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sábado, 29 de março de 2014

O desgaste do PT - Nivaldo Cordeiro



Pesquisa do Ibope publicada hoje revela que houve queda de 6 pontos percentuais na popularidade da presidente Dilma Rousseff. Essa notícia é consistente com a visível perda de apoio do governo, bem como o desgaste do exercício do poder. O escândalo da Petrobras é apenas o último fato a gerar manchetes negativas. A alternância de poder pode ser viável, a ocorrência do segundo turno tem chance alta.

É claro que Pasadena é um caso de política, mas é inegável que é, sobretudo, um caso de polícia. Ou: A resposta de Gabrielli a este blog há um ano e três meses

Gabrielli: há pouco mais de um ano, em respostra a este blog, ele afirmou que Petrobras havia conseguido desconto (!!!) na compra da refinaria de Pasadena
Gabrielli: há pouco mais de um ano, em resposta ao blog, afirmou
que a Petrobras havia conseguido desconto
  na compra de refinaria
Não tem jeito: a cada enxadada, uma minhoca. Raia o dia, e lá vem uma nova informação sobre a compra da refinaria de Pasadena que empurra mais e mais o caso para a esfera da polícia — embora, é evidente, ele seja também um caso de política. Ora, se é assim que a Petrobras executa as suas aquisições, e dado que um de seus mais importantes ex-diretores está na cadeia, a gente imagina o padrão de governança da empresa. Salvem a Petrobras antes que acabe! R$ 200 bilhões em valor de mercado já foram para o ralo da irresponsabilidade petista. O que sobrou é menos da metade do que havia há três anos. A Petrobras tem de ser devolvida a seus legítimos donos: o povo brasileiro, representado pelo Estado, e os acionistas minoritários, que estão sendo logrados.

Como já se sabe, os próprios belgas da Astra, ao vender a primeira metade da refinaria à Petrobras, saudaram o negócio excepcional e o ganho acima de qualquer expectativa. Na Folha deste sábado, há uma reportagem sobre os desentendimentos entre a Astra e a Petrobras. Reproduzo trecho (em vermelho) do texto de Isabel Fleck, Raquel Landim e David Friedlander. Volto em seguida.

Os executivos da Petrobras faziam muita “besteira”, eram “extravagantes” nos gastos e qualquer decisão levava “10 vezes mais tempo que o necessário”. Era assim que os belgas da Astra se referiam aos seus sócios brasileiros na refinaria de Pasadena, no Texas (EUA).
Os comentários pejorativos de Mike Winget, presidente da Astra, e seu diretor de operações, Terry Hammer, aparecem numa troca de e-mails com outras cinco pessoas da equipe, datada de 2 de novembro de 2007 e obtida pela Folha na Justiça do Texas.

Retomo

O clima era beligerante, havia desentendimento entre os sócios, e os belgas decidiram, então, fazer valer a cláusula que obrigava a Petrobras comprar a outra metade. Até aí, bem. Num dos e-mails obtidos pela Folha, Winget escreve, referindo-se aos negociadores com os quais dialogava, que “não ficaria surpreso se a Petrobras já tiver se dado conta de que a refinaria não vale os US$ 650 milhões que eles [os negociadores brasileiros] sinalizaram”.

Entenderam? Eles mesmos sabiam que a refinaria não valia aquilo tudo. Ao Congresso, no entanto, Graça Foster afirmou que as condições  do mercado à época justificavam aquele preço. Nem os donos originais achavam isso!

Multa e passivo ambiental

Reportagem levada ao ar na noite desta sexta pelo Jornal Nacional evidencia que Pasadena ainda não parou de sangrar o cofre do Brasil. O Condado de Harrys acionou a refinaria na Justiça para receber uma multa US$ 6 milhões, soma de tudo o que ela deixou de recolher em impostos desde 2005, sem contar que, em 2012, o condado fechou com a Petrobras um acordo para o pagamento de uma multa de US$ 750 mil por causa da poluição do ar em anos anteriores. Rock Owens, que é advogado da área ambiental de Harrys diz que o valor da venda da refinaria  chamou a atenção na época. Ele explica por quê: “Era a venda de uma refinaria velha a um preço premium que não deveria ter sido pago. E sem os reparos que recomendamos desde os anos 80, que não foram feitos”.

Os sócios da Astra sabiam que a empresa não valia tudo aquilo; o advogado do Condado de Harrys sabia que a refinaria não valia tudo. Intuo que os diretores que realizaram a operação também soubessem, não é? O conselho, no entanto, foi levado no bico — e Dilma decidiu ignorar o assunto depois, como conselheira da Petrobras, como ministra e como presidente da República.

Mas a Petrobras não contratou consultoria? Pois é. Aí é preciso lembrar a reportagem do Globo que mostra que a avaliação foi feita às pressas, em apenas 20 dias. Os avaliadores contratados, da BDO Seidman, deixaram claro que não tiveram tempo de fazer o trabalho adequado e se eximem de eventuais problemas posteriores. Recomendam à Petrobras que faça, então, ela própria a avaliação. E a Petrobras fez. Sabem quem a ajudou? A então diretora financeira da Astra, Kari Burke. É do balacobaco!

Não por acaso, informa outra reportagem da Folha, “a análise [sobre o preço da refinaria] contemplava três cenários, com cinco situações em cada, nas condições em que se apresentava a refinaria na época. A mais conservadora estabelecia que Pasadena inteira custava US$ 582 milhões. A mais otimista atingia US$ 1,54 bilhão. Com o estudo na mão, Nestor Cerveró decidiu oferecer US$ 700 milhões por 50% do ativo. O fato de a oferta não corresponder à metade de nenhuma das cifras apresentadas no estudo chamou atenção da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que questionou a escolha de valores “aleatoriamente, sem comprovação, entre todos os cenários possíveis”

Entenderam? Foi Cerveró que ofereceu os US$ 700 milhões pela segunda metade — que depois acabaram se transformando em R$ 820,5 milhões. Aí, sim, a operação foi vetada pelo Conselho e teve início a disputa judicial. Dilma pode até explicar como foi enganada na condição de membro do conselho. A sua omissão posterior é que é inexplicável, com Cerveró assumindo a direção financeira da poderosa BR Distribuidora. Curiosamente, a presidente mandou demiti-lo antes de qualquer investigação.

Dá para entender por que o mercado se animou quando a oposição conseguiu o número de assinaturas no Senado para fazer a CPI da Petrobras. É a esperança de que uma comissão de inquérito contribua para botar ordem na bagunça. Como se nota, mais de uma vez, os próprios belgas se mostraram espantados — e até incrédulos — com a, por assim dizer, generosidade da Petrobras.

Durante um bom tempo, como sabem, este blog foi o único veículo a manter Pasadena na pauta. No dia 17 de dezembro de 2012,  informei aqui, o site Bahia Notícias publicava o seguinte (em vermelho):

O secretário de Planejamento e ex-presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, esclareceu por meio de nota as afirmações feitas pelo colunista da revista Veja, Reinaldo Azevedo. Por meio de nota, a assessoria do titular da Seplan informa que a pauta “é requentada”.
“Em novembro 2005, a Petrobras assinou um Memorando de Entendimento com a Astra Oil Company (Astra). Em setembro de 2006, a Companhia concluiu a aquisição através de sua subsidiária Petrobras America Inc. (PAI). Desentendimentos entre os sócios levaram a Astra a requerer o direito de vender seus 50%”.
Segundo o documento, o valor foi acrescido de juros e outras atribuições durante o processo arbitral. “A Petrobras empenhou seus melhores esforços e obteve uma redução significativa no montante pleiteado pela Astra. Em junho de 2012, um acordo extrajudicial totalizou US$ 820 milhões. Parte desse montante, US$ 750 milhões, já vinha sendo provisionado, restando o complemento de provisão de US$ 70 milhões”, diz a nota. “O acordo tornou a refinaria [de Passadena] um ativo negociável, ainda que não haja uma obrigatoriedade nem urgência em se desfazer da mesma”, finaliza o comunicado.

Encerro

Até aquela data, Gabrielli achava que bastava arrogância para matar o assunto. Vejam quanta notícia tem rendido o “assunto requentado”. Mais: segundo sustentou então, a Petrobras ainda havia conseguido uma “redução” (!!!) no valor da compra.


Um caso de política. Um caso de polícia.

Para livrar Dilma, Petrobras joga a culpa em Cerveró.

 
Dilma diz que não viu. Cerveró diz, para interlocutores, que Dilma não só viu como aprovou a compra. Há um nítido esforço para jogar toda a culpa nas costas do ex-diretor internacional. Por falar em costas, Paulo Roberto Costa, o outro ex-diretor envolvido, continua preso e tem muito a contar sobre onde foi parar a dinheirama da compra superfaturada de Pasadena.

O ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró escolheu a avaliação mais alta para sustentar a decisão de oferecer US$ 700 milhões na tentativa frustrada de comprar os 50% restantes na refinaria Pasadena, nos EUA, em dezembro de 2007.

A avaliação havia sido realizada, por encomenda da Petrobras, pela empresa Muse Stancil, que disse ter elaborado o estudo em menos de duas semanas, como antecipou o jornal "Valor Econômico" nesta semana.A análise contemplava três cenários, com cinco situações em cada, nas condições em que se apresentava a refinaria na época. A mais conservadora estabelecia que Pasadena inteira custava US$ 582 milhões. A mais otimista atingia US$ 1,54 bilhão.

Com o estudo na mão, Cerveró decidiu oferecer US$ 700 milhões por 50% do ativo. O fato de a oferta não corresponder à metade de nenhuma das cifras apresentadas no estudo chamou atenção da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que questionou a escolha de valores "aleatoriamente, sem comprovação, entre todos os cenários possíveis".

O questionamento foi feito em processo aberto para investigar a compra da refinaria em 2013. A investigação foi arquivada por ter sido feita depois do prazo legal. Em resposta à CVM, Cerveró justificou que os valores foram respaldados por "avaliação interna" e eram "objeto de confirmação por instituição financeira de renome mundial". O Citigroup, que deu aval ao negócio, foi procurado, mas não comentou.

Conforme documento interno da Petrobras, ao apresentar a negociação, dois meses depois da oferta, a equipe de Cerveró informou à diretoria que as áreas internacional, financeira, de estratégia e abastecimento --esta comandada por Paulo Roberto Costa, preso na semana passada na operação Lava Jato-- estudaram todos os cenários, mas validaram opções entre US$ 1,2 bilhão e US$ 3,4 bilhões para Pasadena.

Em seu parecer sobre a atuação de Cerveró, como mostrou o jornal "Valor Econômico", a CVM disse que "não é razoável que um diretor assine um documento em nome da companhia fazendo referência a valores que não tenham sido resultado de avaliação conclusiva e refletida". Afirmou, ainda, que "Cerveró negociou valores sem o cuidado e a diligência que todo homem ativo e probo costuma empregar".

A CVM questionou Cerveró por ter apresentado a oferta pelos 50% restantes sem aval do conselho de administração da Petrobras, que só soube da oferta dois meses depois de ter sido feita. A partir daí o conselho tomou conhecimento das cláusulas "Put Option", que dava à Astra o direito de vender sua parte no negócio, e Marlim, que garantia rentabilidade mínima. Logo depois, a Petrobras entrou em arbitragem contra a Astra, e a Astra exerceu o direito à "Put Option".

A intenção da CVM, após investigar o caso ao longo de 2013, era submeter Cerveró a julgamento administrativo por desobediência ao "dever de diligência", cujas penas vão de advertência a multa e proibição de atuar como administrador por até 20 anos. Procurada, a Petrobras repetiu que criou "comissão interna de alto nível para apurar todos os detalhes do processo referente a Pasadena". Cerveró não foi encontrado. (Folha de São Paulo)

Ideli Salvatti nos Direitos Humanos é o mesmo que escalar Beira-Mar para organizar a Cracolândia


ideli_salvatti_29Fio trocado – A falta de imaginação de Dilma Vana Rousseff chega a ser surpreendente. Enfrentando uma crise político-institucional por conta da própria truculência e da incompetência de Ideli Salvatti, a presidente decidiu transferir a ainda ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais para a Secretaria de Direitos Humanos. Essa decisão, nada inteligente, reflete a falta de nomes à altura das necessidades de um país mergulhado na crise. Certamente há no Brasil nomes destacados na área de direitos humanos melhores que Ideli.

Compreender o que se passa na cabeça de Dilma é algo mais difícil e complexo do que vencer o desafio do Cubo Mágico, brinquedo inventado pelo arquiteto húngaro Erno Rubik e que está completando 40 anos. Apenas para lembrar, o Cubo Mágico só tem uma solução entre 43 quintilhões de combinações possíveis. Assim é o raciocínio da primeira mulher a presidir o Brasil.

Indicar Ideli Salvatti para a Secretaria de Direitos Humanos é o mesmo que colocar Fernandinho Beira-Mar para tomar conta de uma clínica de recuperação de dependentes químicos. Lembramos que a comparação em questão não é uma ilação ao caráter criminoso da ministra, mas serve apenas para exemplificar o absurdo cometido por Dilma.

Mas a presidente da República certamente teve os seus motivos para tomar tal decisão, além da conhecida competência de Ideli Salvatti.

Não se deve descartar a possibilidade de Dilma ter levado em consideração o currículo da companheira Ideli, que tem inúmeros e relevantes serviços prestados ao País, muitos dos quais relacionados aos direitos humanos.

Essa expertise de Ideli Salvatti no setor encontra respaldo em muitos pontos da sua trajetória. Ela foi extremamente humana ao empregar o ex-marido como presidente do Banco do Estado de Santa Catarina, o BESC, algo que só foi possível com uma canetada do lobista Lula.

O lado humano de Ideli também aflorou quando a então senadora da República se viu diante do imbróglio envolvendo a empresa New Consulting. O filho de Ideli, Filipe Mescolotto, prestou consultoria para a Eletrosul, estatal federal que à época era é presidida pelo pai, Eurides Mescolotto, que chegou ao cargo por causa do lado humano da ex-mulher.

Filipe teria sido contratado pela própria esposa, Maria Solange Fonseca, que coordenou a consultoria de gestão ministrada pela Newfield na Eletrosul. A mesma Newfield promoveu um curso do qual participaram Ideli e seu então assessor Paulo Argenta. O curso foi realizado na Argentina, na Espanha e no México, custou R$ 70 mil e a conta foi bancada pelo Senado Federal.

Mas o lado humano de Ideli Salvatti não para por aí. Até então uma das “super-poderosas” do Palácio do Planalto, Ideli mostrou a sua experiência na área de direitos humanos ao utilizar um helicóptero da Polícia Rodoviária Feral, em Santa Catarina, para assuntos de campanha. A aeronave, segundo consta, é utilizada pela PRF no socorro às vítimas dos acidentes que ocorrem nas rodovias que cortam o estado sulista.

Mesmo com todo esse currículo, Ideli Salvatti consegue destilar sua intimidade com os direitos humanos até mesmo na relação com o atual marido, um músico do Exército que foi recebeu da Petrobras, a pedida da “patroa”, um convite VIP para acompanhar o Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1, em novembro de 2013.

Mas há quem diga que cada povo tem o governante que merece. Será mesmo que os brasileiros merecem esse governo irresponsável e bandoleiro?

Edison Lobão diz a jornal americano que pode pedir a brasileiros que economizem luz para Copa não ficar às escuras. É mesmo? Então eu me lembrei de dois discursos da Soberana


Ai, ai… O ministro Edison Lobão parece ser ligeiramente mais realista quando concede entrevista ao “The Wall Street Journal” do que quando fala à imprensa brasileira. Por aqui, ele é só certeza, convicção e assertividade: não vai faltar energia elétrica e pronto! Ao jornal americano, no entanto, ele admite que o governo pode pedir aos consumidores que economizem luz para que, como direi?, não haja escuridão na Copa.

Isso quer dizer que Lobão já está com medinho. Pelo visto, suas orações não andaram surtindo efeito. Se as chuvas não vierem num volume adequado em abril e maio, assistiremos a um apelo cívico para que os homens parem de usar barbeador e para que as mulheres abandonem a chapinha — eu até vou gostar: sinto falta das moças com cabelos volumosos, esvoaçantes.

Essa gente que tudo sabia caminha para o 12º ano de governo, e o país continua a olhar para o céu, a fazer a dança da chuva. Quando penso em toda a sabedoria arrotada pela Soberana na área de energia nos últimos, atenção!, 11 anos e 3 meses e olho para a Petrobras e para o setor elétrico, sei o que é uma reputação superfaturada, que foi muito competente, já escrevi, em criar a fama de competente.

Agora eu entendo Guido Mantega! Ele fabricou quatro anos de crescimento medíocre na gestão Dilma (sim, 2014 vai ser aquela coisinha…) para nos livrar do apagão. Homem sábio. Ele erra todas as previsões, mas é intuitivo… Cacique Cobra Cobral deve tê-lo advertido do que nos reservavam os céus.

Irresponsabilidade

Em setembro de 2012, a popularidade de Dilma andava lá pela casa dos 60%. Os sinais da economia não eram bons, mas ela vivia seus delírios de poder. No dia 6, véspera do Sete de Setembro, na boca da urna das eleições municipais, entrou em rede de rádio e televisão para anunciar a… redução da tarifa de energia — que só se efetivaria no ano seguinte, em 2013, o que rendeu um novo pronunciamento, é claro. Se alguém tem paciência, o vídeo segue abaixo. Para quem não já não aguenta, destaco na sequência alguns trechos de seu discurso megalômano.


Retomo

Vejam o país do discurso de Dilma:
Ao contrário de outros países, o Brasil criou, nos últimos anos, um modelo de desenvolvimento inédito, baseado no crescimento com estabilidade, no equilíbrio fiscal e na distribuição de renda.

Isto é que é capacidade de planejamento. Essa fala tem apenas um ano e meio:
Na próxima terça-feira vamos dar um importante passo nesta direção. Vou ter o prazer de anunciar a mais forte redução de que se tem notícia, neste país, nas tarifas de energia elétrica das indústrias e dos consumidores domésticos. A medida vai entrar em vigor no início de 2013. A partir daí todos os consumidores terão sua tarifa de energia elétrica reduzida, ou seja, sua conta de luz vai ficar mais barata. Os consumidores residenciais terão uma redução média de 16,2%. A redução para o setor produtivo vai chegar a 28%, porque neste setor os custos de distribuição são menores, já que opera na alta tensão.

No dia 23 de janeiro de 2013, ela estava de volta à televisão para, mais uma vez, tratar da redução da tarifa de luz. Eis aqui, como diria Augusto Nunes, mais uma evidência da “Mulher Sem Visão”.


Leiam com atenção:

O Brasil vive uma situação segura na área de energia desde que corrigiu, em 2004, as grandes distorções que havia no setor elétrico e voltou a investir fortemente na geração e na transmissão de energia. Nosso sistema é hoje um dos mais seguros do mundo porque, entre outras coisas, temos fontes diversas de produção de energia, o que não ocorre, aliás, na maioria dos países.
Temos usinas hidrelétricas, nucleares, térmicas e eólicas, e nosso parque térmico, que utiliza gás, diesel, carvão e biomassa foi concebido com a capacidade de compensar os períodos de nível baixo de água nos reservatórios das hidrelétricas. Praticamente todos os anos as térmicas são acionadas, com menor ou maior exigência, e garantem, com tranquilidade, o suprimento. Isso é usual, normal, seguro e correto. Não há maiores riscos ou inquietações.
Surpreende que, desde o mês passado, algumas pessoas, por precipitação, desinformação ou algum outro motivo, tenham feito previsões sem fundamento, quando os níveis dos reservatórios baixaram e as térmicas foram normalmente acionadas. Como era de se esperar, essas previsões fracassaram. O Brasil não deixou de produzir um único kilowatt que precisava, e agora, com a volta das chuvas, as térmicas voltarão a ser menos exigidas.
Cometeram o mesmo erro de previsão os que diziam, primeiro, que o governo não conseguiria baixar a conta de luz. Depois, passaram a dizer que a redução iria tardar. Por último, que ela seria menor do que o índice que havíamos anunciado.
Hoje, além de garantir a redução, estamos ampliando seu alcance e antecipando sua vigência. Isso significa menos despesas para cada um de vocês e para toda a economia do país. Vamos reduzir os custos do setor produtivo, e isso significa mais investimento, mais produção e mais emprego. Todos, sem exceção, vão sair ganhando. (…)

Concluo

Um ano e dois meses depois, seu ministro de Minas e Energia considera a hipótese de pedir, gentilmente, que os brasileiros economizem energia para não ter apagão na Copa. Tudo depende da chuva. Do planejamento, por óbvio, é que não seria.

Da próxima, Dilma combina a bazófia com São Pedro.

“País vive o flagelo do crime institucionalizado”, alerta ex-diretor da Interpol

Por Jorge Pontes (*)

A sociedade brasileira vem assistindo nos últimos anos, talvez ainda sem entender bem suas reais dimensões, o surgimento e o fortalecimento de mais uma praga – quase – endêmica do nosso país; digo “quase” pois alguns países africanos também a experimentam.

Trata-se do que podemos denominar de “Crime Institucionalizado”.Tal fenômeno, que adquiriu contornos marcantes, que o diferenciam conceitualmente do crime organizado convencional, merece urgente atenção não apenas das autoridades policiais, do ministério público e do judiciário, mas, sobretudo, da imprensa e da sociedade como um todo, pois seu fortalecimento e sedimentação tem a capacidade de minar de forma devastadora as possibilidades de desenvolvimento nacional.

Vale dizer, grosso modo, que o “Crime Institucionalizado” estaria para o crime organizado assim como a motocicleta está para o velocípede.

Ao contrário do crime organizado, agora neste contexto rebaixado à delinquência juvenil, o “Crime Institucionalizado” não lança mão de atividades escancaradamente ilegais, como o tráfico de drogas, de armas, a prostituição, o jogo ilegal e etc.

Este novo e poderoso flagelo utiliza-se apenas da plataforma oficial, dos governos das três esferas, do estamento público, dos ministérios da república, da política partidária e das regras eleitorais para prospectar e desviar fortunas do erário público. Todo o seu faturamento tem origem nos contratos de serviços e obras, nas concorrências públicas, nos repasses para programas de governo, principalmente para ongs e oscips.

Trata-se, desta feita, de atividade infinitamente mais lucrativa e segura do que qualquer negócio ilegal convencional colocado em prática por organizações tipo máfia.

Em suma, enquanto o crime organizado viceja aproveitando-se da letargia e da omissão de alguns homens públicos, o “Crime Institucionalizado” é fruto da própria ação estruturada e pensada de um grupo de homens e mulheres que comandam determinado setor, empresa ou unidade do poder público.

Outra diferença marcante é que, enquanto o crime organizado coopta, ou, quando muito, infiltra um agente aqui e acolá, na polícia ou numa determinada repartição, o “Crime Institucionalizado” indica e nomeia, com a devida publicação em diários oficiais, dezenas de autoridades que servem aos seus propósitos tanto na empreitada criminosa propriamente dita, como na tomada de medidas garantidoras da impunidade do grupo e da salvaguarda do butim, nos três poderes da república.

Mais um nuance importante é que o “Crime Institucionalizado”, com seus exércitos de nomeados em cargos e funções estratégicas, com vista a garantir alguns aspectos vitais da atividade, isto é, para institucionalizar a própria moenda criminosa, estaria, desgraçadamente, lançando mão da elaboração e promulgação de normas administrativas, e até de leis, que facilitem sua consecução. Eles têm a faca, o queijo e, é claro, a boca faminta, ao seu inteiro dispor.

Na última década o “Crime Institucionalizado” vitaminou-se tremendamente, aproveitando-se dos seguidos recordes de arrecadação tributária. Com o ingresso de dezenas de milhões de pessoas na classe média e o consequente aumento do consumo, os cofres públicos abarrotaram-se de dinheiro. São exatamente essas divisas, oriundas do alquebrado contribuinte brasileiro, que vem alimentando o “Crime Institucionalizado”.

Uma de suas consequências práticas mais nefastas é a existência de centenas de concorrências públicas viciadas pelas fraudes do “Crime Institucionalizado” – há quem diga, inclusive, ser difícil encontrar, nos dias de hoje, uma única licitação que não seja “arrumada”.

Contudo, ainda mais desoladora é a possibilidade da existência de grandes e vultosos projetos sendo aprovados com o único e exclusivo intento de desviar verbas públicas. É de fato o pior dos mundos, onde a corrupção estaria no nascedouro das iniciativas. Não seria mais o caso do estádio de futebol superfaturado, mas o caso do estádio de futebol que nem deveria ter sido construído, isto é, a corrupção de raiz. Não é, como dizem por aí, “o malfeito”, mas o que nem deveria ter sido feito.

Esta situação tem saída, por mais difícil e desfavorável que possa parecer. E a solução passa necessariamente pela total e completa blindagem política de todos os órgãos que compõem a persecução criminal, sem prejuízos de outras medidas de proteção às instituições do estado brasileiro, mormente as agências controladoras, nas três esferas políticas.

O quadro aponta para a necessidade da edificação de uma estrutura policial, altamente preparada e fortalecida, que faça frente a tais dragões, e com capacidade de investigar aqueles que nomearam seus próprios chefes


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* Jorge Pontes é delegado federal e foi diretor da Interpol do Brasil

Comemorando a aprovação do Marco “Civil”, petistas do MAV confessam que é censura

Por Luciano Ayan - http://lucianoayan.com

Os militantes do MAV-PT deixaram que suas comemorações quanto ao Marco Governamental formalizassem em público que o projeto implementa a censura na rede.

Há dois momentos especiais onde os esquerdistas se revelam: enquanto estão frustrados (por alguma derrota) e enquanto estão comemorando uma de suas vitórias, como é o caso da aprovação do Marco Governamental da Internet.

Antes da votação, os petistas ainda tentavam disfarçar dizendo que “não é censura, mas liberdade”, mas qualquer um que tenha ao menos dois neurônios funcionando já notava que o projeto sempre foi desde o princípio uma iniciativa do governo na direção de controlar a Internet. Tudo sempre funcionou com o uso dos movimentos sociais a partir de órgãos aparelhados pelo PT. Como de costume, tudo operando exatamente da mesma maneira como Stalin fazia com os sovietes.

O projeto foi marotamente chamado de Marco Civil da Internet (ao invés de Marco Governamental da Internet, nome que traduz a realidade da proposta), por ter sido criado por sovietes. Ou seja, criado pelo governo através de militantes financiados por ele.

Paulo Eduardo Martins foi sucinto e mais uma vez acertou, tratando de um tema lamentavelmente pouco disputado pela direita:



Aquele que não tiver o menor traço de vergonha na cara e for cínico o suficiente para tentar esconder a sanha censória petista ainda poderia tentar algumas rotinas, mas nenhuma delas capaz de livrá-los da culpa por terem implementado uma forma de censura na Internet.

Ademais, não há como negar: a forma como o PT foi insistente para aprovar seu Marco Governamental já é outro indício de que havia caroço no angu.

E como tirar as dúvidas a respeito das intenções do PT? Muito simples. Basta observar o comportamento do MAV-PT, (N.doE.: MAV significa 'Militância em Ambientes Virtuais'; a sigla foi criada em 2011 no 4º Congresso do PT) usando alguns de seus militantes comemorando a aprovação do Marco Governamental em um texto do Brasil247:

"Vamos virar o placar no Congresso Nacional, onde a direita reacionária domina, com 80% das cadeiras. Enquanto a direita mantiver essa vantagem, a Ley de Medios não passa no Congresso."

"LEY DE MEDIOS, JÁ! PELA REGULAMENTAÇÃO DA MÍDIA BRASILEIRA! A HORA É AGORA!!!"

"Para que não passemos por novos sustos desses é que devemos dizer NÃO ao PMDB nas eleições de outubro. Vamos aumentar as bancadas do PT e do PCdoB na Câmara dos Deputados e no Senado. VIVA A INTERNET LIVRE.. FORA PMDB. A Lei dos Médios está a caminho…"

"Com essa grande vitória, o PIG vai encolher mais ainda. Muitos jornalistas entreguistas aliados ao Tio Sam vão perder o emprego. Enquanto isso, os chamados Blogs Sujos só farão crescer, é uma relação inversamente proporcional. Viva a internet LIVRE! E que venha a Lei dos Médios."

O que estas mensagens reveladoras nos dizem? Que eles reconhecem em público que o Marco Governamental da Internet foi uma vitória no campo de censura pró-governo, e que agora estão animados para um passo adiante, agora na censura à mídia, através da Ley de Medios.

Para quem quiser tentar salvar o MAV-PT do fato de que eles fizeram esta confissão, basta usarmos o seguinte exemplo de um sujeito que passou a vida inteira saindo apenas com mocréias. Após sair com uma HB (Hot Babe), ele diz, gabando-se: “Agora eu quero é uma modelo da revista Sexy”. Em outras palavras, a dinâmica deste comportamento é a seguinte:

Durante uma comemoração, a menção a um passo adiante, permite que saibamos qual é o passo atual sendo comemorado.
É exatamente isso que os militantes do MAV-PT fizeram, deixando que suas comemorações quanto ao Marco Governamental formalizassem em público que o projeto implementa a censura na rede.

E o que nós devemos fazer quanto a isso? Tornar nossas atuações nas redes sociais muito mais heróicas, pois agora nós, da direita, somos não apenas oponentes do PT, mas também do totalitarismo que o PT vai implementar na Internet.


Prejuízo da Petrobras vai aumentar: autoridades de Pasadena cobram milhões da empresa na Justiça

 
No Jornal Nacional:

A conta bancada pela Petrobras pela refinaria americana que provocou tanto barulho pode ficar maior. Autoridades da região de Pasadena cobram mais alguns milhões de dólares da refinaria na justiça. O correspondente Hélter Duarte explica. A briga das autoridades do Condado de Harrys com a refinaria de Pasadena começou há nove anos. Segundo Scott Lemond, advogado do Condado, foi nesse período que a companhia deixou de pagar seus impostos regularmente. A refinaria de Pasadena fica em uma área isenta de tributos federais e alfandegários. Mas, como compensação, esses valores têm que ser repassados ao Condado, que engloba mais de 80 cidades da região, incluindo Pasadena e Houston, a maior cidade do Texas.

Os advogados do condado de Harrys afirmam que tentaram, mas nunca conseguiram fechar um acordo com a refinaria. Em janeiro do ano passado, eles entraram na Justiça contra a refinaria de Pasadena para receber um dívida de US$ 6 milhões. Scott Lemond explica que esse valor é a soma de tudo o que a refinaria deixou de pagar ao Condado desde 2005, quando ela foi vendida pela Crown para a empresa belga, Astra Oil. Scott diz que entre 2005 e 2006 alguns pagamentos foram feitos. “Eles pararam de pagar entre 2007 e 2008, e os valores entre 2005 e 2006 foram pagos menos que o devido”, afirma o advogado. Foi nesse período que a Petrobras comprou a primeira metade da refinaria. Uma dívida que, na avaliação do advogado, era de conhecimento dos envolvidos no negócio.

Um documento interno da Petrobras, publicado nesta sexta-feira (28) pelo jornal “O Globo”, revela que a avaliação da situação jurídica e financeira da refinaria de Pasadena foi feita em apenas 20 dias. Um prazo que a própria Petrobras, no relatório de 31 de janeiro de 2006, considera curto em relação ao que uma “due diligence” normalmente requer. A due dilligence é um passo essencial nos processos de fusões e aquisições de companhias. Funciona como uma espécie de auditoria, avaliação, de todos os números da empresa a ser comprada. No caso de Pasadena, os estudos sobre a saúde da refinaria foram feitos no escritório da Astra, entre 23 e 27 de janeiro de 2006, com a ajuda do consultores da BDO Seidman e da então diretora financeira da Astra, Kari Burke. O documento interno da Petrobras cita uma primeira fase de coleta de documentos, entre 11 e 25 de novembro, com a colaboração de diretores financeiros da Astra.

Um dia antes da assinatura do documento de avaliação, por gerentes da área financeira, tributária e jurídica, segundo a reportagem, a BDO enviou ao então presidente da Petrobras americano Renato Tadeu Bertani uma carta em que diz que devido ao tempo, a consultoria ficou limitada na capacidade de identificar assuntos que poderiam potencialmente ser encontrados. E que os serviços prestados não deveriam servir de base para divulgar erros, fraudes ou outros atos ilegais que pudessem existir.

Rock Owens é advogado da área ambiental do Condado de Harrys. Ele diz que o valor da venda da refinaria para a Petrobras chamou a atenção na época. “Era a venda de uma refinaria velha a um preço premium que não deveria ter sido pago. E sem os reparos que recomendamos desde os anos 80 que não foram feitos”, ele diz.


Em 2012, Owens fechou com a Petrobras um acordo para o pagamento de uma multa de US$ 750 mil, por causa de vários episódios de poluição do ar em anos anteriores. Desde o pagamento desse valor, segundo o advogado, não foram registrados outros casos de poluição do ar na refinaria. Nos Estados Unidos, a ex-diretora financeira da Astra, Kari Burke, que participou da avaliação da refinaria de Pasadena em 2006, não retornou nossas ligações e e-mails. A BDO avisou, por e-mail, que não vai comentar o caso em respeito à política de confidencialidade.

UFSC: invasores da reitoria trocam bandeira nacional por pano vermelho
Direção admite que sabia de uso de drogas no campus. Delegado da PF diz que reitoria quer transformar instituição em 'república da maconheiros'

Estudantes que participam da ocupação na reitoria da UFSC substituíram a Bandeira Nacional por uma vermelha
Estudantes que participam da ocupação na reitoria da UFSC substituíram a Bandeira Nacional por uma vermelha (RBS TV/Reprodução)
Os alunos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) que participam da ocupação da reitoria arriaram, nesta quinta-feira, a bandeira nacional que ficava no mastro principal da instituição e a substituíram por um pano vermelho com a inscrição "Reitoria Ocupada". Contrário ao ato, um grupo de estudantes levou a bandeira brasileira para o Centro Tecnológico da instituição e a hasteou a meio-mastro em sinal de protesto. Pelo Facebook, o grupo afirmou também que fará uma passeata para "mostrar que nem todos os estudantes da UFSC concordam com essa ocupação da reitoria".

A ocupação teve início na noite da terça-feira. Um grupo de 200 alunos tomou o local após operação da Polícia Federal (PF) no campus para investigar uma denúncia de tráfico de drogas que acabou com a prisão de cinco pessoas (sendo quatro estudantes), choque entre policiais e supostos alunos e a depredação de viaturas da PF e da Polícia Militar.

Na tarde desta quinta-feira, os invasores realizam reuniões para definir os rumos da ocupação. Eles dizem que só sairão do local se a reitoria proibir a entrada da polícia no campus. Eles querem ainda que a reitora Roselane Neckel revogue um protocolo de compromisso assinado em dezembro de 2013 com o Ministério Público Estadual (MPE) que estipula horários para a realização de confraternizações no campus e permite que a Polícia Militar seja chamada para conter casos de desordem e criminalidade. De acordo com o MPE, o documento foi assinado porque moradores do entorno da universidade reclamavam do barulho das festas realizadas à noite. O protocolo passaria a vigorar neste mês.

Desde a operação da PF na terça-feira, a reitoria do campus se mostrou simpática às reivindicações dos alunos. Após o choque entre polícia e estudantes, a direção publicou uma nota de repúdio à ação da PF. Em assembleia na quarta-feira, Neckel disse que buscará "com as autoridades responsáveis a punição dos envolvidos no ato" e que a ação policial ocorreu sem sua autorização.

Em resposta, a Polícia Federal afirmou que a operação não feriu a autonomia universitária e que os agentes não precisavam solicitar autorização da reitoria para realizar a investigação. "A PF não tem compromisso com a falta de pulso da reitoria em gerir os assuntos da universidade. (...) Autonomia universitária não deve ser confundida com licença para baderna. Nós não temos compromisso se a reitora com seu comportamento condescendente pretende transformar a universidade em uma república de maconheiros", disse em entrevista coletiva o delegado Paulo Cassiano Júnior.

O Ministério da Educação, responsável pelas instituições federais de ensino superior, pediu ao Ministério da Justiça que analise os fatos ocorridos no campus. Por meio de nota, afirmou que "tão logo receba as informações, tomará as medidas cabíveis, com o rigor que o caso exige".

Pasadenagate: PT tratou a Petrobras como empresa de fundo de quintal, afirma deputado

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Assalto oficial – Matéria do jornal “O Globo” publicada nesta sexta-feira (18) informa que a decisão da Petrobras de adquirir a obsoleta refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), foi tomada em apenas vinte dias, o que reforça a nebulosidade do escândalo que arrancou dos brasileiros a fortuna de US$ 1,18 bilhão. Fora isso, a reportagem permite concluir que todos os envolvidos no escândalo estão mentindo, começando pela presidente Dilma Vana Rousseff, que à época era chefe da Casa Civil e presidia o Conselho de Administração da petroleira.

A informação revelada pelo jornal carioca levou o líder do Democratas na Câmara dos Deputados, Mendonça Filho, afirmar que a Petrobras foi tratada como uma empresa de fundo de quintal na operação de compra da refinaria texana.

“Trataram a Petrobras como uma empresa de fundo de quintal. Uma empresa desse porte não pode ter uma gestão da forma como ocorreu nesse caso. A Petrobras está de fato mergulhada em suspeições tanto no resultado com prejuízo de mais de R$ 1 bilhão como na forma passando por cima de todas as regras de boa governança corporativa”, destacou o líder democrata.

De acordo com a matéria jornalística, a Petrobras disponibilizou prazo exíguo para uma auditoria (“due diligence”), fundamental em processos de aquisições e fusões. No parecer final de uma “due diligence” normalmente constam avaliações jurídicas, financeiras e operacionais. Especialistas em auditoria afirmam que essa etapa da operação leva em média três meses. A própria consultoria contratada pela estatal para fazer a auditoria alerta que pelo tempo escasso seria recomendável uma nova avaliação de dados realizada pela Petrobras.

“Todas essas revelações que não param de surgir apenas respaldam o empenho do parlamento de instalar uma CPI para investigar a empresa. Está muito claro que essa operação foi tramada no submundo ignorando toda a racionalidade administrativa. Não poderia ter outro resultado que o enorme rombo nos cofres da estatal”, opina Mendonça Filho.

A forma como o Palácio do Planalto vem reagindo diante da repercussão do escândalo e da iminente instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito mostra que há muito mais assuntos envolvendo os subterrâneos da empresa a serem discutidos.

O PT não apenas aparelhou a Petrobras, mas loteou a petroleira verde-loura como forma de aplacar a volúpia de partidos aliados do governo do então presidente Lula. A forma como vem sendo tratada a maior empresa do País ao longo dos últimos onze anos deixa claro que os petistas não esta preocupados com a saúde financeira da Petrobras, mas, sim, com a perpetuação no poder. O que nos tempos modernos exige ideologia criminosa e dinheiro imundo.

A farsa de Pasadena


No Relatório de 2005, a Petrobras informou que havia adquirido 50% da Refinaria de Pasadena, inclusive divulgando o preço que havia pago: U$ 370 milhões. No entanto, para o mercado, foi anunciado apenas um Memorando de Entendimento, com o seguinte texto, em 16 de novembro de 2005, onde o preço não era citado. Vejam!

Memorando de Entendimento para refino nos EUA

Rio de Janeiro, 16 de novembro de 2005 – PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRAS, [Bovespa: PETR3/PETR4, NYSE: PBR/PBRA, Latibex: XPBR/XPBRA], uma companhia brasileira de energia com atuação internacional, comunica que assinou um Memorando de Entendimento com a Astra Oil Company (“Astra”) com o objetivo de estabelecerem uma operação conjunta através de uma companhia de comercialização e refino nos Estados Unidos. O plano de negócios inicial compreende a operação conjunta e o gerenciamento comercial da Pasadena Refining System Inc. (PRSI), antiga Crown Refinery em Pasadena - Texas. A refinaria PRSI encontra-se em processo de melhoria para atendimento aos novos padrões ambientais fixados pela Environmental Protection Agency (EPA) para a gasolina e o diesel, e tão logo seja possível, será também modificada para processar uma larga faixa de óleo pesado com alto teor de enxofre, incluindo a produção da Petrobras no Campo de Marlim.

A Astra é uma subsidiária da Belgian Compagnie Nationale A Portefeuille, com participações na comercialização internacional de óleo, carvão, coque e gás natural, navegação oceânica e refino. A Astra adquiriu a Crown Refinery, localizada em Pasadena, em Janeiro de 2005.

Confiram abaixo a reprodução do que a estatal publicou no Relatório 2005:
 
Aqui, a bomba! A compra só foi concluída em setembro de 2006! O preço anunciado pela Petrobras? U$ 360 milhões, praticamente os mesmos U$ 370 milhões que já estavam lançados no Relatório de 2005!

Fica comprovado que o negócio foi fechado efetivamente em 2005! Está escrito! Está documentado!  Tudo o que veio depois do negócio fechado não passa de um teatro, como fica claro na Nota Oficial publicada em 19 de março de 2013 pela Presidente Dilma Rousseff.  Veja abaixo que a então presidente do Conselho de Administração informa que este autorizou a compra em 03 de fevereiro de 2006, contrariando o Relatório de 2005:
Se o preço já havia sido divulgado pela Petrobras no Relatório de 2005, como é que o Conselho de Administração não sabia das cláusulas? Será que estes conselheiros não leram o documento que foi distribuído a todo o mercado? Se foram feitas tantas diligências e negociações, por que o preço não mudou entre o final de 2005 e setembro de 2006?

Fica claro que está sendo armado um jogo de cena, confirmado pela informação dos jornais, no dia de hoje, de que a "due diligence" foi concluída em menos de 20 dias! Clique aqui para ler.

Esta denúncia é grave. Pode estar sendo feita uma montagem de documentos para encobrir um negócio escabroso, que foi fechado sem seguir os requisitos mínimos de respeito ao dinheiro público. Abaixo, o histórico dos comunicados da Petrobras ao mercado:

A Refinaria da Pasadena (Pasadena Refining System Inc. - PRSI) é uma refinaria localizada na cidade de Pasadena, no estado do Texas, que pertence à Petrobras com capacidade instalada para 106.000 mil barris/dia. Histórico Em novembro 2005, a Petrobras assinou um Memorando de Entendimento com a Astra Oil Company ("Astra") com o objetivo de estabelecer uma operação conjunta de comercialização e refino nos EUA. (Comunicado da Petrobras divulgado em 16.11.2005)

Em setembro de 2006, a Companhia concluiu a aquisição através de sua subsidiária Petrobras America Inc. (PAI). O valor total pago de US$ 360 milhões inclui US$ 190 milhões por 50% das ações e ainda US$ 170 milhões pelos estoques da refinaria. (não houve Comunicado da aquisição!)

Desentendimentos entre os sócios levaram a Astra a requerer o direito de vender seus 50% remanescentes à Petrobras. Em laudo arbitral de abril de 2009 esse direito foi confirmado sendo fixado o valor de US$ 296 milhões pela refinaria, acrescido de US$ 170 milhões por sua parcela no estoque, totalizando, US$ 466 milhões. (Comunicado da Petrobras divulgado em 16.04.2009)

A esse montante foram acrescidos, ainda, US$ 173 milhões, conforme sentença arbitral proferida, correspondentes a reembolso de parte de uma garantia bancária pelos sócios, juros, honorários e despesas processuais. Com isso, o total objeto da decisão alcançou US$ 639 milhões, registrados na nota explicativa 11.4 das Informações Trimestrais - ITR do terceiro trimestre de 2009, divulgadas ao mercado em 13/11/2009. (Comunicado da Petrobras divulgado em 12.03.2010)

Em 10 de março de 2010, a Corte Federal de Houston, Texas, EUA, confirmou Sentença Arbitral proferida em abril de 2009, a qual considerou que a PAI, seria a titular da refinaria de Pasadena e da sociedade de trading correlata (Trading Company). (Comunicado divulgado em 12.03.2010)

Finalmente, em junho de 2012, um acordo extrajudicial, que prevê o término de todos os litígios - arbitragem e outras causas judiciais - acrescidos de juros e custos legais pertinentes totalizou US$ 820 milhões. Parte desse montante, US$ 750 milhões, já vinha sendo provisionado para pagamento nas demonstrações financeiras da Petrobras, restando o complemento de provisão de US$ 70 milhões, a ser reconhecido no resultado da Companhia no segundo trimestre de 2012. (Comunicado da Petrobras divulgado em 29.06.2012)

1964 já era! Viva 2064!

Por Reinaldo Azevedo - Folha de São Paulo
faculdade de historia
1964 já era! Tenho saudade é de 2064! Os historiadores podem e devem se interessar pelos eventos de há 50 anos, mas só oportunistas querem encruar a história, vivendo-a como revanche. Enfara-me a arqueologia vigarista. Trata-se de uma farsa política, intelectual e jurídica, que busca arrancar do mundo dos mortos vantagens objetivas no mundo dos vivos. A semente do mensalão está nos delírios do Araguaia. O dossiê dos aloprados foi forjado pela turma que roubou o "Cofre do Adhemar". Os assaltos à Petrobras foram planejados pelas homicidas VAR-Palmares, de Dilma, e ALN, de Marighella. A privatização do passado garante, em suma, lugares de poder no presente e no futuro. Os farsantes apelam à mitologia para reivindicar o exclusivismo moral que justifica seus crimes de hoje. Ladrões se ancoram na gesta da libertação dos oprimidos. Uma solene banana para eles, com seus punhos cerrados e seus bolsos cheios!

Quem falava em nome dos valores democráticos em 1964? Os que rasgaram de vez a Constituição ou os que a rasgavam um pouco por dia? Exibam um texto, um só, das esquerdas de então que defendesse a democracia como um valor em si. Uma musiquinha do CPC da UNE para ilustrar: "Ah, ah, democracia! Que bela fantasia!/ Cadê a democracia se a barriga está vazia?" Para bom entendedor, uma oração subordinada basta. A resposta matou mais de 100 milhões só de... fome!

Nota desnecessária em tempos menos broncos: respeito a disposição dos que querem encontrar seus mortos. Eu não desistiria enquanto forças tivesse. Mas não lhes concedo a legitimidade, menos ainda a alguns prosélitos disfarçados de juristas, para violar as regras do Estado de Direito. A anistia, por exemplo, não está consignada apenas na lei nº 6.683. O perdão --não o esquecimento-- é também o pressuposto da Emenda Constitucional nº 26 (ow.ly/v4ZK9 ), de 1985, que convocou a Assembleia Nacional Constituinte. Vamos declarar sem efeito o texto que nos deu a nova Constituição? A pressão em favor da revogação da anistia e a conversão da Comissão da Verdade --se estatal, ela é necessariamente mentirosa-- num tribunal informal da história ignoram os pactos sobre os quais se firmaram a pacificação política do país.

Digam-me: onde estávamos em 1985? Revivendo a repressão de 1935, que se seguiu à "Intentona Comunista"? E em 1987? Maldizendo os 50 anos do Estado Novo? E em 1995, celebrando o seu fim? Estado Novo? Eis a ditadura que os "progressistas" apagaram da memória. Um tirano como Getúlio Vargas foi recuperado pelas esquerdas para a galeria dos heróis do anti-imperialismo e serve de marco, segundo os pensadores amadores, para distinguir "demófobos" de "demófilos".

Ilustro rapidamente. Entre novembro de 1935 e maio de 1937, só no Rio, foram detidas 7.056 pessoas. Todas as garantias individuais estavam suspensas. Dois navios de guerra foram improvisados como presídios. Em 1936, criou-se o Tribunal de Segurança Nacional, que condenou mais de 4 mil pessoas --Monteiro Lobato entre elas. Mais de 10 mil foram processadas. A Constituição de 1937 previa a pena de morte para quem tentasse "subverter por meios violentos a ordem política e social". Leiam o decreto nº 428, de 1938, para saber como era um julgamento de acusados de crime político. Kim Jong-un ficaria corado. A tortura se generalizou. No assalto ao Palácio da Guanabara, promovido por integralistas em maio de 1938, oito pessoas presas, desarmadas e rendidas foram assassinadas a sangue frio, no jardim, sem julgamento, por Benjamin e Serafim Vargas, respectivamente irmão e sobrinho de Getúlio. No dia 9 de novembro de 1943, a Polícia Especial enfrentou a tiros uma passeata de estudantes da Faculdade de Direito do Largo São Francisco, com duas vítimas fatais. Tudo indica que os mortos e desaparecidos do Estado Novo, sem guerrilha nem ataques terroristas, superaram em muito os do regime militar. Nunca se fez essa contabilidade. Nesse caso, a disputa pelo presente e pelo futuro pedia que se escondessem os cadáveres.

Getúlio virou um divisor de águas ideológicas na história inventada pelos comunistas, oportunistas e palermas e é o pai intelectual de João Goulart, o golpista incompetente deposto em 1964. Antes, como agora, "eles" sabem como transformar em heróis seus assassinos. A arqueologia do golpe é um golpe contra o futuro. Viva 2064! (Da Folha de S. Paulo desta sexta-feira)



Dilma e o PT tentam esconder do país a roubalheira da Petrobras. Agora querem saquear a CPI criada pela Oposição.

 
Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, preso por lavagem de dinheiro pela PF, escrevendo sabe-se lá o que nas costas da Presidente da República. O pânico tomou conta do Planalto com as ligações perigosas de Dilma com o maior escândalo da história deste país.

No dia em que a oposição formalizou o pedido de criação da CPI da Petrobras no Senado, o Planalto orientou sua base aliada a propor a inclusão de "aditivos" no objeto de investigação da comissão que podem atingir o PSDB de Aécio Neves e o PSB de Eduardo Campos, os principais adversários da presidente Dilma Rousseff na eleição.

A ideia é que, além da compra da refinaria de Pasadena, a CPI investigue as suspeitas de formação de cartel e fraude em licitações de trens em São Paulo, que atinge os tucanos, e o porto de Suape, administrado por Campos. PSDB e PSB articularam a criação da CPI da Petrobras. A estratégia foi definida em reunião com Dilma como alternativa à operação de retirada de assinaturas do requerimento protocolado ontem pela oposição, que tem apoio de 29 senadores, sendo oito de partidos da base aliada.

O governo ainda não desistiu de convencer seus aliados a desistirem da CPI, mas já reconhece que a operação tem poucas chances de dar certo. As pressões serão concentradas em Sérgio Petecão (PSD), Clésio Andrade (PMDB) e Eduardo Amorim (PSC). A estratégia do Planalto foi colocada em prática ontem na Câmara e no Senado. A equipe presidencial diz que a tática é respaldada em precedentes no Congresso, como na CPI das ONGs, que teve aditivos ao objeto investigado.

Como terá maioria na comissão, o governo quer, inclusive, iniciar as investigações pelas irregularidades no metrô paulista, com o argumento de que seriam mais antigas. O Planalto ainda tentará fazer com que a CPI seja mista (Câmara e Senado). A oposição vai combater a operação sob o argumento de que é necessário que os temas tenham vinculação com o objeto principal da comissão, que é investigar a Petrobras.

Ontem, o líder do PT na Câmara, Vicentinho (PT) não conseguiu explicar o motivo de incluir o porto de Suape nas investigações da CPI. O mesmo aconteceu com o caso dos trens de São Paulo. Lançada pelo PSDB, a CPI da Petrobras, além do caso Pasadena, mira o suposto superfaturamento de refinarias, irregularidades em plataformas e a suspeita de que empresa holandesa pagou propina a funcionários da estatal. A previsão é que dure 180 dias. A ideia de criar a comissão ganhou o apoio final necessário com a adesão do PSB.

RESISTÊNCIA

Aliado do Planalto, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), resistia à apuração, mas ontem disse que "não há mais o que fazer" e que discutiria com os líderes a instalação. A oposição cobrou pública e reservadamente que ele leia o pedido de criação da CPI até a terça.

Aécio criticou a movimentação para forçar governistas a abandonarem a CPI. "Não acredito que nenhum dos signatários possa se submeter a qualquer tipo de chantagem."

O governo foi defendido pela senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR): "Se é para fazer investigação política, era importante trazer esse tema [Metrô de São Paulo] para a CPI. Eles estão politizando". Ao ser indagada se o caso não era estranho ao objeto da CPI, ela disse: "Tem que ter coerência. Se eu sugiro investigação política para algo que já tem investigações técnicas, como é o caso da Petrobras, por que fazer só para um tema e não para o outro?".

Em visita ao Congresso, o presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), Augusto Nardes, comentou o caso Pasadena. "Pelas informações que nós temos, me parece que não foi um bom negócio. Com certeza, o prejuízo para a nação brasileira foi bastante significativo", disse. (Folha de São Paulo)

Lula e Dilma quebraram o Brasil, mas os petistas continuam posando como herdeiros de Aladim

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Show de incompetência – A fórmula mágica e embusteira do virtuosismo lançada por Luiz Inácio da Silva começa a falhar de maneira recorrente. Isso explica a crise que se instalou no País e vem corroendo a economia nacional, que cada vez mais se aproxima do despenhadeiro. Enquanto os palacianos balbuciam críticas aos analistas de mercado, a economia verde-loura mostra, como um todo, que é grave a situação em que se encontra o Brasil.

Responsável pela política monetária nacional, o Banco Central já sinaliza com a possibilidade de a inflação oficial encerrar o ano em 6,2%, índice distante da meta fixada pelo governo (4,5%) e muito próximo do teto (6,5%). Se considerarmos o fato de que a inflação real, aquela enfrentada pelos brasileiros no cotidiano, já descolou, em trajetória ascendente, da órbita de 20% ao ano, a situação torna-se ainda mais crítica.

Enquanto a opinião pública está entretida com o Pasadenagate, o que é compreensível, a economia do País está cada vez mais cambaleante. Situação que pode produzir um prejuízo bilionário, muito superior ao gerado pela aquisição da obsoleta refinaria texana. Por isso é importante manter os olhos bem abertos e em todas as direções, pois os desgovernos petistas produziram um estrago, ao longo de uma década, que o brasileiro sequer imagina o esforço necessário para reverter o quadro caótico.

Como se não bastasse o fato de abusar da maquiagem contábil para cumprir as metas de superávit primário, o que serve de sinalizador para os investidores de todo o planeta, o governo gasta mais do que arrecada. O pior é que o governo não sabe como investir as verbas disponibilizadas no Orçamento da União. E quando o faz quase sempre surge um escândalo de corrupção a reboque.

Fosse pouca a lambança promovida pelos palacianos, o Banco Central aposta em crescimento da economia, em 29014, na casa de 2%. O mercado, por sua vez, trabalha com a previsão de avanço do PIB no patamar de 1,7%. A ópera bufa da economia brasileira ganha contorno de tragédia com a informação de que o desemprego no País, no mês de fevereiro, ficou em 5,1%, contra 4,8% registrado em janeiro. O que significa que o Brasil alcançou o pleno emprego.

Para completar, o superávit nas contas do governo caiu 50% no bimestre, para R$ 9,87 bilhões. No mesmo período de 2013, o esforço fiscal do governo alcançou R$ 19,66 bilhões. Mesmo assim, os petistas percorrem o Brasil bradando as maravilhas do falso País de Alice, aquele que aprece nas campanhas publicitárias encomendadas pelo Palácio do Planalto. Enfim…

Lula, Dilma, diretores e conselheiros da Petrobrás têm de responder por má gestão e corrupção na Petrobras

Como a Petrobras é uma empresa controlada pela União, o Presidente da República, sua diretoria e conselheiros administrativos e fiscais são os responsáveis diretos por seu sucesso ou fracasso de gestão. Por isso, o Presidentro Luiz Inácio Lula da Silva e a Presidenta Dilma Rousseff, junto com o conselho diretor da estatal de economia mista, têm de responder, individualmente, na Justiça, por prejuízos gerados por tomadas de decisão com característica de má gestão ou comprovada corrupção. A regra é clara – mesmo no Brasil Capimunista da impunidade.

A CPI da Petrobras, que o presidente do Senado, Renan Calheiros, será obrigado a instalar, mesmo a contragosto da base de aliança desgovernista, explodirá a complicada reeleição de Dilma – popular nas pesquisas, porém sem credibilidade perante o poder econômico mundial, que efetivamente decide o jogo dos negócios privados e públicos no Brasil. É cedo para falar de impeachment, mas o risco existe, porque vale a máxima sobre as Comissões Parlamentares de Inquérito: todos sabem como começam, mas é difícil saber como terminam, mesmo com a costumeira impunidade tupiniquim.

O PT já dá sinais de desespero. Ameaça radicalizar na guerra virtual contra os ataques políticos que lhe serão fatais. Uma ala do partido também já atua na suicida e burra tática de substituir Dilma por Lula na corrida ao Palácio do Planalto. O presidentro seria um alvo mais fácil que a gerentona cujo falsa marketagem de competência desmancha no ar. Mesmo na remota chance de ganhar a eleição – na base da fraude eleitoral ou contando com os votos dos grotões de ignorância e clientelismo -, o governo do PT já perdeu credibilidade, legitimidade e não tem mais governabilidade para seguir em frente.

Se a CPI não sair, a Petrobras será alvo de ações judiciais aqui dentro e lá fora. O Ministério Público Federal será forçado pelas evidências a abrir inquéritos para investigar a má gestão ou os efeitos da dolosa ou culposa corrupção em vários negócios e parcerias da estatal de economia mista. A Comissão de Valores Mobiliários – que é, mas não deveria ser, um órgão do Ministério da Fazenda - terá de agir conforme a legalidade, como xerife do mercado de capitais e não na base da politicagem, com desculpa esfarrapada supostamente técnica, para encobrir os desmandos na Petrobras fartamente denunciados por investidores.

Independentemente do que fizeram (ou não), aqui dentro, o MPF e a CVM, investidores da Petrobras já cansavam de avisar que preparam ações judiciais na Corte de Nova York – na bolsa de cuja cidade a Petrobras negocia ações. Nos EUA, a Security and Exchange Comission, entidade independente de governo, costuma agir com mais rigor contra abusos e atos lesivos aos investimentos no mercado de capitais. Denunciados lá fora, individualmente, dirigentes e conselheiros da Petrobras correm sério risco de sanções duras e multas pesadas, em caso de condenação (o que é nada difícil de acontecer, diante de tanto escândalos com evidências e provas materiais em fartura). 

Literalmente, a petralhada e seus aliados políticos e de negociatas cometeu o assassinato da galinha dos ovos de ouro negro. Os dirigentes do governo e da empresa terão de acertar contas, na Justiça daqui ou de Nova York, pelas consequências da incomPTência e da delinquência. A tese é simples: quem manda na Petrobras é o Presidente ou Presidenta da República. Não deveria ser, mas é, no capimunismo tupiniquim. Assim, quem manda responde pelos atos. E PT, saudações... 

Nas coxas

O Globo teve acesso a documentos internos da Petrobras confirmando que o processo de compra da refinaria de Pasadena envolveu um prazo “muito curto” de due diligence — espécie de auditoria considerada um dos passos essenciais em processos de fusões e aquisições, na qual são avaliadas questões jurídicas, financeiras e operacionais.

O documento confidencial, datado de 31 de janeiro de 2006, revela que ao todo, o processo de compra levou cerca de 20 dias – quando especialistas ressaltam que essa etapa de análise de informações de uma empresa consome, em média, de dois a três meses.  

Após a coleta de documentos e reuniões com diretores financeiros da Astra entre os dias 11 e 25 de novembro de 2005, a estatal teve de fazer nova avaliação em apenas cinco dias.

A consultoria contratada pela Petrobras na ocasião, a BDO Seidman, de Los Angeles, nos EUA, chegou a recomendar que, em razão do “tempo limitado”, a estatal deveria buscar sua própria avaliação de dados.

Mangueira do Lava Jato

Curiosamente, batizada de Projeto Mangueira, a compra da refinaria envolveu a reorganização de cinco afiliadas da Astra Trading.

Como todo mundo sabe que, em uma empresa de Lava Jato sempre se tem uma boa mangueira, tudo caminha para um final infeliz.