Integrantes da direção do PP (à cabeceira, o presidente do
partido, senador Ciro Nogueira): em âmbito nacional, apoio à Dilma; nos
Estados, cada um vai para um lado. Na ala direita, de óculose cabelos escuros,
o hoje
governador pepista de Minas, Alberto Pinto Coelho, firme aliado de Aécio
Neves (Foto: Agência Estado)
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Escrevi um post que me provocou um aluvião de críticas e xingamentos
porque ousei colocar em dúvida as qualidades do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ)
para ser candidato à Presidência da República — função para a qual, dias atrás,
ele se colocou “à disposição” do partido.
Pois bem, nesse post, em que recebi centenas de ofensas
pessoais e xingamentos de leitores que — imaginem vocês, que me conhecem! —
confundem críticas a Bolsonaro com meu suposto e notoriamente inexistente apoio
a Dilma, a Lula, a lulopetismo e às ditaduras comunistas (bastava dar uma
olhada de 1 minuto no blog para ver qual é minha postura, mas aí já é querer
demais para quem é cego ideologicamente), eu dei a informação (e não minha opinião) de que
Bolsonaro NÃO SERÁ CANDIDATO A PRESIDENTE PELO PP.
Por que eu não quero?
Por que eu não gosto?
CLARO QUE NÃO, Deus do céu.
Expliquei, ali no post, que o PP se divide em correntes, e
aparentemente a corrente majoritária, contrariando toda a suposta ideologica
liberal-capitalista do partido, pretende apoiar o lulopetismo e a reeleição de
Dilma, no plano federal — para manter suas boquinhas.
Informava, também, que setores do partido flertavam com
Aécio Neves, pelas razões e fatos que ali expus.
Milhares de leitores pró-Bolsonaro ficaram furiosos comigo
também por esta INFORMAÇÃO, como se eu fosse responsável por algo que,
efetivamente, está acontecendo.
Pois bem, quero agora reproduzir texto de um dos jornalistas
políticos mais bem informados do país, Josias de Souza, que, em seu blog,
publicou texto sob o título abaixo:
PP LIBERA ALIANÇAS ESTADUAIS, MAS FICA COM DILMA
Governista em Brasília e oposicionista em Estados como Minas
Gerais e Rio Grande do Sul, o PP decidiu liberar seus diretórios estaduais.
Mas não cogita, por ora, abandonar a coligação de Dilma
Rousseff.
Em privado, o senador Ciro Nogueira (PI), presidente
nacional da legenda, diz que o PP manterá o apoio a Dilma no plano federal a
despeito do declínio dela nas pesquisas eleitorais.
Bolsonaro: "à disposição do PP" -- mas o PP vai
com Dilma para presidente e candidatos de diferentes partidos
para os governos
estaduais (Foto: The Brazilian Post)
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A liberação das alianças estaduais, hoje informal, ganhará a
formalidade de um documento escrito.
Assim, filiados como a senadora Ana Amélia, que lidera as
pesquisas para o governo do Rio Grande do Sul, poderão abrir seus palanques
para o presidenciável tucano Aécio Neves sem constrangimentos.
O PP tenta desalojar do Executivo gaúcho o governador Tarso
Genro, do PT.
Em Minas, a aliança do PP com Aécio é ainda mais sólida.
Presidente do Conselho Político do partido, Alberto Pinto Coelho assumiu o
governo do Estado no mês passado.
Ele era vice do tucano Antonio Anastasia, que deixou a
poltrona de governador para auxiliar na coordenação da campanha de Aécio e
disputar uma cadeira no Senado.
O PP é simpático a Aécio também no Rio de Janeiro.
Ali, comanda a legenda o senador Francisco Donelles. Primo
de Aécio, Dornelles presidia o PP federal na sucessão de 2010.
Naquela época, não conseguiu levar o partido para a
coligação tucana do então presidenciável José Serra. Mas aprovou em convenção a
tese da “neutralidade”, impedindo que o PP entregasse o seu tempo de propaganda
no rádio e na tevê à então candidata Dilma.
A novidade de 2014 é que o PP planeja evoluir da
“neutralidade” para o apoio formal a Dilma.
Caminha nessa direção porque, na definição de um de seus
dirigentes, “o partido vive hoje o melhor momento de sua relação com a
presidente”.
Na última reforma ministerial, o PP manteve sob
seus domínios a pasta das Cidades, que era cobiçada por PMDB e PT. E ainda
ganhou de Dilma posições como o comando da Companhia Hidro Elétrica do São
Francisco (Chesf).
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