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sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Modelo bolivariano criado por Chávez está falido



Prestem atenção. Não existe a menor possibilidade, de os bolivarianos ganharem a eleição para o Parlamento da Venezuela, em 6 de dezembro. Eles sabem disso. E já montaram a maior operação de fraude na recente história eleitoral da América Latina. Fizeram uma nova divisão dos distritos eleitorais para prejudicar a oposição. Expulsaram os observadores americanos da Comissão Carter, e tentam impedir que a OEA, a Organização dos Estados Americanos, fiscalize a falta de honestidade da eleição.

O presidente Nicolas Maduro virou um personagem patético. O regime político inventado pelo finado Hugo Chávez está falido. Não há uma única boa notícia na Venezuela. A inflação está em 240 por cento. O PIB vai cair este ano em 5 e meio por cento. Quem for a um supermercado encontrará apenas três mercadorias entre as dez que procura. A escassez é tão grave que os pequenos traficantes de maconha e cocaína preferem agora fazer o tráfico de comida. É um tráfico que até tem nome. Se chama "bachaqueo". A farmácias também estão com as prateleiras vazias. Então os venezuelanos doentes estão comprando remédio veterinário.

Essa falência tem duas causas. A primeira é a incompetência de um modelo econômico corrupto e centralizador. A segunda é a queda dos preços internacionais do petróleo. Um barril custava 100 dólares há um ano. Hoje custa 42 dólares. O petróleo representa 95 por cento das exportações da Venezuela. E o que faz o presidente Nicolas Maduro? Ele cria um bode expiatório atrás do outro. Manda prender donos de lojas de alimentos, porque diz que são eles os culpados pelas filas. Afirma que os Estados Unidos conspiram contra ele. E há dez dias, para estimular o pouco que restou de patriotismo, inventou um conflito com a Colômbia. Fechou a fronteira e expulsou mil colombianos. Mas nada disso funciona. O modelo bolivariano, que já teve um forte apoio militar, está caindo aos pedaços. É assim que o mundo gira.

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