Por Joseph Farah
O Papa Francisco,
como seus antecessores nesse cargo, está dando declarações amplas acerca de
questões políticas e morais sobre temas recentemente, desde a pena capital até
à catastrófica mudança climática provocada pelo homem.
Do que consigo
deduzir sobre as ideias dele acerca desses assuntos, os sentimentos dele são
fortes, há pouca ambiguidade em suas convicções, mas não existe quase nenhum
argumento intelectual ou moral oferecido para apoiar suas opiniões.
Vamos pegar a
questão da pena capital, por exemplo.
Ele disse
recentemente que não há mais justificativa para a pena de morte no mundo hoje.
Ele a chamou de “inadmissível, independente da gravidade do crime.” Mas o papa
vai mais longe nisso. Ele também caracterizou sentenças de prisão perpétua como
“pena de morte disfarçada” e confinamento solitário como uma “forma de
tortura,” dizendo que deveriam ser abolidos.
Os comentários dele
levantam várias questões para o público considerar antes de responder
automaticamente ao apelo emocional de tais declarações:
- O que exatamente deveríamos fazer com pessoas que comentem crimes hediondos, tais como assassinato em massa de inocentes, inclusive crianças e indefesos idosos e enfermos?
- Qual é o castigo apropriado para atos de genocídio?
- Já que o papa tem tal ódio da “tortura,” o que ele sugeriria como sentença apropriada para alguém que estupra crianças e as mata para evitar a descoberta de seus crimes?
- E, por último, de que fonte o papa obtém suas convicções morais acerca de tais assuntos, considerando que a Bíblia claramente aprova a pena de morte por assassinato?
É fácil fazer
condenações amplas da pena de morte como um líder religioso para ganhar
louvores de milhões como um moralista. É como se declarar a favor da paz
mundial. O problema surge quando consideramos as alternativas — uma das quais,
prisão perpétua, o papa chama de imoral.
Posso, de forma
humilde e respeitosa, sugerir que deveríamos esperar um pouco mais do papa do
que declarações de banalidades morais? Afinal, vivemos num mundo caído,
conforme presumo que o papa reconhece. Não existe justiça perfeita neste
planeta. Mas Deus, na Bíblia, nos ofereceu algumas normas práticas, e até
mandamentos, sobre como o homem deve se governar em nossa condição caída.
Francamente, vejo pouca conexão entre o que o papa sugere e o que Deus ordena.
Acima de tudo, a
pena de morte está na Bíblia. Não sei sobre você, mas obtenho minhas ideias
sobre certo e errado da Bíblia.
Desafio qualquer um
a ler a Bíblia inteira e me dizer que Deus não aprova a pena capital. Aliás,
Deus não a reserva exclusivamente para o crime de assassinato. E Ele não só a
aprova, mas também a prescreve.
Eu sugiro para você
que o motivo por que Deus a prescreve é que Ele valoriza muito a vida. A
ironia, é claro, é que os inimigos da pena de morte acreditam que estão
valorizando a vida ao se opor à pena de morte. Mas isso é apenas mais evidência
do que a Bíblia se refere frequentemente como o homem sendo “sábio aos seus
próprios olhos.”
A própria razão por
que a pena capital é moralmente certa é que coloca tal valor elevado na vida
humana inocente. É a expressão máxima de que valorizamos a vida em grau muito
elevado. Seu objetivo é desestimular os que poderiam considerar tirar uma vida.
E, não existe dúvida em minha mente de que se a usássemos com mais frequência e
com mais certeza em casos de assassinato, serviria como um desestímulo
formidável.
Ela representa bom
senso. Mas num mundo que cada vez mais aceita a pena de morte no útero para a
vida humana mais inocente — os bebês em gestação — e denuncia a pena de morte
para os que cometem os crimes mais bárbaros contra os inocentes, é evidente que
estamos nos afastando do jeito de Deus de fazer as coisas.
Fazer justiça
contra crimes hediondos é uma das razões por que Deus institui o governo. Como
sempre, muitos no governo querem abdicar de sua responsabilidade de cumprir os
poucos deveres pelos quais o governo é útil, como defender a nação, controlar
as fronteiras, controlar a moeda e fazer justiça para os que se tornaram
vítimas.
Penso sobre esse
último dever — fazer justiça para os que se tornaram vítimas. Você consegue
imaginar o que acontece quando o governo abdica de sua responsabilidade de
executar justiça para as vítimas e suas famílias? Leva à justiça pelas próprias
mãos e um ciclo de violência, amargura, desamparo e desespero.
Executar assassinos
devidamente condenados não é só um papel legítimo do governo. É um dever.
Os fundadores dos
Estados Unidos compreendiam isso. Eles fiscalizaram sua implementação. Não
havia nenhum pensamento em qualquer um deles de que isso foi “castigo cruel e
fora do normal,” como alguns revisionistas buscam sugerir.
É claro que se mais
restrições na pena capital acontecerem nos EUA, não virão por meio da expressão
da vontade do povo — por ação popular ou mesmo legislativa. Virão por meio de
decreto judicial — como tantas outras ideias impopulares que têm sido forçadas
goela abaixo do público americano.
Este é o mundo em
que vivemos hoje — onde preto é branco, para cima é para baixo, esquerda é
direita e certo é errado.
Então, de onde é
que o papa obtém suas convicções morais sobre a pena de morte? Ele não tem a
obrigação de oferecer aos seus seguidores e não seguidores igualmente algo mais
do que sua opinião pessoal? E se não é nada mais do que sua opinião pessoal,
ele não deveria deixar isso claro?
Mais ao caso, será
que o papa está sugerindo que ele é mais sábio do que Deus? Ou ele está
sugerindo que Deus mudou de ideia acerca da pena capital?
Tradução: Julio
Severo do artigo original do WorldNetDaily: Pope
wrong about capital punishment
Fonte: www.juliosevero.com
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