabar “algemado” pela Polícia Federal, por causa de suas ligações com o doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato, aquela que investiga uma lavagem ilegal de R$ 10 bilhões desviadas de negócios com dinheiro público.

O ex-informante sindical do DOPS (Departamento da Ordem Política e Social) da tal Dita-Dura-Militar, o tal Barba ou Boi dedurado pelo livro do ex-delegado Romeu Tuma Júnior, deveria saber que tem um outro grande amigo e parceiro dele correndo risco de sofrer o vexame de vestir uma algema – nem que seja uma de ouro, cravejada de diamantes. No Ministério Público Federal, no Rio, São Paulo e Brasília, é dado como muito provável, para depois do feriadão, o pedido de prisão para o bilionário Eike Batista. Mas o bilionário, que sonhou ser o homem mais rico do mundo e Presidente do Brasil, já deu uma entrevista ao “The Wall Street Journal” para avisar que não teme a investigação sigilosa da PF por suspeitas de crimes financeiros. No melhor estilo de Lula, Eike joga panos quentes no caldeirão do diabo: “É excelente que tudo seja esclarecido. Estou muito calmo. Deixemos que eles investiguem”.

Neste mês de abril, o Brasil celebra os 50 anos do que os “esquerdistas caviar” (ou carne seca?) chamam de “Dita-Dura dos Militares”. Acontece que, enquanto Lula encena sua teatral farsa política, o País mergulha nas trevas da “Ditadura dos Meliantes”. Nosso Capimunismo (sistema que mistura o pior do capitalismo de Estado com o assistencialismo, o patrimonialismo e a improdutividade do comunismo-socialismo) combina perfeitamente com a governança do crime organizado.

Agentes estatais se unem aos políticos e empresários corruptos para delinquir, roubar e extorquir a Nação que tem um dono real: a Oligarquia Financeira Transnacional. O poder real mundial nos explora e conserva miseráveis - por que nós deixamos - há mais de 500 anos. Dos controladores globalitários nossos dirigentes máximos recebem vaidosas homenagens inúteis junto com migalhas milionárias de participação nos negócios gerados pela eterna mina de exploração. Tem Zé ruela que fica até bilionário quando soma a esmola que amaldiçoa o Brasil.

A Ditadura dos Meliantes vai produzir mais um atentado aos direitos democráticos – que temos por aqui apenas na lenda morta das regrinhas escritas, que pouco parecem valer de fato no Direito. Antes do feriadão, os dirigentes das principais empresas de comunicação foram comunicados que “as redes de televisão deveriam evitar a veiculação de notícias negativas contra o Brasil”. Devem ser amenizadas informações sobre subida de inflação, caos nas obras da copa, protestos violentos e aumento da violência urbana.

O Governo da Ditadura dos Meliantes alega que tal postura é uma “questão de segurança nacional”. Por isso, as redes devem monitorar suas repetidoras. Da mesma forma que imagens negativas não devem ser vendidas para emissoras estrangeiras, para veiculação no exterior que prejudique a imagem do País da “Copa das Copas”. Também foi recomendada cautela na veiculação de “boatos improcedentes” sobre a saúde da Presidenta Dilma Rousseff.

Pela ordem-recomendação, tudo de grave deve passar, antes, por uma consulta a Presidência da República. Do contrário, a ameaça é concreta, pode faltar publicidade do governo e das estatais nas televisões, rádios e jornais – o que pode ser fatal para a saúde de muitas empresas de comunicação – sempre respirando com a ajuda do aparelho estatal de financiamento da mídia. O cumprimento das ordens será fiscalizado, internamente nas empresas, pelos profissionais que ali atuam como “agentes duplos”. Recebem salários do patrão, mas, por fora, faturam o mensalão da máquina de propaganda estatal, no formato de “bicos”, “patrocínios para sites e blogs pessoais” ou outros tipos de favores junto aos órgãos públicos.

Dilma tem feito reuniões fechadas com os maiores empresários de comunicação. A pressão é tanta sobre a mídia que já tem gente grande se rebelando. O primeiro a espernear foi Silvio Santos. O controlador do SBT reclamou que não concorda com a implantação de uma Lei de meios no Brasil – nos moldes da Argentina. SS aproveitou o encontrão com Dilma para se queixar de pressões contra sua ação empresarial de adquirir uma rede regional de rádio e televisão. Apesar da bronca, Silvio acatou o pedido da “Censura Federal” para conter o “excesso de opinião” nos telejornais de sua rede.

A Ditadura dos Meliantes não censura apenas a mídia amestrada e abestada. Também promove uma manipulação de dados econômicos, evitando a divulgação de números negativos e transformando-os em informações aparentemente positivas. O mercado já sabe que o pibinho é menos que se imagina. Os números da bolsa de valores também são colocados em dúvida por analistas internacionais. O problema é até quando a contabilidade criativa das contas públicas conseguirá maquiar os problemas reais de aumento do custo de vida, leve arrocho salarial, encarecimento do crédito por juros absurdos, falta de infraestrutura e logística, junto com os impostos que só aumentam, sem a devida contrapartida estatal.

A Ditadura dos Meliantes, com medo de alguma reação organizada para lhe tirar o poder, já coloca sua máquina de informação para bisbilhotar os cidadãos. A banda governista na Polícia Federal e na Agência Brasileira de Inteligência já monitora, abertamente, ligações telefônicas e trocas de informações via SMS ou afins, para saber o que os principais “opositores” ou “inimigos” estão armando. Claro, tudo é feito em nome da “segurança nacional na véspera de um grande evento internacional da proporção da Copa do Mundo da Fifa”.

Por isso, paciência com a lentidão de sua internet ou com as falhas de ligação no seu celular. Tem gato na linha atrapalhando você – que vive na Era do BBB (não do idiotizante programa da Rede Globo, mas sim do “Grande Irmão que vigia tudo e todos”, da obra “1984” do socialista Fabiano inglês George Orwell – livro que tem duas versões em filme no oráculo YouTube).

A censura da Ditadura dos Meliantes pouco adiantará. Apenas vai protelar o avanço democrático do Brasil – País cada vez mais na Vanguarda do Atraso. A Oligarquia Financeira Transnacional já definiu que o PT tem de deixar o poder nesta eleição de 2014. Pouco importa quem será a próxima marionete a sentar no trono de bobo da corte do Palácio do Planalto. Resta aguardar para ver se a saída petista, que aparelhou o Estado como nunca antes na História deste Brasil, será em tons de violência e radicalismo ou de forma lenta, gradual e segura.

Uma coisa é certa. A maioria dos brasileiros (mais de 70%, no mínimo) quer o fim da Ditadura dos Meliantes. A grande pergunta é quando e como tal regime vai cair de verdade, para que os brasileiros e brasileiras possam viver em um País de Verdade – e não na Terra do Nunca, onde o povo fica esperando pelos milagres salvadores do Peter Pan e da bela fada Sininho.

No mais, Feliz Páscoa! Rezemos para que o Brasil chegue a um Porto Seguro, na melhor das operações cor de rose de uma das cinco tendências da PF...

Camping Digital    



Tesoureiro do PT revela que sua maior preocupação é não deixar indícios.

 
Réu de um processo de desvio de R$ 170 milhões na Bancoop, que lesou milhares de trabalhadores na venda da casa própria, revela que, para ser tesoureiro do PT, quanto menos transparência, melhor

Responsável pelas contas do PT desde 2010, João Vaccari Neto é conhecido dentro e fora do partido pela discrição. Diz que "tesoureiro famoso não dá certo", afirma que não frequenta empresas públicas para evitar "confusão" e nega qualquer relação entre o partido e a Petrobras. Confira partes da entrevista.

Folha - Desde 2005, quando estourou o mensalão, a tesouraria do PT é área delicada. O que mudou?

Propus mandato de pouca publicidade. Os problemas que tínhamos eram gigantescos. Tesoureiro famoso não dá certo, tem que atuar com discrição e firmeza.

Delúbio errou?

Nunca fizemos qualquer avaliação do ponto de vista da gestão do Delúbio. Acho que ele fez um mandato à luz do seu tempo.

O senhor é procurado por muitos empresários?

Queria que tivesse fila [de empresários], mas não tem. O relacionamento com o empresário é político, para convencê-lo a fazer doações. Ninguém faz fila para doar dinheiro; tem fila de credor [risos].

Em 2014, o cenário é diferente do de 2010. A Petrobras está no meio de uma crise, e há outros fatores. Será mais difícil arrecadar?

Isso é difícil de falar. O ambiente é mais tenso, mas há também uma diferença entre o que se diz e o que, de fato, acontece. Tudo isso gera um conflito e uma desconfiança que dificulta o trabalho de todo mundo, não só o meu.

Deputados dizem que o senhor tinha influência sobre o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.

Nunca tive relação com ele. Eu o conheço de atividades políticas, mas nunca tive contato. Não frequento órgãos públicos ou empresas estatais porque já sei o tamanho da confusão que isso é.

É um trauma de 2005? Delúbio frequentava o Banco do Brasil...

Não é trauma, só acho que um tesoureiro frequentar empresas públicas passa uma ideia muito ruim, até porque as empresas estatais não contribuem [com o partido].

Parlamentares da base falam, nos bastidores, de um suposto esquema de caixa dois do PT na Petrobras. O senhor sabe disso?

O PT não tem relação com a Petrobras. Nenhuma. Aliás, nunca fui à sede da Petrobras desde que estou como secretário de Finanças do partido. Nunca fui lá por quê? Vai ficar registrado, e depois tem qualquer coisa e estou lá na foto. Nós temos tido um raio de ação muito firme. As contribuições têm que ser oficiais, ponto. Não aceitamos fonte vedada. A gente faz triagem, verifica se pode aceitar, de quem veio, senão, não doa. Somos muito rígidos, talvez seja fruto das experiências. (Folha de São Paulo)

MILITARES: DIÁRIA ALIMENTAÇÃO, R$6,40 - SALÁRIO FAMÍLIA MENSAL, 16 CENTAVOS!!!



Depois de 7 anos comissão criada pela Defesa não apresenta qualquer relatório sobre soldos ou pensões. O Recruta ganhando abaixo do mínimo, o grande número de evasões de oficiais e praças, a não correção do auxílio-invalidez, etc, apenas confirmam o descaso deste governo para com os militares.


Mas a Petrobras é deles...

Por Ferreira Gullar*

Os escândalos que envolvem a Petrobras merecem ser considerados com atenção porque revelam quem são as pessoas que nos governam e às mãos de quem nosso país foi entregue.

Todos certamente se lembram do uso que Lula fez da Petrobras durante a campanha eleitoral, inventando que o adversário iria privatizá-la. O adversário ganhou as eleições e não a privatizou; ele, Lula e sua turma, chegados ao governo, usaram-na politicamente, levando-a a prejuízos sucessivos, levando-a da condição de empresa lucrativa, mundialmente respeitada, à situação crítica em que se encontra hoje, com a perda preocupante de seu valor de mercado: caiu de aproximadamente R$ 500 bilhões para R$ 150 bilhões, ou seja, para menos de um terço do que valia.

Até aqui, nós brasileiros atribuíamos esse desastre ao uso eleitoral que Lula fez da empresa, obrigando-a a vender seus produtos por um preço inferior ao que paga para importá-los. Até aí, o abuso se limitava a prejudicar o desempenho da Petrobras em função de seus interesses partidários.

Mas o escândalo da compra da refinaria de Pasadena já é outra coisa: envolve Lula, então presidente da República, e Dilma Rousseff, chefe de sua Casa Civil e presidente do Conselho de Administração da Petrobras naquela época. Trata-se de uma inexplicável transação de que resultou um prejuízo de milhões de dólares para a empresa brasileira.

Mas o problema não se limita a esse vultoso prejuízo, pois foi agravado pelo modo como a coisa se deu. Como se não bastasse ter a Petrobras pago US$ 360 milhões pela metade da refinaria que havia sido comprada, um ano antes, por apenas US$ 42 milhões, ainda foi obrigada a adquirir por US$ 680 milhões a outra metade, conforme a obrigava o contrato!

E Dilma, como presidente de Conselho, concordou com isso? Diante do escândalo, ela soltou uma nota afirmando que aquelas cláusulas haviam sido omitidas no contrato que lhe foi apresentado, do contrário, não teria aprovado a compra. E puniu o suposto responsável, Nestor Cerveró, que lhe teria apresentado o suposto documento, demitindo-o cargo de diretor internacional. O curioso é que tudo isso já era conhecido desde 2012 e ninguém havia sido punido.

No entanto, nossa surpresa não para aí. Após a nota da presidente Dilma, admitindo a falcatrua, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, veio a público afirmar que a compra da refinaria de Pasadena foi feita de acordo com as estritas normas administrativas, não tendo havido nenhuma trapaça. Se isso é verdade, então a nota de Dilma é mentirosa e a demissão de Cerveró, uma medida farsesca para ocultar a verdade. Afinal, qual dos dois está mentindo?

A verdade é que a história da Petrobras, desde que caiu nas mãos de Lula, tem sido desastrosa. Lembram-se da propalada iniciativa do presidente Lula ao decidir construir, em Pernambuco, uma refinaria em sociedade com presidente venezuelano Hugo Chávez? A tal refinaria Abreu e Lima, que custaria US$ 2,5 bilhões, já está custando US$ 18 bilhões e ainda não funciona. A Venezuela não entrou com um tostão que fosse.

Como se vê, pelo menos no que se refere a petróleo, o estadista Lula é um fracasso. Sim, porque tem mais: ele também inventou de comprar uma refinaria no Japão por US$ 71 milhões, mas, até agora, a Petrobras já gastou US$ 200 milhões. A consequência de tudo isso é que, como seria inevitável, a grande empresa brasileira vem se descapitalizando, chegando hoje, na avaliação do mercado internacional, a menos de um terço do que valia antes de ser entregue ao populismo petista.

Como se sabe, uma das características do populismo é usar empresas do Estado como moeda de troca no jogo do poder. Nesse jogo, entram desde o presidente da República até vigaristas como Paulo Roberto Costa, preso por lavagem de dinheiro.

E o pior é que a senadora Gleisi Hoffmann, do PT, até recentemente ministra da Casa Civil de Dilma, teve a coragem de afirmar que a finalidade da Petrobras é melhorar a vida do brasileiro pobre e não dar lucro, pois isso só interessa aos acionistas. Ou seja, a Petrobras está no caminho certo, falindo.


Fonte:  Alerta Total


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*Ferreira Gullar é Poeta. Originalmente publicado na Folha de S. Paulo em 14 de abril de 2014.

Lembrar é preciso: os crimes da Ação Libertadora Nacional

Por Félix Maier

Joaquim Câmara Ferreira não morreu sob tortura, como apregoa a esquerda mentirosa, mas de ataque cardíaco. Quem se importa com mais esta mentira, a não ser a (c)Omissão Nacional da Verdade e os esquerdistas em geral?

A Ação Libertadora Nacional (ALN) foi um grupo terrorista, cujos fundos eram obtidos por assaltos e dinheiro recebido de Cuba. “Militei na Ação Libertadora Nacional (ALN), uma organização guerrilheira que mantinha excelentes relações com Cuba. Muitos de nossos companheiros receberam treinamento militar na ilha para enfrentar com armas a ditadura militar que havia deposto um governo legitimamente eleito” (Paulo de Tarso Venceslau, “30 Moedas”, site Jornal Contato, acesso em 13/5/2011).

O Agrupamento Comunista de São Paulo (AC/SP) havia sido criado em 1967 pelo terrorista Carlos Marighella, após este ser expulso do PCB, depois da Conferência da OLAS, em Cuba. Somente a partir de 1969 o AC/SP, também conhecido como Ala Marighella, passaria a utilizar a denominação Ação Libertadora Nacional (ALN). Sua obra Minimanual do Guerrilheiro Urbano foi traduzida para vários idiomas e foi o “livro de cabeceira” dos grupos terroristas Brigadas Vermelhas, da Itália, e Baader-Meinhoff, da Alemanha. “... os “tiras” e policiais militares que têm sido mortos em choques sangrentos com os guerrilheiros urbanos, tudo isto atesta que estamos em plena guerra revolucionária e que a guerra só pode ser feita através de meios violentos” (trecho do Minimanual).

Entre 1967 e 1970, comunistas ligados a Marighella e à VAR-Palmares de Dilma Rousseff e outros "honoráveis terroristas" atuaram em Brasília e seu entorno, como fazendas de Formosa, GO, e Paracatu, MG, com aliciamento de estudantes da Universidade de Brasília, liderados por José Carlos Vidal (“Juca”), junto com outro líder estudantil, Luís Werneck de Castro Filho. Em 1968, o grupo de Marighella realizou treinamento de guerrilha próximo ao Rio Bartolomeu, em exercícios de tiro com metralhadora INA e revólver .38. No mesmo ano, Edmur Péricles de Camargo foi enviado por Marighella para fazer um levantamento para instalação de guerrilhas nos arredores das cidades de Formosa, Posse, São Romão, Pirapora e São Domingos.

No dia 10/8/1968, a ALN assaltou o trem-pagador Santos-Jundiaí, levando NCr$ 108 milhões, ação que consolidou a entrada da ALN na luta armada; nesse assalto, além de meu tio materno Arno Preis e outros, participou o ministro da Justiça do Governo FHC, Aloysio Nunes Ferreira Filho, que fugiu em seguida para Paris com sua esposa Vera Trude de Souza, com documentos falsos.

“Na terça-feira de carnaval de 1969, foi realizado um assalto ao posto de identificação da Asa Norte, de onde foram roubadas mais de cem células de identidade, uma máquina de escrever e carimbos. Participaram da ação: Fabiani Cunha, Francisco William de Montenegro Medeiros, Maurício Anísio de Araújo, Adolfo Sales de Carvalho, Gilberto Thelmo Sideney Marques e Ronaldo Dutra Machado” (“Agrupamento Comunista se expande para o Planalto Central”, site A Verdade Sufocada, 15/4/2011).

Junto com o grupo terrorista MR-8, de Fernando Gabeira, a ALN sequestra o embaixador norte-americano Charles Burke Elbrick, no Rio de Janeiro, em 4/9/1969, por cujo resgate foram libertados 15 terroristas (entre os quais estavam Vladimir Palmeira e José Dirceu).

Marighella foi morto pela polícia em São Paulo, no dia 4/11/1969. Após o sequestro do embaixador americano, as prisões de terroristas tiveram sequência: no dia 1/10 foi preso em São Sebastião, SP, o coordenador do setor de apoio, Paulo de Tarso; no dia 2/11 foram presos no Rio de Janeiro freis Fernando e Ivo; no dia 3/11, já em São Paulo, Frei Fernando “abriu” o restante da rede de apoio, sendo presos os freis Tito e Jorge, um ex-repórter da Folha da Tarde, responsável pelas fotos dos documentos falsos, e um casal de ex-diretores do mesmo jornal; Frei Fernando foi quem levou ao “ponto” com Marighella, no dia 4/11, após revelar duas senhas, pois era o responsável pela coordenação das atividades dos dominicanos com Marighella, desde a saída de Frei Osvaldo de São Paulo, em junho daquele ano. Combinado o encontro com Frei Fernando, Marighella resistiu à ordem de prisão quando entrava no carro de Frei Fernando, sacando um revólver, quando foi morto pelos policiais.

A morte de Marighella repercutiu no Brasil e no exterior. Com a morte de Marighella, assumiu o comando Joaquim Câmara Ferreira, o “Toledo”, que viajou a Cuba com Zilda Xavier para receber instruções de Fidel Castro, país em que um dos fundadores da ALN, Agonalto Pacheco, estava em choque com as autoridades locais, especialmente o comandante Manuel Piñero, o “Barbarroxa”, acusado de desvirtuar as iniciativas do AC/SP. Câmara Ferreira foi preso no dia 23/10/1970, em São Paulo; cardíaco, sofreu enfarte na viatura policial, vindo a falecer; Carlos Eugênio Paz, em seu livro Viagem à Luta Armada (Editora Civilização Brasileira, 1996), fantasia a história, dizendo que “Toledo” foi torturado até a morte pelo delegado Fleury; essa versão é negada por Luís Mir (A Revolução Impossível, pg. 560).

Em um bolso de “Toledo”, foi encontrada carta de Frei Osvaldo Rezende, onde constavam contatos internacionais, projetos políticos e ligações com os governos cubano e argelino. O governo brasileiro denunciou à ONU a ingerência em seus assuntos de países que não respeitavam o direito internacional - o que não teve nenhuma consequência prática.

Em 7/9/1970, João Alberto Rodrigues Capiberibe (mais tarde governador do Amapá), “militante” da ALN, foi preso junto com sua mulher Janete e sua cunhada Eliane.

Em 23/3/1971, a ALN faz o “justiçamento” de um “quadro”, Márcio Leite de Toledo. Carlos Eugênio Paz, no livro acima citado, afirma que foi co-autor desse “justiçamento”.

Junto com o Movimento Revolucionário Tiradentes (MRT), a ALN assassinou o industrial Henning Albert Boilesen, diretor do Grupo Ultra, no dia 16/4/1971 (Sebastião Camargo, da empresa Camargo Correia, era também alvo para sequestro e “justiçamento”, mas prevaleceu a escolha de Boilesen, porque era considerado “espião da CIA” e patrocinador da OBAN).

Terroristas da VAR-Palmares, da ALN e do PCBR assassinam o marujo da flotilha inglesa em visita ao Rio de Janeiro, David A. Cuthbert, de 19 anos, no dia 8/1/1972; nos panfletos, os terroristas afirmaram que a ação era em solidariedade à luta do IRA contra os ingleses.

Em 1971, a ALN divide-se em duas facções: o Movimento de Libertação Nacional (MOLIPO), parido pelo serviço secreto cubano (Dilma Rousseff e José Dirceu eram integrantes do grupo terrorista), e a Tendência Leninista (TL).

Em 1972, a ALN/SP assassina o gerente da firma F. Monteiro S/A, Valter Cesar Galatti, ferindo ainda o subgerente Maurílio Ramalho e o despachante Rosalino Fernandes.

Em 1972, terroristas da ALN/GB, do MOLIPO e da ALN/SP assassinam o investigador Mário Domingos Pazariello, o soldado da PM/GO, Luzimar Machado de Oliveira (morto por meu tio materno, Arno Preis) e o cabo da PM/SP, Sylas Bispo Feche; a ALN/GB assassina em 1972 Íris do Amaral.

No dia 21/2/1973, a ALN formou um grupo de execução, integrada por três terroristas, que assassinaram o proprietário do Restaurante Varela, o português Manoel Henrique de Oliveira, acusado de ter denunciado à polícia, no dia 14/6/1972, a presença de quatro terroristas que almoçavam em seu Restaurante, três dos quais morreram logo após (na verdade, os terroristas mortos estavam sendo seguidos pelo DOI-CODI).

No dia 25/2/1973, terroristas da ALN, da VAR-Palmares e do PCBR assassinaram em Copacabana o Delegado Octávio Gonçalves Moreira Júnior. Pelo extenso “currículo” de Marighella, seus familiares receberam mais de 100 mil reais de “indenização”, outorgada pela famigerada “Comissão dos desaparecidos políticos”, criada no primeiro governo FHC.

Carlos Eugênio Sarmento da Paz confessou ter praticado em torno de 10 assassinatos.


Jessie Jane Vieira de Souza, outra “militante” da ALN, que participou do sequestro de um avião, chegou a ser diretora do Arquivo Público do Rio de Janeiro.

Com o auxílio do Movimento Comunista Internacional (MCI) e de padres dominicanos, como Frei Beto, a ALN tinha um sistema de propaganda no exterior, a Frente Brasileira de Informações (FBI).
Como está provado, Joaquim Câmara Ferreira não morreu sob tortura, como apregoa a esquerda mentirosa, mas de ataque cardíaco. Quem se importa com mais esta mentira, a não ser a (c)Omissão Nacional da Verdade e os esquerdistas em geral? Uma pergunta básica: o que esses terroristas assassinos esperavam receber das Forças Armadas? Flores e barras de chocolate?


Ex-diretor na gestão de Dilma no Conselho de Administração culpa a presidente pelos maus negócios da Petrobras.

O estatuto e o modelo de governança da Petrobras permitem esclarecer as responsabilidades sobre as controversas decisões corporativas.

O estatuto social estabelece que o Conselho de Administração (CA) é o órgão de orientação e direção superior da Petrobras, competindo-lhe: fiscalizar a gestão dos diretores e fixar-lhes as atribuições; avaliar resultados de desempenho; deliberar privativamente sobre a constituição de subsidiárias, participações em sociedades; determinar a realização de inspeções, auditagens ou tomadas de contas, bem como a contratação de especialistas para melhor instruírem as matérias sujeitas à sua deliberação.

As matérias submetidas ao CA serão instruídas com: a decisão da Diretoria Executiva (DE), as manifestações da área técnica ou do comitê competente e parecer jurídico, quando necessário. O presidente do CA poderá convocar diretores para prestar esclarecimentos.

Cabe à DE exercer a gestão dos negócios da companhia, de acordo com estratégias e diretrizes fixadas pelo CA. A DE deve encaminhar ao CA cópias das atas de suas reuniões e prestar as informações que permitam avaliar o desempenho da empresa.

As diretrizes de governança são claras: "Os conselheiros devem ter acesso direto aos membros da DE e às funções de administração superior da companhia para esclarecimentos adicionais, bem como a quaisquer documentos corporativos. Os conselheiros podem solicitar ao CA a contratação de profissionais externos para melhor entendimento de algumas matérias". Outrossim: "O CA deve avaliar anualmente o desempenho da DE".

Portanto, constitui ingenuidade ou negligência o presidente do CA invocar a inversão de papéis e responsabilidades ao afirmar que dependia da tutela de um diretor para obter os esclarecimentos e elementos necessários ao exercício de sua indelegável responsabilidade pessoal de decidir sobre a aquisição da refinaria de Pasadena (EUA).

Se informações, documentos e análises contiveram dados falhos, incompletos, insuficientes ou viciados, o conselho tinha a obrigação de promover as apurações e responsabilizações imediatamente.

Em Abreu e Lima (PE), o investimento já é de US$ 20 bilhões, quando pelo padrão internacional, para refinarias de complexidade semelhante, não deveria exceder US$ 7 bilhões. Paradigma semelhante acompanha o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).

A montagem do gasoduto Urucu-Manaus teve seus custos duplicados, gerando reclamações quanto à explosão da tarifa de transporte do gás. E o programa de alienação na África, no golfo do México, na Argentina e de petróleo e eletricidade no Brasil? A Petrobras, desde o final da década de 1990, seguiu estratégia, agora abandonada, de internacionalização e de conversão em empresa integrada de energia.

Nos casos mencionados e outros, o CA vem cumprindo seu papel de fiscalizar a gestão, avaliar o desempenho e de examinar toda a documentação com as análises pertinentes? As matérias foram instruídas adequadamente? O CA deveria explicar isso ao acionista controlador, o povo, e ao Congresso Nacional.

ILDO SAUER, doutor pelo MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), é professor titular e diretor do Instituto de Energia e Ambiente da USP. Foi diretor da Petrobras (2003-2007). O artigo acima foi publicado hoje na Folha de São Paulo.

É assédio moral intolerável o que o Itamaraty está fazendo com o diplomata que ajudou senador perseguido a fugir da Bolívia

O diplomata Eduardo Saboia foi afastado de suas funções por tempo indeterminado por ter conduzido a operação que trouxe ao Brasil o senador boliviano perseguido Roger Pinto Molina. Encostado em função desimportante, há 8 meses aguarda decisão sobre se vai ou não ser punido (Alan Marques / Folhapress)
O diplomata Eduardo Saboia foi afastado de suas funções por tempo indeterminado por ter conduzido a operação que trouxe ao Brasil o senador boliviano perseguido Roger Pinto Molina. Encostado em função desimportante, há 8 meses aguarda decisão sobre se vai ou não ser punido (Alan Marques / Folhapress)
É um escândalo e uma vergonha e um caso clássico de assédio moral o que o Itamaraty, com seus punhos e renda e tudo, está fazendo com o diplomata Eduardo Saboia, ex-encarregado de negócios da Embaixada brasileira em La Paz, na Bolívia. Foi ele quem propiciou  a fuga para o exílio no Brasil do ex-senador Roger Molina, adversário do governo bolivariano de Evo Morales que sobrevivia, em condições precárias, a 455 dias de abrigo na sede diplomática do país.

Molina denunciou o envolvimento de personalidades do governo de Morales com o tráfico de drogas e se dizia ameaçado de morte, por isso buscou asilo na embaixada.

O governo de Morales, porém, recusou-se sistematicamente a conceder salvo-conduto ao político para que ele pudesse deixar fisicamente a embaixada rumo a um aeroporto e embarcar para o Brasil. Passivo e “compreensivo” com o bolivariano Morales — Lula passou a mão na cabeça do colega boliviano quando ele mandou tropas do Exército ocupar instalações da Petrobras, que em seguida desapropriou –, o governo da presidente Dilma não exerceu a menor pressão para que a Bolívia cedesse.

Indignado ao ver o instituto de asilo transformada em degradação — o ex-senador vivia como se numa prisão, sem sequer direito a banho de sol, morando num cubículo e sofrendo de depressão –, Saboia, então embaixador interino em La Paz, resolveu trazê-lo por conta própria ao Brasil.

Sim, cometeu, em nome dos direitos humanos e do que considerava ser a dignidade do país que representava, uma indisciplina, sujeita, portanto, a punições.

Ocorre, porém, que o Itamaraty está há oito meses empurrando o caso com a barriga, virando de cabeça para baixo a vida de um diplomata de carreira, com 23 anos de serviços prestados que lhe valeram uma condecoração presidencial. Oito meses para uma comissão de investigação decidir o que fazer com Saboia, agora prorrogados por mais 30 dias.

Para o governo, ele parece ser um pária, a ser perseguido de forma cruel — deixando seu trabalho e sua vida em suspenso.

Para os brasileiros de bem, provavelmente ele é um herói.

Leiam a reportagem excelente sobre o caso feita por Marcela Mattos, do site de VEJA em Brasília:

OITO MESES DEPOIS DE COMANDAR FUGA DE MOLINA, DIPLOMATA AMARGA O OSTRACISMO

Protagonista de uma história com roteiro cinematográfico, com direito a fuga e ameaças, o diplomata Eduardo Saboia vive em um limbo desde que trouxe ao Brasil o senador boliviano Roger Pinto Molina.

O ex-parlamentar de oposição era perseguido pelo governo de Evo Morales e ficou asilado, com o aval do governo brasileiro, por 455 dias na Embaixada do Brasil na Bolívia.

Servidor de carreira, Saboia é ministro-conselheiro do Ministério das Relações Exteriores. Após a epopeia com a fuga de Molina para o Brasil, ele se tornou alvo de processo disciplinar que se arrasta há oito meses na comissão de sindicância do Itamaraty – e não tem prazo para ser concluído.

Na última quarta-feira, o colegiado voltou a empurrar a decisão se ele deve ou não ser punido pelo episódio: prorrogou os trabalhos por mais 30 dias, como vem ocorrendo sucessivamente desde outubro. Enquanto aguarda uma deliberação sobre o caso, Saboia foi deixado na geladeira e lotado em uma função administrativa. Constrangido, ele pediu licença do cargo no dia 8.

“Ele fica sentado em uma cadeira sem fazer nada”

Ex-encarregado de Negócios na Embaixada brasileira, Saboia tem 46 anos, metade deles vividos no Itamaraty. A atuação do diplomata era considerada impecável pelo Ministério das Relações Exteriores e lhe rendeu, inclusive, uma condecoração pelo ex-presidente Lula com a medalha da Ordem do Rio Branco.

No entanto, a carreira foi interrompida após, diante da inoperância do governo brasileiro, ajudar o senador a escapar das ameaças da tropa comandada por Morales. Molina denunciou o envolvimento de autoridades bolivianas com o tráfico de drogas.

Logo ao chegar ao Brasil, no final de agosto, Saboia foi afastado de suas funções e tornou-se objeto de investigações de uma sindicância interna do órgão. Um relatório final, que deve ser elaborado por uma comissão, decidirá se o diplomata deve ou não ser punido. As medidas disciplinares aplicáveis vão desde uma advertência à demissão do cargo.

Com o futuro incerto, o diplomata foi realocado no cargo secundário de assessor no departamento de Assuntos Financeiros e de Serviços do Itamaraty – uma função administrativa, sem status de chefia nem gratificações que tinha como ministro. “Isso é um assédio moral do ponto de vista de não conceder qualquer atividade na altura do que ele possa exercer. Hoje ele está sentado em uma cadeira sem fazer nada”, afirma a defesa de Saboia, o advogado Ophir Cavalcante.

Saboia, por outro lado, evita tecer comentários sobre o posto. Mas reclama da demora em ter o caso solucionado: “Hoje eu faço o trabalho que me passam. Lá dentro eu virei aquele cara que tem uma sindicância e que, por isso, é constantemente julgado. Eu já estou sendo punido”, disse, em entrevista ao site de VEJA concedida em uma confeitaria de Brasília.

Antes de conversar com a reportagem, Saboia tomou um chá com o senador Molina. A defesa do boliviano o orienta a não dar entrevistas.

Ao longo de conversa de uma hora, o diplomata explicou que decidiu pedir licença de suas funções por três meses, que pode ser prorrogada pelo mesmo período – benefício concedido por tempo de serviço a servidores públicos -, e planeja usar o tempo para avaliar “outras possibilidades” para a carreira.

Na última segunda-feira, Saboia esteve no evento que selou a chapa de Eduardo Campos e Marina Silva para a disputa eleitoral deste ano. Ele nega, porém, ter pretensões políticas ou ser filiado a algum partido, mas não descarta participar da campanha: “Eu quero contar a minha história nessas eleições”.

A fuga de Molina

Alegando ser perseguido politicamente, o senador boliviano Molina conseguiu asilo na embaixada brasileira, onde permaneceu por 15 meses em condições degradantes: viva em um pequeno quarto improvisado, sem direito a banho de sol e com permissão apenas para receber visitas esporádicas de familiares e do advogado. O governo brasileiro sabia da situação de Molina, mas não tomou providências ao longo de todo o período.

Depois de mais de um ano nessa condição, o senador entrou em depressão e teve a saúde debilitada. Em agosto de 2013, Saboia, que à época ocupava o cargo de embaixador interino, decidiu resolver o problema com as próprias mãos: em um carro oficial escoltado por fuzileiros navais brasileiros, ele e Molina viajaram por 22 horas entre La Paz e Corumbá, no Mato Grosso do Sul, e depois seguiram para Brasília em um avião obtido pelo senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), [presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado]. A ação não foi previamente informada ao governo brasileiro.

A presidente Dilma Rousseff classificou o episódio como uma “quebra de hierarquia” e disse que a embaixada brasileira na Bolívia é “extremamente confortável”. Do outro lado, Saboia alegou que, por “questões humanitárias”, não poderia deixar uma pessoa viver daquela forma em uma dependência do Brasil. O diplomata ainda alegou que informou o Itamaraty somente após o episódio por motivos de segurança. Como consequência, o então ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, foi exonerado.

“O governo brasileiro deixou que o instituto do asilo se transformasse em uma situação de violação da dignidade de uma pessoa que estava sob os nossos cuidados. Isso é muito sério e é algo que deveria ser investigado: quem é o responsável ter deixado isso chegar até esse ponto?”, questiona Saboia. “Eu não tive outra opção além daquela para preservar a vida de uma pessoa e a imagem do meu país.”

Assim como Saboia, o senador boliviano ainda não teve a situação definida. Molina espera aval do governo Dilma para morar legalmente no Brasil enquanto está abrigado, de favor, na casa do senador Sérgio Petecão (PSD-AC), em Brasília – hoje ele pode permanecer no país graças ao refúgio provisório concedido pelo Comitê Nacional para os Refugiados (Conare).

Questionada pela reportagem sobre o motivo da demora para a conclusão dos trabalhos da sindicância e o cargo incompatível exercido por Saboia, a assessoria de imprensa do Itamaraty afirmou que não iria comentar o caso.

Respeitar a Petrobras

Por Eduardo de L. Locht*

A Petrobrás foi criada por pessoas, projetada por pessoas, construída por pessoas, operada por pessoas e esta sendo destruída por pessoas. Todo seu patrimônio industrial só funciona com pessoas.

Quando se loteia a empresa politicamente, nomeando políticos e politiqueiros sindicais para participar da direção da empresa, na realidade se pretende destruí-la pela incompetência de dirigi-la.

Gastam bilhões em propaganda da companhia para tentar amarrar a imprensa publicitária pela ameaça de cortar o que contratou. A Petrobrás e outras estatais não precisam de publicidade, precisam de resultados!

Terminaram com a meritocracia, sustentáculo da organização. Colocaram-na como uma das empresas mais endividadas do mundo. Colocaram um banqueiro francês que a transformou numa empresa de negócios.

Só existem negócios nas áreas comerciais onde ela compra ou vende seus produtos. Transformaram a Fundação PETROS numa financiadora de atividades desejadas pelo governo, em detrimento dos interesses dos aposentados.

Resistem em pagar o que devem aos aposentados, apesar de ações judiciais transitadas em julgado, fazendo com que seus atuais empregados percam a confiança no sistema.

Pessoas que honestamente aplaudem a suposta distribuição de renda e moradias ainda acreditam que o governo tem boas intenções e não percebem que a nação está sendo destruída pela incompetência de ignorantes no poder.

Nunca se viu em tempo algum um relato de tantos roubos em todos os níveis da gestão pública, o que nos desqualifica mundialmente. E pior, a esquerda acaba com a Petrobrás pela incompetência e aspirações comuno-socialistas e a direita tentará fazê-lo por convicções inadequadas ao Brasil no momento atual.


Fonte:  Alerta Total


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*Eduardo de L. Locht   é engenheiro aposentado da Petrobrás –  elocht@globo.com

Páscoa e esperança


Só pode dar sentido à vida terrena algo que se situe fora dela, que a ela preexista e que se projete para além dela.

A esperança do cristão lhe vem da Ressurreição. São Paulo diz que se Cristo não tivesse ressuscitado, “vã seria a nossa fé”.


Não consegui encontrar a obra, em meio ao indesculpável desarranjo da minha biblioteca. Mas li, faz bom tempo, texto muito interessante sobre certo anúncio feito publicar na imprensa por um personagem do escritor José-María Gironella. O anunciante era um cavalheiro que declarava haver perdido a mais preciosa de suas joias. Justamente aquela pela qual entregaria todos os seus outros bens. Estava consternado e conclamava quantos o lessem a um ato de solidariedade humana: que saíssem às calçadas, às ruas, às praças e procurassem por ela durante alguns minutos. Suplicava a quem a encontrasse que a restituísse ao legítimo dono, porque somente para ele, autor do anúncio, tal joia tinha valor precioso e utilidade infinita. O tão extraordinário bem, esclarecia ele por fim, era o tesouro imaterial da Esperança, sem a qual não estava conseguindo viver.

O trágico personagem reflete muito bem, com seu apelo, a terrível situação de quem se percebe vivendo no desespero, aquela triste forma de se deixar morrer, no dizer do dominicano Bernard Bro. Não sei se o mais triste é a sensação de perda de um bem assim ou a situação de quem vive e morre sem saber do que estou falando aqui. De fato, leitor amigo, a maior parte das pessoas não chega a compreender o fenômeno da esperança e da desesperança. Lida-se com ele mais ou menos como se a vida fosse uma roleta, dentro da qual rodopiam bolinhas da sorte ou do azar. E chama-se de "esperança" o conjunto de expectativas pessoais condicionadas a prováveis ou improváveis prêmios.

Não é essa, porém, a esperança que dá sentido à vida, nem é essa a esperança que se constitui em virtude cristã. Só pode dar sentido à vida terrena algo que se situe fora dela, que a ela preexista e que se projete para além dela. Nossa vida não pode ser um segmento de reta, com começo, meio e fim, atravessado na história. Nós não somos grãos de areia no deserto, despojados de qualquer significado pessoal. Se para o grão de areia tal situação não tem importância, para a vida humana, a ausência de finalidade gera angústia. Não são outras, in suma, as incertezas do existencialismo, as misérias do materialismo e as trágicas convicções do niilismo. E não era outra coisa que clamava o cavalheiro do anúncio mencionado acima.

A esperança do cristão lhe vem da Ressurreição. São Paulo diz que se Cristo não tivesse ressuscitado, “vã seria a nossa fé”. Ou seja, nossa fé estaria depositada em alguém vencido pela morte; ressurreto, Cristo é a esperança de nossa própria ressurreição - ainda com as palavras de São Paulo.

O Evangelho de Lucas relata o conhecido anúncio do anjo aos pastores: “Nasceu-vos hoje um Salvador, que é o Cristo Senhor”. Pois não seria descabido um anúncio semelhante na sexta-feira da Paixão: “Morreu-vos hoje um Salvador, que é o Cristo Senhor”. No mistério da Redenção, que se completa na Páscoa da Ressurreição, cumpre-se o projeto de Deus para a nossa salvação. Seria uma insanidade trocarmos a Esperança que está envolvida nesse ambicioso projeto de Deus por algum projeto de nossa própria ambição, levado ao extremo de extraviar, nele, a única Esperança que efetivamente pode dar sentido à nossa vida. Feliz Páscoa!

Publicado no jornal Zero Hora.


A Represa

Por Paulo Roberto Gotaç*


Curioso: O PT, que ao longo do seu já extenso período de exercício de poder sempre usou como um das suas mais valiosas peças de propaganda o fato de que teria promovido uma fatia considerável da sociedade à chamada classe média, permite que um dos seus arautos mais histéricos, a senhora Marilena Chaui, venha a público e brade, com toda a força que a condição de integrante da mesma classe lhe permite, sua declaração de ódio ao grupo mais importante do tecido social, sob a aprovação marota do ex-presidente Lula que se encontrava ao seu lado na ocasião.

Conclui-se então ser bem provável que o PT tenha sempre considerado que, durante os seus governos, estava na verdade participando, sob o ponto de vista de seus mandarins, de um gostosa brincadeira, bravateira e demagógica.

Resultado: o país, com crises de toda natureza mas contidas com fins eleitorais, mais parece uma represa deteriorada, já sangrando em vários pontos, prestes a estourar, o que provavelmente vai acontecer após as eleições.


Fonte:  Alerta Total

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*Paulo Roberto Gotaç é Capitão de Mar e Guerra, reformado.

PSDB e PT podem ter tempo de propaganda quase iguais em São Paulo.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), chega às vésperas de sua campanha à reeleição com uma vantagem menor em relação a seus adversários no horário eleitoral gratuito. Na comparação com 2010, o tucano deverá ter palanque eletrônico com maior número de aliados, mas provavelmente terá 2 minutos a mais do que o candidato do PT, Alexandre Padilha. Na última eleição, Alckmin tinha 2m40s de vantagem na propaganda sobre Aloizio Mercadante, o então adversário petista.

A projeção do tempo de TV de Alckmin na campanha à reeleição leva em conta os prováveis partidos de sua coligação. Até agora, o tucano está fechado com sete siglas (PPS, DEM, PSC, PRB, Solidariedade, PTB e PROS), uma a mais do que tinha a chapa da primeira disputa, que contava com PMDB, DEM, PSC, PPS, PHS e PMN. Considera-se no cálculo ainda o PP, partido cobiçado no mercado de coligações por ser uma das legendas a agregar mais tempo de TV (1min16s).

Se esse cenário confirmar-se, o governador terá 2 minutos de vantagem em relação a Alexandre Padilha. O tucano possuía 2m40s a mais do que Aloizio Mercadante em 2010.

A situação pode se complicar para Alckmin se o PP decidir apoiar o candidato petista. O partido faz parte da base aliada da presidente Dilma Rousseff e apoiou o prefeito Fernando Haddad (PT) em 2012. Nesse caso, Padilha ficaria com meio minuto a mais do que Alckmin no horário eleitoral gratuito.

O tempo de TV dos candidatos ao governo no horário eleitoral gratuito é calculado a partir da representatividade na Câmara dos Deputados de cada partido integrante da chapa. Quanto mais deputados, mais tempo de TV uma legenda agrega à coligação eleitoral.

Tranquildade. O presidente estadual do PSDB, deputado Duarte Nogueira, um dos articuladores políticos de Alckmin no Estado, afirma que a provável redução do tempo de TV do tucano nesta eleição não preocupa o partido. "Nós não temos nenhum receio porque nós temos tempo, temos o que mostrar e sabemos como fazer isso", diz.

"Quando há o que mostrar, tendo habilidade para apresentar as coisas, o eleitor certamente saberá diferenciar o bom governo daquilo que é só proselitismo que o adversário faz", afirma o deputado, referindo-se a eventuais ataques do PT à candidatura de Alckmin.

Coligação. A propaganda do governador Geraldo Alckmin pode chegar a ter 7min12s em uma coligação formada por nove partidos ( caso ele conte com o apoio d o PP), ou 5min56s sem essa sigla. Em 2010, o tucano teve seis aliados e 6min56s no programa eleitoral gratuito.

Alexandre Padilha, por sua vez, deve fechar uma coligação para disputar o governo de São Paulo com apenas dois partidos (PCdoB e PR). Somando-se seu partido, o PT, ele deve ter 5min12s de tempo de propaganda na televisão. Caso conquiste o PP, o ex-ministro da Saúde poderá ter 6m28s, ultrapassando Alckmin no horário eleitoral gratuito.

Em 2010, a campanha do petista Aloizio Mercadante montou palanque eletrônico com nove aliados (PRB, PDT, PTN, PR, PSDC, PRTB, PRP, PCdoB e PTdoB), que lhe renderam 4min16s de exposição na TV. (Estadão)