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sábado, 23 de agosto de 2014

O voto obrigatório e a democracia

Por Mario Souza
Ao se analisar as qualidades e as vantagens da democracia, uma pergunta se faz necessária:

Em um país, seja ele qual for, os ignorantes, os detentores de QI de ameba, os analfabetos, os incultos, os suscetíveis de venderem seus votos a troco do benefício de uma bolsa clientelista qualquer e outros menos dotados de raciocínio representam que percentual da população total de eleitores?

Qualquer resposta acima de 50% já será de arrepiar todos os pelos do corpo.

Ainda analisando as qualidades e vantagens da democracia, outra pergunta é cabível:

Se a vontade da maioria sempre vence, e a maioria é composta por incapazes de decidir com inteligência seja lá o que for, a decisão vencedora será sempre BURRA, a mais inconveniente, a mais equivocada, a pior possível.

Aliás, é exatamente por isto que, como dizia Nelson Rodrigues, “a unanimidade é BURRA ”!

Continuando a analisar a democracia, apreciemos agora o tema VOTO OBRIGATÓRIO:

Parafraseando as denominações “sunita” e “xiita”, rotulemos como tal os ramos do eleitorado.

Os sunitas seriam o grupo que se interessa por política SIM, pelo desenvolvimento do país SIM, pelo futuro da nação SIM, pelo próprio bem estar como cidadão SIM, mas não com um exagerado posicionamento tão exacerbado, a ponto de optar por ficar mais de uma hora numa longa fila, dentro de um clube, num “cozinhante” ginásio esportivo com cobertura de amianto, ou ao longo de 3 ou 4 lanços de escada, até o último andar de um colégio estadual, sabendo que, na fila, atrás dele, estão 10 vagabundos do “Bolsa-Família”, “do Minha Casa, Minha Vida”, do “Bolsa-Reclusão”, ou do “Bom Discernimento-LESS”, que anularão a sua escolha política, quando, ao invés, poderiam perfeitamente ter escolhido aproveitar o feriadão e ir para um balneário qualquer, de onde ficariam torcendo que a apuração por urna eletrônica seja confiável ( como acreditam o coelhinho da Páscoa, o saci pererê, a mula-sem-cabeça e o Papai Noel ) e não uma artimanha eleitoral de repúblicas de bananas, e que os candidatos nos quais teriam votado vençam, mesmo sem os seus votos, pois, afinal, ninguém é de ferro e feriadão não é coisa que se jogue fora. Depois, é só justificar a falta no TRE e tudo bem!...

Os xiitas são o conjunto daqueles 3 grupos compostos por a) os sectários políticos que acreditam piamente ser algo parecido com seita religiosa uma certa corrupta corrente política, falecida mas insepulta (a KGB de ontem é a Máfia Russa de hoje, que lava dinheiro comprando clubes de futebol. Aliás, por outro lado, desde o Brasil Império, os políticos sempre roubaram, então, agora é a vez dos cumpanhêrus no poder ), b) os possuidores de apenas alguns poucos neurônios, incapazes de votar com um mínimo de inteligência e bom senso, c) o curral eleitoral dos votos comprados das Bolsas-Vagabundagem.  Estes, é claro, com voto obrigatório ou não, comparecerão às urnas até em dia de inundação com água pela cintura, sob tempestade de raios e trovões, e chuva de granizos paralelepípidicos, já que coçar o saco machuca e há que se ter o dinheiro das “bolsas” para a compra de pomada cicatrizante.

A propósito, em  caso de queda da dinastia dos petralhasburgo, por que não instituir a concessão dessas mesmas bolsas, mas já não com caráter clientelista e sim como medida circunstancial, momentânea, como um seguro desemprego, mas sendo fiscalizada a real busca de emprego por parte do beneficiado. É claro que a “Bolsa – Reclusão”, uma incrível apologia ao crime (ganha-se mais condenado e preso, do que livre e trabalhando) nem merece ser cogitada, ainda mais acrescida de casa, comida, roupa lavada, lazer, diversão, banho de sol, esportes e encontros íntimos. É melhor a instituição de um salário com a contrapartida de prestação de serviços de mão-de-obra prisional, tais como limpeza, cozinha, lavanderia, pequenos reparos etc. Aliás, presídios não podem continuar a ser ser Resorts de marginais! Com a instituição de bolsas-benefício sem compra de votos, votar em maus políticos deixaria de ser uma obrigação para os que não querem perder o atual “oba-ôba”. Sairia bem mais barato para os cofres públicos do que a roubalheira que ninguém viu e que ninguém soube, a não ser quando veio à tona. Sabe-se que certas coisas sempre acabam boiando...

Recentemente, numa reunião em casa de um amigo, um fanático xiita do “partido – seita petralha”, um chatíssimo “chorosa viúva da URSS” (não, felizmente ainda não se trata da União das Repúblicas Soviéticas Sudamericanas) impediu aquele bate-papo comum a este tipo de evento, e se pôs a discursar por quase uma hora uma enfadante catilinária sobre a urgente necessidade  do fim do voto obrigatório. Ora, isto é muito preocupante!... Se lados antagônicos pleiteam medidas exatamente iguais, um dos dois não avaliou suficientemente o assunto e seria bom repensar a respeito.

Existe um determinado percentual dos eleitores que já está decidido a comparecer às urnas para tentar apear os petralhas do poder, Porém, se de hoje até o dia das eleições o voto se tornasse não obrigatório, que percentual daqueles mesmos iria votar e que percentual viajaria para um balneário ou alugaria alguns CDs de vídeo e ficaria em casa, fazendo churrasco e se divertindo?  Eu já atingi a idade em que estaria isento de votar, mas não vou usar este direito, e espero que outros septuagenários como eu façam o mesmo, em prol do bem estar de seus filhos e netos como cidadãos. Mesmo a petralhada sendo arrastada para fora do poder, é difícil sanear o estrago feito e punir os culpados, já que os cargos da suprema corte são vitalícios  e estão ocupados por pessoas afetivamente relacionadas com os petralhas, seja por amizade ou gratidão pela indicação.

Chega de clientelismo eleitoreiro, chega dessa política de coitadinhos institucionais, de absurdas cotas sociais indefensáveis num país onde, como dizia a minha avó, muito poucos podem dizer que não têm um pé na África (afro-descendentes) ou no mato (índio-descendentes). Não, por favor, não rotulem os supostos coitadinhos como excluídos pelo sistema. Eu mesmo tive infância paupérrima, a ponto de ter sido dado para uma tia criar, mas, na realidade, acabar me usando como empregado doméstico de serviços de limpeza e tarefas externas, um boia-fria escravizado a troco de comida. Só não fui cozinheiro, porque não sabia cozinhar, nem lavei roupa, por falta de confiança de que me saísse bem, sem desperdiçar água e sabão. E consegui me livrar dos esforços para me convencer a abandonar os estudos, porque sempre estudei em escola municipal e em colégio público federal. É claro que não havia mesada, pois o meu trabalho doméstico não ressarcia os incomensuráveis gastos com a minha criação, vestuário e alimentação.

Assim, para as minhas despesas pessoais, eu fazia pequenos serviços ( boleiro de quadra de tênis num clube) e depois explicador de matemática, física e química para colegas de turma. Não, nunca prestei serviços fáceis e rendosos, tais como empinador de pipa ou fogueteiro, para avisar a chegada da PM, como outros que dizem ter sido forçados a isso pela falta de oportunidade oferecidas pelo sistema, e não, como na realidade foi, por comodismo, preguiça e ganância de dinheiro fácil (como é notório, o tráfico paga bem), por jamais terem procurado se tornar qualificados como mão-de-obra melhor paga.

É muito cômodo esconder o próprio  fracasso embaixo do “tapete” da pobreza ou de razões étnicas e sociais, quando os verdadeiros responsáveis foram o comodismo e a preguiça. Estudando e correndo atrás de um futuro melhor, consegui estudar gratuitamente, concluir 3 faculdades e fazer mestrado.

Não, não fiquei rico; sou classe média realmente “média” e somente tenho um pequeno apartamento que paguei em 20 anos,  e que foi quitado em 2012. Pertenço, com orgulho e exclusivamente graças ao meu esforço, a esta classe média tão estigmatizada atualmente por ridículas e pomposas múmias acadêmicas que, certamente, ganham mais do que eu e são classe média também, só que média alta.

Sorte delas. Talvez tenham escapado à voracidade selvagem do sistema...


Fonte: Alerta Total

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Mario Souza é Professor. 

Não vai ter eleição?

Por Merval Pereira - O Globo

Diz-se em política que somente dois fatos são importantes: o fato novo e o fato consumado. O fato consumado da morte trágica do ex-governador Eduardo Campos produziu o fato novo da candidatura de Marina Silva, que mudou a eleição. Agora, outro fato novo pode interferir nas eleições de outubro. Atribui-se ao ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, preso na sede da Polícia Federal em Curitiba, a ameaça de que, se abrir a boca, não vai ter eleição. Seria uma maneira de mandar um recado para seus muitos amigos políticos para que o tratassem bem, e à sua família.

Como nos melhores filmes da máfia, ao ver que não tem chance de se livrar da prisão, e de que empresas de seus filhos começaram a ser investigadas ontem pela PF, Paulinho , como Lula o chamava, resolveu negociar com a Justiça delação premiada, incentivado pela mulher, Marici - que há tempos vinha se desentendendo com o advogado Nélio Machado, ontem trocado pela advogada paulista Beatriz Catta Preta, especialista em delações premiadas.

O depoimento de Costa será para o juiz Sergio Moro, especialista em processos de lavagem de dinheiro que assessorou a ministra Rosa Weber no julgamento do mensalão. Com fama de rigoroso, Moro não soltou imediatamente os doleiros e pediu mais esclarecimentos ao Supremo tribunal Federal quando o ministro Teori Zavascki deu uma liminar soltando todos os acusados pela Operação Lava-Jato.

Deu tempo, assim, para que Zavascki recuasse da decisão inicial, mantendo todos presos por oferecerem perigo de fugir do país. Tudo indica que Costa vai falar o que sabe, o que pode, sim, influenciar as eleições de outubro, não a ponto de inviabilizá-las, mas de atingir políticos importantes em diversos partidos.

Costa é fruto de um dos mais perversos efeitos colaterais do presidencialismo de coalizão, distorcido na era Lula. Indicado por consórcio partidário composto por PP, PMDB e PT, esteve à frente da Diretoria de Abastecimento da Petrobras de 2004 a 2012, saindo de uma espécie de geladeira em que fora colocado por sucessivas diretorias anteriores ao lulismo. Entre outros negócios da estatal, ele estava na diretoria que concretizou a compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, contestada pelo Tribunal de Contas da União.

Nos documentos encontrados em sua casa e em empresas pela PF, há muitas indicações de negociatas envolvendo empreiteiras e políticos, tudo junto e misturado com a ajuda do doleiro Alberto Youssef, também preso.

Um deles é o deputado federal André Vargas (sem partido), que está tendo sua cassação pedida pelo Conselho de Ética da Câmara por ter usado jatinho fretado por Youssef para um passeio com a família. Outro, o secretário nacional de Finanças do PT e tesoureiro da campanha de 2010 da presidente Dilma, João Vaccari Neto, acusado de ser um dos contatos de fundos de pensão com a CSA Project Finance Consultoria e Intermediação de Negócios Empresariais, empresa que Youssef usou para lavar R$ 1,16 milhão do mensalão, segundo a PF.

O ex-deputado José Janene, um dos 40 réus no processo do mensalão no STF, morto em 2010, era acusado de ter se apropriado indevidamente de R$ 4,1 milhões, usando como laranja o advogado Carlos Alberto Pereira da Costa, também preso e que fez as acusações a Vaccari Neto dentro de uma negociação de delação premiada.

Ele é réu em duas ações penais: uma sobre supostas remessas fraudulentas para o exterior do laboratório Labogen, de propriedade de Youssef e que pode causar mais danos ao candidato do PT ao governo de SP, Alexandre Padilha; outra de lavagem de dinheiro de Janene por investimentos em uma empresa paranaense. Padilha foi acusado de, como ministro da Saúde, ter aprovado o Labogen, que servia de fachada para o doleiro enviar dinheiro para o exterior.

Documentos apreendidos com Costa, e que ele tentou destruir, mostram uma contabilidade detalhada sobre repasses de empreiteiras para campanhas políticas. Anotações do ex-diretor registram, por exemplo, o repasse, em 2010, de R$ 28,5 milhões ao PP, partido da base aliada cujo líder à época do mensalão era Janene, um dos responsáveis pela indicação de Costa ao cargo.

As empreiteiras citadas no documento são Mendes Júnior, UTC, Constran, Engevix, Iesa, Toyo Setal e Andrade Gutierrez. Mesmo que fale tudo o que sabe, vai haver eleição, assim como houve a Copa. Resta saber com que candidatos.


VEJAM QUE BARBARIDADE: Por meio da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), governo Dilma já transferiu para Cuba mais de um bilhão de reais pelo Mais Médicos


SALÁRIO INCOMPLETO — Médicos cubanos são recebidos em Porto Alegre, em abril passado (Foto: Claiton Dornelles/CBR)
SALÁRIO INCOMPLETO — Médicos cubanos são recebidos 
em Porto Alegre, em abril passado (Foto: Claiton Dornelles/CBR)
OPAS, QUE NEGÓCIO É ESSE?

A relação da organização de saúde com o governo brasileiro vai além da transferência de recursos para Cuba

Reportagem de Leonardo Coutinho 
publicada em edição impressa de VEJA

Há um ano, em agosto de 2013, chegavam ao Brasil os primeiros cubanos que vieram dar corpo ao Mais Médicos, do Ministério da Saúde. Antes mesmo que os 400 profissionais enviados por Cuba desembarcassem, já estava claro que o programa tinha uma finalidade eleitoreira – aumentar o número de consultas em regiões pobres sem muita preocupação com a qualidade e sem resolver os problemas estruturais da saúde pública nacional – e outra ideológica – auxiliar financeiramente um regime ditatorial decadente.

O balanço desses doze meses mostra que a transferência de dinheiro do contribuinte brasileiro para os cofres de Raúl Castro foi de nada menos que 1,16 bilhão de reais, já descontados os cerca de 75 milhões de reais que a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) recebeu por intermediar o negócio e os 260 milhões de reais que o governo cubano efetivamente repassou aos seus médicos em atuação no Brasil.

Os médicos só recebem 30% do que deveriam: o resto fica com a ditadura cubana

Isso porque, do salário de 10 400 reais mensais a que oficialmente os profissionais do Mais Médicos de qualquer nacionalidade têm direito, os cubanos recebem apenas 30%. O restante é confiscado por seu governo. Atualmente, há 11 400 médicos de Cuba no Brasil participando do programa e, portanto, sendo submetidos a essa situação discriminatória.

O Ministério da Saúde já negocia para aumentar esse número e, consequentemente, injetar ainda mais dinheiro na combalida ditadura comunista.

Sob qualquer ótica, o lucro líquido que Raúl Castro tem com a exploração da mão de obra barata enviada ao Brasil é portentoso. A quantia de 1,16 bilhão de reais equivale a quase um terço do total investido pelo governo brasileiro na ampliação, reforma e construção de hospitais, postos de saúde e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) em 2013.

Para Cuba, obviamente, o valor é ainda mais impactante, pois supera em cinco vezes toda a receita anual de exportações da ilha para o Brasil. Recentemente, a cubana Maritza Rivaflecha Castellano foi bastante direta ao avaliar a importância do dinheiro brasileiro para a sobrevivência do regime no site do jornal oficial Granma: “Os trabalhadores de saúde, na atual batalha econômica do nosso povo, exercem papel de protagonistas no aporte de numerosas entradas de recursos em nossa economia”.

Médicos são controlados e espionados

Maritza faz parte do grupo de 28 “coordenadores” que estão espalhados pelo Brasil e que, com um salário mensal de 25 000 reais, têm a função de controlar e espionar os médicos cubanos para evitar que eles fujam, engravidem ou violem qualquer outro item da cartilha de conduta recebida antes de partirem da ilha. Em outros períodos históricos, dava-se a quem exercia essa função o nome de “capataz”.

É de perguntar por que a Opas, uma entidade vinculada à Organização Mundial de Saúde (OMS), da ONU, se coaduna com essas relações de trabalho imorais, para dizer o mínimo.

(Arte: VEJA)

Há pelo menos duas explicações para isso. Primeiro, porque o quadro de altos funcionários da Opas é dominado por gente alinhada ideologicamente com Cuba ou diretamente indicada pelo regime castrista.

Esse é o caso do chefe da entidade no Brasil, o cubano Joaquín Molina, um dos arquitetos do programa Mais Médicos, junto com o ex-ministro Alexandre Padilha, hoje candidato ao governo do Estado de São Paulo pelo PT.

Segundo, porque a Opas, cuja gestão atual não é das mais competentes nem transparentes, fechou 2013 com um déficit de 2,6 bilhões de dólares e depende imensamente das contribuições regulares e das comissões por serviços prestados repassadas pelo Brasil.

Os tais “serviços” não se restringem à importação de médicos cubanos. A Opas também atua no Brasil intermediando a compra de medicamentos e a contratação de consultores de saúde. As parcerias com a entidade aumentaram muito no governo do PT. Na última década, os pagamentos do Brasil à Opas quase triplicaram – e isso sem contar os aportes feitos por causa do programa Mais Médicos.

Em 2004, o Tribunal de Contas da União descobriu que a comissão cobrada pela Opas variava de um contrato para outro com o governo. O TCU considerou essa falta de critério ilegal, e o governo baixou uma norma estabelecendo a fatia da Opas em 5% do valor dos projetos. No governo Dilma Rousseff, a Opas faturou 130 milhões de reais somente em comissões.

Em 2011, os ministros do TCU definiram como irregular a maneira como o Ministério da Saúde contrata funcionários por meio da Opas. “Os consultores, em sua grande parcela, não prestam serviços especializados. De forma geral, tais consultores desempenham as mesmas atividades que os servidores efetivos e os temporários”, afirma um documento da Controladoria-Geral da União (CGU) de julho do ano passado.

Em 2011, a CGU já havia pedido o fim dos contratos de consultoria com a Opas e classificou-os de ilegais. A maioria dos consultores nem sequer tinha pós-graduação e não apresentava as qualificações necessárias para os serviços contratados.

Os auditores da CGU também descobriram que 59 das 183 pessoas que davam expediente na Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde eram “consultores”. Ou seja, o governo estava usando a intermediação da Opas para burlar os mecanismos de mérito e de transparência na contratação de funcionários. Afinal, por ser um organismo internacional, a Opas não é obrigada a prestar contas de seus gastos ou justificar seus critérios de recrutamento.

Apesar das recomendações do TCU e da CGU, a prática de aparelhar os órgãos federais de saúde com funcionários que não prestaram concurso público nem tiveram o nome e o salário divulgados, como ocorre inclusive com os cargos comissionados, continua.

VEJA obteve, por meio da Lei de Acesso à Informação, a lista dos contratos firmados com a Opas. Somente em 2013 foram fechadas 1 229 parcerias de consultoria, a um custo de 68 milhões de reais. Os “consultores” da Opas têm rendimento mensal médio de 5 500 reais. Alguns chegam a receber 15 000 reais por mês.

O último relatório financeiro da Opas demonstra preocupação com a possibilidade de o programa Mais Médicos ser julgado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal. Afinal, assim como a ditadura cubana, a entidade ganha muito com a generosidade do governo brasileiro.

A filial de Cuba nos pampas

O governo federal não está sozinho no esforço de sustentar financeiramente a ditadura cubana. O governador petista Tarso Genro, do Rio Grande do Sul, também se mostra empenhado nisso. Ele pretende anunciar neste ano a construção, no estado, de cinco fábricas de insumos biológicos e de um laboratório farmacêutico em consórcio com a estatal cubana Labiofam.

CIÊNCIA TOSCA — Com técnicas de fundo de quintal, funcionário cubano extrai veneno do escorpião-azul (Foto: VEJA)
CIÊNCIA TOSCA — Com técnicas de fundo de quintal, funcionário cubano extrai veneno do escorpião-azul 
(Foto: VEJA)
O plano é produzir em escala industrial microrganismos que possam ser empregados na agricultura no lugar de defensivos agrícolas e fertilizantes químicos. Um desses produtos é o Nitrofix, que teria a função de fixar nitrogênio no solo. Não há nenhuma evidência de que ele funcione. Em Cuba, 1 hectare plantado de soja não produz mais que vinte sacas do grão. No Brasil, a média é de cinquenta sacas e, no Rio Grande do Sul, um produtor colheu no mês passado 108 sacas por hectare.

A Embrapa, uma das principais ilhas de excelência em pesquisa agropecuária do planeta, possui uma divisão de pesquisas dedicada à agrobiologia, mas o governo gaúcho preferiu se associar aos cubanos. As fábricas de insumos custarão 60 milhões de dólares para os contribuintes gaúchos.

Já o laboratório da Labiofam, a ser instalado na cidade de Santa Maria, deverá produzir um “remédio” a partir do veneno de um escorpião endêmico de Cuba, o alacrán. O Vidatox, como é chamado o produto, já foi apresentado pelo governo cubano como um milagroso medicamento contra vários tipos de câncer.

O pedido de liberação no Brasil já foi entregue à Anvisa. Não há, porém, um único artigo científico em revistas internacionais que avalie o produto. Na apresentação da Lei do Orçamento de 2014, Genro dá pistas dos motivos de sua benevolência com o regime comunista de Cuba. O texto denuncia a globalização, prevê uma possível transição para o socialismo (veja abaixo), defende o distanciamento do Brasil em relação aos Estados Unidos, ataca a “grande mídia” e enaltece o modelo chavista de governo.

Uma fábula de Esopo recontada por Marina Silva: “A Socialista e a Banqueira”


Tudo bem, gente! Só o Brasil tem jabuticaba, ué. Pororoca, como a nossa, também não há igual. Somos ainda a única democracia do mundo que não tem um partido conservador viável. E “única” quer dizer “única” mesmo — não há país pequeno ou grande que nos imite nisso. O Gigante Adormecido, afinal, ao acordar, haveria de dar ao mundo alguma singularidade. E há o risco de inovarmos num outro particular: eleger, pela terceira vez, um presidente — ou “presidenta”? — sem partido. Já houve Jânio Quadros (udenista apenas no papel; ou “a UDN de porre”) e Fernando Collor. E não cessamos de dar novas jabuticabas ao mundo. Dois títulos competem nos sites nesta manhã. Um deles: “Luiza Erundina vai coordenar campanha de Marina Silva”. O outro: “Marina acena ao mercado com lei para BC autônomo”. Erundina é a deputada do PSB que é, de fato, socialista. A autonomia do Banco Central está sendo garantida, em entrevista à Folha, por Maria Alice “Neca” Setubal, sócia do Itaú e “marineira” convicta.

Isso é “Terceira Via”? É uma fábula de Esopo: “A Socialista e a Banqueira”? É só um sintoma de, sei lá como chamar, desordem ideológica? Vai saber. Na entrevista concedida à Folha, Maria Alice fala claramente em nome de Marina. Se o segredo de aborrecer é dizer tudo, então digo. Não se devem conceder licenças exclusivas a políticos. Quando isso é feito, eles vão pegando balda e começam a perder a noção de limites. Aconteceu com Lula. Durante muito anos, só ele podia dizer e fazer certas barbaridades. Olhem no que deu.

Qualquer pessoa minimamente razoável é obrigada a fazer esta pergunta: “Que outro candidato no Brasil teria um banqueiro — ou sócio de um dos maiores bancos do país — concedendo uma entrevista em nome de uma presidenciável e assegurando a independência do Banco Central, matéria que, obviamente, é do interesse do setor financeiro?”. Observem: quando digo “ser do interesse”, não estou a demonizar este setor, a tratá-lo como larápio ou cúpido. Estou apenas deixando claro que falta a esse evento o necessário decoro. Falasse, então, a própria Marina a respeito. Houvesse alguém com esse perfil falando em lugar de Aécio ou Dilma, qualquer um deles seria massacrado pela imprensa. Mas Marina, sabem como é, anda acima das águas…

Maria Alice, a conselheira — e, segundo Walter Feldman, membro do grupo de “pensadores” de Marina — aponta vários problemas em Dilma. Entre eles, este: “O século 21 é o século do novo. Acho que a Dilma reproduz uma liderança masculina. A Dilma é aquela pessoa dura, que bate na mesa, que briga, que fala que ‘eu vou fazer, eu vou acontecer, eu sei’. Isso é, no estereótipo, do coronelismo brasileiro, do político tradicional que vai resolver tudo sozinho”. Tenho dificuldade de lidar com essas categorias; não sei o que isso quer dizer. Sei que Marina assumiu a candidatura, e o PSB está rachado. Pergunto a Neca se a mansidão não pode ser intolerante. Acho que pode.

A porta-voz informal de Marina diz coisas um tanto perigosas, como esta:
“Hoje, temos uma presidente cujo perfil é de gestão, pragmático, racional. Talvez o oposto da Marina. E o resultado que nós temos é bastante insatisfatório. Toda essa fala da Dilma gestora se desfez ao longo de quatro anos. O mercado visualizando as pessoas que estão ao lado dela vai ter muito mais segurança. Ela já tem vários economistas. Terá outras, mais operadoras.”

Destrincho. Em primeiro lugar, afirmar que Dilma tem perfil de gestão, pragmático e racional beira a sandice. O que ela fez no setor elétrico, por exemplo, se encaixa em uma dessas palavras? E os sucessivos desastres nos marcos para a privatização das estradas? Neca está errada: a presidente é uma péssima gestora; não é pragmática, mas ideológica, e está longe de ser um exemplo de racionalidade — e de racionalismo. Ocorre que Marina Silva não é diferente de sua adversária, embora divirjam na agenda. A fala sugere, santo Deus!, que a líder da Rede é ainda menos gestora, menos pragmática e menos racional.

Posso ir adiante: Neca, a sócia de um dos maiores bancos do país, parece achar que gestão, racionalidade e pragmatismo são maus conselheiros. Confio que não é isso o que pensa a direção do Itaú, de que sou correntista — aliás, prefiro que ela fique na Rede… Mas voltem à fala: a entrevista é uma espécie de “Carta ao Povo Brasileiro” de Marina, agora sem intermediários. Neca não esconde que o objetivo é mesmo acalmar os mercados.

Eu não tenho taras ideológicas, só convicções. Essa história de “independência do Banco Central” — ainda que os mercados festejem nesta sexta — não pode ser um fetiche. Houve, sim, erros na condução da política monetária no Brasil. Mas digamos que ela tivesse sido 100% correta, segundo os melhores manuais: a economia brasileira estaria muito melhor do que está hoje? Isso é piada! De resto, há alguns taradinhos que acham que um Banco Central só erra quando baixa a taxa de juros. Pois é… O nosso já errou elevando-a. E aconteceu durante a crise nos EUA, na gestão do festejado Henrique Meirelles.

Isso a que estão chamado “Terceira Via” é, por enquanto, sarapatel ideológico ancorado numa figura que exercita o que eu chamaria de messianismo pós-moderno. Em que ele consiste? Marina seria capaz de conciliar todas as contradições com a força de sua pureza.

“Pô, Reinaldo, pare com isso! Melhor a Marina do que a Dilma! Está na hora de tirar essa gente daí…” Como vocês sabem, por mim, essa gente nunca teria entrado. Mas nem tudo o que não é PT me serve. E me serve menos ainda algo que, sob certos aspectos, pode ser ainda pior. A irracionalidade do PT, vá lá, é deste mundo. Ademais, quanto mais insistirem em tratar Marina como um ser etéreo, mais eu me ocuparei de suas características terrenas.


A propósito: a entrevista de Neca para acalmar os mercados, creio, se insere numa estratégia pragmática e racional, não é mesmo? Ou a dita “independência do Banco Central” é uma ideia soprada pelo Espírito da Floresta?

O oportunista Suplicy e o 'desafio do balde de gelo'

Suplicy: desafio a Serra e Kassab
Suplicy: desafio a Serra e Kassab (Reprodução/VEJA)
O senador Eduardo Suplicy, que tenta a reeleição, é um político com apurado senso de oportunismo: já desfilou de sunga vermelha nos corredores do Congresso, cantou Racionais MC’s em plenário e assistiu a uma partida da seleção na Copa do Mundo na casa do black bloc adolescente retirado de uma manifestação pelo pai. Nestas eleições, dá novas mostras de seu pendor para o marketing pessoal. O petista decidiu aderir à campanha do desafio do balde de gelo. Em vídeo divulgado na internet, aproveita o tema da esclerose lateral amiotrófica (ELA) para discursar sobre projetos que apresentou no Senado. E desafia seus principais concorrentes na disputa deste ano – entre eles o ex-governador José Serra (PSDB) e o ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD) a participar da campanha.

O JOIO E O TRIGO

Por Aileda de Mattos Oliveira

Vejo de muito bom grado a cassação do título de Doutor Honoris Causa concedido ao Cel. Jarbas Passarinho, em 1973. De bom grado, sim, porque tal homenagem, nos dias atuais, está reservada às criaturas de curto pensar, de palavras grosseiras a proferir, de conduta de moleque a ostentar, de cara de pinguço a fotografar.

Como se transformou numa alegoria ao analfabetismo, esse título perdeu seu valor honorífico e já deve ter sido posto no lugar adequado pelo Coronel, desde que essa homenagem foi estendida a mais representativa nulidade gerada no Brasil.

Portanto, o Cel. Jarbas Passarinho deve render graças por terem reconhecido, mesmo tardiamente, a diferença que o separa, moral e culturalmente do conjunto que compõe este “democrático” governo da Dilma afásica. Do lado de lá, está o doutorhonoris causa representativo do joio, a erva daninha cheia de fungos que empesteia o País. Felizmente, o Coronel viu-se livre de tão ingrata companhia.

Deve agradecer e se regozijar com o ato do Conselho Universitário da Unicamp em revogar este insignificante título que nada mais vale, desde que o maior rebotalho já surgido no submundo político o arrebanhou às dúzias. Que fique essa ‘honra’ com os desonrados.

Entretanto, é necessária coerência entre esses senhores unicampistas. Se ostentam diplomas de mestres e de doutores deveriam entregá-los, pois só os conseguiram pelo ato do Presidente Emílio Garrastazu Médici de instituir o Mestrado e o Doutorado no Brasil, simultaneamente ao fomento e ao financiamento das pesquisas através da CAPES, do CNPq e da FINEP.

Como aceitar títulos de Cursos criados pela “ditadura militar”? Devolvam seus títulos de mestres e de doutores se forem realmente idólatras da ideologia que professam, ou confessem que são meros repetidores de chavões que lhes deixam bem com a situação, garantindo-lhes suas preciosas funções.

Sim, caro Conselho Universitário da Unicamp, foi Médici que fez o Brasil acadêmico crescer mais um pouco, ao contrário do Brasil lulo-cotista.




___________________
Aileda de Mattos Oliveira é Dr.ª em Língua Portuguesa e membro da Academia Brasileira de Defesa.

Os sem causa e sem honra!


Caros amigos

A “esquerda caviar”, em mais uma de suas atitudes ridículas e incoerentes, propõe a cassação do título de Doutor Honoris Causa concedido pela UNICAMP ao Coronel Jarbas Passarinho, em 1973!

Atitude digna de quem se afoga em mentiras e contradições e que não encontra argumentos decentes para dar continuidade a uma exasperada e inútil tentativa de demonizar os militares.

Considerando que os “predicados” do Sr Luiz Inácio Lula da Silva lhe proporcionaram vários desses títulos e se não fosse pela descortesia para com os integrantes do Conselho Universitário que, em 5 de agosto, mantiveram a outorga, era o caso de sugerir ao homenageado o envio do documento aos signatários do abaixo assinado para que fizessem com o “papel” a higiene do que sobra das “obras” que resultam do esforço de cada um para fazer algo que sirva, pelo menos, de adubo!

A alegação de que a manutenção da honraria, concedida há mais de 40 anos, “afronta todos os que prezam os direitos humanos, as liberdades democráticas e o pensamento crítico” não encontra guarida na lógica nem na realidade do que vivemos hoje quando os vemos diuturnamente ameaçados, agredidos e desrespeitados!

Dizer que a trajetória pública de Jarbas Passarinho é a negação de valores como o debate político, a produção cultural, a livre pesquisa científica e a defesa dos direitos humanos, é mais do que ultrajante, é deboche da inteligência, da cultura, do conhecimento e da verdade!

Ao insistirem em falar pejorativamente dos “legados da ditadura militar”, demonstram que, mesmo tendo os olhos na nuca, não enxergam o próprio rabo e, ao tentar denegrir a imagem de um homem com a cultura e a folha de relevantes serviços prestados à Nação como a do Coronel, Senador, Governador e Ministro Jarbas Passarinho, põem em cheque a sua honestidade de propósitos e os títulos de formação que ostentam!

Ao se abaixarem para assinar tamanha estultícia e antes de prosseguir na vereda da leviandade, deveriam pensar em devolver seus próprios títulos, já que a sua atitude e a sua argumentação demonstram que não possuem nem “honoris” e muito menos “causa” para ostentá-los!


CDH continua ciclo de debates sobre regulamentação da maconha


Em debate no início do mês, parte da plateia fez protesto 
contra proposta de legalização
A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) retoma, nesta segunda-feira (25), o debate sobre a regulamentação do uso recreativo, medicinal ou industrial da maconha. A audiência pública será realizada em caráter interativo, com a possibilidade de participação popular. Para participar da transmissão ao vivo enviando comentários, o cidadão pode acessar o Portal e-Cidadania ou ligar para o Alô Senado, no número 0800-612211.

Devem participar do debate Renato Malcher Lopes, neurocientista e professor adjunto do Departamento de Ciências Fisiológicas da Universidade de Brasília (UnB); Vladimir de Andrade Stempliuk, membro da Comissão de Direitos Humanos do Conselho Federal de Psicologia; a assessora do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC) Nara Santos; a diretora do Centro Brasileiro de Estudos da Saúde, Grazielle Custódio; e o coordenador nacional de saúde mental do Ministério da Saúde, Roberto Tykanori.

O tema entrou na pauta de discussões no Senado devido a uma sugestão popular enviada pelo e-Cidadania (SUG 8/2014). Pela sugestão em análise na CDH, seria considerado legal “o cultivo caseiro, o registro de clubes de cultivadores, o licenciamento de estabelecimentos de cultivo e de venda de maconha no atacado e no varejo e a regularização do uso medicinal”.

Agora, a comissão aguarda relatório do senador Cristovam Buarque (PDT-DF), para decidir se a sugestão vai virar projeto de lei.

Antes de opinar sobre a sugestão popular, Cristovam pediu a realização de uma série de debates. No primeiro, em junho, o secretário Nacional de Drogas do Uruguai, Julio Calzada, destacou o efeito positivo da legalização do comércio da droga sobre a criminalidade naquele país. Ele ressaltou que o Uruguai, que despenalizou o uso de drogas, registra evolução do consumo e de seus efeitos colaterais semelhante ao de países que mantêm a criminalização.

No segundo debate, o coronel Jorge da Silva, ex-chefe do Estado Maior da Polícia Militar do Rio de Janeiro, disse que os índices de violência demonstram que o atual modelo proibicionista não deu resultados positivos.

Nos dois debates, no entanto, houve várias manifestações de membros da audiência contrários à regulamentação. Eles destacaram, por exemplo, o risco de a maconha levar ao consumo de drogas consideradas mais nocivas.

Pesquisa DataSenado

Pesquisa do DataSenado, realizada nos dias 6 e 7 de junho, indicou apoio de apenas 9% dos entrevistados à legalização da maconha para qualquer fim. Já a permissão restrita ao uso medicinal da droga é defendida por 48%. A proibição total, como ocorre hoje, é apoiada por 42%.

A pesquisa foi feita com 1.106 pessoas de 16 anos ou mais, de todos os estados, e a margem de erro é de três pontos percentuais.


A pesquisa mostra que, para muitos dos entrevistados, o debate precisa ir além da ciência e abranger a questão moral e social. Muitos acreditam que flexibilizar a legislação pode estimular o vício, o que afetaria a segurança e a saúde pública.

STF decide apurar relação de Collor com doleiro Youssef

Por VEJA
Senador Fernando Collor (PTB) – “O Beto fez os depósitos para o ex-presidente Collor a pedido do Pedro Paulo Leoni Ramos (ex-auxiliar do senador e também envolvido com o doleiro). Ele guardava isso como um troféu”
Senador Fernando Collor (PTB) – “O Beto fez os depósitos para o ex-presidente Collor a pedido do Pedro 
Paulo Leoni Ramos (ex-auxiliar do senador e também envolvido com o doleiro). Ele guardava isso como 
um troféu” (Alan Marques/Folhapress)
Comprovantes indicam oito depósitos, que somam 50.000 reais, feitos pelo pivô da Lava Jato ao senador

O Supremo Tribunal Federal (STF) abriu inquérito para investigar a ligação entre o senador Fernando Collor (PTB-AL) e o doleiro Alberto Youssef, pivô do bilionário esquema de corrupção desarticulado pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Agentes encontraram no escritório do doleiro, durante ação de busca e apreensão, oito comprovantes de depósitos bancários em nome de Collor. Os depósitos, feitos no intervalo de três dias, em maio de 2013, somam 50.000 reais. Em entrevista a VEJA, a contadora de Youssef Meire Poza afirma que os depósitos foram feitos a pedido de Pedro Paulo Leoni Ramos (ex-auxiliar do senador e também envolvido com o doleiro).

A apuração, determinada pelo ministro Teori Zavascki, é aberta quatro meses depois de Collor ser absolvido no Supremo da última ação a que respondia em razão das acusações que levaram ao seu impeachment, em 1992. A Justiça Federal do Paraná foi o órgão que solicitou a abertura do inquérito. O questionamento foi remetido ao STF porque Collor, como senador, tem direito a foro privilegiado.

No dia 26 de maio, na tribuna do Senado, Collor negou ter qualquer relação com o doleiro. "Posso afirmar de modo categórico que não o conheço e jamais mantive com ele qualquer relacionamento pessoal ou político", afirmou. No pronunciamento de 18 minutos, ele não negou ter recebido os depósitos de Youssef, nem esclareceu os motivos da transferência.

SOBRE O HAMAS E ISRAEL


Ao promover uma invasão de terras, os membros do MST seguem rigorosamente as instruções fornecidas por seus líderes. Na hora do enfrentamento, as crianças vão na frente, formando um escudo humano para proteção dos marmanjos. Isso é algo a que estamos habituados a assistir aqui, bem perto dos nossos olhos.

Não pode nos surpreender, portanto, que o Hamas, na guerra que promove contra Israel desde a faixa de Gaza, utilize escolas e hospitais como bases para lançamento de seus foguetes para, depois, derramar lágrimas de crocodilo sobre imagens dos danos ali causados. É o Hamas que impõe seu totalitarismo religioso fanático sobre a pacífica população da faixa de Gaza e não Israel. É o Hamas que está se lixando para os males que afligem a população civil da região sobre a qual impõe sua insensível tirania.

Com muita razão aliás, o noticiário sobre o conflito observa uma grande desproporção entre as potencialidades bélicas de ambos os lados. Mas é muito difícil entender o tipo de justa proporção que se poderia esperar naquelas circunstâncias. Se o problema do conflito ali travado é a desproporcionalidade das forças combatentes e não a existência de um grupo terrorista islâmico agressor na fronteira de Israel, com o intuito explícito de o destruir, torna-se indispensável definir o que seria uma justa proporção aplicada ao caso.

Indago: para atender a esse clamor, Israel deveria abandonar o armamento que usa e passar a empregar mísseis de fabricação caseira? Seria isso o que se espera? Ou, quem sabe, Israel deveria adotar atitude passiva enquanto os radicais do Hamas despacham seus artefatos desde os telhados de Gaza? Existem extensas áreas despovoadas ou muito pouco povoadas em Gaza. Por que os terroristas do Hamas se abrigam exatamente nos setores urbanos mais densamente ocupados? E é israelense a responsabilidade pelos danos?




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Percival Puggina (69) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões, membro do grupo Pensar+.

Nova medição aponta que dados do aquecimento global foram falsificados

Por Luis Dufaur

As futuras gerações terão dificuldade em compreender o pânico irracional que se espalhou no fim do século XX sobre um ilusório aquecimento global, escreveu “The Telegraph”.

Uma das coisas de que mais rirão – para vergonha nossa – é a ausência de dados científicos objetivos que justifiquem esse temor.

Mas a consternação será geral quando virem que esses dados foram falseados por alguns dos mais influentes centros de pesquisa climática da época. O auge da recusa será para o gráfico das temperaturas da superfície planetária conhecido como “hockey stick”, endossado pelo IPCC e por múltiplos centros científicos infiltrados de militantes “verdes”.

Segundo o jornal britânico, o respeitadíssimo NOAA’s US Historical Climatology Network (USHCN) mostrou que o movimento aquecimentista veio “ajustando” os dados nos últimos anos para substituir as temperaturas reais por temperaturas “fabricadas” através de modelos computacionais.

A tarefa de adulteração consistiu em diminuir as temperaturas de décadas anteriores e exagerar as de décadas recentes para dar a impressão de que a Terra estava se aquecendo muito mais do que o previsto.

Quadro objetivo mostra oscilação normal da temperatura.
Quadro falsificado mostra brusca ascensão nas últimas décadas.
Agora, Steven Goddard publicou em seu blog Real Science quadros comparativos dos gráficos com as distorções e gráficos baseados somente em temperaturas registradas fisicamente.

Estes últimos apontam que os EUA estão esfriando desde os anos 30 do século XX, a década mais quente constante no registro.

O gráfico criado com dados “fabricados” aponta exatamente para o contrário, isto é, a tese alarmista de que os EUA foram se aquecendo numa média de mais de 3º centígrados por século.

É o tristemente célebre gráfico “hockey stick” (“taco de hóquei”, por causa de sua forma), um das peças chaves no escândalo do Climategate.

O escândalo estourou quando foi exposto à luz do dia uma combinação entre cientistas ideologicamente comprometidos que pretendiam provar que o mundo começou a esquentar subitamente por culpa do homem.

Com esse intuito, eles deturparam dados científicos de alto valor, abusando de seu renome e de seus cargos, em favor de uma utopia neocomunista contrária à civilização ocidental.