Por Percival Puggina
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sexta-feira, 22 de agosto de 2014
Inconstitucionalidade do Estatuto do Desarmamento
Não deixem de assistir a magistral aula dada pelo Prof.
Adilson Abreu Dallari, da PUC/SP, sobre o porquê é inconstitucional o Estatuto
do Desarmamento. No dia 12 de agosto, a convite do IPCO - Instituto Plinio
Corrêa de Oliveira - juntamente com o Coronel Paes de Lira participaram de um
painel sobre os dez anos do malfadado Estatuto do Desarmamento.
Os bandidos andam cada vez mais criativos (e tecnológicos): agora usam drones para entregar celulares em presídios
Por
Ricardo Setti – VEJA
Vejam
o drone - esse objeto em “X”, com quatro hélices brancas e corpo preto – e os
objetos que bandidos
pretendiam contrabandear para dentro da prisão: 18
celulares, carregadores e fones de ouvido
(Foto: Secretaria da Administração
Penitenciária de SP)
|
Os
criminosos estão cada vez mais criativos, a o contrabando para dentro das
cadeias nunca foi tão tecnológico. Para transportar objetos proibidos para
dentro de presídios, tudo vale: na madrugada de ontem, um drone — pequena
aeronave sem piloto – tentou entrar na Penitenciária II de Guarulhos, na Grande
São Paulo, carregando celulares e outros itens.
Agentes
da Guarulhos II suspeitaram de dois carros parados em frente a um dos pavilhões
e acionaram a Polícia Federal. Policiais então deram voz de prisão a três
pessoas que levavam um drone abastecido com dezoito celulares, nove
carregadores e quatro fones de ouvido.
Luiz Erundina achava que Marina Silva desorganiza e deseduca a política. E agora?
O
PSB informou na noite desta quinta-feira (21) que a ex-prefeita de São Paulo
Luiza Erundina será a coordenadora-geral da campanha de Marina Silva à
Presidência da República. Erundina assume a vaga no lugar de Carlos Siqueira, então
coordenador da campanha de Eduardo Campos, que deixou o cargo após divergências
com a nova candidata do partido à Presidência.
Conforme
explicou a assessoria do PSB, Erundina atuará em conjunto com o deputado
licenciado Walter Feldman (SP), homem de confiança de Marina e que articulou a
criação da Rede Sustentabilidade e será o coordenador-geral adjunto da
campanha.
Agora
vejam esse curto depoimento feito ao jornalista Kennedy Alencar:
Como fica? Quer dizer que há pouco tempo Erundina achava que essa coisa de Rede, de pairar acima dos partidos, era ruim, desorganizava e deseducava a política, e agora vai coordenar a campanha… da Rede disfarçada de PSB?
Notem,
ainda, que Erundina acredita que o socialismo é o futuro, e ainda por cima para
fortalecer a democracia. Não! O socialismo é o passado, e jamais combinou com a
democracia. Qual experiência socialista foi democrática? Nenhuma. Cuba? China?
Coreia do Norte? União Soviética?
Campanha eleitoral: Dilma vem de avião presidencial ao RS, usa segurança, carro, hotel, tudo pago pelos contribuintes
Por
Políbio Braga
A
presidente Dilma Roussef (PT) chegou nesta quinta-feira a noite ao Rio Grande
do Sul, onde cumprirá compromissos de campanha nos próximos dias. Ela
desembarcou na base aérea de Canoas e de lá foi de helicóptero até em casa, na
zona Sul de Porto Alegre. Dilma usará esta sexta-feira para gravar programas
eleitorais de TV, usando tomadas na Rodovia do Parque e no Pólo de Rio Grande.
.
Dilma está usando avião presidencial e despesas pagas pelos contribuintes para
fazer campanha eleitoral. O PT disse que vai pagar as despesas, como já deveria
estar pagando, mas não há transparência sobre isto.
.
Esta noite, 19h, fará comício no estacionamento do Gigantinho, junto com Tarso.
Lula não confirmou presença.
.
No sábado, a partir das 9h, a candidata à reeleição participa do Encontro com
Prefeitos, Vice-prefeitos e Vereadores do Rio Grande do Sul. O evento acontece
no Hotel Plaza São Rafael.
RADIOGRAFIA DE UMA FRAUDE: O retrato sem retoques da guerrilheira que registra na ficha policial mais codinomes que tiroteios
O farto material publicado nesta coluna sobre Dilma Rousseff
inclui quatro posts que compuseram, em novembro de 2009, a Radiografia de uma
Fraude. O primeiro contempla a guerrilheira de araque, cujo prontuário exibe
mais codinomes que tiroteios. O segundo trata da secretária do governo gaúcho
que renegou Leonel Brizola para garantir o emprego. O terceiro exibe a ministra
que subiu na vida porque o presidente eleito Lula consultou o futuro presidente
Lula. O quarto e último descreve o país em que finge viver a candidata que Lula
inventou. Tem até trem-bala.
Como a farsa ameaça estender-se por mais quatro anos, é hora
de reapresentar a trajetória da nulidade que governa o Brasil, reproduzindo na
seção Vale Reprise os textos publicados há quase cinco anos. O conteúdo do
primeiro post está resumido no título: “O histórico da guerrilheira tem mais codinomes que tiroteios”. Poucos parágrafos bastam para mostrar que, somadas,
as ações revolucionárias em que se meteu a jovem doutora em luta armada foram
menos assustadoras que um foguetório de festa junina.
A biografia oficial da presidente festeja a valente mineira
que enfrentou a bala a tirania dos quartéis. Conversa de 171, corrige a
exumação dos fatos. Entre o mergulho na clandestinidade e o dia em que foi
presa, Dilma sonhou com a troca da ditadura militar pela ditadura comunista,
trocou de marido (uma vez), trocou de organização (duas) e trocou de codinome
(várias). Mas a ficha policial não registra uma única e escassa troca de chumbo
com tropas inimigas.
Em 2005, quando foi despejado da Casa Civil, o mensaleiro
que saía saudou a “camarada de armas” que chegava. A dupla talvez não saiba
exatamente a diferença entre gatilho e culatra. O guerrilheiro de festim
combateu a ditadura entrincheirado no balcão do Magazine do Homem, em Cruzeiro
do Oeste, interior do Paraná. Depois de libertada, Dilma seguiu lutando como
comerciante em Porto Alegre. A loja de artigos masculinos resistiu a Dirceu. A
lojinha 1,99 não sobreviveu à gerente.
Cinismo de uma incapaz
Por Marcela Balbino - Folha de S.Paulo
A presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT,
e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva percorreram, nesta quinta-feira (21),
o sertão de Pernambuco para vistoriar obras da transposição do rio São
Francisco. Eles passaram por Cabrobó e Floresta, cidades cortadas pelo projeto,
para gravar imagens para a propaganda eleitoral.
Em entrevista à imprensa, Dilma rebateu críticas sobre o
atraso na entrega do projeto dizendo que 'só não atrasa obra quem não faz'.
'Aqueles que nunca fizeram obra no Brasil, que nunca
deixaram obras atrasadas, são aqueles que nunca planejaram', afirmou a
candidata.
O ex-presidente Lula não conversou com os jornalistas.
Dilma atribuiu o atraso à complexidade do projeto. 'Acho que
uma parte [do atraso] significou a chamada curva de aprendizagem. A segunda
parte é a complexidade da obra. [Ela] é maior do que se supõe, principalmente
quando você considera que não é pura e simples abertura de canais, mas é
estação de bombeamento', afirmou a presidente. Com a alteração da agenda, a
viagem se resumiu à visita da presidente às obras da transposição. Dilma e Lula
almoçaram em Floresta com os operários do empreendimento.
Fonte: A Direita Brasileira Em Ação
QUESTÕES SENSÍVEIS
Por Percival Puggina
Em época de campanha eleitoral todos fogem das chamadas
questões sensíveis. O repórter que fizer uma dessas perguntas vai perder o
amigo. É como se não fosse de bom tom formular tais questões. No entanto, são
elas que possibilitam ao eleitor formar um perfil dos políticos que postulam
seu voto.
Habitualmente, e
quase sem exceção conhecida, os candidatos se escondem desses temas discursando
sobre o que são favoráveis. Políticos adoram falar sobre o que gostam, aprovam,
respeitam, querem ver protegido. E nisso, muito provavelmente, todos estarão de
acordo: gostam do povo, de pegar criancinhas no colo, se interessam em promover
os mais necessitados, querem que haja emprego e moradia para todos. Querem
educação de qualidade e um serviço de saúde padrão Fifa. Ou seja: todos sonham
com o paraíso aqui mesmo e o prometem disponível logo ali, em janeiro do ano
que vem.
Mas isso e nada são a
mesma coisa. Numa sociedade de massa, num país onde mais de 100 milhões de
eleitores irão expressar suas escolhas, a imprensa cumpre papel importantíssimo
no esclarecimento e na formação das decisões de voto. Disse alguém, com pelo
menos boa dose de razão, que o jornalismo ou é investigativo ou não é
jornalismo. Outro alguém disse que se o jornalismo não desagrada governantes
não é jornalismo. E digo eu algo que também já foi dito: se o jornalismo
político não pressiona os candidatos para extrair deles o que eles não querem
dizer, presta à democracia um serviço inaproveitável.
As perguntas mais
necessárias são as mais indigestas. O senhor é a favor ou contra o aborto? Qual
sua opinião sobre a redução da maioridade penal? O senhor concorda com nosso
sistema de progressão de regime aos condenados? Qual sua opinião sobre invasão
de propriedades privadas ou públicas? Como o senhor reagiria em situações de
tumulto associado com vandalismo ou terrorismo? O que pensa sobre posse e porte
de armas? Qual deve ser o limite da tolerância? Como esse limite funciona em
relação a grupos intolerantes? As leis de cotas raciais são convenientes ou
inconvenientes ao país? O senhor é a favor ou contra a adoção da meritocracia
no serviço público? Como se combina meritocracia com leis de cotas raciais?
Qual sua opinião sobre o sistema tributário nacional? O Brasil é, de fato uma
Federação que respeita a autonomia dos Estados e municípios? Convém ao país a
presença de militantes partidários em posições de confiança nos órgãos da
administração pública e nas empresas estatais? Parece-lhe razoável que o
partido governante, seja qual for, influencie ideologicamente as relações
internacionais do Brasil? O Itamaraty é lugar de partido político? Como a
questão dos direitos humanos deve influenciar as relações externas do Brasil?
Qual sua opinião sobre as atuais demarcações de reservas indígenas e de áreas
para quilombolas? Parece-lhe bom ao país e à sociedade que as chefias do
Estado, do governo e da administração sejam confiadas à mesma pessoa?
Essa lista é pequena fração da que efetivamente, ao longo
dos próximos 45 dias, deveria ser respondida por todos os candidatos, de modo
especial, pelos candidatos aos cargos de presidente da República e de membros
do Congresso Nacional. Infelizmente, só ouviremos o que não interessa saber e
nada saberemos daquilo que realmente importa para o exercício correto de nosso
dever cívico.
Réu da Lava Jato liga tesoureiro do PT a grupo de Youssef
Por VEJA
João
Vaccari teria feito contato entre fundos de pensão e o doleiro preso como pivô
do esquema
João
Vaccari Neto, bancário, tesoureiro do PT, ex-presidente da Bancoop, em 2010
(Sergio Dutti/AE/VEJA)
|
Num
depoimento prestado à Polícia Federal, um dos integrantes do esquema
investigado na Operação Lava Jato afirmou que o secretário nacional de finanças
do PT, João Vaccari Neto, era um dos contatos de fundos de pensão com a CSA
Project Finance Consultoria e Intermediação de Negócios Empresariais, empresa
que o doleiro Alberto Youssef usou para lavar 1,16 milhão de reais do mensalão,
segundo a PF. Vaccari é tesoureiro do partido desde 2010 e considerado um dos homens
mais próximos ao ex-presidente Lula e articulador do ministro das Relações
Institucionais, Ricardo Berzoini. Relatório da PF já apontava que o tesoureiro
procurou o doleiro na sede de uma das empresas usadas por Youssef,
"João
Vaccari esteve várias vezes na sede da CSA, possivelmente a fim de tratar de
operações com fundos de pensão com Cláudio Mente", relatou o advogado
Carlos Alberto Pereira da Costa, apontado como laranja de Youssef e do
ex-deputado federal José Janene (morto em 2010). Preso desde março pela Lava
Jato, ex-sócio da CSA Project, situada em São Paulo, decidiu colaborar
espontaneamente com as investigações em troca de eventual benefício judicial.
Ele
é réu em duas ações penais, uma sobre remessas fraudulentas do laboratório
Labogen para o exterior, outra de lavagem de dinheiro de Janene por
investimentos em uma empresa paranaense. Carlos Alberto foi ouvido no dia 15 na
Superintendência Regional da PF no Paraná. A PF, em outro documento, diz haver
indício de que Vaccari estaria intermediando negócios de fundos de pensão com a
CSA e uma outra empresa ligada ao doleiro, a GFD Investimentos.
Vaccari
é réu em ação criminal sobre suposto desvio de 70 milhões de reais da
Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop). O Ministério Público o
denunciou por formação de quadrilha, estelionato e lavagem de dinheiro.
Propina
- O colaborador disse que dirigentes da Petros, fundo de pensão da Petrobras,
receberam propina para que o fundo fizesse um investimento de interesse do
grupo de Youssef, acusado de chefiar esquema bilionário de lavagem de dinheiro.
Segundo
ele, o ex-gerente de Novos Negócios da Petros Humberto Pires Grault foi um dos
beneficiários de 500.000 reais, que teriam sido pagos como "comissão"
para que o fundo de pensão adquirisse, entre 2005 e 2006, uma cédula de crédito
bancário de 13 milhões de reais. Grault é ligado ao PT, partido que o teria
indicado ao cargo. A CSA Project, segundo disse, foi responsável pelo contrato
com a Petros. A cédula adquirida pelo fundo de pensão referia-se a créditos que
a Indústria Metais do Vale (IMV) teria a receber de outra empresa, a
Siderúrgica de Barra Mansa (SBM), por um projeto de ferro-gusa.
Carlos
Alberto disse que um saque de 500 mil da IMV foi usado para fazer pagamentos em
espécie aos que participaram do negócio. Além de Grault, teriam recebido parte
desse dinheiro Cláudio Mente, da CSA, além de funcionários da Petros. Ele
contou ter sido informado por Mente que, no fundo de pensão, "seriam
beneficiados Humberto Grault e o diretor que estaria acima dele na estrutura da
empresa". Disse que não se recorda do nome do outro suposto beneficiário.
Carlos
Alberto relata várias operações supostamente ilícitas de empreiteiras com o
doleiro Youssef, entre elas contratos sem prestação de serviços. "Em 2012
ou 2013 viajaram a Hong Kong Matheus de Oliveira, Leonardo Meirelles e João
Procópio a fim de resolver problemas ligados a abertura de contas; recorda-se
de terem sido feito contratos entre a GFD e as empresas Mendes Junior, Sanko e
Engevix, também visando transferências financeiras, sem qualquer prestação de
serviços."
Apartamento
- O advogado contou ainda ter sido informado de que Youssef se apropriou de
recursos de Janene no exterior. Relatou que o ex-diretor de Abastecimento da
Petrobras Paulo Roberto Costa também preso pela Lava Jato, era recebido por Janene
"em seu apartamento".
Segundo
ele, Adarico Negromonte, irmão do ex-ministro das Cidades Mário Negromonte,
atuava como um dos agentes que faziam transporte de dinheiro para operações do
doleiro no exterior. "Em determinada oportunidade os dois foram para o
Peru levar dinheiro em espécie", afirmou.
Mulher ganha prótese dentária antes de gravar com Dilma
Por Maquiavel - VEJA
Dilma
e Lula em Batatinha: presente a Dona Nalvinha (Bruno Cabroeira/Futura Press)
|
Em
agenda no Nordeste nesta quinta-feira, a presidente-candidata Dilma Rousseff
visitou obras da transposição do rio São Francisco, em Pernambuco, e também a
cidade de Paulo Afonso, na Bahia. No sertão baiano, gravou imagens para sua
campanha na casa de Dona Nalvinha, moradora da Comunidade Batatinha e
beneficiária do programa federal Água para Todos. Reportagem do jornal Folha de
S. Paulo informa nesta sexta-feira que, antes de receber a presidente,
Nalvinha, ou Marinalva Gomes Filha, de 46 anos, foi contemplada com uma prótese
dentária. “Tudo o que tenho aqui foi a Dilma que me deu”, afirmou a baiana ao
jornal – inclusive, a prótese dentária, segundo ela.
Para
sorrir na propaganda presidencial, Nalvinha recebeu dois dentes da frente. E
não só isso: sua casa ganhou duas cisternas e o fogão a lenha foi ampliado,
segundo o jornal. As reformas na residência são fruto de um programa firmado
pelos governos federal e da Bahia com uma ONG local. Na Comunidade Batatinha,
só Dona Nalvinha foi contemplada com os benefícios até agora. Pouco depois de o
jornal questionar a campanha petista sobre a prótese de Nalvinha, a moradora
mudou sua versão: afirmou ter sido chamada por um dentista da prefeitura.
Segundo disse à Folha, ela ouviu do profissional que colocaria os dentes
"para receber a presidente Dilma".
Ministra do STJ vota a favor de Ustra
Por
Roldão Arruda
Em
julgamento de recurso do coronel Ustra, relatora observou que Lei da Anistia
pacificou o País e permitiu à sociedade olhar para o futuro.
O
Superior Tribunal de Justiça (STJ) iniciou nesta quinta-feira, 21, o julgamento
do recurso especial do coronel da reserva Carlos Alberto Brilhante Ustra contra
decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo, que o reconheceu como responsável
por torturas contra presos políticos nos anos da ditadura. Ao apresentar seu
voto na abertura da sessão, a ministra Nancy Andrighi, relatora do processo,
defendeu o pedido do coronel e a extinção da ação.
De
acordo com a ministra, a ação declaratória contra o militar não tem
procedência. Nancy lembrou que ele também foi beneficiado pela Lei da Anistia
de 1979. Destacou passagens da lei e afirmou que seu objetivo principal foi a
pacificação nacional após o fim da ditadura.
De
acordo com informações publicadas no site Migalhas, especializado em questões
jurídicas, a ministra disse que a lei foi “um passo importante e necessário
para romper definitivamente com aquele triste passado, para reescrever a
história pensando no futuro”.
O
caso está sendo julgado pela 3.ª Turma do STJ, que conta atualmente com quatro
ministros. Ao comentar o voto da relatora, o defensor do coronel, advogado Paulo
Esteves, disse que ela seguiu o que determinam as leis do País. “Prevaleceram a
Constituição e a Lei da Anistia”, afirmou.
Ustra
comandou o Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de
Defesa Interna (DOI-Codi), do 2.º Exército, entre setembro de 1970 e janeiro de
1974. Segundo a Comissão Nacional da Verdade, aquele foi um dos principais
centros de tortura de presos políticos no período da ditadura.
Em
2008, os ex-presos políticos César Augusto Teles, Maria Amélia Teles e Criméia
Alice Schmidt de Almeida, que foram torturados nas dependências daquela
instituição militar, recorreram à Justiça para obter uma declaração legal
apontando o coronel como responsável pelas violências. Queriam o
estabelecimento de uma relação de responsabilidade civil entre os fatos
relatados por eles e o militar.
O
caso chegou ao Tribunal de Justiça de São Paulo em 2012. Saiu dali a primeira
decisão judicial de segunda instância, desde o fim da ditadura, em 1985, que
declarou oficialmente que um agente do Estado foi responsável por torturas.
Segundo os desembargadores paulistas, o coronel Ustra não cumpriu sua obrigação
legal de preservar a integridade física e moral de pessoas mantidas sob a
custódia do Estado.
A
ação cível, sem pedido de indenização, prisão ou suspensão de aposentadoria,
foi a brecha legal encontrada pelas vítimas de torturas para atingir o coronel.
Em todas as tentativas anteriores de responsabilizá-lo por violações de
direitos humanos, seus advogados já haviam recorrido à Lei da Anistia, com
sucesso.
A
decisão da ministra Nancy não constitui uma novidade no cenário jurídico. De
maneira geral, as cortes superiores têm defendido que todos os agentes públicos
acusados de violações de direitos humanos foram beneficiados pela Lei da
Anistia.
Pesa
no comportamento das cortes a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que,
ao julgar um questionamento feito pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB),
sobre o alcance da lei, afirmou que beneficiou também os agentes públicos.
Segundo o advogado Joelson Dias, que defende os ex-presos, a decisão do STF não
é definitiva e o julgamento no STJ tende a ser favorável à familia Telles.
Fonte:
A Verdade Sufocada
STJ iniciou o julgamento do recurso do coronel Ustra conta decisão do TJ/SP
Por
Portal Terra
O
Superior Tribunal de Justiça (STJ) começou nesta quinta-feira a julgar o
recurso do coronel da reserva do Exército Carlos Alberto Brilhante Ustra contra
decisão da Justiça de São Paulo que o declarou como torturador por crimes no
período da ditadura entre 1970 e 1974.
Dois
dos quatros ministros que integram a Terceira Turma entenderam que é possível
exigir reparação do Estado em qualquer momento, no entanto, a Lei da Anistia
(6.683/1979) impede qualquer punição aos militares. Após os votos da ministra
Nancy Andrighi e do ministro João Otávio de Noronha, um pedido de vista do
ministro Paulo de Tarso Sanseverino interrompeu o julgamento. Não há data
prevista para a retomada.
Em
2012, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) manteve decisão da primeira
instância, proferida em 2008, que responsabiliza o militar pelas torturas
cometidas no Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de
Defesa Interna (DOI-Codi).
A
ação foi proposta por Maria Amélia Teles, o marido César Augusto Teles e a irmã
Crimeia de Almeida. Eles foram presos em 1972 e torturados no DOI-Codi.
Fonte: A Verdade Sufocada
_______________
Observação
do site A Verdade Sufocada
A
publicação acima se refere, unicamente,
ao cel Ustra, entretanto, o Portal Terra, na
mesma matéria, publica em Saiba Mais três assuntos, dando a entender que
os mesmos se referem ao cel Ustra, o que é absolutamente falso.
1
- Saiba Mais:
2
- Veja agora como o Cel Ustra nada tem a ver com estes três assuntos:
A - Restos mortais de Rubens Paiva foram
jogados ao mar, conta coronel
Às
vésperas do Ministério Público Federal (MPF) denunciar os agentes do regime envolvidos
na morte do ex-deputado Rubens Paiva, ocorrida entre os dias 20 e 22 de janeiro
de 1971, um coronel reformado, de 76 anos, afasta as dúvidas que restavam
acerca do destino do ex-deputado. "Ele saiu para o mar", garantiu o
oficial em entrevista ao jornal O Globo. Segundo ele, recebeu a missão ao
baixar à Seção de Operações do Centro de Informações do Exército (CIE),
acostumado, como ele diz, a "consertar cagadas" de militares de
outros órgãos da repressão. A ordem de dar um fim definitivo a um corpo enterrado
dois anos antes nas areias do Recreio dos Bandeirantes veio do "gabinete
do ministro", em 1973. "Pelo estado do corpo, não posso dizer de quem
era, nem cabia a mim identificá-lo. Mas o nome que ouvi foi o de Rubens
Paiva", recorda-se.
O
coronel contou que montou uma equipe de 15 homens, disfarçados de turistas, e
passou 15 dias abrindo buracos na praia — as escavações eram feitas dentro de
uma barraca — até encontrar o corpo ensacado. "De lá, ele (o corpo) seguiu
de caminhão até o Iate Clube do Rio, foi embarcado numa lancha e lançado no
mar. Estudamos o movimento das correntes marinhas e sabíamos o momento certo em
que ela ia para o oceano", disse.
B - Coronel desmente versão oficial sobre
desaparecimento de Rubens Paiva
O
general reformado do Exército Raimundo Ronaldo Campos apontou em depoimentos à
Comissão da Verdade do Rio de Janeiro, no final de 2013, que o Exército montou
uma farsa sobre o desparecimento do ex-deputado Rubens Beirodt Paiva, que sumiu
no dia 20 de janeiro de 1971, depois de ser levado para a carceragem do
Destacamento de Operações de Informações do 1º Exército (DOI-I), no Rio de
Janeiro. As informações são do Jornal Nacional.
À
época, o Exército afirmou que Paiva foi resgatado por seus companheiros quando
era transportado por agentes do DOI no Alto da Boa Vista
C
- Coronel do regime militar diz que morreu 'o quanto foi necessário'
Foi
só quando o carro embicou no pátio do Arquivo Nacional, no Centro do Rio, e o
corre-corre da imprensa se amontoando ao seu redor começou -
"Chegou!" - que as dúvidas sobre se o coronel reformado Paulo Malhães
de fato apareceria se dissiparam.
Aos
76 anos, Malhães foi carregado do carro para a cadeira de rodas que havia
solicitado para comparecer à audiência pública da Comissão Nacional da Verdade
(CNV), cercado de fotógrafos e cinegrafistas.
O
ex-agente do Centro de Informações do Exército (CIE) chegou acompanhado da
esposa, vestindo um terno bege e um óculos escuros de aro dourado - que fez um
repórter ao meu lado comentar que parecia o ex-ditador líbio Muanmar Khadafi.
Outra
repórter arriscou puxar uma entrevista - "Você não se arrepende?" -
gritou, mas a cadeira de rodas era empurrada às pressas para a sala de
depoimento, que seria fechada à imprensa. Malhães nem olhou para trás.
Fonte:
A Verdade Sufocada
PF cumpre sexta fase da Operação Lava Jato no Rio
Por Agência Brasil
Polícia
Federal dá continuidade à Operação Lava Jato
Arquivo/Agência Brasil
|
A
Polícia Federal (PF) cumpre hoje (22) 11 mandados de busca e apreensão e um
mandado de condução coercitiva em continuidade à Operação Lava Jato, deflagrada
no dia 17 de março deste ano. A ação faz parte da sexta fase da operação.
Todos
os mandados estão sendo cumpridos no Rio de Janeiro. As medidas foram
requeridas à 13ª Vara Federal de Curitiba pelos integrantes da força-tarefa do
Ministério Público Federal, em conjunto com a PF. O mandado de condução
coercitiva é para que a pessoa seja ouvida em depoimento, mas não presa. Depois
de ser ouvida, ela é liberada imediatamente.
A
Operação Lava Jato tem por objetivo desarticular organizações criminosas
envolvidas em esquema de lavagem de dinheiro suspeito de movimentar R$ 10
bilhões em diversos estados. O principal envolvido é o doleiro paranaense
Alberto Youssef, mas depois outros nomes foram surgindo, como o do ex-diretor
de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. Ele é considerado
suspeito de receber propina de Youssef para facilitar negócios na estatal.
De
acordo com a Polícia Federal, o ex-diretor da Petrobras cumpre prisão
preventiva desde 11 de junho em presídio do Paraná, expedida para prevenir o
risco de fuga.