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terça-feira, 6 de maio de 2014

CANDIDATURA BOLSONARO à Presidência: Como já informei antes, o PP vai apoiar Dilma. O deputado do Rio não terá legenda para a disputa

Integrantes da direção do PP (à cabeceira, o presidente do partido, senador Ciro Nogueira) (Foto: Agência Estado)
Integrantes da direção do PP (à cabeceira, o presidente do partido, senador Ciro Nogueira): em âmbito nacional, apoio à Dilma; nos Estados, cada um vai para um lado. Na ala direita, de óculose cabelos escuros, o hoje 
governador pepista de Minas, Alberto Pinto Coelho, firme aliado de Aécio Neves  (Foto: Agência Estado)
Escrevi um post que me provocou um aluvião de críticas e xingamentos porque ousei colocar em dúvida as qualidades do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) para ser candidato à Presidência da República — função para a qual, dias atrás, ele se colocou “à disposição” do partido.

Pois bem, nesse post, em que recebi centenas de ofensas pessoais e xingamentos de leitores que — imaginem vocês, que me conhecem! — confundem críticas a Bolsonaro com meu suposto e notoriamente inexistente apoio a Dilma, a Lula, a lulopetismo e às ditaduras comunistas (bastava dar uma olhada de 1 minuto no blog para ver qual é minha postura, mas aí já é querer demais para quem é cego ideologicamente), eu dei a  informação (e não minha opinião) de que Bolsonaro NÃO SERÁ CANDIDATO A PRESIDENTE PELO PP.

Por que eu não quero?

Por que eu não gosto?

CLARO QUE NÃO, Deus do céu.

Expliquei, ali no post, que o PP se divide em correntes, e aparentemente a corrente majoritária, contrariando toda a suposta ideologica liberal-capitalista do partido, pretende apoiar o lulopetismo e a reeleição de Dilma, no plano federal — para manter suas boquinhas.

Informava, também, que setores do partido flertavam com Aécio Neves, pelas razões e fatos que ali expus.

Milhares de leitores pró-Bolsonaro ficaram furiosos comigo também por esta INFORMAÇÃO, como se eu fosse responsável por algo que, efetivamente, está acontecendo.

Pois bem, quero agora reproduzir texto de um dos jornalistas políticos mais bem informados do país, Josias de Souza, que, em seu blog, publicou texto sob o título abaixo:

PP LIBERA ALIANÇAS ESTADUAIS, MAS FICA COM DILMA

Governista em Brasília e oposicionista em Estados como Minas Gerais e Rio Grande do Sul, o PP decidiu liberar seus diretórios estaduais.

Mas não cogita, por ora, abandonar a coligação de Dilma Rousseff.

Em privado, o senador Ciro Nogueira (PI), presidente nacional da legenda, diz que o PP manterá o apoio a Dilma no plano federal a despeito do declínio dela nas pesquisas eleitorais.

Bolsonaro: "à disposição do PP" -- mas o PP vai com Dilma para presidente e candidatos de diferentes partidos para os governos estaduais (Foto: The Brazilian Post)
Bolsonaro: "à disposição do PP" -- mas o PP vai com Dilma para presidente e candidatos de diferentes partidos 
para os governos estaduais (Foto: The Brazilian Post)
A liberação das alianças estaduais, hoje informal, ganhará a formalidade de um documento escrito.

Assim, filiados como a senadora Ana Amélia, que lidera as pesquisas para o governo do Rio Grande do Sul, poderão abrir seus palanques para o presidenciável tucano Aécio Neves sem constrangimentos.

O PP tenta desalojar do Executivo gaúcho o governador Tarso Genro, do PT.

Em Minas, a aliança do PP com Aécio é ainda mais sólida. Presidente do Conselho Político do partido, Alberto Pinto Coelho assumiu o governo do Estado no mês passado.

Ele era vice do tucano Antonio Anastasia, que deixou a poltrona de governador para auxiliar na coordenação da campanha de Aécio e disputar uma cadeira no Senado.

O PP é simpático a Aécio também no Rio de Janeiro.

Ali, comanda a legenda o senador Francisco Donelles. Primo de Aécio, Dornelles presidia o PP federal na sucessão de 2010.

Naquela época, não conseguiu levar o partido para a coligação tucana do então presidenciável José Serra. Mas aprovou em convenção a tese da “neutralidade”, impedindo que o PP entregasse o seu tempo de propaganda no rádio e na tevê à então candidata Dilma.

A novidade de 2014 é que o PP planeja evoluir da “neutralidade” para o apoio formal a Dilma.

Caminha nessa direção porque, na definição de um de seus dirigentes, “o partido vive hoje o melhor momento de sua relação com a presidente”.

Na última reforma ministerial, o PP manteve sob seus domínios a pasta das Cidades, que era cobiçada por PMDB e PT. E ainda ganhou de Dilma posições como o comando da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf).

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