Por Valmir Custódio - iFronteira.com
Generais do Exército em visita a Presidente Prudente
(Foto:
Valmir Custódio/iFronteira)
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'Vivemos em uma democracia', afirma general do Exército em
visita a Prudente
Ao analisar o pedido pela volta do regime militar, feito em
manifestações de rua pelo país, o comandante da 2ª Região Militar disse que 'o
Exército Brasileiro é constitucionalista'.
Cumprindo uma agenda de visitas aos Tiros de Guerra (TG) do
Exército Brasileiro, estiveram em Presidente Prudente, nesta quinta-feira (26),
os generais João Camilo Pires de Campos – comandante militar do Sudeste (CMSE)
-, o de Divisão, Cláudio Coscia Moura – comandante da 2ª Região Militar - e o
de Brigada, Riyuzo Ikeda – chefe do Estado Maior do CMSE.
Entre os assuntos, Campos falou de sua aproximação familiar
com o município e sobre as instalações do TG do município. O pedido pela volta
do regime militar, visto nas ruas durante as manifestações pelo Brasil, também
foi abordado pelo iFronteira.
As patentes altas do comando do Exército chegaram ao
Aeroporto Estadual de Presidente Prudente por volta das 10h. Já no saguão, os
generais foram recebidos pelo prefeito Milton Carlos de Mello “Tupã” (PTB), por
representantes do Executivo e do Legislativo municipais, das polícias Militar e
Civil, do Corpo de Bombeiros, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e da
classe de empresários, além de representantes religiosos e de educação.
Depois, os generais seguiram para o TG de Presidente
Prudente, onde os subtenentes Alex Sandro da Costa Dias e Alexandre da Silva
Vilmar apresentaram as dependências da unidade aos oficiais.
“O Tiro de Guerra de Presidente Prudente demonstra o carinho
que a comunidade tem com ele. Um dos melhores que conheci, e a cidade está de
parabéns por isso”, destacou o general Campos ao iFronteira. “O reservista de
2ª categoria não é de 2ª classe, apenas eles têm uma carga horária de instrução
menor. Mas ao final do ano eles levam valores, trabalhos e experiência para o
resto de suas vidas”, acrescentou Campos.
“Nós temos 74 Tiros de Guerra e isso representa cerca de 5,4
mil soldados. O TG aproxima e interage sempre com a sociedade, mantemos os laços
de confraternização, de orientação. Nós aproveitamos a educação que a pessoa
recebe em casa, sua formação e damos a ela mais valores éticos para que se
torne um bom cidadão”, completou o general Moura.
Laços prudentinos
Na ocasião, o comandante João Camilo Pires de Campos também
falou de sua aproximação familiar com a cidade de Presidente Prudente, e do
orgulho de ter se tornado um oficial.
“Sou filho de João Pires de Campos e neto de Jonas Pires de
Campos, que foram moradores, pioneiros desta cidade, moravam na Rua José
Bonifácio. Volto a Prudente, portanto, muito feliz porque aqui morou também um
tio, Ataliba, que chegou a ser presidente da Câmara, mas que, lamentavelmente,
esses mais velhos já se foram.
O que me deixa bastante emocionado em voltar aqui é que
sequer imaginariam que esse filho de prudentino pudesse ser hoje um dos membros
do alto comando do Exército brasileiro. Acredito que essa seja uma oportunidade
ímpar de rever a terra deles com carinho, com muito apreço”, revelou o general
Campos.
Depois de tomarem café da manhã, os oficiais foram ao
Cemitério Municipal São João Batista para acompanhar a visita do general Campos
aos seus parentes sepultados no local. Depois, os representantes do Exército
visitaram a Cidade da Criança.
A agenda dos oficiais nesta quinta-feira (25) ainda previa
visitas aos Tiros de Guerra de Adamantina e Osvaldo Cruz.
Regime militar
Durante as recentes manifestações populares ocorridas no
Brasil contra o governo da presidente Dilma Rousseff, muitos participantes exibiram
faixas e cartazes pedindo a volta do regime militar no Brasil – que foi
instalado no país entre 1964 e 1985. A reportagem do iFronteira perguntou ao
general Cláudio Coscia Moura como o Exército se posiciona sobre o assunto.
“Nós não comentamos e não nos posicionamos sobre isso, que
achamos ter um lado político. Mas posso dizer que vivemos em uma democracia, e
o Exército Brasileiro é constitucionalista, ou seja, ele segue a Constituição
Federal”, concluiu Moura.
Fonte: DefesaNet
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