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domingo, 5 de julho de 2015

Crise institucional cresce de forma perigosa e pode derrubar Dilma a qualquer momento


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Fio da navalha – Agrava-se a cada dia a crise institucional que vem derretendo o governo perdulário de corrupto de Dilma Vana Rousseff, que está em queda livre nas pesquisas de opinião, como “nunca antes na história deste país”. Enquanto destilava inverdades nos Estados Unidos, Dilma era in formada sobre a piora do clima nos bastidores do Palácio do Planalto.

Por um lado avançava de maneira perigosa a articulação canhestra do petista Aloizio Mercadante, ministro-chefe da Casa Civil, para desidratar o vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP) como articulador político do governo, assunto que tem merecido, não é de hoje, largo espaço no UCHO.INFO. Alijado das principais decisões palacianas, Mercadante iniciou um movimento silencioso para complicar a atuação de Temer, que ao aceitar o convite da presidente da República se recusou a cumprir ordens da Casa Civil, decisão que encolheu ainda mais o já pequeno ministro da pasta.

Inimigo conhecido de Lula e adulador contumaz de Dilma, o ministro da Casa Civil tem operado nos bastidores para minar os planos políticos do PMBD e comprometer a relação entre Lula e os caciques peemedebistas, cenário que atrapalha a combalida administração da presidente da República.

Na quinta-feira (2), quando defendeu a saída de Michel Temer da articulação política do governo, alegando que os petistas o boicotavam no Congresso Nacional, o presidente da Câmara dos Deputados, o experiente Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não tomou tal atitude para gerar intrigas entre o Parlamento e o Palácio do Planalto, mas porque conhece as entranhas do poder. Cunha foi criticado por muitos, mas sua fala foi ao cerne da questão e incomodou muito mais do que os palacianos gostariam. Tanto é assim, que Temer começa a avaliar a possibilidade de abandonar a função que lhe foi confiada.

No momento em que experimenta baixos índices de aprovação do seu governo (9% de acordo com pesquisa CNI/Ipobe), Dilma não tem condições de perder um parceiro importante como Michel Temer, que consegue minimizar o desejo de intifada que reina no PMDB.

Considerando o fato de que Dilma Rousseff está por um fio, a ordem na sede do Executivo federal é evitar que a peçonha política do alarife e lobista Luiz Inácio da Silva suba a rampa do Palácio do Planalto, que, caso aconteça, não deixará espaço para que a presidente continue no cargo.

No contraponto, no prédio vizinho ao Palácio do Planalto, mais precisamente no Ministério da Justiça, o petista José Eduardo Martins Cardozo também avalia a possibilidade de deixar o governo. Isso porque o ministro não aceita ser pressionado pela cúpula do PT, em especial por Lula, em virtude da atuação da Polícia Federal nas operações “Lava-Jato” e “Acrônimo”, que têm alvejado o partido de forma acachapante. Há quem diga que a fala de José Eduardo Cardozo foi premeditada e buscava reforço para permanecer no governo, mas até o momento a presidente da República não se manifestou a respeito do tema. Assim como não comentou o imbróglio envolvendo Michel Temer.


Dilma Rousseff sabe que descumpriu um acordo selado com Lula, que dava ao ex-metalúrgico o direito de concorrer à Presidência na eleição de 2014, mas seu apego ao poder obrigou-a a sepultar os planos políticos do criador. A queda de braços entre caciques petistas e o staff palaciano está apenas no começo, mas Dilma poderá tombar a qualquer momento, pois a disputa ganhou muito mais musculatura do que gostaria a presidente.

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