A governança do crime organizado começa a ser combatida
institucionalmente, por grandes transnacionais especializadas em inteligência
empresarial. Evidentes ações de espionagem política-econômica, que deixam os
petralhas e seus comparsas aloprados, tornam previsível o tsunami de escândalos
contra a ineficiente e corrupta administração pública no Brasil. A temporada de
divulgação de casos escabrosos, que já estava escancarada, tende a se agravar
antes e durante o lançamento oficial da campanha eleitoral.
A oposição ao Palácio do Planalto fecha um importante acordo
internacional que confirma a insatisfação da Oligarquia Financeira
Transnacional contra o desgoverno Dilma Rousseff. Nesta segunda-feira, às 9h
30min, o ministro da Justiça do Reino Unido, Chris Grayling, lidera uma
comitiva ao Palácio dos Bandeirantes, sede do Governo do Estado de São Paulo,
para fechar uma parceria inédita “para aperfeiçoamento das políticas públicas
estaduais de prevenção e combate à corrupção, transparência e governo aberto”.
O acordo será firmado no gabinete do secretário estadual de
Planejamento e Desenvolvimento Regional de SP, Julio Semeghini, onde estarão
presentes o Corregedor-Geral da Administração do Estado de São Paulo, Gustavo
Ungaro, e o Cônsul-Geral britânico em São Paulo, John Doddrell. Um evento
politicamente tão importante deveria contar, também, com a presença do
governador Geraldo Alckmin – cujo governo e constante alvo de denúncias da
petralhada sobre o escândalo do Cartel do Metrô – que vai ser tema de CPI para
dividir as atenções com a CPI da Petrobras.
O acordo dos ingleses com o governo tucano é um péssimo
agouro para o PT. Dilma Rousseff ainda não se recuperou do pau feio que tomou,
dia 4 de maio, no editorial do jornal britânico Financial Times – controlado
pelo grupo Pearson, que tem interesses em negócios educacionais claramente
atrapalhados por manobras do desgoverno brasileiro.
O texto do artigo “Brasil´s Olympian World Cup Blues”
ridicularizou a Presidenta, comparando-a seu estilo ao de trapalhões humoristas
norte-americanos, famosos no começo do século 20, os irmãos Marx – que não são
parentes do velho Karl Marx tão idolatrado pela pedetista eterna Dilma.
O texto do FT já começa na mais pura ironia britânica:
“Pobre Dilma Rousseff. A presidente do Brasil projeta a tediosa aura de
eficiência de Angela Merkel, mas fala como se fosse os irmãos Marx. O atraso
nos preparativos para a Copa do Mundo já causou embaraços ao país, enquanto os
da Olimpíada de 2016 são "os piores" já vistos pelo Comitê Olímpico
Internacional (COI). A economia também está em queda. O Brasil, até
recentemente o queridinho dos mercados, caiu em desfavor junto aos
investidores. O país precisa de um choque de credibilidade. Se Rousseff não
conseguir promovê-lo, a eleição presidencial de outubro o fará”.
Combater corrupção não é missão fácil. Seja em governos, em
empresas, ou quando ambos se combinam. Uma recente pesquisa da consultoria KPMG
confirmou que “propina e corrupção” foram identificadas como as ocorrências
mais comuns nos casos de investigações internacionais em empresas. O tema
chamou a atenção de 67% dos entrevistados. “Apropriação fraudulenta ou
indébita” mexeu com 65% dos executivos pesquisados. Outros 63% reclamaram do
tema “conflitos de interesse”.
A pesquisa “Investigações Internacionais 2013”,
(Cross-Border Investigations, are you prepared for the challenge?, do original
em inglês) ouviu 60 empresários no mundo inteiro responsáveis pela área de
controladoria ou combate à corrupção nas organizações em que atuam. O
levantamento mostrou um dado alarmante: 90% dos entrevistados indicam que o
número das ocorrências envolvendo empresas estrangeiras aumentou ou permaneceu
estável ao longo outro do último ano.
A pesquisa KPMG elencou os principais desafios para conduzir
investigações internacionais. Mais de 50% dos executivos informaram que os
protocolos vigentes são limitados e os recursos são insuficientes para dar
prosseguimento a esse tipo de trabalho. Pelo menos 46% dos pesquisados
informaram que um dos maiores obstáculos que eles encontram na condução de
investigações internacionais é ter de lidar com as questões de privacidade de
dados.
O sócio da KPMG no Brasil, Gerónimo Timerman, descreve as
dificuldades: "Conduzir investigações internacionais não é uma tarefa
simples. Adicione as complexidades das diferenças legais e culturais e você
provavelmente terá um dos maiores desafios enfrentados pelas organizações
globais. Devido à velocidade na qual o compliance acontece, a área que gerencia
as investigações nunca está preparada o suficiente quando se trata de
protocolos e procedimentos de investigação. As empresas não podem mais se
basear em procedimentos e em recursos utilizados para investigações domésticas.
Em vez disso, elas devem ser customizadas para atender a diferentes leis locais
e para estar de acordo com diversas culturas e costumes".
Gerónimo Timerman acrescenta: “Muitos países decretaram leis
que estabelecem uma prioridade alta em relação à proteção de dados pessoais,
incluindo o estabelecimento de um direito legal sobre a privacidade de dados
pessoais, mesmo que tais dados estejam armazenados no sistema ou no computador
de um funcionário. Já com relação às diferenças culturais, aqui no Brasil,
temos inúmeros exemplos. O que pode ser permitido dizer ou fazer em uma cultura
pode ser considerado uma ofensa a uma pessoa de outra cultura. Você
simplesmente não pode conduzir uma investigação internacional sem pessoas que
conheçam as características e as complexidades de determinadas jurisdições”.
Uma coisa é consenso no mercado brasileiro. O Brasil não vai
avançar se a governança do crime organizado continuar dominando o cenário
político e econômico. Investidores internacionais, claramente, não querem saber
mais do PT no poder. Dilma só não perde a reeleição por milagre. O inédito
acordo anti-corrupção dos britânicos com o governo tucano de São Paulo é o
sinal claro de um “game over” para o regime petralha. A situação deles é
insustentável.
Um bom conselho para agora é fazer uma bela reforma no
Palácio da Papuda. Tem muito candidato a “governar” por lá, a partir de 2015.
Tudo pode ficar pior ou menos ruim para os petralhas, dependendo do jeito como
pretendem largar osso do poder.
Os britânicos têm a mais eficiente espionagem do mundo,
competindo com os norte-americanos e os israelenses. A turma do 007 vem com
tudo pra cima. A pobre Dilma que se cuide. E o rico Lula que fique mais esperto
que nunca.
Chute no traseiro
Numerologia da Copa 2014
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