Dilma Rousseff comandou o Conselho de Administração da
Petrobras, posto máximo na estatal, até 19 de março de 2010. Quebra de sigilo
bancário pega 15 meses da gestão caótica da presidente da República na maior
empresa brasileira. Notícia abaixo é da Folha Poder.
O juiz federal Sergio Moro, responsável pela Operação Lava
Jato, da Polícia Federal, decretou a quebra do sigilo bancário da Petrobras nas
operações financeiras envolvendo empresas contratadas para as obras da
refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.
"A Petrobras deverá apresentar em 20 dias o resultado
da quebra discriminando as transferências, data, valor, contas envolvidas, por
empresa acima referida, discriminando ainda as transferências a essas empresas
relacionadas a pagamentos por obras, produtos ou serviços na Refinaria Abreu e
Lima", diz Moro em despacho divulgado hoje. O pedido da quebra de sigilo
foi feito pelo Ministério Público Federal.
A Justiça Federal do Paraná determinou que a quebra de
sigilo da estatal abranja o período de de 01/01/2009 a 31/12/2013,
"exclusivamente sobre as transferências bancárias" realizadas pela
estatal para o Consórcio Nacional Camargo Corrêa e Sanko-Sider. Uma das
hipóteses da PF é que a Sanko-Sider repassava a políticos dinheiro que recebia
da Petrobras.
A Justiça também autorizou a quebra de sigilo bancário de
Paulo Roberto Costa, ex-diretor da estatal preso pela Polícia Federal na Lava
Jato. Ele é réu numa ação penal sob suspeita de ter desviado recursos públicos
da refinaria Abreu e Lima.
Costa foi diretor de distribuição da Petrobras entre 2004 e
2012 e cuidou dos projetos técnicos da refinaria. Segundo dados do juiz federal
Sérgio Moro, só no contrato do consórcio CNCC, formado pela Camargo Correa,
líder no empreendimento, e Cnec, teria havido um superfaturamento entre R$ 208
milhões e R$ 426,2 milhões para a construção de uma unidade da refinaria, a de
coqueamento, segundo dados do Tribunal de Contas da União.
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