Como se sabe, muitos militares brasileiros, oficiais e praças,
aderiram à luta para introdução de um regime comunista no Brasil. A esquerda
sempre foi hábil em seduzir jovens ainda sem experiência de vida e facilmente
cooptáveis por um sistema que promete o paraíso na terra. O movimento dos
marinheiros no Rio, acorrido antes da contra-revolução de 31 de março, apesar
de ter começado com base em solicitações plausíveis, se desvirtuou e pode ser
exemplo de um grupo que ofereceu várias vítimas para o assédio da esquerda.
O próprio cabo Anselmo foi um dos enganados. Depois de ter
ido à CUBA e testemunhado com os próprios olhos o que era na verdade uma
ditadura comunista, o militar resolveu mudar de lado. Mas, não havia mais
possibilidade de retornar oficialmente às fileiras, permaneceu então como uma
espécie de espião. Hoje Anselmo é considerado traidor por ambas as partes. Mas,
muitos militares permaneceram na luta ao lado da esquerda, alguns por puro medo
de serem justiçados se saíssem, outros por opção realmente.
Essa semana os jornais anunciaram que mais MILITARES
TORTURADOS foram ouvidos pela Comissão da Verdade do Rio de Janeiro. A
Comissão, que antes foi presidida por Vadih Damous, que agora é deputado
federal, é presidida por Rosa Cardoso. Na verdade a palavra torturados é usada,
como sempre, precocemente e para chamar a atenção. Nada foi ainda comprovado.
Foram ouvidas 16 pessoas que prestaram o serviço militar entre 1964 e 1985.
Foram relatados supostos casos de tortura, perseguição, abusos durante
treinamentos militares.
Um dos depoentes conta que foi torturado porque teria
comentado em casa que era simpático às idéias de João Goulart, agentes teriam
ido a sua casa e questionado seus pais, O ex-militar diz que depois de alguns
dias foi jogado numa espécie de calabouço onde foi surrado e permaneceu preso por
três dias. O ex-militar disse que manteve isso em segredo até bem recentemente
e que só conseguiu falar por causa das “clinicas do testemunho”.
As “clinicas do testemunho” foram criadas para auxiliar
ex-militares que teriam sofrido “perseguição psicológica” durante a ditadura
militar.
A idéia e conseguir reparação e indenização semelhante a que
os presos políticos recebem.
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