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domingo, 1 de junho de 2014

Clube Militar – Eleição 2014 – Ponto de vista

Por Ernesto Caruso

O que dizem os números ou o que podem dizer. Resultado: Chapa Monte Castelo/Cel Gobbo, 486 votos; Chapa Determinação/Gen Paulo Assis, 360; Chapa Consolidar e Modernizar/Gen Pimentel, 1023 votos; Chapa Tradição, Coesão e Ação/Gen  Felício, 570 votos. Ao todo, 2.439 votos.

Parece muito pouco face ao número de sócios que o Clube deve ter. Qual a abstenção? Foi feito algum estudo a respeito? Desinteresse? Indiferença? Desilusão? Descrédito? O debate pela internet demonstrou o contrário. Os candidatos disputaram o voto, se manifestaram com muita cordialidade, bem como sócios e não sócios.

 Quatro chapas concorrentes, diferente dos últimos pleitos a demonstrar uma reação à placidez, ao querer, exigir mais em nome da classe militar no que se refere ao desconcerto salarial entre as várias categorias de servidores, dos militares aviltado e, fundamentalmente ao desconforto da perseguição àqueles que cumpriram o dever na luta contra os comunistas/terroristas/torturadores, revisão da Lei da Anistia, Medalhas de Honra no peito de bandidos, placa na AMAN, acomodação do Clube face às autoridades militares. Reação exposta em mensagem e artigos por Generais de Exército inconformados com essa aceitação. Lembrar do Manifesto e milhares de assinaturas...

A despeito do universo composto, o resultado da votação demonstra mais um pouco a ser considerado pela chapa vitoriosa, indubitavelmente apoiada pela Diretoria atual. As três outras estavam no outro polo com grande probabilidade de perder em eleição sem segundo turno. Juntas somaram 1416 votos contra 1023 da chapa vencedora. A segunda colocada que teve mais visibilidade na imprensa por várias razões com mais chance de vitória teve 570.

À reflexão e no futuro a confirmar: “O Clube militar tem que ser a caixa de ressonância dos problemas militares em relação ao governo, nele incluídos os Comandos Militares e não o contrário. Os Comandos estão manietados na estrutura atual do governo, embora não sirvam a governos, nem lhes devam fidelidade, quando ameaçam os pilares da democracia, ainda que engendrando artimanhas constitucionais.”. (Demonstração de Força e União, 08/02/2014) e convenhamos, o Clube precisa dos sócios e os sócios precisam do Clube em íntima relação de reciprocidade e comprometimento.


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