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domingo, 29 de março de 2015

Farsa Burlesca

Por General Marco Antonio Felício da Silva

"A Instituição será maculada, violentada e conspurcada diante da leniência de todos aqueles que não pensam, não questionam, não se importam, não se manifestam."

Escudada por uma oposição débil e por um curral eleitoral de quase 40 milhões de votos, originário de demagógicas políticas assistencialistas, não passou de farsa burlesca a campanha eleitoral conduzida pelo PT para a reeleição de Dilma. Vendeu, por meio de marketing criminoso, apoiado por mentiras e meias verdades, ilusórias conquistas de seu primeiro mandato como a manutenção do pleno emprego e do poder de compra dos salários. Prometeu, para o mandato seguinte, o incremento do crescimento da economia e a consolidação das pretensas conquistas anteriores.

A verdade, entretanto, é que diante da crise financeira internacional, que se arrasta por vários anos, Dilma, irresponsável e criminosamente, desconsiderou os fortes e negativos impactos da mesma sobre a economia brasileira, aliás, anteriormente tratada por Lula, num dos seus delírios etílicos, extravasando a sua ignorância, como uma simples marola a atingir o Brasil.

Assim, enquanto a economia marchava para a estagnação, com as taxas de investimentos caindo, trimestres seguidos, a produção industrial diminuindo drasticamente, inflação persistente e aumento dos juros, o número de empregos gerados tornou-se, cada vez mais, abaixo do realmente necessário.

Adotando Política Econômica equivocada, incentivou o consumo, facilitando o crédito, criando programas populares e dando subsídios a determinados setores da economia, em detrimento de investimentos produtivos e desequilibrando as contas púbicas. A dívida pública total cresceu desmesuradamente e o déficit das contas públicas atingiu, em 2014, o valor de 17,2 bilhões de reais, parte, logicamente, gasta em prol da eleição da Presidente, provavelmente com desvio criminoso de verbas governamentais.

Um dos grandes perigos que o País corre é o crescimento insustentável da dívida pública que já alcança 63% do PIB quando, nos emergentes, a média é de 40% do PIB. Há que lembrar que o aumento de juros aumenta a dívida pública e pode neutralizar o esforço fiscal que venha a ser feito. A inflação, embora camuflada, há muito, pela contenção de certos preços, vem diminuindo o poder de compra dos salários.

O escândalo "Petrolão", continuação do "Mensalão", tem na Petrobras o seu foco desde quando Dilma era Presidente de seu Conselho de Administração e como tal, também, responsável pela compra fraudulenta de refinaria nos USA. Graça Foster, amiga de Dilma e casada com empresário prestador de serviços à Petrobras, por meio de contratos de valor aproximado de 600 milhões, alguns sem licitação, tornou-se Presidente da Empresa no governo Dilma, permitindo a continuidade da corrupção que já rasgava as entranhas da Empresa. Ela nada viu, nada ouviu, de nada sabe, repetindo o mantra de Lula e Dilma.

O Petrolão mostra as fortunas criminosamente desviadas para abastecer partidos e políticos que apoiam o PT e o governo e criar alguns milionários. Mostra a grave corrupção que grassa com a participação de "operadores" do PT e de partidos aliados. Por delação premiada, hoje, já se sabe que tal corrupção atinge, também, obras em outros setores governamentais, com os mesmos operadores atuantes na Petrobras, entre eles o acusado tesoureiro do PT e da campanha de Dilma, deputado João Vaccari. Como exemplo, a Revista Época (26 jan 2015) noticia como um empresário, com "nome sujo na praça e extensa ficha policial", depois de se apróximar de Vaccari, conseguiu empréstimos no Banco do Nordeste (375 milhões e 452 milhões), este aparelhado pelo PT, incluso com apadrinhados pelo atual Ministro da Defesa. No auge da campanha de Dilma, após obter, também, a remoção das garantias inicialmente solicitadas pelo Banco, o empresário dou, para a campanha da Presidente, 17,5 milhões de reais ao lado de outras empresas como a Andrade Gutierrez(20 Bi), OAS( (20Bi), UTO Engenharia (7,5 Bi), também, envolvidas na corrupção do Petrolão.

A infraestrutura do País está deteriorada. A inépcia e incompetência como foi gerida a política energética, que teve Dilma como gestora durante governo Lula, deixou de cumprir o planejamento de construção de dezenas de hidrelétricas e de linhas de transmissão, gerando a crise de energia que vivemos no momento, agravada pela falta de chuvas e calor inclemente, em todas as regiões do País, com reservatórios próximos de secar e com recomposição, sabe Deus quando. A Petrobras está saqueada. Estradas, portos, ferrovias e aeroportos necessitam de manutenção e modernização urgentes. O serviços essenciais como o de Saúde, e Transportes, a Educação e Comunicações estão muito aquém das necessidades. A Segurança Pública é geradora de grande insegurança na população. O sistema prisional é medieval.

Vencida a eleição, parece que a Presidente opta por Política Econômica contrária ao que defendeu, demagógica e mentirosamente, em sua propaganda eleitoral. Dá ênfase a uma dura Política Fiscal que atinge, proporcionalmente, com mais vigor o Ministério da Defesa, mostrando, por parte do Ministro Nelson Barbosa, a mesma insensibilidade que sempre teve para com as necessidades das Forças Armadas. Os objetivos principais da END (Estratégia Nacional de Defesa) serão duramente atingidos bem com a base industrial que está sendo criada. O Ministério de Ciência e Tecnologia também foi atingido. Há que ressaltar que o País necessita desesperadamente de empreendedorismo e de inovações tecnológicas. A cegueira está em não enxergar que a Industria de Defesa e os programas do MCT de incentivo à inovação são as ferramentas mais importantes de que dispomos para tal e ficarão a míngua de recursos.

Realismo tarifário nas contas de luz e nos combustíveis, novo cálculo do salário mínimo e modificações em benefícios sociais já estão em andamento, confirmando, com as restrições orçamentárias em vigor, a fraude eleitoral cometida por Dilma em sua campanha.

Vejamos as surpresas que virão da "Operação Lava-Jato" e, talvez, tenhamos uma oposição mais corajosa para as providências constitucionais que se façam necessárias em relação ao governo atual e à Presidente, responsável por uma campanha eleitoral que não passou de uma criminosa farsa burlesca.



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