Por Ucho.Info
Jogo covarde – A deputada federal Eliziane Gama (PPS-MA)
nesta semana a perseguição sofrida por servidores do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE). A informação foi repassada pelos próprios
servidores através de um dossiê com vários documentos que comprovam retaliação
por parte da direção do instituto desde a última greve da categoria ocorrida no
ano passado.
“Recebemos em nosso gabinete um dossiê que mostra que está
havendo violação dos direitos humanos. Esse documento foi encaminhado à
Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República”, enfatizou.
No Plenário da Câmara dos Deputados, Eliziane Gama também
enumerou os vários problemas que comprometem o trabalho na instituição, entre
eles o corte no orçamento para pesquisa, reduzido em um terço, passando de R$
766 milhões para R$ 204 milhões.
“Essa redução no orçamento atinge os Municípios que dependem
do Fundo de Participação dos Municípios — FPM, que é calculado a partir de
dados estatísticos desse órgão. Porém, a informação mais grave diz respeito à
perseguição sofrida por servidores. Além do corte no orçamento, da
precariedade, infelizmente, temos este problema sério no IBGE que é a perseguição
dos servidores”, denunciou.
De acordo com os servidores, a direção do órgão faz bloqueio
de emails e põe impedimentos na realização de encontros de mobilizações
internas dos servidores. Outra informação é que centenas de servidores do IBGE
que participaram da última greve foram desligados da instituição como forma de
represália.
“É muito natural que em ambiente de trabalho se discutam
direitos trabalhistas, mas no IBGE isso não pode acontecer. Segundo as
informações que chegaram até nós, assembleias coletivas hoje são proibidas
dentro do IBGE. Há um descumprimento claro de acordos pactuados junto àqueles
servidores. E-mails destinados a servidores que contenham palavras como
sindicato, greve ou associação são automaticamente bloqueados”, comentou.
A deputada maranhense finalizou o discurso defendendo o
direito dos trabalhadores. Ela informou que pedirá ao Ministério do
Planejamento que verifique as denúncias e também encaminhará ao Ministério
Público Federal pedido de investigação e acompanhamento do caso.
“Não podemos admitir que as lutas trabalhistas do povo
brasileiro sejam violadas. O que conseguimos a duras penas nas lutas, não pode
ser suplantado por uma decisão unilateral ou por uma decisão que, no nosso
entendimento, é simplesmente de autoritarismo por parte da direção do IBGE. É
esse o nosso protesto!”, concluiu.
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