Por ucho.info
Jogo sujo – A parcela de bem da população brasileira não
pode manter-se calada diante da bizarra atitude do presidente da Câmara dos
Deputados, o peemedebista Henrique Eduardo Alves (RN), que por conta de
interesses particulares e da pressão palaciana decidiu não emprestar regime de
urgência à votação do decreto legislativo que anula o Decreto nº 8.243, editado
pela bolivariana Dilma Rousseff.
O tal decreto presidencial concede à petista Dilma o direito
de submeter a administração federal aos chamados conselhos sociais, que serão
compostos por integrantes dos movimentos sociais, todos controlados de maneira
mafiosa pelo Partido dos Trabalhadores. Ou seja, a crescente ameaça de uma
derrota nas urnas de outubro próximo levou a comunista Dilma Vana Rousseff a
acelerar o processo de cubanização do Brasil, como se no País inexistissem leis
que fixam as balizas da democracia.
Alegando não querer criar um clima de indisposição com o
governo federal, no momento, Henrique Eduardo Alves resolveu externar sua
essência coronelista e subserviente, sempre escondida debaixo da imagem conciliadora
que exibe à opinião pública. Questionado sobre o fato de não incluir na pauta
de votação o projeto de decreto legislativo, cujo regime de urgência foi
requerido por uma dezena de partidos políticos, Alves disparou: “Não, não está
pautado. Não vou pautar agora”. Perguntado sobre o motivo da decisão que fere
de morte a democracia, o presidente da Câmara foi direto: “Porque eu não
quero”. O peemedebista potiguar não tem o que querer, pois seu mandato eletivo
é fruto da representatividade explicitada na Constituição Federal.
Em relação à criação dos conselhos sociais, a Carta Magna
brasileira estabelece em seu artigo 1º, parágrafo único, que “todo o poder
emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente,
nos termos desta Constituição.” Por questões bolivarianas, Dilma se valeu
apenas desse artigo para extirpar o ar golpista do Decreto nº 8.243, mas fechou
os olhos para o artigo 14º da mesma Constituição, que explicita a forma como se
dá a tal representatividade popular. Eis o que estabelece o artigo 14º da Carta
Magna: “A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto
direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: I
– plebiscito; II – referendo; III – iniciativa popular.
Henrique Eduardo Alves faz parte de uma casta de políticos
que não se importa com a manutenção da democracia, desde que sua hegemonia
política, feudos e benesses sejam mantidos a qualquer custo. Por isso sua
subserviência encontra guarida em postura ignara e antidemocrática. A
explicação para essa decisão utópica e covarde tem pelo menos uma explicação.
No acordo que o PMDB fez com a presidente da República, logo após ameaçá-la com
a possibilidade de abandono político em ano de eleições, ficou acertado que o
PT não lançaria candidatos aos governos de pelo menos meia dúzia de estados.
Dentre eles o Rio Grande do Norte, onde Laves é candidato ao Executivo
potiguar.
A não derrubada do malfadado decreto presidencial permite
concluir que, nessa lufada de bolivarianismo explícito, o Congresso Nacional
perde a sua razão de ser e de existir, até porque os que ao parlamento ascendem
por meio do voto não passarão de meras marionetes de um governo ditatorial, que
sob a falsa fantasia da democracia age nos bastidores para implantar o
totalitarismo esquerdista. A atitude de Dilma Rousseff de editar o tal decreto
a transforma na versão de saias do finado Hugo Chávez, que como excrescência do
golpismo latino-america adorava governar a Venezuela fazendo uso desse
instrumento jurídico nada democrático.
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