Fábio Grellet - O Estado de S. Paulo
Elisa Quadros Sanzi , a "Sininho" comandaria 19
pessoas
que lideravam os grupos (organizações semelhantes as
existentes nas décadas
de 60 e 70).
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Inquérito que embasou prisões expõe suposta organização de
manifestantes
Informações foram coletadas por meio de depoimentos
prestados por 38 pessoas e escutas telefônicas autorizadas pela Justiça
RIO - Instaurado em 2013 e entregue ao Ministério Público do
Rio na última sexta-feira, 18, o inquérito da Delegacia de Repressão aos Crimes
de Informática (DRCI) do Rio reuniu informações que embasaram a decretação da
prisão preventiva de Camila Jourdan e outros 22 ativistas, acusados de formação
de quadrilha. A prisão foi pedida na sexta-feira pelo promotor Luís Otávio
Lopes e ordenada horas depois pelo juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal.
Por meio de depoimentos prestados por 38 pessoas e escutas
telefônicas autorizadas pela Justiça, a polícia concluiu que o grupo se
organiza em subgrupos e mantém uma hierarquia: um deles cuida do planejamento
de ataques, outro é responsável por produzir e distribuir bombas, coquetéis
molotov e outras armas, outro arregimenta pessoas dispostas a executar atos de
vandalismo. A líder geral, segundo a investigação, é Elisa Quadros Sanzi, a
Sininho, que comandaria 19 pessoas responsáveis pelos grupos.
Camila Jourdan é uma das principais figuras do organograma da
organização da quadrilha que pretendia marcar violentamente
o final do
mundial com o que chamararam de " Junho Negro",
em referência aos 1ºs protestos de 2013.
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O terceiro escalão é responsável pela execução dos atos e
também por arregimentar novos integrantes para a organização.
O grupo é considerado pela polícia responsável pela
depredação de bens particulares, como agências bancárias, lojas e veículos, e
do patrimônio público, como pontos de ônibus, placas de trânsito, orelhões e
lixeiras, além do arremesso de pedras e artefatos incendiários contra policiais
e outros agentes de segurança, causando lesões corporais. A polícia afirma que
o grupo aguardava artefatos explosivos, principalmente bombas de fabricação
artesanal.
Condutas criminosas. Além de expor a suposta hierarquia da
organização, o inquérito policial elenca condutas criminosas praticadas
individualmente. Sininho, por exemplo, segundo a Polícia Civil incitou manifestantes
a incendiar o prédio da Câmara Municipal do Rio durante protesto em 2013 e a
queimar um ônibus em outro ato realizado no ano passado.
Eloísa Samy teria ordenado o início de atos de violência,
instruído participantes e prestado apoio logístico aos demais líderes do grupo.
Em conversa telefônica gravada, David Paixão, que durante a investigação tinha
menos de 18 anos, comemora o lançamento de um coquetel molotov contra um PM.
“Viu, acertei o cara do Choque. Saiu até na televisão”, disse a um interlocutor,
segundo a polícia. Como era menor, Paixão não foi denunciado pelo Ministério
Público.
Fonte: A Verdade Sufocada
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