Jefferson Monteiro que, segundo fontes, recebe R$ 100 mil mensais
para fazer o fake Dilma Bolada,
ensinou aos petistas os segredos de como fazer
sucesso com perfis falsos nas redes sociais.
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Franklin Martins, o capo do PT para as redes sociais,
destilou o seu ódio contra a mídia no Camping Digital do PT.
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O criador da Dilma Bolada com Alexandre Padilha, envolvido
no escândalo da Operação Lava-Jato
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Um dos editoriais de hoje do Estado de São Paulo, intitulado
" A guerra virtual do PT" aborda, com riqueza de detalhes, a rede de
podridão e mentiras que o partido montou na internet para atacar adversários, a
mídia e, principalmente, a verdade. Sabe-se que ela envolve o uso de estruturas
públicas como o Serpro (em 2010) e a Eletrobras (neste ano), dentro da política
de se apossar indevidamente de recursos públicos para eternizar o projeto de
poder deste partido corrupto e mensaleiro, cada vez mais atolado na lama. Leia,
abaixo, o editorial do Estadão:
A ordem do ex-presidente Lula, que mandou o PT "ir pra
cima" daqueles que expõem os malfeitos do partido, foi perfeitamente
entendida. Os petistas estão articulando uma verdadeira guerrilha para atuar
nas redes sociais durante a campanha eleitoral. "Não deixem ataque sem
defesa", disse o presidente do PT paulista, Emídio de Souza, a
participantes de um "camping digital" promovido pelo partido para
treinar essas milícias virtuais. É com esse ânimo que os petistas se aprontam
para o que consideram ser uma guerra - na qual a verdade é o que menos importa.
Motivos não faltam para que o PT se preocupe. Multiplicam-se
evidências de que o escândalo da Petrobrás é muito maior do que o noticiado até
agora. Além disso, o eleitorado começa a se dar conta de que a imagem de
administradora competente atribuída pela propaganda oficial à presidente Dilma
Rousseff não corresponde à realidade. Quando fala em rebater os
"ataques" que sofre, o partido pretende negar a realidade, desqualificar
os que pensam de modo diferente e propagar teorias da conspiração para
justificar os problemas reais do País que governa.
Nada melhor, para isso, do que o lado obscuro das redes
sociais, onde o descompromisso com os padrões éticos e técnicos do jornalismo
profissional permite que mentiras sejam tomadas como verdades e que verdades
sejam combatidas com mentiras repetidas mil vezes. Reputações são dizimadas em
alguns cliques.
Para um partido que se vê como a encarnação da vontade
popular e que considera as opiniões divergentes como manobras dos
"inimigos do povo", nenhum esforço é pequeno para denunciar os
algozes do "novo Brasil" construído pelo lulopetismo. O tal
"camping digital" que o partido montou para doutrinar seus seguidores
respeita esse espírito: adestrar seu exército para disseminar a "verdade
oficial" - não só em páginas do partido, mas também na forma de patrulha
sistemática em sites e blogs alheios.
Nesse encontro petista, cerca de 2 mil inscritos ouviram
dicas sobre como ganhar audiência em blogs, defender o partido na internet e
navegar sem deixar rastros que permitam a identificação - a desculpa
esfarrapada é, conforme o programa oficial, "dar prejuízo à NSA", a
agência de espionagem americana acusada de bisbilhotar a internet no resto do
mundo; na prática, porém, trata-se de aprender a espalhar inverdades de forma
anônima, evitando processos judiciais.
Além disso, os militantes, com presumível excitação juvenil,
puderam assistir a "debates" didáticos, como o intitulado Como as
elites e a mídia desconstroem a verdade dos fatos, e também à palestra
Internet, informação e disputa política, proferida pelo ex-ministro Franklin
Martins - que está na vanguarda da luta dos radicais petistas para amordaçar a
mídia crítica ao governo e que gostaria de ver o PT aparelhar a internet tanto
quanto aparelhou a administração.
De quebra, em um debate sobre como responder às críticas
sobre os gastos com a Copa, a audiência pôde desfrutar das opiniões de Jânio
Carvalho Santos, ex-diretor da torcida organizada Mancha Alviverde, do
Palmeiras, que já foi preso pela morte de um torcedor corintiano e por tumultos
durante um jogo. Em uma das sentenças, o juiz informou que Jânio tem
personalidade "voltada para a prática de atos violentos e conduta social
reprovável".
Não é de hoje que o PT trata a internet como trincheira. No
seu 4.º Congresso, em 2011, foi lançada a ideia da Militância em Ambientes
Virtuais (MAV, na sigla petista), organizada para infestar as redes sociais com
os ataques a adversários e à imprensa independente. É, portanto, oficial - e
esses grupos estão espalhados pelo País, disseminando as distorções produzidas
por jornalistas que estão a serviço do governo.
Em recente entrevista a esses jornalistas
camaradas, Lula disse que é preciso uma política de comunicação
"agressiva", para "defender com unhas e dentes aquilo que a
gente acredita que seja verdadeiro". É nesse clima que a guerrilha virtual
petista está aquecendo os músculos para fazer a versão do partido prevalecer
sobre os fatos.
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