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quarta-feira, 9 de março de 2016

Era da Esperteza - Temos de combatê-la e vencê-la!


O "Estado Capimunista Autista" (ECA) do Brasil nunca teve suas falhas estruturais tão questionadas quanto agora. Domingo que vem, dia 13, a massa volta às ruas para protestar. A maioria baterá em Lula, Dilma e no desgoverno, exigindo mudanças. Uma minoria cínica, messiânica, vai defender o indefensável: o Presidentro e a Presidenta. Confrontos podem ocorrer. Mas devem ser pontuais. Como de costume, as Forças Armadas estão de olho...

Lula, Dilma e a petelândia querem apenas ganhar tempo. Embora tenham avançado muito, ao longo de três décadas passadas, em seu processo de geração das pré-condições psicossociais para o projeto revolucionário de tomada no poder, as condições políticas, econômicas e culturais do Brasil dificultam os planos de implantação de um bolivarianismo radical, nos moldes desejados pelo Foro de São Paulo. Aqui, a corrupção, o rentismo e o espírito carnavalesco conseguem se organizar. Todo o resto tem extrema dificuldade orgânica. Por isso, qualquer mudança é lenta, aquém do desejável e do necessário.

1964, com tomada direta do poder pelos militares, dificilmente vai se repetir. Não porque os Generais não queiram. Mas sim porque a modelagem da Intervenção Constitucional tem de ser essencialmente cívica - e não na mera base golpista sobre a cúpula estatal. Mudanças efetivas só vão se acelerar se os segmentos esclarecidos e organizados da sociedade (cidadãos-eleitores-contribuintes) conseguirem forçar, na base da pressão, a criação de mecanismos de controle de vários mecanismos da máquina estatal pela sociedade. Enquanto tal tendência não se intensificar, as grandes mudanças não ocorrerão ou demorarão mais tempo para ocorrer.

A ação de ordem tem de se basear em pressão legítima da cidadania organizada. Isto o desgoverno do crime organizado não suporta. Mera gritaria nas ruas, no ritmo de um catártico desfile carnavalesco, pode não tirar Dilma do poder ou acelerar a ação judicial contra Lula. No entanto, servirá para assustar a desqualificada classe política - em um País que tem um Congresso com mais de 200 parlamentares formalmente incriminados, porém sem punição exemplar, no tempo certo, justo e perfeito.

Pressão, muita pressão, tem de aumentar para tirar o Brasil da Era da Esperteza - que facilita a governança organizada do crime, que vai reagir com retórica mentirosa e com a exacerbação da violência urbana, para gerar medo e tentar inibir a ação dos cidadãos honestos. Por enquanto, a hegemonia estrutural é da bandidagem. Virar este jogo é o maior desafio dos brasileiros. A batalha não será fácil. Por enquanto, estamos perdendo de 7 a 1...   

Dente arreganhado

 

Todos na rua




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