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domingo, 20 de abril de 2014

PSDB e PT podem ter tempo de propaganda quase iguais em São Paulo.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), chega às vésperas de sua campanha à reeleição com uma vantagem menor em relação a seus adversários no horário eleitoral gratuito. Na comparação com 2010, o tucano deverá ter palanque eletrônico com maior número de aliados, mas provavelmente terá 2 minutos a mais do que o candidato do PT, Alexandre Padilha. Na última eleição, Alckmin tinha 2m40s de vantagem na propaganda sobre Aloizio Mercadante, o então adversário petista.

A projeção do tempo de TV de Alckmin na campanha à reeleição leva em conta os prováveis partidos de sua coligação. Até agora, o tucano está fechado com sete siglas (PPS, DEM, PSC, PRB, Solidariedade, PTB e PROS), uma a mais do que tinha a chapa da primeira disputa, que contava com PMDB, DEM, PSC, PPS, PHS e PMN. Considera-se no cálculo ainda o PP, partido cobiçado no mercado de coligações por ser uma das legendas a agregar mais tempo de TV (1min16s).

Se esse cenário confirmar-se, o governador terá 2 minutos de vantagem em relação a Alexandre Padilha. O tucano possuía 2m40s a mais do que Aloizio Mercadante em 2010.

A situação pode se complicar para Alckmin se o PP decidir apoiar o candidato petista. O partido faz parte da base aliada da presidente Dilma Rousseff e apoiou o prefeito Fernando Haddad (PT) em 2012. Nesse caso, Padilha ficaria com meio minuto a mais do que Alckmin no horário eleitoral gratuito.

O tempo de TV dos candidatos ao governo no horário eleitoral gratuito é calculado a partir da representatividade na Câmara dos Deputados de cada partido integrante da chapa. Quanto mais deputados, mais tempo de TV uma legenda agrega à coligação eleitoral.

Tranquildade. O presidente estadual do PSDB, deputado Duarte Nogueira, um dos articuladores políticos de Alckmin no Estado, afirma que a provável redução do tempo de TV do tucano nesta eleição não preocupa o partido. "Nós não temos nenhum receio porque nós temos tempo, temos o que mostrar e sabemos como fazer isso", diz.

"Quando há o que mostrar, tendo habilidade para apresentar as coisas, o eleitor certamente saberá diferenciar o bom governo daquilo que é só proselitismo que o adversário faz", afirma o deputado, referindo-se a eventuais ataques do PT à candidatura de Alckmin.

Coligação. A propaganda do governador Geraldo Alckmin pode chegar a ter 7min12s em uma coligação formada por nove partidos ( caso ele conte com o apoio d o PP), ou 5min56s sem essa sigla. Em 2010, o tucano teve seis aliados e 6min56s no programa eleitoral gratuito.

Alexandre Padilha, por sua vez, deve fechar uma coligação para disputar o governo de São Paulo com apenas dois partidos (PCdoB e PR). Somando-se seu partido, o PT, ele deve ter 5min12s de tempo de propaganda na televisão. Caso conquiste o PP, o ex-ministro da Saúde poderá ter 6m28s, ultrapassando Alckmin no horário eleitoral gratuito.

Em 2010, a campanha do petista Aloizio Mercadante montou palanque eletrônico com nove aliados (PRB, PDT, PTN, PR, PSDC, PRTB, PRP, PCdoB e PTdoB), que lhe renderam 4min16s de exposição na TV. (Estadão)

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