Está escancarada a maior temporada de mentiras jamais antes
vista na história deste País. A campanha eleitoral de 2014, que será
predominantemente disputada no terreno supostamente livre da internet, promete
ser a mais agressiva de todos os tempos. Aparentemente, é a situação – e não a
oposição – que está mais bem preparada para a caríssima guerra de informações e
contrainformações na Era Digital.
No teatro de operações, o simples eleitor, mero usuário de
tecnologia, será o personagem principal das ações ofensivas e defensivas de
analistas em marketing político digital, militantes partidários fanáticos,
advogados regiamente pagos, hackers preparados para levantar e derrubar
reputações e políticos sempre prontos para qualquer negócio (preferencialmente
lucrativo) que lhes garanta a vitória na eleição.
Horário eleitoral gratuito no rádio e televisão, com
baixíssima audiência, parecerão “cousa do passado”. A “modernosidade da
politicagem” investe para que as redes sociais sejam usadas, como nunca, na
tentativa de fisgar eleitores. A principal ação de mistificação já começou a
ser testada. Sistemas conseguem, facilmente, produzir e alavancar comentários
(favoráveis e desfavoráveis) aos temas e candidatos. Tudo pode se transformar
em “trending topic”. O eleitorado será bombardeado eleitoralmente.
A dificuldade será separar o que é verdade daquilo que é
mentira. Boatos rolarão em tempo real. O que for “verossímil” (parecer verdade,
embora não seja) deve ter hegemonia no conteúdo difundido. As mensagens
veicularão a doença e o antídoto. Uma das táticas já manjadas de ilusionismo
consiste em tentar esgotar temas que são usados com mais frequência para
atingir os candidatos. De tão repetidos, se transformam em lugar comum e perdem
o efeito ofensivo. Em tom teatral, o candidato atacado usa o conteúdo que o
atingiu para contratacar e classificar o adversário de “difamador”.
Advogados especializados em tecnologia da informação tendem
a nadar de braçada nesse lago de esgoto eleitoral. O Ministério Público e a
Justiça Eleitoral devem ser acionados, como nunca antes, para “mandar retirar
do ar conteúdo classificado como ofensivo”. Como tudo pode receber tal
classificação, a velha e hedionda censura promete ser a grande estrela da
campanha de 2014. Só perderá para a mistificação. Enfim, consagraremos o
primado da fraude ampla, geral e irrestrita.
Para piorar, os políticos serão escolhidos pelo voto
eletrônico de resultado inquestionável e sem possibilidade real de auditoria.
Valerá a máxima de que você sabe em quem votou, mas só o sistema tem a certeza
sobre quem foi eleito. Qualquer que seja o resultado, o cidadão-contribuinte,
obrigado a votar, acaba enganado antes, durante e depois da eleição.
Democraticamente, o panorama é tétrico.
A desmoralização política pós-eleição e a crise econômica
previsível para 2015 (que os petistas jurarão ser uma visão equivocada da
oposição para impedir a reeleição de Dilma) tornarão o Brasil ingovernável e
pronto para uma confusão institucional que pode acabar em ruptura. O perigo é a
quem caberá fazer o papel de “lixeiro” do que restar desta História.
Fifa Faturando
A transnacional Federação Internacional de Futebol
Association deve lucrar, limpinho, com a Copa do Mundo 2014, uns US$ 2 bilhões
– que serão remetidos à Suíça, onde não se paga imposto.
Já o Brasil, apenas na construção de 12 estádios
superfaturados e ainda não acabados (exceto o Mineirão), torrou R$ 12 bilhões.
Só por essas contas elementares, já dá para ver que
realizamos a Copa do Jegue (para os brasileiros).
Conta não fecha
Bares e hotéis – junto com o setor de bebidas – faturaram
uns R$ 2,3 bilhões neste mês de Copa.
O probleminha matemático é que a economia em geral deixou de
ganhar estimados R$ 12,7 bilhões com o período repleto de improdutividade, com
muitos festejos e feriados forçados.
A grande pergunta é quem vai pagar tal conta no final, principalmente
quando o bicho começar a pegar ainda no segundo semestre pós-eleitoral ou a
partir do começo de 2015?
Perdendo de novo?
Pelo terceiro ano consecutivo, os fundos de pensão fecham
suas contas no vermelho.
Trata-se de mais uma herança maldita do desgoverno Dilma
Rousseff sobre o principal símbolo do nosso capimunismo tupiniquim, prejudicado
por falhas na gestão e pelas interferências políticas nas estatais
patrocinadoras.
Fundos com problemas colocam em risco não só a aposentadoria
e pensão de milhares de brasileiros – principalmente servidores públicos -, mas
também a sobra de grana para sustentar aventuras empresariais em que o poder
estatal e seus políticos hegemônicos entram de parceiros-sócios...
Na conta do Lula...
Em campanha do maridão ao governo do Rio de Janeiro, a
Prefeita de Campos dos Goytacazes, Rosinha Garotinho, elogiou a Dilma, metendo
o pau no Lula:
“Como prefeita, não posso reclamar de recursos federais para
Campos. Está certo quer ela está passando por um momento difícil, mas é
desgaste do Lula. Ela não pode falar, porque não pode condenar o Lula, mas eu
posso. Mensalão foi no governo Lula. Caiu no colo da Dilma”.
Como Lula-Dilma costumam se apresentar aos eleitores como
sendo a “mesma pessoa”, “unha e carne”, Rosinha precisa tomar mais cuidado para
seu elogio não se transformar automaticamente em ataque à Presidenta...
Por onde anda você?
Todo mundo anda perguntando por onde anda Luiz Inácio Lula
da Silva nestes tempos de Copa do Jegue...
Anda muito calado o Presidentro, que não teve peito de
disputar o Senado por São Paulo, mas demonstra arriscada “coragem” de
permanecer sem imunidade parlamentar para se defender das broncas previsíveis
no horizonte perdido.
Mas o desafio para Lula continua: quando ele terá coragem de
divulgar, publicamente, qual a real evolução do patrimônio dele, dos familiares
e aliados mais próximos?
Problemasgate
Durante e depois da eleição, deve estourar novidades
bombásticas da Operação Lava Jato – que pode deixar ainda mais suja a reputação
nada ilibada de muito político.
Também se opera um grande esforço, nos bastidores da Justiça
Federal, para que o estranho segredo que cerca o processo da Operação Porto
Seguro continue vigorando, por longo tempo.
O mensalão, parcialmente impune, vai parecer roubo de
galinha do vizinho quando o resto das broncas explodirem...
Fica do ladinho de mim?
Terror rubro-negro?
O Globo informa que a Alemanha vai vestir contra o Brasil
aquele uniforme vermelho e preto, inspirado pela Adidas no manto sagrado do
Flamengo.
O probleminha é que, lá no Mineirão, é onde a turma mais
odeia as cores do time mais querido do Brasil.
A roupagem germânica fez tanto sucesso que anda esgotada nas
lojas de material esportivo...
Medicina cubana, não...
Nenhum comentário:
Postar um comentário