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sábado, 23 de maio de 2015

A ladroagem do Petrolão encolheria alguns milhões se Severino tivesse vencido Dirceu na disputa pela diretoria que fura poço


Em 20 de maio de 2005, às vésperas da devassa do escabroso esquema do mensalão, o deputado pernambucano Severino Cavalcanti (PP-PE) revelou à ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, o que ganharia em troca da submissão ao governo federal: “O que o presidente Lula me ofereceu foi aquela diretoria que fura poço e acha petróleo, é essa que eu quero”, resumiu o então presidente da Câmara. Queria mas não levou: antes de apossar-se do cofre, meteu-se num caso de corrupção miúda que lhe custou o mandato, a chefia do Legislativo e as atenções da imprensa.

Nesta semana, como registra o comentário de 1 minuto para a TVEJA, a drenagem do pântano do Petrolão localizou mais evidências que o velho Severino sabia das coisas. Depois da diretoria de Abastecimento e Refino, presenteada por Lula a Paulo Roberto Costa, depois da diretoria de Serviços, entregue pelo mestre da seita a um protegido de José Dirceu chamado Renato Duque, acaba de entrar no palco da imensa gatunagem a diretoria de Exploração e Produção da Petrobras. É esse o nome de batismo da furadora de poços. Ali vinham agindo há muito tempo afilhados de Dirceu abençoados pelo chefe supremo.

O país sairia no lucro se Severino tivesse vencido a disputa com Dirceu. As bandalheiras que envolveram o parlamentar pernambucano eram medidas em milhares de reais. O redimensionamento da ladroagem, articulado pelo lulopetismo, desmoralizou a moeda nacional e os larápios de antigamente. Lula e Dirceu envelhecem há 12 anos em tonéis revestidos de cédulas verdes. Nesse período, a propina inflacionada passou a ser calculada em milhões de dólares.

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