Por Antônio Ribas Paiva*
Vídeo “A História das Coisas”: como somos escravizados
Hamurabi fez lavrar em pedra, as leis que pautavam as
relações do seu povo, não só para harmonizar o seu convívio, mas,
principalmente, para proteger as pessoas do Poder do Estado.
O Código de Hamurabi era draconiano, mas estabelecia os
limites, os quais nem o soberano podia ultrapassar, conferindo segurança à
sociedade, que era livre nos limites da lei.
O Estado Moderno, sob a película poética do Iluminismo,
estabelece regras para o convívio da sociedade, mas, não protege as pessoas dos
abusos do poder, daqueles que dominam suas estruturas: os governantes, os
políticos, os financistas, os mega empresários e a alta administração pública,
dos Três Poderes.
Essa lacuna nos mecanismos de proteção da sociedade
escraviza as pessoas, que vivem e trabalham, para sustentar as benesses
daqueles que dominam as Estruturas do Estado.
Como o Estado é detentor do monopólio da violência e, sócio
majoritário de toda a economia, o seu poder submete todos, à vontade dos “senhores”. Os pobres morrem
nas filas dos hospitais, os ricos estão sujeitos a perder tudo, da noite para o
dia, os regramentos excessivos e o crime restringem a vida de todos, a
juventude não tem perspectivas e os aposentados são espoliados. Todas essas mazelas ocorrem, para
satisfazer o poder dos senhores do Estado, que mantém os brasileiros,
artificialmente na miséria, apesar da riqueza mineral e agrícola do país.
Os brasileiros vítimas da sanha confiscatória da Feitoria
Escravagista, trabalham cerca de cinco meses por ano, de graça, para sustentar
as estruturas do poder, sem receber nada em contrapartida. Porque segurança,
saúde e educação, que pelo contrato social seriam exigíveis, são letras mortas,
ressuscitadas, apenas, em campanhas eleitorais, que prestam-se, somente, à
coonestar o regime escravagista.
Os governantes, os políticos e a alta administração pública,
aliados aos trustes e financistas, tendo por instrumento o Estado Escravagista,
enriquecem à custa de espoliar o povo.
Essa ilegitimidade é inaceitável, porque a escravidão deve
ser repudiada em todas as suas manifestações,
posto que o escravagismo é a pior das tiranias.
Aliado aos governantes, o Sistema Financeiro, capta o
capital da sociedade, faz emprestá-lo para o Estado, que lhe paga juros de
duzentos e cinqüenta bilhões de reais por ano. Esse lucro é sustentado com mais
tributação, que amplia o trabalho escravo. É o circulo tenebroso da escravidão!
O povo escravizado não tem a quem recorrer, só lhe resta
ceder ao poder da Feitoria Escravagista e pagar, com “sangue, suor e lágrimas”!!!
Conclui-se, que a exemplo da República, que foi proclamada
mas não foi implantada, a Lei Áurea foi assinada mas não é cumprida. Duzentos
milhões de brasileiros padecem sob os grilhões do Estado escravagista.
A conscientização desse problema é o primeiro passo para sua
solução. Cumpre libertar o povo brasileiro rompendo seus grilhões. O caminho é
restabelecer, com os instrumentos que forem necessários, os Objetivos
Institucionais do Estado, para que suas estruturas voltem a proteger as pessoas,
libertando-as.
Fonte: Alerta Total
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*Antônio José Ribas Paiva, Advogado, é Presidente da
Associação dos Usuários de Serviços Públicos.
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