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quarta-feira, 1 de abril de 2015
VOCÊ QUER FINANCIAR AS CAMPANHAS ELEITORAIS DO PT, PCdoB, PCB, PSOL, PSTU E PCO ?
Por Percival Puggina
Na última terça-feira, dia 24, a CNBB cobrou do STF uma
deliberação sobre a proposta, há um ano em mãos do ministro Gilmar Mendes, que
acaba com o financiamento privado das campanhas eleitorais. Essa permanente
dedicação da CNBB às pautas políticas sempre me impressiona. No caso, mais uma
vez, a tese que a Conferência abraça é a tese do PT.
O partido reinante,
há bom tempo, vem reafirmando seu desejo de que o financiamento das campanhas
seja proporcionado pelo Orçamento da União. Orçamento "da União",
você sabe, é aquele documento que autoriza o governo a usar nosso dinheiro.
Embora a maioria dos brasileiros acredite que os recursos do erário são
"do governo", o fato é que o governo não tem recursos próprios. Todo
esse dinheiro procede do povo brasileiro, por ele é gerado, a ele pertence e
para ele deve retornar em bons serviços e investimentos. Você concorda com
incluir entre suas obrigações o financiamento das campanhas eleitorais?
O PT parece já haver
convencido muita gente de que sim, de que essa conta tem que ser paga por nós.
Entre os fieis adeptos da tese se inclui a CNBB, parceira nas boas e más horas
petistas. No entanto, é bom sabermos que essa moeda tem dois lados e dois
beneficiários. A decisão de acabar com o financiamento privado cria a obrigação
de fazê-lo com recursos tomados do nosso bolso e define que o PT e o PMDB serão
os principais beneficiados. Por serem a dupla hegemônica da política nacional,
ambos abocanharão a parcela maior desses recursos.
Depois de tudo que se
ficou sabendo através da operação Lava Jato e do petrolão, depois de conhecida
a lavagem de dinheiro público em empresas privadas para financiamento dos
partidos da base do governo, essa dedicação à tese do financiamento público é
de uma hipocrisia estarrecedora. Ademais, não há como impedir com segurança
absoluta o financiamento privado através de caixa 2.
Por fim, o financiamento público obrigatório comete contra
os cidadãos uma violência que, no meu caso, se configura assim: o dinheiro dos
impostos que eu pago será usado, contra a minha vontade, para financiar
campanhas eleitorais de todos os partidos. Certo? Então, meu suado dinheirinho
apropriado pelo Estado estará financiando as campanhas do PT, do PSOL, do PSTU,
do PCdoB, do PCB, do PCO e assemelhados. Me digam se isso não é um completo
disparate.
______________
Percival Puggina (70), membro da Academia Rio-Grandense de
Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org,
colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de
Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões,
integrante do grupo Pensar+.
'O EXÉRCITO BRASILEIRO É CONSTITUCIONALISTA'
Por Valmir Custódio - iFronteira.com
Generais do Exército em visita a Presidente Prudente
(Foto:
Valmir Custódio/iFronteira)
|
'Vivemos em uma democracia', afirma general do Exército em
visita a Prudente
Ao analisar o pedido pela volta do regime militar, feito em
manifestações de rua pelo país, o comandante da 2ª Região Militar disse que 'o
Exército Brasileiro é constitucionalista'.
Cumprindo uma agenda de visitas aos Tiros de Guerra (TG) do
Exército Brasileiro, estiveram em Presidente Prudente, nesta quinta-feira (26),
os generais João Camilo Pires de Campos – comandante militar do Sudeste (CMSE)
-, o de Divisão, Cláudio Coscia Moura – comandante da 2ª Região Militar - e o
de Brigada, Riyuzo Ikeda – chefe do Estado Maior do CMSE.
Entre os assuntos, Campos falou de sua aproximação familiar
com o município e sobre as instalações do TG do município. O pedido pela volta
do regime militar, visto nas ruas durante as manifestações pelo Brasil, também
foi abordado pelo iFronteira.
As patentes altas do comando do Exército chegaram ao
Aeroporto Estadual de Presidente Prudente por volta das 10h. Já no saguão, os
generais foram recebidos pelo prefeito Milton Carlos de Mello “Tupã” (PTB), por
representantes do Executivo e do Legislativo municipais, das polícias Militar e
Civil, do Corpo de Bombeiros, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e da
classe de empresários, além de representantes religiosos e de educação.
Depois, os generais seguiram para o TG de Presidente
Prudente, onde os subtenentes Alex Sandro da Costa Dias e Alexandre da Silva
Vilmar apresentaram as dependências da unidade aos oficiais.
“O Tiro de Guerra de Presidente Prudente demonstra o carinho
que a comunidade tem com ele. Um dos melhores que conheci, e a cidade está de
parabéns por isso”, destacou o general Campos ao iFronteira. “O reservista de
2ª categoria não é de 2ª classe, apenas eles têm uma carga horária de instrução
menor. Mas ao final do ano eles levam valores, trabalhos e experiência para o
resto de suas vidas”, acrescentou Campos.
“Nós temos 74 Tiros de Guerra e isso representa cerca de 5,4
mil soldados. O TG aproxima e interage sempre com a sociedade, mantemos os laços
de confraternização, de orientação. Nós aproveitamos a educação que a pessoa
recebe em casa, sua formação e damos a ela mais valores éticos para que se
torne um bom cidadão”, completou o general Moura.
Laços prudentinos
Na ocasião, o comandante João Camilo Pires de Campos também
falou de sua aproximação familiar com a cidade de Presidente Prudente, e do
orgulho de ter se tornado um oficial.
“Sou filho de João Pires de Campos e neto de Jonas Pires de
Campos, que foram moradores, pioneiros desta cidade, moravam na Rua José
Bonifácio. Volto a Prudente, portanto, muito feliz porque aqui morou também um
tio, Ataliba, que chegou a ser presidente da Câmara, mas que, lamentavelmente,
esses mais velhos já se foram.
O que me deixa bastante emocionado em voltar aqui é que
sequer imaginariam que esse filho de prudentino pudesse ser hoje um dos membros
do alto comando do Exército brasileiro. Acredito que essa seja uma oportunidade
ímpar de rever a terra deles com carinho, com muito apreço”, revelou o general
Campos.
Depois de tomarem café da manhã, os oficiais foram ao
Cemitério Municipal São João Batista para acompanhar a visita do general Campos
aos seus parentes sepultados no local. Depois, os representantes do Exército
visitaram a Cidade da Criança.
A agenda dos oficiais nesta quinta-feira (25) ainda previa
visitas aos Tiros de Guerra de Adamantina e Osvaldo Cruz.
Regime militar
Durante as recentes manifestações populares ocorridas no
Brasil contra o governo da presidente Dilma Rousseff, muitos participantes exibiram
faixas e cartazes pedindo a volta do regime militar no Brasil – que foi
instalado no país entre 1964 e 1985. A reportagem do iFronteira perguntou ao
general Cláudio Coscia Moura como o Exército se posiciona sobre o assunto.
“Nós não comentamos e não nos posicionamos sobre isso, que
achamos ter um lado político. Mas posso dizer que vivemos em uma democracia, e
o Exército Brasileiro é constitucionalista, ou seja, ele segue a Constituição
Federal”, concluiu Moura.
Fonte: DefesaNet