Por Thiago Cortês
Banheiros da UFRN após intervenção de “coletivos”.
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Não se engane: a instalação de banheiros unissex nas
escolas e universidades não representa nenhum avanço em favor das mulheres ou
das minorias.
No Brasil moderno você pode defender qualquer bizarrice
desde que ela venha embalada em um discurso de “respeito às minorias” ou
“combate ao preconceito”.
Foi em nome do “combate ao preconceito” que o Conselho
Nacional de Combate à Discriminação e Promoções dos Direitos de Lésbicas, Gays,
Travestis e Transexuais” publicou, no dia 12 de março, no Diário Oficial da
União, a
resolução que estabeleceu o seguinte: “As escolas e universidades,
públicas e particulares, devem garantir o uso de banheiros, vestiários e demais
espaços segregados acordo com a identidade de gênero de cada sujeito”.
Ou seja, a partir de agora, eu e minha barba podemos
frequentar os banheiros femininos de escolas e universidades. Para tal, basta
que eu me “autoafirme” como um transgênero ou qualquer outra categoria sexual
inventada nos últimos 10 minutos.
É claro não há como impedir que oportunistas frequentem o
banheiro feminino mediante a alegação de que são transexuais. Qualquer
marmanjo que alegue que acordou se sentindo a Julia Roberts poderá dividir o
banheiro com as mulheres.
Todos estamos chocados com o caso da menina
de 12 anos que foi estuprada no banheiro de uma escola da Zona
Sul de São Paulo. A garotinha foi abusada por três colegas (menores de
idade), por quase uma hora, sem que nenhum funcionário notasse.
Dá pra imaginar o quanto este cenário vai piorar quando os
banheiros de todas as escolas do Brasil forem transformados em locais de
convívio entre meninos e meninas – em nome, é claro, do combate ao preconceito.
Banheiro por “identificação de gênero” é uma ficção vulgar.
O que está sendo proposto é que escolas e universidades tenham banheiros
U-N-I-S-S-E-X.
Fachadas
Ideólogos
disfarçados de jornalistas ou travestidos de pedagogos estão inundando
as redes sociais com suas típicas frases-de-para-choque-de-caminhão que
justificam o banheiro unissex a partir do “combate ao preconceito”.
A manipulação da linguagem não é um fenômeno moderno. Desde a Grécia Antiga os
sofistas já sabiam que a retórica pode solapar a verdade no discurso público. É
por isso que os militantes corrompem palavras e conceitos para defender suas
teses perniciosas.
“O ideólogo usa fachadas para esconder suas reais intenções. Ele nunca é
sincero. Veja o caso, por exemplo, do banheiro unissex. É defendido a partir da
ideia de direitos das mulheres. Na verdade, é um atentado contra as mulheres
que agora terão que dividir o banheiro com qualquer homem que alega que se
sente uma mulher”, explicou o professor Felipe Nery, presidente
do Observatório Interamericano de Biopolítica.
Relativismo
Felipe Nery também destaca uma nefasta característica da neutralidade de
gênero: o relativismo que, gradualmente, nos levará ao vale-tudo da
sexualidade. A pedofilia, lembrou, já começa a ser chamada por progressistas de
“amor entre gerações”…
O gênero sexual é um dado da natureza assim como a altura ou
o peso. Negar que você é homem ou mulher faz tanto sentido quanto negar
que é alto ou magro.
Até mesmo a moderna psicologia evolucionista – odiada pelos
religiosos por sua natureza darwinista – diz claramente que
há diferenças naturais (biológicas e psicológicas) entre homens e mulheres e
ri dos acadêmicos que falam em “construção social”.
Os ideólogos, contudo, querem reduzir o gênero sexual a uma
mera invenção cultural da sociedade patriarcal que deve ser destruída em nome
da liberdade e etc.
Mas eu aposto que os militantes de gênero sofrerão a
humilhação de enfrentar uma forte resistência das mulheres. Chegará o dia em
que os “militantes da tolerância” serão desmascarados justamente por aqueles
que dizem representar.
Não serão os políticos que derrotarão o lobby do gênero:
serão as mulheres – mães, esposas, filhas – que se levantarão contra esta
bestialidade que (como tudo que começa na academia) foi parar no banheiro.
Publicado na Reaçonaria.
Fonte: Mídia Sem Máscara
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Thiago Cortês é jornalista.
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