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segunda-feira, 11 de maio de 2015

"Si vis pacem, para bellum !!!"

Por Robson Merola de Campos

Seria motivo de sonoras risadas se não fosse tão preocupante. Refiro-me ao programa eleitoral do Partido dos Trabalhadores que foi transmitido na noite de 05/05/2015 em cadeia nacional de rádio e televisão. Esqueça o fato de que a presidente Dilma Rousseff não apareceu no programa, exceto em uma muda pontinha de menos de um segundo. Ignore a grandiloquência do texto pronto, redigido por profissionais regiamente remunerados, e interpretado – sim senhor, interpretado – por dois atores que parecem ser pessoas comuns, que você gostaria de convidar para um bate-papo acompanhado de uma bebida. Finja que não está vendo as imagens cuidadosamente elaboradas, com atores/figurantes escolhidos a dedo. Nada disso é importante, nem a fotografia espetacular, apesar de fazer o conjunto harmônico, impactante e agradável aos mais desavisados.

Aliás, é justamente aqui que devemos começar a concentrar nossa atenção: aqueles 600 segundos de propaganda eleitoral cuidadosamente elaborada foram dirigidos não para a nação brasileira, como um todo, mas para uma parcela da nação. Aquela parcela que sempre é alvo da propaganda petista/esquerdista/comunista: os mais desavisados; aqueles que acreditam em tudo que veem, que não possuem senso crítico. Aqueles que acham que é verdade porque apareceu na televisão. Perdoem-me a crueza das palavras, mas, o tempo da elegância já se foi. O PT, mais uma vez, mira na população mais pobre do país, e dispara tiros certeiros, pois, não é de hoje que eles têm aperfeiçoado a técnica. Se a luta armada fracassou no passado, nos dias atuais, a batalha da comunicação tem sido ganha com louvor pela esquerda do Brasil. Duvida? Vide o resultado das últimas eleições presidenciais...

É evidente que esse mesmo programa eleitoral já rendeu derrota política ao partido governista, no mesmo instante em que era transmitido. A famosa PEC da bengala, foi votada pelo Congresso Nacional no final da noite de 5 de maio e entrará em vigor imediatamente. Os juízes de tribunais superiores passam a se aposentar com 75 anos, e não mais 70 anos. Com isso, a presidente Dilma poderá deixar de nomear mais cinco integrantes do STF durante o restante do seu mandato (se ela estiver lá até o final...). Fraco consolo tendo em vista o aparelhamento do STF pela máquina petista (lembre-se dos empreiteiros presos por ordem do Juiz Federal Sergio Moro e que foram soltos pelo STF há poucos dias!). O PMDB, que em tese integra a base governista, não gostou nem um pouco de ver Lula criticando o projeto de lei da terceirização, mas, “esquecendo-se” de mencionar que o Planalto enviou diversas medidas que retiram ou diminuem direitos dos trabalhadores brasileiros, entre elas, o endurecimento das regras para acesso ao seguro-desemprego. Isso, em plena recessão, quando trabalhadores perdem seus postos de trabalho aos milhares... E esse mesmo PMDB já mandou um recado para o Planalto: o caldo vai engrossar!

Ora, será que a cúpula do Partido dos Trabalhadores (leia-se Lula) não havia previsto tal revés no Parlamento? Difícil acreditar, pois, estão no poder há mais de uma década... Sabem como são “sensíveis” nossos políticos. Porém, Lula e o PT, estão acostumados a fazer e acontecer no país, sem se importar com as consequências. Aliás, o aparelhamento do Estado está aí é para isso mesmo: minimizar ou eliminar consequências (olha o STF aí de novo!). Então, se tais derrotas no Parlamento eram previsíveis, por que o PT adotou tal tática que em termos políticos mais parece suicida, pois retira do governo Dilma Rousseff apoio fundamental do Congresso? A resposta parcial pode ser encontrada na fala do ex-presidente Lula, durante sua participação no referido programa. Mais uma vez, Lula prega a cizânia no país, persuadindo os “pobres” que ele e seu partido estão ao seu lado, e todos os outros estão contra. Cita especificamente o Projeto de Lei que trata da terceirização. E usa a palavra “luta” diversas vezes, como um verdadeiro mantra. Lula pode ser tachado com diversos adjetivos negativos ou positivos, mas um defeito não lhe pode ser atribuído: burro ele não é. E antes de torcer o nariz ou parar de ler, lembre-se que se Lula fosse estúpido, não teria sido eleito presidente por duas vezes e nem teria pegado uma ilustre desconhecida e comprovadamente incompetente e a transformado em Presidente da República. Lula sabe perfeitamente do que estava falando e para quem estava falando. Percebe que as portas estão paulatinamente se fechando para ele e para o seu partido. Mais cedo ou mais tarde, algum investigado em uma das inúmeras operações levadas à cabo pela Polícia Federal falará. E o nome de Lula será incluído no rol dos investigados/denunciados pelos crimes que cometeu.

Acuados como estão, Lula e o PT, já estão programando o próximo passo: convencer uma parcela significativa da população que eles e somente eles são os responsáveis pelos avanços sociais dos trabalhadores do Brasil. Que Lula e seu PT foram os únicos responsáveis pela ascensão social das classes mais baixas (que incrivelmente continuam dependendo das benesses governamentais – bolsa família e etc.). Que todos os outros, inclusive o grosso do Parlamento, estão contra os pobres. Que ele, Lula, é o salvador da pátria (e como os brasileiros gostam de um “salvador da pátria”!). Que ele, Lula, é o santo visionário que poderá tirar o Brasil do buraco. E que, se por ventura, alguém disser algo contra é porque está mentindo e quer devolver os trabalhadores/pobres brasileiros “para o início do século passado, quando eram cidadãos de terceira classe”. É preciso o devido cuidado antes de desprezar de plano a argumentação petista/lulista. Repito: estúpido Lula não é. Ele está usando a mesma arma (o marketing) que assegurou ao seu partido pelo menos três vitórias consecutivas em eleições presidenciais. Não seriam quatro, perguntaria o leitor atento? Não, respondo eu. Explico: tenho sérias dúvidas sobre a lisura do último processo eleitoral.

Ao final da propaganda petista há um chamamento para a militância e simpatizantes para comparecerem ao Congresso do PT que ocorrerá em Salvador – BA no próximo mês. Aquele mesmo congresso, que, divulgou seu caderno de teses tendo na capa o sugestivo título “um partido para tempos de guerra”. Que ninguém se iluda. O Brasil está a beira da ingovernabilidade. O caos econômico e social está batendo à porta. Saúde, educação, segurança pública estão entregues às traças. A calculada inabilidade política do PT e o aparente distanciamento entre o partido e a presidente Dilma serve a um propósito claro. Preparar o caminho para inflamar as massas. Pode ser que tenham sucesso ou não. Mas, em hipótese alguma podemos ignorar a possibilidade. Nicolau II ignorou os avisos do embaixador britânico Sir George Buchanan sobre a grave situação da Rússia, no início do século passado. Resultado: a sua abdicação forçada e consequente execução juntamente com sua família, pelos bolcheviques liderados por Vladimir Lênin. E o início de um dos períodos mais sombrios da história da humanidade com a dominação comunista. No Brasil dos dias atuais, não existe monarquia. Mas, o alvo que os petistas/esquerdistas/comunistas miram é bem claro: a elite. E por elite, considerem-se todos que não comungam com o ideário deles. Se os petistas alcançarão seus objetivos dependerá muito mais de todos nós, que nos opomos a esse projeto de poder, do que deles. As armas petistas/esquerdistas/comunistas já são conhecidas. Seu poder de manipulação também. Se nós, patriotas, cruzarmos os braços e ficarmos somente esperando, pode ser que um dia, tal qual Nicolau, tenhamos um triste fim. O Brasil não merece isso. Justamente por isso, a velha máxima dos soldados profissionais deve agora, mais do que nunca, ser colocada em prática: “se quiseres a paz, prepara-te para a guerra”!




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Robson Merola de Campos é advogado.

Se não reagirmos, Brasil se transformará numa Venezuela...



O líder do Democratas no Senado, Ronaldo Caiado (GO), fez um alerta hoje (7/5) sobre o processo de "venezuelização" do Brasil. Em audiência pública com as esposas de opositores ao governo da Venezuela, Lilian Tintori de Lopez e Mitzy Capriles de Ledezma, o senador apontou que os mesmos elementos que levaram a implantação do regime bolivariano no país governado por Nicolás Maduro estão sendo adotados no Brasil. "Se o povo não reagir poderemos ver no Brasil a mesma situação da Venezuela com opressão e até morte de opositores", denunciou Caiado.

Dilma, de volta à clandestinidade



Noblat comenta a vida dura de uma presidente rejeitada