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domingo, 15 de maio de 2016

“O Novo Governo”


Está consumado o afastamento da presidente Dilma. Tudo teve início com a manifestação popular, em 15 de março de 2015, naquele que foi considerado o maior protesto contra um governante brasileiro em todos os tempos – 6,9 milhões ao longo do território nacional segundo os organizadores. Razões de sobra existiam para isso, pois o Brasil já se encontrava mergulhado na maior crise econômica, política, ética e moral de que temos conhecimento em nossos já muitos anos de vida.

A corrupção foi institucionalizada nos órgãos públicos. Os desvios de verbas públicas atingiram números inacreditáveis. O desemprego níveis assustadores. O País, desacreditado na comunidade internacional, praticamente paralisado. Chegamos, e ainda hoje nos encontramos, a um passo do caos.

Instalado o processo de impeachment, aprovado o rito processual pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a Câmara dos Deputados e o Senado Federal, por esmagadora maioria dos seus integrantes, determinaram o afastamento da presidente por 180 dias, período em que assume um governo interino, enquanto no próprio Senado a dirigente afastada passa a ser julgada pelos crimes de responsabilidade de que é acusada. Tudo em total respeito à Lei Maior, a Constituição Federal, e agora sob a coordenação do próprio presidente do STF.

O mais é o “jus sperniandi” de gente que jamais esteve preparada – ética e moralmente e muito menos sob o aspecto da competência — para dirigir os destinos do Brasil.

Mas os problemas estão longe de terminar, e disso temos plena convicção. Nossas atenções devem voltar-se, sobretudo, para o comportamento do novo governo. Se o afastamento do antigo tornou-se absolutamente necessário para que houvesse a esperança de reerguimento e reconquista do orgulho nacional, ninguém deve ter tantas ilusões quanto aos que chegam. A vigilância e cobrança permanentes da sociedade são essenciais.


O povo brasileiro foi às ruas, também, para repudiar a cleptocracia comandada pelo PT. Não suportaremos novos desapontamentos. Entre os ministros anunciados para compor a equipe do novo presidente, estão algumas raposas velhas e até investigados pela Justiça. Ninguém ignora as dificuldades de Michel Temer para montar uma equipe ideal nas circunstâncias atuais, no entanto, ele aceitou e até, a partir de um determinado momento, pareceu incentivar o desenlace da tragédia petista. Sua responsabilidade é, pois, imensa. Não pode falhar.

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