A chuteira da humildade, da marca Kichute, não sai da minha
cabeça. Portanto, em meio ao nacionalismo ludopédico, faria gol contra se não
falasse de futebol. No dia 13, tudo acaba. Aliás, um jogador com o "número
13" já acabou com a Copa do Neymar Jr. O partido com o número 13 continua
acabando com o Brasil – embora sua propaganda minta no sentido contrário.
Coisas de um País subdesenvolvido que parece uma linda arena superfaturada,
para alegria dos cartolas da oligarquia financeira e dos craques da politicagem...
A Seleção Brasileira tem condições de conquistar o
Hexacampeonato? Claro que tem. Mesmo que não jogue o futebol idealmente
desejado. A imensa torcida a favor empurra qualquer time. O nosso tem algumas
limitações que vêm comprometendo. É lento na saída de bola da defesa para o
ataque. O meio de campo não arma jogadas com eficiência para a brazuca chegar
rapidamente aos atacantes que podem fazer gols. Erramos muitos passes. No
entanto, nossa defesa é muito boa. Os zagueiros até se apresentam no ataque e
conseguem fazer gols. O goleiro passa confiança.
Dos quatro finalistas (Alemanha, Holanda e Argentina), somos
os menos eficientes taticamente. Porém, na hora da decisão, pode falar mais
alto a garra para segurar a pressão do adversário e fazer gol. A Seleção
Brasileira é emocional. A Argentina, passional, focada no Messi e agora
seriamente desfalcada pelo meia di Maria. A Holanda, embora muito técnica e
racional, também sente a pressão (como mostrou o jogo contra a Costa Rica –
“campeã moral”, porque não perdeu um jogo sequer e ainda teve a defesa menos
vazada do torneio). A Alemanha (Deutschmengo ou Flalemanha, por causa daquela
camisa rubro-negra) exagera na dose de racionalismo calculista. E a imprensa
alemã ainda considera o eficiente time deles “defensivo demais”... Imagina se
fosse ofensiva...
Outra pergunta: a saída de Neymar Jr – considerado nosso
“principal jogador” – inferioriza e inviabiliza a Seleção Brasileira? A
resposta concreta é: Não! (Um não rotundo, como diria o Leonel Brizola da Dilma
Rousseff). Pelo contrário, o time dirigido por Felipão, que jogava em função do
Neymar, agora terá de jogar em equipe, na busca do título de campeão – que
interessa aos jogadores e aos apostadores na continuidade do desgoverno
petista. Se o time conseguir passar pela Alemanha, fica enorme a chance de
conquistar a taça no Maracanã, dia 13.
Mais uma pergunta de resposta fácil sobre esta final: Se a
Presidenta Dilma Rousseff for ao estádio para entregar o troféu ao campeão, ela
será alvo de vaias e xingamentos – como ocorreu no jogo de abertura da “Copa
das Copas”? Claro que vai... Dilma é candidata a perder a reeleição. Também é
muito cotada para “tomar no TCU” (terá de explicar no Tribunal de Contas da
União as besteiras que autorizou quando foi “presidente” do Conselho de
Administração da Petrobras, nos tempos em que Lula da Silva era o presidente de
fato do Brasil – hoje ele é apenas o “Presidentro”).
A torcida (novamente a tal elite branca?) não perdoará Dilma
e seu colega Josef Blatter (que comanda a FIFA). Lula que também não ouse
aparecer no Maracanã... Se a Seleção Brasileira vencer, Dilma toma a vaia mas
poderá tirar proveito político, posterior, do clima psicológico de vitória. Se
ocorrer o contrário – coisa inimaginável para a petralhada -, o jogo
reeleitoral se complica...
A ficção tem dons premonitórios. O 16º episódio da 25ª
Temporada de “Os Simpsons”, que fala da Copa de 2014, previu até uma lesão ao
Neymar. No filme, “Você não tem que viver como um árbitro”, Homer é indicado
para apitar a final entre Brasil e Alemanha. No jogo, o craque brasileiro “El
Divo” (que lembra Neymar Jr) toma uma porrada feia, depois de vários dribles
nos adversários, e Homer nada marca. O craque sai de campo machucado... No
filme, mafiosos tentam subornar Homer para garantir a vitória do País do
Futebol...
O Homer Simpson tem o perfil do eleitor do PT: um cinismo
egoísta que tem a crença idiota de sempre se dar bem no final das contas, custe
o que custar. Este é o arquétipo do imbecil coletivo que se transforma em um
caso patológico, agravado e sem cura, quando entra o componente do fanatismo
ideológico. O fundamentalismo petista combinado com a corrupção petralha dos
valores gera um monstro politicamente canceroso – capaz de destruir o tecido
social, na consolidação do regime Capimunista (o aparelhamento do Estado e a
parceria de negócios com grandes empresas, daqui e de fora, para enriquecer a
companheirada na cúpula do poder).
O Brasil precisa expulsar de campo o time da petralhada. O
aumento do custo de vida, a sensação psicológica de inflação, os juros altos
para pegar e pagar empréstimos, a redução do poder de compra ou de consumismo,
o endividamento da classe média e a vontade subjetiva de que algo precisa mudar
para melhor (sensação que parece cristalizada no eleitorado brasileiro), além
da bronca com a corrupção e a injustiça, tendem a ser elementos fatais para
derrotar o PT na eleição.
A Seleção Brasileira pode até ganhar a Copa do Mundo. Mas o
regime do PT não pode continuar no poder.
Promessa de cura
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