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Inconstitucionalidade do Estatuto do Desarmamento



Não deixem de assistir a magistral aula dada pelo Prof. Adilson Abreu Dallari, da PUC/SP, sobre o porquê é inconstitucional o Estatuto do Desarmamento. No dia 12 de agosto, a convite do IPCO - Instituto Plinio Corrêa de Oliveira - juntamente com o Coronel Paes de Lira participaram de um painel sobre os dez anos do malfadado Estatuto do Desarmamento.

Os bandidos andam cada vez mais criativos (e tecnológicos): agora usam drones para entregar celulares em presídios

Por Ricardo Setti  – VEJA
(Foto: Secretaria da Administração Penitenciária)
Vejam o drone - esse objeto em “X”, com quatro hélices brancas e corpo preto – e os objetos que bandidos 
pretendiam contrabandear para dentro da prisão: 18 celulares, carregadores e fones de ouvido 
(Foto: Secretaria da Administração Penitenciária de SP)
Os criminosos estão cada vez mais criativos, a o contrabando para dentro das cadeias nunca foi tão tecnológico. Para transportar objetos proibidos para dentro de presídios, tudo vale: na madrugada de ontem, um drone — pequena aeronave sem piloto – tentou entrar na Penitenciária II de Guarulhos, na Grande São Paulo, carregando celulares e outros itens.

Agentes da Guarulhos II suspeitaram de dois carros parados em frente a um dos pavilhões e acionaram a Polícia Federal. Policiais então deram voz de prisão a três pessoas que levavam um drone abastecido com dezoito celulares, nove carregadores e quatro fones de ouvido.

Os serviços de informação da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo já haviam detectado planos para a entrada dos equipamentos desde terça-feira. Os responsáveis pela Guarulhos II, então, articularam um plano em conjunto com a PF.

Luiz Erundina achava que Marina Silva desorganiza e deseduca a política. E agora?


O PSB informou na noite desta quinta-feira (21) que a ex-prefeita de São Paulo Luiza Erundina será a coordenadora-geral da campanha de Marina Silva à Presidência da República. Erundina assume a vaga  no lugar de Carlos Siqueira, então coordenador da campanha de Eduardo Campos, que deixou o cargo após divergências com a nova candidata do partido à Presidência.

Conforme explicou a assessoria do PSB, Erundina atuará em conjunto com o deputado licenciado Walter Feldman (SP), homem de confiança de Marina e que articulou a criação da Rede Sustentabilidade e será o coordenador-geral adjunto da campanha.

Agora vejam esse curto depoimento feito ao jornalista Kennedy Alencar:


Como fica? Quer dizer que há pouco tempo Erundina achava que essa coisa de Rede, de pairar acima dos partidos, era ruim, desorganizava e deseducava a política, e agora vai coordenar a campanha… da Rede disfarçada de PSB?

Notem, ainda, que Erundina acredita que o socialismo é o futuro, e ainda por cima para fortalecer a democracia. Não! O socialismo é o passado, e jamais combinou com a democracia. Qual experiência socialista foi democrática? Nenhuma. Cuba? China? Coreia do Norte? União Soviética?

Será que queremos Erundina de volta ao poder, desta vez nacional?

Campanha eleitoral: Dilma vem de avião presidencial ao RS, usa segurança, carro, hotel, tudo pago pelos contribuintes


A presidente Dilma Roussef (PT) chegou nesta quinta-feira a noite ao Rio Grande do Sul, onde cumprirá compromissos de campanha nos próximos dias. Ela desembarcou na base aérea de Canoas e de lá foi de helicóptero até em casa, na zona Sul de Porto Alegre. Dilma usará esta sexta-feira para gravar programas eleitorais de TV, usando tomadas na Rodovia do Parque e no Pólo de Rio Grande.

. Dilma está usando avião presidencial e despesas pagas pelos contribuintes para fazer campanha eleitoral. O PT disse que vai pagar as despesas, como já deveria estar pagando, mas não há transparência sobre isto.

. Esta noite, 19h, fará comício no estacionamento do Gigantinho, junto com Tarso. Lula não confirmou presença.

. No sábado, a partir das 9h, a candidata à reeleição participa do Encontro com Prefeitos, Vice-prefeitos e Vereadores do Rio Grande do Sul. O evento acontece no  Hotel Plaza São Rafael.

RADIOGRAFIA DE UMA FRAUDE: O retrato sem retoques da guerrilheira que registra na ficha policial mais codinomes que tiroteios


O farto material publicado nesta coluna sobre Dilma Rousseff inclui quatro posts que compuseram, em novembro de 2009, a Radiografia de uma Fraude. O primeiro contempla a guerrilheira de araque, cujo prontuário exibe mais codinomes que tiroteios. O segundo trata da secretária do governo gaúcho que renegou Leonel Brizola para garantir o emprego. O terceiro exibe a ministra que subiu na vida porque o presidente eleito Lula consultou o futuro presidente Lula. O quarto e último descreve o país em que finge viver a candidata que Lula inventou. Tem até trem-bala.

Como a farsa ameaça estender-se por mais quatro anos, é hora de reapresentar a trajetória da nulidade que governa o Brasil, reproduzindo na seção Vale Reprise os textos publicados há quase cinco anos. O conteúdo do primeiro post está resumido no título: “O histórico da guerrilheira tem mais codinomes que tiroteios”. Poucos parágrafos bastam para mostrar que, somadas, as ações revolucionárias em que se meteu a jovem doutora em luta armada foram menos assustadoras que um foguetório de festa junina.

A biografia oficial da presidente festeja a valente mineira que enfrentou a bala a tirania dos quartéis. Conversa de 171, corrige a exumação dos fatos. Entre o mergulho na clandestinidade e o dia em que foi presa, Dilma sonhou com a troca da ditadura militar pela ditadura comunista, trocou de marido (uma vez), trocou de organização (duas) e trocou de codinome (várias). Mas a ficha policial não registra uma única e escassa troca de chumbo com tropas inimigas.


Em 2005, quando foi despejado da Casa Civil, o mensaleiro que saía saudou a “camarada de armas” que chegava. A dupla talvez não saiba exatamente a diferença entre gatilho e culatra. O guerrilheiro de festim combateu a ditadura entrincheirado no balcão do Magazine do Homem, em Cruzeiro do Oeste, interior do Paraná. Depois de libertada, Dilma seguiu lutando como comerciante em Porto Alegre. A loja de artigos masculinos resistiu a Dirceu. A lojinha 1,99 não sobreviveu à gerente.

Cinismo de uma incapaz

Por Marcela Balbino - Folha de S.Paulo

"Só não atrasa obra quem não faz", diz cinicamente, a candidata Dilma no sertão.

A presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva percorreram, nesta quinta-feira (21), o sertão de Pernambuco para vistoriar obras da transposição do rio São Francisco. Eles passaram por Cabrobó e Floresta, cidades cortadas pelo projeto, para gravar imagens para a propaganda eleitoral.

Em entrevista à imprensa, Dilma rebateu críticas sobre o atraso na entrega do projeto dizendo que 'só não atrasa obra quem não faz'.

'Aqueles que nunca fizeram obra no Brasil, que nunca deixaram obras atrasadas, são aqueles que nunca planejaram', afirmou a candidata.

O ex-presidente Lula não conversou com os jornalistas.

Dilma atribuiu o atraso à complexidade do projeto. 'Acho que uma parte [do atraso] significou a chamada curva de aprendizagem. A segunda parte é a complexidade da obra. [Ela] é maior do que se supõe, principalmente quando você considera que não é pura e simples abertura de canais, mas é estação de bombeamento', afirmou a presidente. Com a alteração da agenda, a viagem se resumiu à visita da presidente às obras da transposição. Dilma e Lula almoçaram em Floresta com os operários do empreendimento.


QUESTÕES SENSÍVEIS


peterpan spaccaEm época de campanha eleitoral todos fogem das chamadas questões sensíveis. O repórter que fizer uma dessas perguntas vai perder o amigo. É como se não fosse de bom tom formular tais questões. No entanto, são elas que possibilitam ao eleitor formar um perfil dos políticos que postulam seu voto.

 Habitualmente, e quase sem exceção conhecida, os candidatos se escondem desses temas discursando sobre o que são favoráveis. Políticos adoram falar sobre o que gostam, aprovam, respeitam, querem ver protegido. E nisso, muito provavelmente, todos estarão de acordo: gostam do povo, de pegar criancinhas no colo, se interessam em promover os mais necessitados, querem que haja emprego e moradia para todos. Querem educação de qualidade e um serviço de saúde padrão Fifa. Ou seja: todos sonham com o paraíso aqui mesmo e o prometem disponível logo ali, em janeiro do ano que vem.

 Mas isso e nada são a mesma coisa. Numa sociedade de massa, num país onde mais de 100 milhões de eleitores irão expressar suas escolhas, a imprensa cumpre papel importantíssimo no esclarecimento e na formação das decisões de voto. Disse alguém, com pelo menos boa dose de razão, que o jornalismo ou é investigativo ou não é jornalismo. Outro alguém disse que se o jornalismo não desagrada governantes não é jornalismo. E digo eu algo que também já foi dito: se o jornalismo político não pressiona os candidatos para extrair deles o que eles não querem dizer, presta à democracia um serviço inaproveitável.

 As perguntas mais necessárias são as mais indigestas. O senhor é a favor ou contra o aborto? Qual sua opinião sobre a redução da maioridade penal? O senhor concorda com nosso sistema de progressão de regime aos condenados? Qual sua opinião sobre invasão de propriedades privadas ou públicas? Como o senhor reagiria em situações de tumulto associado com vandalismo ou terrorismo? O que pensa sobre posse e porte de armas? Qual deve ser o limite da tolerância? Como esse limite funciona em relação a grupos intolerantes? As leis de cotas raciais são convenientes ou inconvenientes ao país? O senhor é a favor ou contra a adoção da meritocracia no serviço público? Como se combina meritocracia com leis de cotas raciais? Qual sua opinião sobre o sistema tributário nacional? O Brasil é, de fato uma Federação que respeita a autonomia dos Estados e municípios? Convém ao país a presença de militantes partidários em posições de confiança nos órgãos da administração pública e nas empresas estatais? Parece-lhe razoável que o partido governante, seja qual for, influencie ideologicamente as relações internacionais do Brasil? O Itamaraty é lugar de partido político? Como a questão dos direitos humanos deve influenciar as relações externas do Brasil? Qual sua opinião sobre as atuais demarcações de reservas indígenas e de áreas para quilombolas? Parece-lhe bom ao país e à sociedade que as chefias do Estado, do governo e da administração sejam confiadas à mesma pessoa?


Essa lista é pequena fração da que efetivamente, ao longo dos próximos 45 dias, deveria ser respondida por todos os candidatos, de modo especial, pelos candidatos aos cargos de presidente da República e de membros do Congresso Nacional. Infelizmente, só ouviremos o que não interessa saber e nada saberemos daquilo que realmente importa para o exercício correto de nosso dever cívico.

Réu da Lava Jato liga tesoureiro do PT a grupo de Youssef

Por VEJA

João Vaccari teria feito contato entre fundos de pensão e o doleiro preso como pivô do esquema

João Vaccari Neto, bancário, tesoureiro do PT, ex-presidente da Bancoop, em 2010
João Vaccari Neto, bancário, tesoureiro do PT, ex-presidente da Bancoop, em 2010 (Sergio Dutti/AE/VEJA)
Num depoimento prestado à Polícia Federal, um dos integrantes do esquema investigado na Operação Lava Jato afirmou que o secretário nacional de finanças do PT, João Vaccari Neto, era um dos contatos de fundos de pensão com a CSA Project Finance Consultoria e Intermediação de Negócios Empresariais, empresa que o doleiro Alberto Youssef usou para lavar 1,16 milhão de reais do mensalão, segundo a PF. Vaccari é tesoureiro do partido desde 2010 e considerado um dos homens mais próximos ao ex-presidente Lula e articulador do ministro das Relações Institucionais, Ricardo Berzoini. Relatório da PF já apontava que o tesoureiro procurou o doleiro na sede de uma das empresas usadas por Youssef,

"João Vaccari esteve várias vezes na sede da CSA, possivelmente a fim de tratar de operações com fundos de pensão com Cláudio Mente", relatou o advogado Carlos Alberto Pereira da Costa, apontado como laranja de Youssef e do ex-deputado federal José Janene (morto em 2010). Preso desde março pela Lava Jato, ex-sócio da CSA Project, situada em São Paulo, decidiu colaborar espontaneamente com as investigações em troca de eventual benefício judicial.

Ele é réu em duas ações penais, uma sobre remessas fraudulentas do laboratório Labogen para o exterior, outra de lavagem de dinheiro de Janene por investimentos em uma empresa paranaense. Carlos Alberto foi ouvido no dia 15 na Superintendência Regional da PF no Paraná. A PF, em outro documento, diz haver indício de que Vaccari estaria intermediando negócios de fundos de pensão com a CSA e uma outra empresa ligada ao doleiro, a GFD Investimentos.

Vaccari é réu em ação criminal sobre suposto desvio de 70 milhões de reais da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop). O Ministério Público o denunciou por formação de quadrilha, estelionato e lavagem de dinheiro.

Propina - O colaborador disse que dirigentes da Petros, fundo de pensão da Petrobras, receberam propina para que o fundo fizesse um investimento de interesse do grupo de Youssef, acusado de chefiar esquema bilionário de lavagem de dinheiro.

Segundo ele, o ex-gerente de Novos Negócios da Petros Humberto Pires Grault foi um dos beneficiários de 500.000 reais, que teriam sido pagos como "comissão" para que o fundo de pensão adquirisse, entre 2005 e 2006, uma cédula de crédito bancário de 13 milhões de reais. Grault é ligado ao PT, partido que o teria indicado ao cargo. A CSA Project, segundo disse, foi responsável pelo contrato com a Petros. A cédula adquirida pelo fundo de pensão referia-se a créditos que a Indústria Metais do Vale (IMV) teria a receber de outra empresa, a Siderúrgica de Barra Mansa (SBM), por um projeto de ferro-gusa.

Carlos Alberto disse que um saque de 500 mil da IMV foi usado para fazer pagamentos em espécie aos que participaram do negócio. Além de Grault, teriam recebido parte desse dinheiro Cláudio Mente, da CSA, além de funcionários da Petros. Ele contou ter sido informado por Mente que, no fundo de pensão, "seriam beneficiados Humberto Grault e o diretor que estaria acima dele na estrutura da empresa". Disse que não se recorda do nome do outro suposto beneficiário.

Carlos Alberto relata várias operações supostamente ilícitas de empreiteiras com o doleiro Youssef, entre elas contratos sem prestação de serviços. "Em 2012 ou 2013 viajaram a Hong Kong Matheus de Oliveira, Leonardo Meirelles e João Procópio a fim de resolver problemas ligados a abertura de contas; recorda-se de terem sido feito contratos entre a GFD e as empresas Mendes Junior, Sanko e Engevix, também visando transferências financeiras, sem qualquer prestação de serviços."

Apartamento - O advogado contou ainda ter sido informado de que Youssef se apropriou de recursos de Janene no exterior. Relatou que o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa também preso pela Lava Jato, era recebido por Janene "em seu apartamento".

Segundo ele, Adarico Negromonte, irmão do ex-ministro das Cidades Mário Negromonte, atuava como um dos agentes que faziam transporte de dinheiro para operações do doleiro no exterior. "Em determinada oportunidade os dois foram para o Peru levar dinheiro em espécie", afirmou.

(Com Estadão Conteúdo)

Mulher ganha prótese dentária antes de gravar com Dilma

Dilma e Lula em Batatinha: presente a Dona Nalvinha
Dilma e Lula em Batatinha: presente a Dona Nalvinha (Bruno Cabroeira/Futura Press)
Em agenda no Nordeste nesta quinta-feira, a presidente-candidata Dilma Rousseff visitou obras da transposição do rio São Francisco, em Pernambuco, e também a cidade de Paulo Afonso, na Bahia. No sertão baiano, gravou imagens para sua campanha na casa de Dona Nalvinha, moradora da Comunidade Batatinha e beneficiária do programa federal Água para Todos. Reportagem do jornal Folha de S. Paulo informa nesta sexta-feira que, antes de receber a presidente, Nalvinha, ou Marinalva Gomes Filha, de 46 anos, foi contemplada com uma prótese dentária. “Tudo o que tenho aqui foi a Dilma que me deu”, afirmou a baiana ao jornal – inclusive, a prótese dentária, segundo ela.


Para sorrir na propaganda presidencial, Nalvinha recebeu dois dentes da frente. E não só isso: sua casa ganhou duas cisternas e o fogão a lenha foi ampliado, segundo o jornal. As reformas na residência são fruto de um programa firmado pelos governos federal e da Bahia com uma ONG local. Na Comunidade Batatinha, só Dona Nalvinha foi contemplada com os benefícios até agora. Pouco depois de o jornal questionar a campanha petista sobre a prótese de Nalvinha, a moradora mudou sua versão: afirmou ter sido chamada por um dentista da prefeitura. Segundo disse à Folha, ela ouviu do profissional que colocaria os dentes "para receber a presidente Dilma".

Ministra do STJ vota a favor de Ustra


Em julgamento de recurso do coronel Ustra, relatora observou que Lei da Anistia pacificou o País e permitiu à sociedade olhar para o futuro.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) iniciou nesta quinta-feira, 21, o julgamento do recurso especial do coronel da reserva Carlos Alberto Brilhante Ustra contra decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo, que o reconheceu como responsável por torturas contra presos políticos nos anos da ditadura. Ao apresentar seu voto na abertura da sessão, a ministra Nancy Andrighi, relatora do processo, defendeu o pedido do coronel e a extinção da ação.

De acordo com a ministra, a ação declaratória contra o militar não tem procedência. Nancy lembrou que ele também foi beneficiado pela Lei da Anistia de 1979. Destacou passagens da lei e afirmou que seu objetivo principal foi a pacificação nacional após o fim da ditadura.

De acordo com informações publicadas no site Migalhas, especializado em questões jurídicas, a ministra disse que a lei foi “um passo importante e necessário para romper definitivamente com aquele triste passado, para reescrever a história pensando no futuro”.

O caso está sendo julgado pela 3.ª Turma do STJ, que conta atualmente com quatro ministros. Ao comentar o voto da relatora, o defensor do coronel, advogado Paulo Esteves, disse que ela seguiu o que determinam as leis do País. “Prevaleceram a Constituição e a Lei da Anistia”, afirmou.

Ustra comandou o Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), do 2.º Exército, entre setembro de 1970 e janeiro de 1974. Segundo a Comissão Nacional da Verdade, aquele foi um dos principais centros de tortura de presos políticos no período da ditadura.

Em 2008, os ex-presos políticos César Augusto Teles, Maria Amélia Teles e Criméia Alice Schmidt de Almeida, que foram torturados nas dependências daquela instituição militar, recorreram à Justiça para obter uma declaração legal apontando o coronel como responsável pelas violências. Queriam o estabelecimento de uma relação de responsabilidade civil entre os fatos relatados por eles e o militar.

O caso chegou ao Tribunal de Justiça de São Paulo em 2012. Saiu dali a primeira decisão judicial de segunda instância, desde o fim da ditadura, em 1985, que declarou oficialmente que um agente do Estado foi responsável por torturas. Segundo os desembargadores paulistas, o coronel Ustra não cumpriu sua obrigação legal de preservar a integridade física e moral de pessoas mantidas sob a custódia do Estado.

A ação cível, sem pedido de indenização, prisão ou suspensão de aposentadoria, foi a brecha legal encontrada pelas vítimas de torturas para atingir o coronel. Em todas as tentativas anteriores de responsabilizá-lo por violações de direitos humanos, seus advogados já haviam recorrido à Lei da Anistia, com sucesso.

A decisão da ministra Nancy não constitui uma novidade no cenário jurídico. De maneira geral, as cortes superiores têm defendido que todos os agentes públicos acusados de violações de direitos humanos foram beneficiados pela Lei da Anistia.

Pesa no comportamento das cortes a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que, ao julgar um questionamento feito pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), sobre o alcance da lei, afirmou que beneficiou também os agentes públicos. Segundo o advogado Joelson Dias, que defende os ex-presos, a decisão do STF não é definitiva e o julgamento no STJ tende a ser favorável à familia Telles.



STJ iniciou o julgamento do recurso do coronel Ustra conta decisão do TJ/SP

Por Portal Terra
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) começou nesta quinta-feira a julgar o recurso do coronel da reserva do Exército Carlos Alberto Brilhante Ustra contra decisão da Justiça de São Paulo que o declarou como torturador por crimes no período da ditadura entre 1970 e 1974.

Dois dos quatros ministros que integram a Terceira Turma entenderam que é possível exigir reparação do Estado em qualquer momento, no entanto, a Lei da Anistia (6.683/1979) impede qualquer punição aos militares. Após os votos da ministra Nancy Andrighi e do ministro João Otávio de Noronha, um pedido de vista do ministro Paulo de Tarso Sanseverino interrompeu o julgamento. Não há data prevista para a retomada.

Em 2012, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) manteve decisão da primeira instância, proferida em 2008, que responsabiliza o militar pelas torturas cometidas no Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi).

A ação foi proposta por Maria Amélia Teles, o marido César Augusto Teles e a irmã Crimeia de Almeida. Eles foram presos em 1972 e torturados no DOI-Codi.



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Observação do site   A Verdade Sufocada
A publicação  acima se refere, unicamente, ao cel Ustra, entretanto, o Portal Terra, na  mesma matéria, publica em Saiba Mais três assuntos, dando a entender que os mesmos se referem ao cel Ustra, o que é absolutamente falso.

1 - Saiba Mais:




2 - Veja agora como o Cel Ustra nada tem a ver com estes três assuntos:

A - Restos mortais de Rubens Paiva foram jogados ao mar, conta coronel

Às vésperas do Ministério Público Federal (MPF) denunciar os agentes do regime envolvidos na morte do ex-deputado Rubens Paiva, ocorrida entre os dias 20 e 22 de janeiro de 1971, um coronel reformado, de 76 anos, afasta as dúvidas que restavam acerca do destino do ex-deputado. "Ele saiu para o mar", garantiu o oficial em entrevista ao jornal O Globo. Segundo ele, recebeu a missão ao baixar à Seção de Operações do Centro de Informações do Exército (CIE), acostumado, como ele diz, a "consertar cagadas" de militares de outros órgãos da repressão. A ordem de dar um fim definitivo a um corpo enterrado dois anos antes nas areias do Recreio dos Bandeirantes veio do "gabinete do ministro", em 1973. "Pelo estado do corpo, não posso dizer de quem era, nem cabia a mim identificá-lo. Mas o nome que ouvi foi o de Rubens Paiva", recorda-se.
O coronel contou que montou uma equipe de 15 homens, disfarçados de turistas, e passou 15 dias abrindo buracos na praia — as escavações eram feitas dentro de uma barraca — até encontrar o corpo ensacado. "De lá, ele (o corpo) seguiu de caminhão até o Iate Clube do Rio, foi embarcado numa lancha e lançado no mar. Estudamos o movimento das correntes marinhas e sabíamos o momento certo em que ela ia para o oceano", disse.

B - Coronel desmente versão oficial sobre desaparecimento de Rubens Paiva

O general reformado do Exército Raimundo Ronaldo Campos apontou em depoimentos à Comissão da Verdade do Rio de Janeiro, no final de 2013, que o Exército montou uma farsa sobre o desparecimento do ex-deputado Rubens Beirodt Paiva, que sumiu no dia 20 de janeiro de 1971, depois de ser levado para a carceragem do Destacamento de Operações de Informações do 1º Exército (DOI-I), no Rio de Janeiro. As informações são do Jornal Nacional.
À época, o Exército afirmou que Paiva foi resgatado por seus companheiros quando era transportado por agentes do DOI no Alto da Boa Vista

C - Coronel do regime militar diz que morreu 'o quanto foi necessário'

Foi só quando o carro embicou no pátio do Arquivo Nacional, no Centro do Rio, e o corre-corre da imprensa se amontoando ao seu redor começou - "Chegou!" - que as dúvidas sobre se o coronel reformado Paulo Malhães de fato apareceria se dissiparam.
Aos 76 anos, Malhães foi carregado do carro para a cadeira de rodas que havia solicitado para comparecer à audiência pública da Comissão Nacional da Verdade (CNV), cercado de fotógrafos e cinegrafistas.
O ex-agente do Centro de Informações do Exército (CIE) chegou acompanhado da esposa, vestindo um terno bege e um óculos escuros de aro dourado - que fez um repórter ao meu lado comentar que parecia o ex-ditador líbio Muanmar Khadafi.
Outra repórter arriscou puxar uma entrevista - "Você não se arrepende?" - gritou, mas a cadeira de rodas era empurrada às pressas para a sala de depoimento, que seria fechada à imprensa. Malhães nem olhou para trás.



PF cumpre sexta fase da Operação Lava Jato no Rio


Polícia Federal
Polícia Federal dá continuidade à Operação Lava Jato
Arquivo/Agência Brasil
A Polícia Federal (PF) cumpre hoje (22) 11 mandados de busca e apreensão e um mandado de condução coercitiva em continuidade à Operação Lava Jato, deflagrada no dia 17 de março deste ano. A ação faz parte da sexta fase da operação.

Todos os mandados estão sendo cumpridos no Rio de Janeiro. As medidas foram requeridas à 13ª Vara Federal de Curitiba pelos integrantes da força-tarefa do Ministério Público Federal, em conjunto com a PF. O mandado de condução coercitiva é para que a pessoa seja ouvida em depoimento, mas não presa. Depois de ser ouvida, ela é liberada imediatamente.

A Operação Lava Jato tem por objetivo desarticular organizações criminosas envolvidas em esquema de lavagem de dinheiro suspeito de movimentar R$ 10 bilhões em diversos estados. O principal envolvido é o doleiro paranaense Alberto Youssef, mas depois outros nomes foram surgindo, como o do ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. Ele é considerado suspeito de receber propina de Youssef para facilitar negócios na estatal. 


De acordo com a Polícia Federal, o ex-diretor da Petrobras cumpre prisão preventiva desde 11 de junho em presídio do Paraná, expedida para prevenir o risco de fuga.