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quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Lula no vídeo: ‘O Congresso tem clareza de que nós vivemos uma crise profunda e que apenas com a saída desse governo resolveremos alguns problemas da nação’



“Até o final deste mês, o impeachment será votado porque o Congresso Nacional sabe da responsabilidade que hoje recai sobre os ombros da instituição e sabe que, se não votar o impeachment, ficará desacreditado com a opinião pública”, diz Lula no início do vídeo. “Acho que o Congresso Nacional tem clareza de que nós vivemos uma crise profunda de governo e que somente com a saída do governo é que nós iremos resolver alguns problemas da nação”.

O falatório de agosto de 1992 se aplica ao Brasil deste setembro de 2015, uma reedição ampliada e mais apavorante do país devastado por Fernando Collor. São incontáveis as semelhanças entre a agonia do cangaceiro quarentão e a derrocada do neurônio solitário. Começam pela conjunção de inépcia administrativa, cegueira política e corrupção em escala industrial. Passam pela inexistência de planos que possam abrandar a hostilidade das ruas e do Congresso. E conduzem à certeza de que a solução do impasse exige a imediata substituição da figura que ocupa a Presidência.

É compreensível que o camelô de empreiteira agora considere coisa de golpista o que há 23 anos vendia como único remédio capaz de curar a nação enferma. Impeachment bom é o que afasta do poder um governante inimigo. Vira golpe quando o alvo do instrumento constitucional é um poste que, instalado no Palácio do Planalto para guardar a cadeira presidencial expropriada pelo padrinho, desabou antes da hora e interditou o avanço da nação.

Há um poste em ruínas no meio do caminho. Como ensinou no século passado o chefão do PT, para removê-lo basta o guindaste da lei.

O dólar acima de 4 reais



A disparada do dólar e da inflação são as faces mais duras e cruas do empobrecimento dos brasileiros. O desemprego galopante também, que castiga duramente dos que dependem de salários. Chegou a hora da verdade; impeachment já!

Quando inflação ameaçava melhora, dólar dispara e supera os quatro reais



Quando a inflação ensaiava uma melhora, o dólar superou o patamar dos quatro reais em uma cotação nunca antes alcançada na história da moeda. A comentarista da Jovem Pan, Denise Campos de Toledo comenta o assunto. Confira.

Os 7 mitos da visita do papa a Cuba



O papa é comunista? A viagem foi histórica? Ele ganhou o mais medonho dos presentes? Sua visita ajuda a causa dos dissidentes? Ele criticou a pobreza na ilha? Estas e outras questões são discutidas pelos jornalistas Diogo Schelp, Vilma Gryzinski e Duda Teixeira.

Recado da PF aos corruptos: ‘Não durmam’



Polícia Federal inicia mais uma fase da Operação Lava Jato e prende o dono da construtora Engevix, José Antunes Sobrinho. Na economia, o dólar atingiu o maior valor do Plano Real.

Dilma e Lula em o abraço dos afogados



Lula decidiu que agora é o articulador político da presidência e quer ser uma espécie de salvador da pátria para Dilma. Um pacto perigoso demais.

Muçulmanos não ameaçam os valores cristãos



Um fantasma circula na Europa. É o fantasma do preconceito contra os muçulmanos. O anti-islamismo é um racismo tão horroroso quanto o preconceito contra os judeus. O anti-islamismo se agravou com a chegada dos refugiados da Síria e do Iraque. Pelas últimas estatísticas, já foram 330 mil este ano.

A situação é particularmente grave na Hungria, onde o primeiro-ministro, Viktor Orban, disse que não quer saber de muçulmanos no país dele. Na Polônia, o governo reagiu quase do mesmo jeito. O anti-islamismo teve três etapas na história recente da Europa. A primeira começou há uns 70 anos, quando as economias mais industrializadas precisavam de mão-de-obra barata. Foram os turcos na Alemanha, que hoje representam quase 4 por cento da população. Ou os paquistaneses no Reino Unido, com quase 5 por cento. Ou então os 8 por cento de marroquinos e argelinos, na atual população da França.

A segunda etapa aconteceu com o 11 de setembro, depois dos atos terroristas da Al Qaeda. O muçulmano inspirava medo. E a terceira etapa começou com a crise dos refugiados. Foi por causa deles que grupos de extrema direita convocaram, há alguns meses, manifestações na Alemanha, na Inglaterra e na Dinamarca.

Na Polônia, 44 por cento da população tem uma ideia preconceituosa dos muçulmanos. Em toda a Europa, eles são suspeitos de simpatias pelo terrorismo. Atribuem a eles clichês absurdos, como a ideia de que a religião deles permite maltratar as mulheres, e praticar nelas a mutilação sexual.

O ser humano é um bicho capaz de atitudes irracionais e mesquinhas. Não existe racismo do bem. Não existe racismo defensável. E também não adianta argumentar que os valores cristãos estejam ameaçados pelos muçulmanos. Isso é uma mentira antropológica, é uma mentira histórica, é uma mentira política. E isso também prova até que ponto podemos descambar para a maldade, sob o pretexto idiota de proteger a nossa civilização.

É assim que o mundo gira.