Gestapo é o acrônimo do alemão "Geheime
Staatspolizei". A famosa e temida Polícia Secreta do Estado de Adolf
Hitler era administrada pela SS (Schutzstaffel) - que é a Tropa de Proteção.
Quem cuidava da Gestapo e da SS era o Reichssicherheitshauptamt - o poderoso
Escritório Central de Segurança do Reich. Assim se estruturava o aparato de
repressão e intimidação estatal da Alemanha nazista. O Partido Nacional
Socialista dos Trabalhadores oprimia os cidadãos através deste sistema. A
Gestapo espionava, reprimia, torturava, julgava e aplicava penas - como se
fosse um tribunal da inquisição medieval.
Já o monstrengo que podemos chamar de "Gestapo
Tupiniquim" funciona de maneira sistêmica, conforme a lógica
organizacional do "Governo do Crime Institucionalizado". Reúne e até
vai muito além daquilo que se pode chamar de "aparelhos repressivos do
Estado". Nossa Gestapo não promove apenas violência formal. Exerce
repressão psicológica. Promove intimidação "jurídica" através de
órgãos e instrumentos legais ou normativos. O Capimunismo (capitalismo de
Estado interventor com verniz de bem estar socializante) se caracteriza pelo
abuso de poder e autoridade, através do regramento excessivo e burocrático,
mais repressivo que educativo, junto com o cartorialismo, a corrupção e a
tendência à cartelização.
Vamos desenhar, para facilitar a compreensão estrutural. A
Gestapo de Bruzundanga é sofisticada e ampla. Não se restringe ao aparato
repressivo-fiscalizador: Polícia Federal, Receita Federal, COAF (Conselho de
Controle de Atividades Financeiras, Advocacia Geral da União, Controladoria
Geral da União e Tribunal de Contas da União. Também conta com os tentáculos
aparelhados do Ministério Público, do Judiciário em quando necessário, das
Forças Armadas e auxiliares, além da Força Nacional de Segurança. O aparato de
"inteligência" destes órgãos e da própria Agência Brasileira de
Inteligência compõem a estrutura oficial. Estados e alguns municípios seguem a
lógica da "gestapo", com seu aparato regulatório, fiscal e
arrecadador. A gestapo brasiliana tem agentes nem sempre visíveis por todos os
lados.
Como se fosse um ente que parece imaginário, porém é bem
real, a "Tropa de Proteção" do Governo do Crime Institucionalizado
tem eficácia intimidatória, repressiva e censora. Até porque consegue reunir
absolutamente todas as informações acerca do cidadão ou da "pessoa
jurídica" (empresa) que deseja transformar em "alvo" -
geralmente de assimilação, neutralização ou destruição. Torna-se praticamente
nula a chance de resistência a um sistema estruturalmente autoritário, mas que
cinicamente vende a imagem de "democrático", já que autoproclama
deter o monopólio da "legalidade" por centenas de milhares de leis e
normas que enfiam goela abaixo de todos. Este ilegítimo sistema funciona a todo
vapor contra quem for considerado "inimigo do Estado".
Para se melhor entender como funciona uma Gestapo em um
estágio pré-totalitário, um arremedo democrático, vamos a conhecida República
de Weimar (alemã, dos anos 30, antecessora do III Reich) com a nossa atual
República da Mamar, onde a nazicomunopetralhada do Foro de São Paulo reina com
o mito carismático em decadência, por trás de uma impopular
"arremeda" de tirana. As duas são apenas muito parecidas. Nossa
República Sindicalista Capimunista é um triste show à parte.
Na República de Weimar alemã, o líder em ascensão engoliu o
parlamento. Tacou até fogo nele! Na República de Mamar, o líder descobriu que é
mais fácil e lucrativo cooptar o Legislativo. Tocar fogo pra quê, se os eleitos
preferem se purificar nas chamas dos mensalões ou outros clientelismos menos
votados? E o chefão daqui ainda contou com a ajuda “constitucional” para reinar
através de medidas provisórias. Eis o despotismo legitimado que a sucessora do
qual a sucessora dele abusou, achando que podia seguir em frente sem alimentar
o corrupto rebanho político. O resultado é que a vaca está tossindo...
Na República de Weimar, o Judiciário também foi conivente
com o poder em ascensão. Ninguém segurou o infante Adolf Hitler. Na República
de Mamar, onde a injustiça reina historicamente, o judiciário vai pelo mesmo
caminho. A Segurança do Direito Natural (pressuposto da Democracia que nunca
existiu por aqui) nunca esteve tão ameaçada. Até porque quem está no poder há
quase 13 anos nunca ligou para a Constituição em vigor. Em 1988, o PT se
recusou a assiná-la. Por isso, seus partidários não hesitam em assassiná-la.
Agora, os delinquentes se armam para usar o esquema que aparelharam no
judiciário para partir para cima dos inimigos e adversários. Aí entra a
"Gestapo Tupiniquim" operando a milhões por hora.
Novamente, é bom desenhar com casos concretos. Comecemos
pela elementar multa de trânsito - que seria um instrumento educativo, mas que
a Gestapo Tupiniquim conseguiu deturpar. Apelemos ao raciocínio do Advogado
Antônio Ribas Paiva: "Como o Estado existe para proteger as pessoas e não
para praticar abusos contra elas, as penas e multas exageradas são
inconstitucionais, colocando em risco a segurança do direito e a própria
democracia, consubstanciando, até, o típico de abuso de autoridade. Os
governantes, nos três níveis administrativos, amiúde estabelecem penas e multas
abusivas, com o objetivo de exercer Controle Social (Ditadura) e arrecadar com
multas e taxas, sob a desculpa hipócrita de proteger os cidadãos. Além disso,
as receitas com multas de trânsito são extranumerárias, o que representa uma
vantagem adicional aos governantes, por que não estão sujeitas à fiscalização
dos Tribunais de Contas".
Vamos a outras ações práticas "gestapianas": 1)
Subjuga-se o poder legislativo para que ele “legalize”, gradualmente, o fim do
estado democrático de direito; 2) Através de alterações nas Leis, o Poder
Judiciário se torna dependente ou subordinado do Poder Executivo, sendo que
atos praticados por este último não podem ser apreciados pela “Justiça” do
país. 3) Reforma-se a máquina pública, para que ela ganhe instituições
repressoras, com plenos poderes para agir, não podendo ser os atos praticados
por estas novas instituições questionáveis por nenhuma instancia do Judiciário;
4) Todos aqueles identificados como potenciais inimigos desta nova ordem,
empresários, lideranças e personalidades públicas, IMPRENSA e JORNALISTAS,
Magistrados, serão patrulhados, perseguidos e se possível eliminados.
O PT tem um projeto revolucionário que se confunde com o
pragmatismo de enriquecer sua cúpula dirigente, parentes e aliados. Por isso,
partirá para a ofensiva em quatro frentes. Na primeira, usando o aparato legal
e de regramento administrativo do governo contra adversários políticos e
econômicos. Na segunda, em alguns pontos uma consequência natural da primeira,
acionará a parte do judiciário (incluindo o Ministério Público) que já
aparelhou, para intimidar e triturar os adversários e inimigos com uma enxurrada
de ações judiciais.
Na terceira, vai acionar o sistema privado e próprio de
mídia (não visivelmente partidário) que está sendo fortemente ampliado, junto
com os tais "soldados virtuais" - militantes fundamentalistas que
atuam nas redes sociais. Na quarta, a guerra é tocada pelos "exércitos do
Stédile" e afins que tem movimentos sociais e cooperativas de crédito
solidário como fachadas. Grana não falta... Vem de onde? Vem da lavanderia da
esquina ou do "Rei Sol" que a seca?
Todo esse aparato tem condições concretas de garantir o
"Reich" nazicomunopetralhabolivariano por mais anos no poder, desde
que as condições da economia consigam se estabilizar no médio e longo prazos.
Tendo o PMDB como aliado, mesmo a contragosto, e a mídia devidamente enquadrada
pela turma do comissário Ricardo Berzoini (através de uma "negociação de
sobrevivência"), o PT tem todas as chances de continuar sua hegemonia -
que hoje é abalada pela impopularidade e pela pressão do povo nas ruas. A
máquina da Gestapo está nas mãos deles...
Vale repetir por 13 x 13: O perigo maior para o Brasil é que
não há sinal concreto de uma verdadeira oposição programática ao atual modelo.
As gritarias existem em segmentos econômicos consistentes, porém não se
consegue formar uma aliança orgânica, taticamente bem financiada, para se
contrapor ao sistema que o grupo hoje no poder vem montando há anos, e já
sinaliza que vai ampliar, no curto prazo. Em resumo, a reação das forças
opostas ainda é amadora e inconsistente em sua infraestrutura econômica e
política para ter capacidade real de enfrentar o sistema
nazicomunopetralhabolivariano.
Chega da República de Mamar! O Nacional Socialismo alemão
(Nazismo) e o Fascismo italiano são velhos modelos de Capitalismo de Estado.
São estes exemplos maravilhosos que a petralhada no poder resolveu copiar,
adicionando sempre uma pitadinha de Stalinismo e cinismo bolchevique ao modelo.
Heil, Lula Vargas da Silva! Aqui, os poderes prestidigitam. Os políticos
corrompem e se desmoralizam. No entanto, enriquecem e isto viabiliza que
continuem no círculo do poder.
Poucos percebem e denunciam tantos vícios sociais e falhas
essenciais. Alguns enxergam um pedaço da conjuntura. Mas não compreendem como a
estrutura ferra a sua vida. Mais preocupada com a sobrevivência que com a
evolução institucional, a maioria prefere fazer vista grossa. Deixa a vida lhe
levar... Assim, ficamos com um povo marcado, povo feliz, a caminho do
abatedouro da História.
Adiantará reclamar no final das contas? Eis a dúvida cruel,
porque a sina histórica costuma ser fatal. No máximo, os escravos se libertarão
para cair nas garras de outro Senhor escalado pelo topo da cadeia do sistema
para ser eleito pela maioria do povo. As pessoas comuns não têm proteção contra
os abusos do poder praticados pelo Estado Moderno, que tem o monopólio da
violência e opera como sócio majoritário da economia.
O objetivo central do sistema "gestapiano" é
manter o ser humano tolhido do direito fundamental de ser cidadão. Tudo é feito
em nome de uma suposta "ordem" definida pelo modelo autoritário. Para
tal fim, são usadas as engrenagens das máquinas estatais. Em escala mais
radical e totalitária, emprega-se a barbárie cruel e sangrenta. Tal agressão
pode ser praticada pelo Estado, seus agentes ou por forças criminosas subterrâneas
que for capaz de mobilizar. A violência tem um fim de hegemonia. Deixa de ser
uma mera degeneração do comportamento humano.
O desafio para este povão que sai à rua aos milhões para
protestar é: como neutralizar e acabar com a Gestapo Tupiniquim, sem ser
engolida por ela, ao mesmo tempo em precisamos criar estruturas efetivas para
proteger as pessoas da ação danosa do Estado, libertando-as de verdade.
O desafio é gigantesco, porém uma necessidade fundamental de
quem deseja um Brasil livre, próspero, justo e divino para as pessoas de bem,
que estudam, trabalham, produzem e sobrevivem.
Loucuras da Rainha
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