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Eu não vou cair?


Em sua última entrevista à imprensa, a Presidente Dilma, destilando uma certa histeria, bradou com veemência (sic): "eu não vou cair. Eu não vou, eu não vou. Isso aí é moleza, é luta política".

Mais adiante, acrescentou que está lutando incansavelmente para superar um momento bastante difícil na vida do país.

Só se esqueceu de dizer que, ao contrário, não há "moleza" alguma para o universo de trabalhadores que perdeu seus postos de trabalho por conta da crise e que sofre também com a inflação que reapareceu.

Quanto a envidar todos os esforços para superar a difícil situação, outra atitude não se poderia espera de sua parte.

Seria, no entanto, honesto acrescentar que ela e seu governo são responsáveis diretos pela difícil conjuntura decorrente do represamento artificial de preços e tarifas, da ocultação da verdadeira situação da economia e da falta de critério no uso dos recursos da máquina oficial, tudo destinado a garantir a reeleição e manter o poder a qualquer custo, resultando na ruína  das contas públicas, o que a obrigou, antes mesmo de assumir o novo mandato, a enviar ao subserviente Congresso, às pressas, uma lei, rapidamente aprovada, que acomodasse e descriminalizasse os gastos desordenados .

Em relação a não cair, eis algo de difícil previsão.

Pena do Tom?

A opinião do Sr. José Ramos Tinhorão, expressa durante encontro na última FLIP, dando conta de que sentia pena de Tom Jobim porque ele, o maior e mais prolífico compositor de MPB  dos últimos tempos, pensava que compunha música brasileira, foi de um inusitado que deixa perplexo qualquer cidadão minimamente identificado com a cultura musical do país.

Em que pese o respeito inspirado por sua história de crítico e pesquisador musical, autor de vários livros sobre o tema, seu posicionamento realmente surpreende e faz lembrar, com as devidas reservas que qualquer analogia implica, a passeata realizada em São Paulo em 1967, liderada por vários hoje monstros sagrados da música, como Gilberto Gil e a saudosa Ellis Regina, entre outros, e que tinha como objetivo protestar contra a guitarra e outros recursos eletrônicos dos quais eles próprios mais tarde não puderam prescindir nos arranjos e composições, qualificando à época, tais inovações de estrangeirismos e de invasões ao nosso, então considerado intocável, baú cultural.

Sem conhecer o teor da sua palestra na FLIP, tenho uma dúvida: será que o nobre crítico estaria hoje mais gratificado se Tom compusesse para sempre na linha tradicional e cristalizada da época, nada contra, sem apontar, como o fez brilhantemente, outros caminhos melódicos e rítmicos que estavam esperando para serem descobertos e que já existiam potencialmente na imensa diversidade cultural brasileira?

Acredito que não e seria interessante que o velho comentarista viesse a público e explicitasse exatamente o que quis dizer ao declarar que sentia pena de Tom.



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Paulo Roberto Gotaç é Capitão de Mar e Guerra, reformado.

Na política, na economia, ou no futebol; temos dificuldade em reconhecer nossos erros



Villa faz um paralelo histórico e contemporâneo sobre a mania do Brasil em creditar seus problemas a outrem. Para o historiador e comentarista da Jovem Pan, o primeiro passo para a nossa evolução seria reconhecer que a raiz de nossos problemas está debaixo de nossos pés.

Justiça aceita denúncia de improbidade contra Renan por recebimento de propina

Por VEJA

Renan Calheiros recebe o ministro Dias Toffoli, do STF
Renan Calheiros 
(Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil/Divulgação)
Renan vira réu por recebimento de propina

Peemedebista responderá por improbidade administrativa por causa do mesmo episódio que o levou a deixar a presidência do Senado em 2007

Sete anos depois de renunciar à presidência do Senado para escapar de um processo de cassação, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) corre o risco de ser condenado por improbidade administrativa por ter recebido propina da construtora Mendes Junior para apresentar emendas parlamentares que beneficiavam a empreiteira. Como mostrou VEJA à época, a empresa pagou a pensão de Renan com a jornalista Mônica Veloso, com quem tem um filha.

A ação de improbidade administrativa foi apresentada pelo Ministério Público Federal à Justiça Federal de Brasília em setembro. O peemedebista é acusado de enriquecimento ilícito e falsificação de documentos com o intuito de construir a tese de que tinha recursos suficientes para bancar as despesas da amante, com quem teve uma filha. Como se trata de uma ação civil, que não pode levar o político à prisão, a ação não precisa ser remetida ao Supremo Tribunal Federal (STF).

O lobista Cláudio Gontijo e construtora Mendes Júnior também responderão por improbidade administrativa. Na ação, o Ministério Público afirma que emendas parlamentares de Renan Calheiros favoreceram diretamente a empreiteira na obra do cais de contêineres no Porto de Maceió. "O ato por si só, de receber valores de empresas diretamente interessadas em emendas parlamentares, já constitui ato de improbidade administrativa, mas quando a vantagem econômica é recebida em atenção aos 'serviços' prestados pelo agente público no exercício do seu cargo, a repulsa da sociedade é ainda mais grave", argumentam os procuradores.

Uma eventual condenação por improbidade não resultaria em pena de prisão, mas poderia obrigar Renan a deixar o cargo de senador e a ressarcir a União pelo prejuízo que causou.

Criminal - Hoje de volta à cadeira de presidência do Senado, Renan também é alvo de uma denúncia da Procuradoria Geral da República sobre o caso na esfera criminal. O peemedebista é acusado de peculato, falsidade ideológica e uso de documento falso. O STF analisa se transforma o presidente do Senado em réu.

A assessoria de Renan afirma não conhecer a decisão e diz que o presidente do Senado só vai se manifestar quando seus advogados tiverem acesso autos.


(com Estadão Conteúdo)

Inflação avança firme e parece que não vai dar trégua



De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), registrou 0,79% contra 0,74% do mês anterior. No acumulado, a alta no semestre é de 6,17%, o que mostra uma inflação persistente que não dá sinais de que vai embora logo.

Para que lado vai Toffoli na ação contra Dilma no TSE?



O presidente do TSE José Dias Toffoli é quem vai ditar o ritmo da ação de investigação judicial eleitoral proposta pelo PSDB contra a coligação de Dilma. A correção dramática no mercado de ações na China que repercute mundialmente. A tragédia grega.