As trapalhadas dos governos petistas de Lula e Dilma são de
morrer de rir, misto de indignação e gozação para não enfartar, e poderiam
compor quadros de humor do “Zorra total” ou “A Praça é nossa”. As duas figuras
estão presentes nas charges de toda a ordem com autores e atores profissionais
e amadores. Vídeos em profusão. Humor negro.
Do apoio a Zelaia que pretendia se perpetuar no poder em
desacordo com a Lei Magna de Honduras, fiasco da diplomacia ao transformar a
Embaixada do Brasil em palanque do “companheiro”, ao livro do Mujica com
destaque na confissão de Lula sobre o mensalão. Do gesto obsceno do assessor
Marco Aurélio, face ao desastre da TAM, que lhe valeu o apelido de TOP TOP, à
devolução dos pugilistas cubanos ao ditador Castro, perpassando pelo asilo ao
terrorista italiano Cesare Battisti, pela declaração do “vamos expulsar do
partido os petistas corruptos”, pela ação da Petrobrás a pretender indenização
face aos prejuízos provocados pelas empreiteiras, etc.
A penúltima trapalhada vem da expressão jeitinho brasileiro
como incentivo e criatividade aos mais de 11 mil brasileiros participantes do
programa Ciências sem Fronteiras nos Estados Unidos. Não é que o Institute of
International Education parceiro do Governo brasileiro no intercâmbio sugere
que os alunos se virem como puderem enquanto não chega a verba destinada ao
transporte, estada e alimentação que lhes é destinada como suporte fundamental
à permanência naquele país.
Claro que reina descontentamento e revolta entre os
estudantes. O Ministério da Educação pediu que se desconsiderasse a nota
anterior e que a verba já foi depositada. Mas, não deixa de ser uma trapalhada
no planejamento e por em risco os estudantes que podem dispor ou não de
recursos para tais fins.
As famílias reclamam dos desagradáveis avisos de cobrança
enviados pelas Universidades, alegando que as mensalidades não estão em dia,
que a responsabilidade é do Governo Federal além do baixo valor da bolsa,
questionando como alguém de baixo poder aquisitivo poder fazer uso do programa.
O mais grave, no entanto é a absorção da expressão “jeitinho
brasileiro” como meio de resolver qualquer dificuldade momentânea mesmo
empregando desvios de conduta. Já tão corriqueiros nas atividades
governamentais a tal ponto que um político da base de apoio, ex-ministro do
Lula e Dilma, Carlos Lupi, presidente do PDT, disse que os petistas roubaram
demais, que o PT esgotou-se, que o PT não inventou a corrupção, mas roubaram
demais...
Em se tratando do esforço no mote Pátria Educadora, os
exemplos das cúpulas administrativas do país não são bons. Dar “jeitinho” soa
remendo, falta de escrúpulo e desrespeito como no balanço ajeitado da
Petrobrás.
Criatividade como incentivo ao crescimento, vencer a rotina
e ultrapassar obstáculos, sim, burlar normas, não.
O fiasco do FIES demonstra a falta de planejamento no longo
prazo a considerar que sustentar um curso superior custa caro e o abandono no
meio do caminho sem condições financeiras de prosseguir às próprias expensas
deixou milhares de estudantes frustrados.
Pior, desiludidos com as instituições e esquecidos por suas
entidades estudantis que no passado engrossavam os protestos nas ruas a lembrar
contra o aumento do preço na refeição do restaurante do Calabouço. Nos dias
atuais a falta de higiene geral em uma das maiores universidades públicas do
país, a UFRJ, não incomoda as entidades estaduais e nacional dos estudantes.
Hoje, a UNE é governo. Foi tempo que significou o esforço
maior no impeachment do Collor pelo Fiat Elba à frente dos caras pintadas.
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Ernesto Caruso é Coronel de Artilharia e Estado Maior,
reformado.
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