O governo do PT expropriou do empresário Boris Gorentzvaig,
fundador da Petroquímica Triunfo, uma gigantesca planta industrial localizada
no interior gaúcho que produz matéria-prima para a produção de plásticos. A
Petrobras detinha 85% do capital da Triunfo. Os outros 15% estavam nas mãos da
família, cujo patriarca, Boris (falecido em 2012), foi o pioneiro na implantação
do Polo Petroquímico do Sul, no fim da década de 70. Logo que a Triunfo começou
a operar, nos anos 80, a Petrobras e os Gorentzvaig se desentenderam. Desde
então, entraram em litígio judicial para saber quem deveria comandar a Triunfo.
Para encerrar o litígio, o juiz Mauro Gonçalves, responsável pela causa, propôs
que a estatal vendesse sua parte aos Gorentzvaig por 250 milhões de reais.
A Petrobras topou sair do negócio, mas cobrou um valor maior
por sua participação: 355 milhões de reais. Os Gorentzvaig concordaram com o
novo preço. Entretanto, logo depois, a Petrobras desistiu do acordo alegando
que já havia passado muito tempo desde que a empresa fizera a contraproposta e
"razões estratégicas" impediam a conclusão do negócio. A empresa também
reclamou do pedido de due diligence (investigação contábil, jurídica e
econômica) feita antes do fechamento de grandes negócios. Para ela, a due
diligence iria "embolar o meio de campo".
Meses depois, a Petrobras decidiu repassar a Triunfo para
outra empresa, a Braskem (controlada pela Odebrecht, a mesma empresa envolvida
em diversos negócios escusos com o governo PT, como o Porto de Mariel em Cuba),
da qual é sócia minoritária, por 118 milhões de reais pagos em ações. Preferiu,
portanto, receber *118 milhões de reais em ações por 100% da Triunfo* aos *355
milhões de reais em dinheiro por 85% da mesma empresa que seriam pagos pelos
Gorentzvaig*. Os Gorentzvaig, minoritários na petroquímica, foram obrigados a
sair do negócio e aceitar ações da Braskem em troca de sua participação.
"Entregaram a Triunfo para a Braskem".
A Braskem-Odebrecht já era dona do polo petroquímico da
Bahia e da refinaria paulista de Paulínia, e assim monopolizou o setor
petroquímico do país. Dilma Rousseff era a Presidente do Conselho de Administração
da Petrobras.
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