O exorcismo é uma cerimônia religiosa na qual se
esconjura o demônio ou espíritos maus. Utilizada pela Igreja Católica e muitas
outras religiões já apareceu em forma de ficção em filmes que revolveram
crenças e medos antigos.
O primeiro destes filmes, “O Exorcismo”, teve enorme sucesso.
Na história morreram três padres que tentaram livrar uma adolescente do
obsessor medonho que a atormentava e a transformava numa figura hedionda. As
pessoas que assistiram o enredo, mesmo sem crença nos ardis do demônio,
quedaram horrorizadas.
Mais recente, o filme “O Ritual” não foi menos
aterrorizante. Conta que um jovem padre foi enviado ao Vaticano para aprender o
ritual do exorcismo. Mas ele não crê no demônio e sua fé em Deus é vacilante.
Todavia, o sacerdote assistiu aulas de um vaticanista, o qual ensinou que, ao
final da cerimônia o condutor deve obrigar o demônio a dizer seu nome para que
a vítima seja libertada.
Dito isso façamos uma analogia, isto é, “um ponto de
semelhança entre coisas diferentes” e, simbolicamente conclamemos o exorcismo político
do PT (Partido dos Trabalhadores ou Partido das Trevas).
Para melhor embasar essa analogia nada como citar um dos
mais conceituados e brilhantes sociólogos, o alemão Max Weber, que em um dos
trechos de “A Ciência como Vocação” afirmará:
“Cuidado, o diabo é velho; envelhecei também para
compreendê-lo. Isso não significa a idade, no sentido da certidão de
nascimento. Significa que se desejarmos haver-nos com esse diabo teremos de não
fugir à sua frente, como gostam de fazer tantas pessoas hoje. Em primeiro
lugar, temos de perceber-lhe os processos , para compreender seu poder e suas
limitações”.
Como processo o PT foi fundado numa propositada ilusão e
se transformou numa farsa danosa ao país. Iludiu incautos com a promessa
mentirosa de ser o único partido ético, para depois institucionalizar a
corrupção. Atribui-se uma ideologia de esquerda devidamente adaptada aos
desígnios de poder de seus dirigentes, através da qual destilou o ódio entre
ricos e pobres, negros e brancos. Simulou democracia para chegar ao
totalitarismo que é sua essência. O fundamento de sua força foi a mentira
e como o diabo inverteu os sinais confundindo a noção entre certo e errado.
Glorificou a criminalidade. Justificou a imoralidade. Introduziu o abominável
“politicamente correto”. Estimulou a ganância de seus adeptos e os
seduziu com a vaidade dos cargos. Uniu-se à escória política do País. Simulou o
que não era. O ódio, o rancor, a intriga, violência foram suas armas para
destroçar os adversários transformados em inimigos.
Esse Partido das Trevas se metamorfoseou na seita dos
adoradores da “serpente do mal” ou jararaca, uma falsa divindade que se sentiu
acima da lei e do comum dos mortais. Embriagado com tanto poder a jararaca
estava longe das condições psíquicas para manejá-lo, não passando de um tosco
Mussolini de Terceiro Mundo, um reles farsante a quem chamaram de estadista,
atribuindo-lhe virtudes que nunca teve.
A seita não nasceu do proletariado, como querem fazer
crer, mas do peleguismo sindical, do carnaval esquerdista das academias, dos
artistas embevecidos consigo mesmos, de parte do clero da Teologia da
Libertação essa esdrúxula mistura de Jesus Cristo com Karl Marx.
Voltando a Max Weber na mesma obra não se pode deixar de
citar o seguinte trecho:
“Se tentarmos construir intelectualmente novas
religiões sem uma profecia nova e autêntica, então, num sentido íntimo,
resultará alguma coisa semelhante, mas com efeitos ainda piores”. “E a profecia
acadêmica finalmente, criará seitas fanáticas, mas nunca uma comunidade autêntica”.
O ritual político do PT começou. As legiões alcunhadas de
“pão com mortadela” prometem cuspir fogo e enxofre na defesa da jararaca de
ovos de ouro. A criatura, cujo fracasso é muito mais do seu criador do que
dela, de novo está fazendo o diabo. E só há um jeito do exorcismo chegar ao seu
termo: Lula terá que dizer seu nome e partir para sempre: Lulanás!
Sem ele o Partido das Trevas chegará ao fim e o Brasil,
aos poucos, se libertará do mal que a seita de fanáticos e aproveitadores
produziu.
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Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.
mlucia@sercomtel.com.br
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