O Cardeal argentino Jorge Bergoglio recebe de Morales
o
símbolo do comunismo com o Cristo: sujando as mãos
com o sangue de 150 milhões
de crucificados
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Sou católico, mas o papa Francisco não me representa. Sei
que, em certa medida, a afirmação soa absurda, mas vou fazer o quê? Eu poderia fazer
uma graça e dizer que, existindo, como existe, um papa emérito, Bento XVI,
tenho a chance de escolher. Mas, evidentemente, isso não contenta. O chefe da
Igreja Católica, infelizmente, é o argentino Jorge Bergoglio. Quem recorrer ao
arquivo poderá constatar que ele nunca me encantou.
Evo Morales, o protoditador da Bolívia, presenteou o sumo
pontífice com uma monstruosidade herética: a foice e o martelo do comunismo,
onde estava o Deus crucificado. Bergoglio fez um muxoxo protocolar, mas sujou
as mãos no sangue de 150 milhões de pessoas. Ao fazê-lo, (re)rencruou as chagas
de Cristo e se alinhou, lamento ter de dizer isto, com aqueles que O
crucificaram.
“Ah, o papa não tem nada com isso! Não tinha como saber o
que faria aquele picareta!” Ah, não cola! A Igreja Católica de Roma está banida
da China, por exemplo. Ficou na clandestinidade na União Soviética e nos países
da Cortina de Ferro. Inexiste na Coreia do Norte e enfrenta sérias dificuldades
em Cuba. Um
delinquente político e intelectual como Morales não pode ofender moralmente
mais de um bilhão de católicos com aquela expressão demoníaca. O papa que
recusasse a ofensa. Mas ele não recusou. E foi além.
É de embrulhar o estômago. Em primeiro lugar, esse papa, com
formação teológica de cura de aldeia, não tem competência teórica e vivência
prática para cuidar desse assunto. Em segundo lugar, os movimentos que hoje
lutam pela preservação do planeta são exclusivos de regimes democráticos, onde
vige o capitalismo. Ou este senhor poderia fazer essa pregação na China, por
exemplo, onde o capitalismo de estado é gerido pelo Partido Comunista?
Pior: o papa está numa jornada que inclui o Equador e a
Bolívia, duas protoditaduras que, na pegada da Venezuela, instrumentalizam o
discurso anticapitalista para dar força a milícias que violam direitos
individuais e que não reconhecem a propriedade privada como motor do
desenvolvimento.
Evocando um igualitarismo pedestre, disse Sua, não mais
minha, Santidade: “A distribuição justa dos frutos da terra e do trabalho
humano é dever moral. Para os cristãos, um mandamento. Trata-se de devolver aos
pobres o que lhes pertence”. A fala agride a lógica por princípio. Se o tal
“que” pertencesse aos pobres, pobres não seriam. A fala repercute a noção
essencialmente criminosa de que toda a propriedade é um roubo. Como esquecer
que essa concepção de mundo de que fala o papa já governou quase a metade do
mundo e produziu atraso, miséria e morte?
Eu já tinha tido cá alguns engulhos quando, recentemente, o
cardeal argentino resolveu se meter a falar sobre a preservação da natureza,
com uma linguagem e uma abordagem que lembravam o movimento hippie da década de
60. Ele voltou ao ponto: “Não se pode permitir que certos interesses — globais,
mas não universais — submetam Estados e organismos internacionais e continuem
destruindo a Criação”.
Como? O homem destruindo a Criação? O catolicismo de
Francisco, na hipótese benevolente, se esgota numa leitura pobre do Gênesis. Na
não benevolente, é apenas uma expressão do trogloditismo de patetas
terceiro-mundistas como Rafael Correa, Evo Morales, Nicolás Maduro e Cristina
Kirchner.
O próximo papa, por favor!
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