O senador Aécio Neves (PSDB), pré-candidato à Presidência da
República, criticou nesta quinta-feira (1º) o pronunciamento da presidente
Dilma Rousseff sobre a correção da tabela do IR e reajuste no Bolsa Família.
Ele também fez críticas à condução da Petrobrás. "A presidente da
Republica protagonizou ontem um momento patético da vida publica
brasileira", disse. Aécio deu as declarações ao chegar às celebrações de
1º de Maio na Praça Campo de Bagatelle, na Zona Norte de São Paulo.
"Ela utilizou um instrumento do estado, que é a cadeia
de rádio e televisão para fazer proselitismo político, para atacar adversários.
As medidas que ela anuncia vem na direção daquilo que nós propomos há muito
tempo", disse.
Aécio destacou medidas propostas por seu partido e pelo
Solidariedade, em contraposição ao que é executado pelo governo federal.
"O PSDB e o Solidariedade protocolaram no inicio desta semana uma proposta
que garante o reajuste real do salário mínimo. No momento em que ela fala do
reajuste da tabela do imposto de renda, uma outra demanda nossa, nós temos uma
proposta transitando na Câmara dos Deputados, ela omite os números",
disse.
"O reajuste de 4,5% não atende a inflação de 6,5% que
deveria atender e a presidente infelizmente mente aos brasileiros no momento em
que diz que o reajuste de 10% do bolsa família atende aquele patamar mínimo
estabelecido pela ONU de 1.25 dólares por dia, uma renda mínima para ficar
acima da linha da pobreza", disse.
Depois, em seu discurso, o senador manteve as críticas e
apontou a ausência de Dilma no evento. Aécio foi apresentado ao público pelo
deputado Paulinho da Força (Solidariedade), que afirmou ter convidado todos os
pré-candidatos à Presidência da República a participar do evento. "Quem
tem coragem vem aqui, quem não tem manda representante", disse Paulinho da
Força.
O senador mineiro aproveitou seu discurso para criticar
Dilma pelas denúncias envolvendo a Petrobrás. "Na verdade, o que nós
estamos assistindo é a presidente que acha que a crise da Petrobrás é
responsabilidade da oposição e não daqueles que a transformaram em um grande
balcão de negócios suspeitos", afirmou no palco do evento.
"Infelizmente, a presidente fala em dialogar com os
trabalhadores e não a vejo, não tenho noticia dela em qualquer evento dos
trabalhadores. Acho sim que é uma presidente que está acuada pelas pressões
internas e infelizmente pelos atos do seu governo que levaram ao
recrudescimento da inflação, isso sim perverso para a classe trabalhadora",
disse. (G1)
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