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sexta-feira, 5 de junho de 2015
Exército em retirada
Por Ney Vilela
Uma das manobras mais difíceis de se executar, por parte de
um grande exército, é a retirada. Ceder território é desmoralizante e passa o
sentimento psicológico de que a derrota se aproxima. Mas, independentemente
dessa situação ser constrangedora, um bom general precisa garantir que seus
exércitos consigam se reagrupar, ganhando condições operacionais para enfrentar
as próximas batalhas.
Ao realizar a manobra de retirada, é costumeiro que o
exército em recuo deixe, no caminho, uma parcela de suas tropas com a função de
obrigar o inimigo a perder algum tempo enfrentando-as. Assim, quem se retira
troca espaço por tempo, conseguindo as condições para se reorganizar e melhor
poder defender suas posições, a seguir.
Observe-se o que aconteceu com Graça Foster, presidente da
PETROBRAS: ela foi submetida a um desgaste desumano, nesse último ano. Enquanto
ficava evidente que a PETROBRAS teve seus recursos dilapidados e foi
literalmente implodida em nome dos interesses do partido que se apoderou da
máquina de governo, Graça Foster atraiu o fogo da bateria do exército da
oposição, enquanto o ex-presidente da empresa, o ex-presidente da República e a
liderança partidária do PT ganharam um tempo precioso que lhes permitiu vencer
a eleição presidencial e se organizarem para o grande embate judicial que se
aproxima.
Como "tropa retardadora", Graça Foster (além de um
grupo de diretores da PETROBRAS), deu o melhor de si, sacrificando-se com ardor
missionário – sabe-se lá por que – em benefício de Lula da Silva e de sua
mandada, Dilma Rousseff.
Diante desses fatos, observa-se que o exército da oposição
não pode esquecer que é necessário levar à rendição quem assinou o contrato que
levou a PETROBRAS a perder mais de um bilhão de reais com a Refinaria de
Pasadena (uma sucata à beira do canal de 100 km que liga Houston ao mar, que
foi comprada por 42,5 milhões de dólares para ser revendida à Petrobras por 26
vezes este valor. O valor da compra original de Pasadena foi quase todo ele
referente ao terreno, bem valorizado, de 40 milhões de dólares; os restantes
2,5 milhões equivaliam ao valor do aço e outros metais contidos nas instalações
para revenda). Esta compra representa apenas 3,75 % da roubalheira na
Petrobras. Quem aprovou a assinatura desse contrato foi o Conselho da empresa,
dirigido – na época – por Dilma Rousseff, mandada pelo então presidente Lula da
Silva.
Deve ser levado ao tribunal de crimes de guerra o camarada
que fez o acordo com a Venezuela para se construir a Refinaria Abreu e Lima, o
que levou a um prejuízo de aproximadamente 20 bilhões de dólares. E quem
realizou esse acordo foi Lula da Silva.
Deve ser levado à rendição quem doou derivados de petróleo
para a Venezuela (!) no período da crise que quase derrubou Hugo Chávez. E quem
fez isso foi Lula da Silva. E note-se: a Venezuela tem a 2ª maior reserva de
petróleo do mundo, inferior apenas à da Rússia, e maior do que a da Arábia
Saudita, mas sua petrolífera, a PDVSA, não tem capacidade de retirar muito
petróleo do chão, porque foi sucateada, como agora está sendo a Petrobras.
Precisa ser derrotado quem alterou o contrato de exploração
das jazidas de petróleo, criando o sistema de partilha que exaure os recursos
da PETROBRAS. É necessário levar à rendição quem resolveu combater a inflação
mantendo congelado os preços dos combustíveis fósseis, destruindo o equilíbrio
financeiro da PETROBRAS.
E, para não perder a viagem, a oposição deve levar às barras
dos tribunais, quem destruiu o equilíbrio das empresas que produzem energia
elétrica, advindo os apagões, que já se iniciaram neste ano, e prosseguirão. O
Brasil se curvou ao vexame de comprar energia elétrica da Argentina. E também
quem entregou os recursos do BNDES – com juros subsidiados – para algumas
empresas que, posteriormente, faliram. A oposição também precisa punir (sempre
dentro da lei) quem doou dinheiro para se construir um porto, em Cuba, e uma
linha de metrô, na Venezuela, com os recursos do contribuinte brasileiro,
enquanto há tantas deficiências de infraestrutura em nosso próprio país. Belo
Horizonte, o terceiro centro metropolitano do país, maior do que Caracas, não
tem uma única linha de metrô. Nem uma estação. Mas apenas um trem subúrbio de
superfície. E olhem que a atual presidente é mineira, e Lula da Silva e ela
foram eleitos com maioria em Minas em suas quatro eleições. Mas o metrô foi
para Caracas! Lembrem-se disso, mineiros e belo-horizontinos! Mas ele vai
responder por este crime venezuelano também! Pergunto: será que o governo
federal do PT, junto com o agora também governo estadual do PT em Minas, vai
construir pelo menos uma linha de metrô em Belo Horizonte? Ou ao invés disso
vão doar uma linha à Bolívia? Ou ao Equador, ou para Havana? Não duvide disso
não ! Vejamos ao final do governo em Minas.
Graça Foster é desimportante: o que interessa é penalizar os
mandantes. Trata-se de capturar os generais desse exército em retirada.
E por falar em exército, que exército é esse de Stédile,
citado por Lula da Silva, no movimento de "apoio" à Petrobrás ?( o
apoio foi na verdade aos bandidos que roubaram a empresa como mandados). A que
ponto chegamos? Um ex-presidente da República chama de exército um grupo de
invasores criminosos liderados por um sujeito que, em qualquer país com governo
sério do mundo, estaria cumprindo pena atrás das grades por todos os seus
crimes. O escárnio com as leis do país, vindo de um ex-presidente, é uma
afronta ao estado de direito. Então quer dizer que Lula assume o que todos já
sabiam, que o MST é uma espécie de exército paralelo revolucionário? E fica por
isso mesmo?
Fonte: A Verdade Sufocada
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Ney Vilela é Coordenador Regional do Instituto Teotônio
Vilela de Estudos Políticos, Membro da Academia Jahuense de Letras, Membro da
Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação, Membro do
Instituto Cultural de Artes Cênicas do Estado de São Paulo, Membro dos Estudos
Pós-Graduados em História (Cultura e Representação) da PUC-SP, Professor de
Teorias da Comunicação e de História do Brasil Contemporâneo da Fundação Raul
Bauab - Jahu
Governo do PT adota política econômica utópica e míope que pode levar o Brasil à recessão
Por Ucho.Info
Caos vermelho – Anunciada no começo da noite de quarta-feira
(3), quando milhões de brasileiros estavam nas estradas por conta do feriado
prolongado de Corpus Christi, a decisão do Comitê de Polícia Monetária (Copom)
do Banco Central de elevar para 13,75% ao ano a taxa básica de juro, a Selic,
mostra com antecedência a tragédia que a população terá de enfrentar por conta
da incompetência de um governo perdulário, paralisado e corrupto.
A medida não apenas serve (sic) para conter a inflação
oficial, atualmente acima dos 8%, mas para elevar a dívida pública e em
empurrar o Brasil na direção de uma recessão profunda. Isso acontece no momento
em que o desemprego aumenta mês após mês, a produção industrial cai de forma
assustadora e o consumo recua sem contestação.
A grande questão nesse cenário macabro patrocinado pela
presidente Dilma Rousseff está no fato de a alta da Selic ser uma dose
excessiva de remédio para tratar de um problema que poderia ser resolvido de
outra maneira. Isso porque a alta da taxa básica de juro brasileira, uma das
maiores do planeta, puxa para cima os chamados preços administrados, como
combustível, energia elétrica, água e transporte. Com isso, no melhor estilo
efeito cascata, os preços de produtos e serviços tendem a subir.
A situação não seria tão grave se o salário do trabalhador
sofresse aumentos na mesma proporção da elevação de preços, o que não acontece.
Na verdade, o trabalhador brasileiro vem acompanhando a corrosão diária do
salário, o que impacta no consumo e por consequência na arrecadação de
impostos, além de piorar sobremaneira a qualidade de vida da população.
Com a maior carga tributária e a pior contrapartida entre os
países classificados como desenvolvidos ou emergentes, o Brasil assiste a uma
derrocada econômica sem precedentes e que pode piorar muito com o passar do
tempo, caso o governo do PT insista nessa fórmula suicida de rever o quadro
atual. Sem contar que a projeção de crescimento negativo do Produto Interno
Bruto (PIB) para 2015 é de 2%, mas mesmo assim o governo teima em arrochar a
economia.
Por outro lado, o Palácio do Planalto aposta todas as fichas
no programa de ajusta fiscal defendido pelo ministro Joaquim Levy, da Fazenda,
que não está a analisar a economia verde-loura como um todo. Dilma e seus
estafetas de plantão buscam recuperar a confiança dos investidores, nacionais e
internacionais, às custas do sacrifício desmedido da população, como se isso
fosse tão simples quanto acionar o interruptor da luz da sala.
Fosse pouco, a corrupção ancorada pelo PT continua correndo
solta, enquanto o governo aumenta os gastos correntes e se recusa a enxugar a
máquina pública, escandalosamente inchada por dezenas de milhares de cargos de
confiança, um dos maiores absurdos já vistos na história da humanidade.
Lamentavelmente, os brasileiros, que têm aversão à política
e seus criminosos penduricalhos, estão mais preocupados com a roubalheira na
FIFA do que com a situação do País, que cada vez mais afunda na crise e na lama
da corrupção. É preciso mudar enquanto ainda há tempo, pois mais um pouco a
situação será irreversível. Como sempre acontece quando a cena transforma-se em
terra arrasada, surge no palco do cotidiano um salvador da pátria, um Messias
de araque para tentar vender aos incautos a ideia da mudança e de dias melhores.
Não se pode esquecer que, com quase quatro anos de
antecedência, Luiz Inácio da Silva, o malandro Lula, já trabalha para voltar ao
poder central. Tanto é assim, que nos bastidores o lobista de empreiteira
transformou em comitê de campanha o instituto que leva o seu nome, ao mesmo
tempo em que nas coxias petistas pede à “companheirada” para minimizar as
críticas à sucessora, Dilma Rousseff, até porque é preciso vender a ideia do
“quanto pior, melhor”, mas nem tanto.
Não é preciso doses extras de tutano ou diploma de
especialista para enxergar a realidade que nos ronda. Basta um pouco de
raciocínio lógico e boa vontade para perceber que o quebra-cabeça do Palácio do
Planalto é golpista e tem peças a menos e trocadas. Ou seja, o que tentam nos
impingir não encaixa, assim como a conta não fecha. Mas tudo caminha na rota da
falsa serenidade porque ainda está valendo a fórmula do “pão e circo”, que faz
a alegria dos incautos. Virar o jogo é possível, mas é preciso querer. De nada
adianta bater panelas na janela de casa, quando a solução está em pressionar
Dilma e seu bando até a renúncia. É agora ou nunca. Do contrário o último a
sair que apague a luz.
Morre o General Leônidas Pires Gonçalves, Ex-Ministro do Exército
O general Leônidas Pires Gonçalves, Ministro do Exército
durante o governo de José Sarney, morreu hoje (4), no Rio de Janeiro. Segundo informações do Centro de Comunicação
Social do Exército, o general tinha 94 anos e deixa a mulher, dois filhos,
quatro netos e sete bisnetos.
De 1974 a 1977, durante a ditadura militar, Leônidas Pires
Gonçalves foi chefe do Estado-Maior do 1º Exército, no Rio de Janeiro, e
comandante Militar da Amazônia. Em 1983, assumiu o Comando do 3º Exército, em
Porto Alegre.
Em 1985, foi convidado por Tancredo Neves para assumir o
Ministério do Exército. Com a morte de Tancredo, o general integrou o governo
do presidente José Sarney.
Em nota, Sarney lamentou a morte do ex-ministro, a quem
chamou de grande amigo, e disse que o general teve papel fundamental durante a
transição da ditadura militar para o regime democrático.
“Ele deu suporte para que a transição fosse feita com as
Forças Armadas e não contra as Forças Armadas. Pacificou o Exército e assegurou
e garantiu o poder civil. Reconduziu os militares aos seus deveres
profissionais, defendendo a implantação do regime democrático que floresceu
depois de 1985”, lembrou Sarney.
O general foi citado no relatório da Comissão Nacional da
Verdade, divulgado em dezembro de 2014, como um dos 377 agentes do Estado que
atuaram na repressão política e foram responsáveis, direta ou indiretamente,
pela prática de tortura e assassinatos durante o regime militar.
O velório de Leônidas Pires Gonçalves está marcado para o
sábado (6), no Palácio Duque de Caxias. A cremação será no mesmo dia, às 13h,
no Crematório São Francisco Xavier, no bairro do Caju, Rio de Janeiro.