A nada surpreendente aposentadoria de Joaquim Barbosa, da
Presidência e do emprego vitalício no Supremo Tribunal Federal, terá impactos
altamente negativos sobre a campanha reeleitoral do PT. Assim que Ricardo
Lewandowski assumir, mandará soltar os mensaleiros, e esta noção imagética de
impunidade representará um altíssimo desgaste para o partido. Além disso,
Barbosa de palestrante franco-atirador vai alvejar a petralhada mais que índio
doido nos protestos contra a Copa do Jegue. Barbosa deve tirar o time dele após
a Copa ou perto do final do torneio, até o meio de julho.
O pavor de perder a eleição – frustrando os planos de
ocupação do poder por décadas – já é um sentimento real dos membros da cúpula
do Partido dos Trabalhadores. A tática de propaganda, baseada na chamada
“Estratégia do Medo”, apenas reflete, psicologicamente, a tensão defensiva dos
petistas – que tem tudo para se transformar, na hora do desespero diante da
derrota, em atitudes ofensivas no estilo extremista e violento de regimes
totalitários (nos moldes nazistas e comunistas).
Os efeitos colaterais da Operação Lava Jato foram
psicologicamente mais destruidores para os petistas que a forçada condenação no
Mensalão – que mantém alguns dos líderes do partido-ópio atrás das grades. Já
se nota um movimento apavorante de advogados de alguns réus ilustres ensaiando
um jeitinho de parar com o trabalho para os encrencados judicialmente no regime
petralha. O temor máximo é que, antes, durante e depois da campanha,
investigações atinjam o elo mais frágil da corrente: a família de Luiz Inácio
Lula da Silva – que tem uma evolução patrimonial inimaginável.
A avaliação sobre o temor petista que começa a sair de controle
já é repetida nas conversas de vários lobistas de Brasília e adjacências. O
medo concreto de Lula – que será evidenciado no aumento de sua agressividade
durante a contraofensiva de campanha – se transformou no ponto mais frágil e
vulnerável do petismo, em sua estratégia de manter o poder federal.
Concretamente, o PT sabe que corre perigo de ser lavado a jato, se as denúncias
bilionárias de lavagem de dinheiro não forem interrompidas pela pizza sabor
covardia no forno infernal do judiciário.
A conjuntura política e econômica piora tudo. O clima é de
descrença e muita desconfiança. A inflação é real – sem trocadilho. Na
avaliação geral, principalmente de analistas do mercado financeiro, Dilma
Rousseff perdeu o controle da política econômica, mantendo a alta carga
tributária, apesar de algumas desonerações pontuais, para continuar sustentando
alto gasto improdutivo e o desperdício de recursos na inchada máquina estatal.
A impressão generalizada de descontrole da situação aumenta as chances de
derrota do PT na eleição presidencial.
A desorganização para a “Copa do Jegue”, com obras
inconclusas e promessas descumpridas, junto com o aumento real do custo de
vida, causam impacto negativo na avaliação do governo. Só os muito carentes,
beneficiados pelo clientelismo federal nas bolsas assistencialistas, seguem
fiéis ao PT. O resto do eleitorado (cerca de 70%, segundo a maioria das
pesquisas) deseja mudanças de governo. Os estrategistas do PT se apavoram
porque a propaganda ufanista não tem dado os resultados esperados. A esperança
deles é a vitória da Seleção Brasileira no Mundial de Futebol. Se o “Brasil
perder”, o PT tende a ser jogado para escanteio. O PTitanic afunda, e tudo de
errado e ruim vem à tona.
Os pragmáticos aliados de ocasião, que já pressentem o
afundamento do PTitanic, ainda fingem seguir no barco, mas já têm planos
alternativos para desembarcar na candidatura oposicionista que se mostrar mais
viável, no provável segundo turno eleitoral. A traição ao PT é programada. Seu
risco cresce com o aumento concreto do risco de derrota, apesar do escandaloso
e incompetente aparelhamento da máquina estatal capimunista.
Resumindo o pagode (marca cultural brasileira que a
desastrosa Dilma deixou a Fifa ficar dona até o fim do ano): as pessoas de bem
estão de saco cheio e a maioria parece pronta para apertar o “botão F”.
Dia de Branco
Medinho sentido na pele
Erro de Comunicação?
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