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quinta-feira, 14 de agosto de 2014

‘Morrer de Brasil’

Por Vlady Oliver

Há quase trinta anos me lembro de ter chorado diante do monitor de tevê. Antonio Britto acabava de anunciar a morte do Dr. Tancredo Neves. Recebi aquela notícia num misto de desesperança e abandono cívico. Muitos não entendiam a extensão de minha tristeza. Era como se o país pretendido e desenhado por ele fugisse das mãos, esvaindo-se entre os dedos. Lembro-me, depois das primeiras manifestações de todo o entorno político da época, de ter perguntado à minha mãe: “Está vendo este quase garoto aqui?” Disse isso apontando para o discursante efusivo e emocionado na telinha. “Pois guarde bem este nome que um dia ele será o presidente do Brasil. Referia-me a Aécio Neves.

Pois bem; o tempo passou. Com ele se foram as presidências, vieram Sarney, Collor, Itamar, FHC, Lula e Dilma; morreram o cruzeiro, o cruzado, Ulysses, Teotônio, Covas, Guel Arraes e o próprio Britto. Nasceram o Plano Real e as lideranças populistas. Morreram também a decência e a dignidade de um país que prometia mais que o rombudismo em que ora vivemos. Morreram a oposição, os opositores e o discurso oposicionista. Nem sei mais dizer por que, naquele arroubo de emoção e tristeza, via naquele político ainda tão jovem e longe da trajetória de um grande estadista as características necessárias para presidir um país tão distante como aquele que ainda amávamos e conhecíamos.

Pois é. Hoje, ao ligar a tevê tantos anos depois, eu me deparo com a morte súbita e trágica de Eduardo Campos. E volto a sentir aquela mesma sensação de abandono e desesperança que tive, trinta anos atrás. Nem era seu eleitor, mas me pergunto: por que o Brasil é assim, fadado a naufragar sempre que a república insiste em prevalecer? Por que perde seus líderes e representantes tão antes do tempo? Muitos verão uma conspiração por trás dessas mortes. Também vejo, mas é de outra origem e substância. Ninguém abateu o avião de Campos, assim como ninguém matou Tancredo Neves. Eles morreram de um misto de improvisação, indolência, falta de planejamento e gestão de crises que os invadiu e que assola o país desde que me conheço por gente. Eles morreram de Brasil.

Se é que isto serve de consolo para as famílias enlutadas em trajetórias diferentes, em épocas diferentes, mas que deixam aqui na gente o mesmo gosto amargo da impotência. Por que se foram? Sabe-se lá os desígnios que escrevem esta história e o que nos reservam seus capítulos mais intensos e pujantes. O fato é que o país, mais uma vez, perdeu um homem que não merecia morrer tão cedo, simplesmente porque ninguém merece morrer tão cedo, vítima de sua própria labuta e do gigantismo de seus atos. É uma perda e tanto. Que o país saiba se recompor. Que a oposição encontre finalmente uma luz para que se imponha como a vontade dos bons e dos honestos, tão vilipendiados por aqui. Que a crise seja a oportunidade. E que sigamos em frente, sem dúvida. Ele gostaria disso.



A profecia de Nostradamus: o destino é imprevisível


Com a trágica morte de Eduardo Campos, que altera repentinamente todo o cenário eleitoral brasileiro, vem à mente reflexões sobre o quão imprevisível é a história e o futuro. Há sempre aqueles que tentam abraçar algum tipo de determinismo, de teoria que deixa de fora o acaso, o imponderável. O próprio marxismo caiu nessa tentação, a despeito do uso do termo “científico” ao lado de socialismo.

Resgato, para contribuir com tais reflexões, um texto em que coloco em xeque todos os “profetas”, justamente para reforçar a ideia de que o destino, ninguém conhece!

A profecia de Nostradamus

“O primeiro adivinho, o primeiro profeta foi o primeiro embusteiro que encontrou um imbecil.” (Voltaire)

A mente humana costuma partir em busca de confirmações de suas teorias mais do que em busca de fatos ou argumentos que derrubem essas teorias. Focamos mais nos acertos que nos erros. Faz parte da natureza humana, e é preciso um exercício constante, que exige esforço e atenção, para evitar essa tentação. As teorias conspiratórias, em especial, conquistam ainda mais, e qualquer pseudo-evidência é suficiente para que se tenha convicção dela. Por estas razões é que, na ciência, se busca refutar as hipóteses levantadas, em vez de confirmá-las.

Como diz Karl Popper, “não importa quantos cisnes brancos você veja ao longo da vida; isso nunca lhe dará certeza de que cisnes negros não existem”. Para provar a teoria de que existem apenas cisnes brancos, é necessário buscar cisnes de outras cores, e não confirmar que só conhecemos cisnes brancos. Basta um cisne preto ou de qualquer outra cor para derrubar a teoria toda. Os “profetas” costumam explorar a tendência humana de evitar tal postura, e ainda abusam de linguagem ambígua e vaga, justamente para que os crédulos possam ajustar os fatos às suas profecias.

Nostradamus é um grande exemplo disso. Sua fama de profeta com capacidade premonitória se alastra até os nossos dias, e, no entanto, seu histórico de “acertos” é sofrível. Nostradamus nasceu em 1503, e recebeu licença para praticar a medicina em 1525. Entretanto, parece que ele se sentiu mais inclinado ao ocultismo. A principal fonte de suas inspirações mágicas teria sido um livro intitulado De Mysteriis Egyptorum. Os versos de seu livro Profecias são escritos em estilo tortuoso e obscuro.

Para evitar perseguição, sob a acusação de feitiçaria, Nostradamus alega ter misturado deliberadamente a seqüência cronológica das profecias, de modo que seus segredos não fossem desvelados aos não-iniciados. As roupas transparentes do imperador, não custa lembrar, só podem ser vistas pelos inteligentes. Quem não consegue ver é culpado de burrice. Nostradamus conseguiu fama com extraordinária rapidez pela França e toda a Europa, lembrando que a maior parte da população era analfabeta. As críticas partiam sobretudo dos médicos, que acusavam Nostradamus de estar aviltando sua posição profissional. Não é difícil entender o motivo.

Mas Nostradamus conseguiu coisas que os demais médicos não tinham acesso. Durante os dois últimos anos de sua vida, por exemplo, a proteção real garantiu a Nostradamus uma existência repleta de favores e honrarias. Além disso, Nostradamus conseguiu bons lucros com seus “dons”. Nostradamus teria dito: “Deus imortal e os anjos bons concederam aos profetas o poder da predição”. Mas, curiosamente, sua capacidade de conhecer o passado era bem limitada. Tomando por base os dados da Bíblia, Nostradamus fez cálculos e chegou à conclusão de que o mundo existia desde 4.757 anos antes do nascimento de Cristo.

Quando é para acertar algo que já aconteceu e que temos como checar de forma objetiva, o profeta não passa de um adivinhador qualquer, que erra feio. Quando se trata de presságios, são sempre sombrios, prevendo desgraças, e de forma totalmente vaga, para permitir que as vítimas adaptem o máximo possível os fatos a estas profecias. A natureza humana costuma ser atraída por previsões catastróficas, que mexem com o temor pela morte. O Apocalipse bíblico é prova disso. As projeções de Malthus também. O Armagedon assusta, e por isso conquista.

Se alguém resolver perder algum tempo lendo algumas profecias de Nostradamus com um olhar mais crítico, verá que não dizem absolutamente nada de concreto, que possa ser checado de fato. São previsões totalmente vagas, como esta: “O líder terceiro cometerá atos mais execráveis que Nero. Quanto sangue de pessoas valentes fará correr! Ele reerguerá os fornos do sacrifício. A ‘Era de Ouro’ é uma era de morte. O novo potentado é um escândalo”.

O que isso realmente quer dizer? Vários intérpretes atribuíram esses versos à Revolução Francesa. Alguns acham que ele falava de Hitler. Mas a questão é: ele realmente diz algo objetivo que possa ser julgado honestamente? Claro que não. Podemos forçar um pouco aqui, espremer um pouco ali, e adotando os conceitos que nos interessam, concluir que Nostradamus era um grande profeta, que sabia o que iria ocorrer séculos à frente. Não é mais emocionante? Sem dúvida. Mas não quer dizer que seja mais verdadeiro…

Quase todas as suas “profecias” vão à linha de catástrofes, antecipando guerras, mortes, desgraças e assassinatos. Como se Nostradamus nem vivesse numa época onde tais desgraças eram parte do cotidiano! Minha dúvida é porque ele, com tanto poder, não foi capaz de antecipar coisas realmente inusitadas para a sua época. Já pensou se o “profeta” diz, com todas as letras, que uma inovação tecnológica chamada Internet irá revolucionar o mundo, reduzindo absurdamente a distância entre as pessoas?!

Isso sim seria algo que chamaria a minha atenção. Mas ficar prevendo guerras e assassinatos, de forma totalmente abrangente, até uma criança é capaz. E não faltarão crédulos desesperados para crer, que darão um jeito de filtrar os fatos de forma a encaixar nestas profecias. Nostradamus não foi o primeiro, tampouco o último a explorar essa fraqueza humana. Como Voltaire disse, “o mundo esteve cheio de sibilas e de Nostradamus”. Segundo o filósofo, somente o Corão conta duzentos e vinte e quatro mil profetas!

Ainda hoje, mesmo com todo o avanço do conhecimento humano, que reduziu bastante a ignorância na qual estava mergulhado o mundo de Nostradamus, não são poucos os profetas que fazem previsões fantásticas sem compromisso algum com a realidade. Tem profeta para todo tipo de gosto – e de bolso. Tem aqueles que jogam pedras, viram as cartas, observam a borra do café, lêem as mãos, apelam para a magia, observam os astros, enfim, inúmeras formas diferentes para enganar mais um coitado desesperado por conforto.

Tem inclusive um profeta barbudo dos mais impostores que, alegando utilizar o método científico, adotou o determinismo histórico e antecipou o fim do capitalismo! Este profeta ainda conta com muitos seguidores, totalmente dominados pelas emoções, como sempre acontece quando se trata de profetas. Eles ainda esperam a profecia se realizar, mesmo que ela pareça cada vez mais distante. No fundo, é o desejo de crer na profecia que torna o profeta tão adorado. O que as pessoas desesperadas não fazem em busca de um pouco de fuga da realidade!

Vide o mais famoso escritor brasileiro, chamado pretensamente de “mago”, que chegou a afirmar que a magia era mais útil para prever os acontecimentos econômicos do que os estudos dos especialistas. Nostradamus fez escola. Aqueles que desejam acreditar focam apenas nos raros acertos, ainda que previstos de forma vaga, e ignoram a grande quantidade de erros. Como um bom advogado, o cérebro às vezes vai à busca apenas da confirmação da tese inicial, não da verdade. Mas também como um bom advogado, ele é mais admirável pela sua capacidade de realizar esta tarefa do que por sua virtude.

A verdade é sacrificada pelos interesses imediatos. Enquanto existirem crédulos ingênuos, iremos conviver com profetas. Pelo que podemos presumir, ainda vamos ter que aturar profetas por muito tempo… Eis a profecia que faço!

Vidente Carlinhos diz quem ganha as eleições de 2014
COINCIDÊNCIA APENAS???




Vidente Carlinhos, após ter acertado resultado da copa, revela quem ganhará as eleições de 2014. Vejam o vídeo de quando ele fala dos jogos do Brasil, do Neymar sair do jogo e mais...

Notem o que ele fala com relação a classificação dos candidatos (05min22seg)... 
1º Lugar - Aécio Neves
2º Lugar - Dilma Roussef
3º Lugar - Marina Silva (???)... e aquele candidato do Pernambuco...

..."E outra coisa, a partir do dia 13 agora, o Brasil virá o caos!!!"

Coincidência???

Quatro perguntas sobre o impacto da morte de Campos na corrida eleitoral

Brasileiros assistem a reportagens na TV sobre morte de Campos (Reuters)
Acidente com Cessna do candidato gerou choque e injetou incertezas na corrida eleitoral
A morte do ex-governador pernambucano Eduardo Campos gera uma série de incertezas para a corrida eleitoral deste ano - talvez as mais relevantes delas, neste momento, se a ex-senadora e presidenciável Marina Silva, vice na dobradinha, continuará na disputa e passará à cabeça da chapa para disputar o pleito.

Marina, que terminou as eleições de 2010 com 19% dos votos, é creditada por aportar uma parte importante do apoio dos eleitores à candidatura do PSB. Campos ocupava o terceiro lugar na disputa, atrás da presidente Dilma Rousseff (PT) e do senador Aécio Neves (PSDB).

Por outro lado, analistas ouvidos pela BBC Brasil apontam que ela não circula com a mesma desenvoltura por círculos ideológicos diferentes, incluindo setores influentes do ponto de vista do financiamento de campanha.

A ex-senadora ainda não indicou o que pretende fazer.

Para explorar os diferentes cenários, elaboramos algumas perguntas sobre os possíveis impactos da morte de Campos para a disputa eleitoral.

Quem pode assumir o lugar de Campos na chapa?

Segundo a legislação eleitoral, o partido de Campos poderá escolher outro candidato em até dez dias. A candidatura terá de ser respaldada pelas direções dos partidos que se coligaram com o PSB na disputa à Presidência: PHS, PRP, PPS, PPL e PSL.

O candidato poderá ser do PSB ou de qualquer um desses partidos, desde que todos estejam de acordo. Entre os nomes mais cotados está o da ex-senadora Marina Silva, atual vice da chapa. Marina se filiou ao PSB após a Justiça Eleitoral rejeitar a criação de seu partido, a Rede Sustentabilidade.

No entanto, a relação entre Marina e dirigentes do PSB é delicada. Cabia a Campos harmonizar posições divergentes entre a vice e o PSB.
Se por um lado a morte de Campos a torna a candidata natural do PSB para a disputa, por outro, unificar o partido – e as demais siglas da coalizão – em torno de seu nome será um grande desafio.

Marina pode, ainda, abrir mão da disputa. A ex-senadora ainda não disse qual será sua posição.

Para onde vão os eleitores dele?

Na última pesquisa do Ibope, divulgada na semana passada, Campos aparecia com 9% das intenções de voto. Segundo analistas, seus votos não têm um herdeiro óbvio – nem mesmo se Marina Silva assumir a cabeça da candidatura.

Apesar da aliança com Marina, muitos dos seguidores de Campos expressam reserva com a vice.

"Campos circula melhor que a Marina entre os eleitores, porque não tem um discurso associado a dois perfis de eleitor muitos distintos: o evangélico e o ambientalista", diz Silvana Krause, professora de Ciência Política da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Por outro lado, caso se candidate, Marina poderia recuperar votos de eleitores que a apoiaram em 2010, mas planejavam votar em Dilma ou Aécio em 2014. A ex-senadora terminou em terceiro lugar naquela eleição, com 19% dos votos.

Para Krause, os eleitores de Campos que não aderirem a uma eventual candidatura de Marina deverão se dividir entre Dilma e Aécio pelos seguintes critérios: a petista deve herdar os votos de eleitores de centro-esquerda, preocupados com políticas sociais, enquanto o tucano ficará com os votos dos eleitores antipetistas, com perfil mais conservador.

Qual será a posição dos doadores da candidatura do PSB?
Marina Silva (AFP)
Marina é vista com reserva pelos empresários do agronegócio
Bem relacionado com empresários, Campos havia recebido até agora R$ 8,2 milhões em doações para a disputa de 2014, segundo a primeira parcial divulgada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Dilma recebeu R$ 10,1 milhões, e Aécio, R$ 11 milhões.

A morte dele lança dúvidas sobre a capacidade do PSB de manter o fluxo de doações.

As três empresas que até agora mais doaram para Campos são do ramo do agronegócio: a Atasuco, fabricante de sucos e aromas, doou R$ 1,5 milhão, a JBS, maior produtora de carnes do mundo, doou R$ 1 milhão, e o mesmo valor foi doado pela Cosan, gigante do setor de açúcar e biocombustíveis.

Caso Marina assuma a cabeça da chapa, é improvável que empresários do agronegócio mantenham o nível de doações, já que a candidata é vista pelo setor com reserva.

Com menos doações, uma eventual campanha de Marina teria de ser mais modesta.

De que forma a morte afeta as coligações do PSB nos Estados?

Segundo a cientista política Silvana Krause, da UFRGS, as alianças costuradas por Campos para eleições estaduais não deverão ser alteradas, mesmo que Marina assuma a cabeça da chapa.

Em busca de nacionalizar sua campanha, Campos aliou-se a candidatos de outros partidos em disputas para governos estaduais. As negociações geraram atritos com Marina, que rejeitava alianças com partidos não alinhados ideologicamente com a candidatura.

Em nota divulgada em junho, a Rede Sustentabilidade, grupo político de Marina incorporado pelo PSB nesta eleição, anunciou que a ex-senadora só participaria de atividades de candidatos a governos estaduais apoiados pela Rede.

A Rede ainda não disse se a morte de Campos altera esse quadro.

Para Krause, a tendência é que, caso assuma a candidatura do PSB, Marina só busque o apoio de candidatos cujas alianças ajudou a negociar.

Decisão do STF sobre bloqueio de bens de ex-diretores da Petrobras indica que Graça cairá em desgraça

 
Vida que segue, o Passadilma parece cada dia mais próximo. Não adianta a petralhada usar a trágica morte de Eduardo Campos e seu longo velório como motivo para tentar conter os efeitos midiáticos de escândalos capazes de abalar a República Sindicalista do Brazil. Tudo indica que a próxima grande vítima da conjuntura de falcatruas será Maria das Graças Foster. Assim que o Tribunal de Contas da União  confirmar o bloqueio de seus bens, ela terá de ser exonerada da presidência da Petrobras pela amiga Dilma Rousseff.

Ontem, no azerento dia em que Eduardo Campos morreu e o sortudo Ricardo Lewandowski foi eleito oficialmente presidente do Supremo Tribunal Federal, o ministro Gilmar Mendes decidiu confirmar a decisão do TCU de bloquear os bens de ex-diretores da Petrobras envolvidos na compra da refinaria de Pasadena, no Texas, EUA, em 2006. O péssimo negócio, referendado pelo Conselho de Administração da empresa, que era presidido por Dilma Rousseff, gerou um prejuízo de pelo menos US$ 792,3 milhões. Como Graça era diretora de óleo & gás na época do negócio, também vai entrar na dança e perder o emprego.

Gilmar Mendes destacou que as supostas irregularidades detectadas na operação são graves e justificam a medida tomada pelo TCU. “Não se está diante de caso corriqueiro, mas de situação excepcional, considerados não apenas os enormes prejuízos ao Erário, mas também a sucessão de graves irregularidades encontradas. Assim, a decretação cautelar da indisponibilidade dos bens dos administradores envolvidos, em análise inicial, típica de exame liminar, mostra-se cabível e até mesmo recomendável na hipótese em exame, ante o risco de frustração da utilidade do processo administrativo em curso na Corte de Contas”.
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Graça é cabra marcada para perder a presidência da Petrobras. Embora tenha recorrido previamente ao STF para não ter bens bloqueados, Graça tende a ser atingida pela decisão de Gilmar, que já deixou nas entrelinhas: “Quantos aos pedidos de ingresso na lide, na qualidade de litisconsortes ativos, feitos por Maria das Graças Silva Foster, Jorge Luiz Zelada, José Orlando Melo de Azevedo e Alberto da Fonseca Guimarães, consigno que os examinarei posteriormente, em momento oportuno, tendo em vista que a autoridade impetrada (TCU) ainda não se pronunciou sobre o assunto”.

Agosto ainda reserva muitos desgostos aos petistas. Quem viver verá...


Lula Ilusionista


Impugnado


Nossos Pêsames, Família Campos!


Estes sentirão de verdade a perda do pai, Eduardo Campos...

Chega de 13!

Eduardo Campos tem 13 letras.

O avião caiu dia 13 de agosto – mês agourento.

O DDD de Santos é 13.

A confirmação da morte foi feita às 13 horas.

A data do primeiro turno das eleições é dia 05/10/2014, se você somar ,0 + 5 + 1 + 0 + 2+0+1+4=13.


Tanta coincidência numerológica serve apenas para lembrar que já passou da hora de tirarmos do poder a Perda Total – sinônimo prático do Partido número 13.

Gilmar Mendes mantém bloqueio de bens de ex-diretor da Petrobras


O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu hoje (13) manter a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) que determinou o bloqueio dos bens do ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli. Na mesma decisão, Mendes deixou de analisar o pedido da presidenta da estatal, Graça Foster, para evitar o bloqueio. O ministro vai analisar a questão após manifestação do TCU no processo.

No dia 23 de julho, o TCU determinou que  ex-executivos da estatal devolvam aos cofres públicos US$ 792,3 milhões pelos prejuízos causados com a compra da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, entre eles Gabrielli. No caso de Graça Foster, mesmo não tendo sido incluída na decisão, a defesa da presidenta antecipou-se ao julgamento do TCU para evitar o bloqueio.

Na decisão, Gilmar Mendes informa que a decisão liminar que determinou o bloqueio dos bens foi acertada, em função das supostas irregularidades que foram encontradas na compra da refinaria. “Essa breve reconstrução dos fatos, analisados com rigor pelo acórdão do TCU, demonstra que não se está diante de caso corriqueiro, mas de situação excepcional, considerados não apenas os enormes prejuízos ao Erário, mas também a sucessão de graves irregularidades encontradas". disse.


Na manifestação enviada ao Supremo, o TCU disse que o bloqueio dos bens de Gabrielli e de outros ex-diretores da Petrobras é necessário para garantir o ressarcimento dos valores.

O dono do mundo

Por Alexandre Borges
soros 
Há 84 anos, em 12 de agosto de 1930, nascia em Budapeste Schwartz György, depois renomeado George Soros, o mais bem sucedido gestor de fundos multimercados da história.

Ele nasceu numa família de judeus não-praticantes numa época conturbada em que a Hungria, durante a década de 30, tinha estreitas relações com a Alemanha nazista e a Itália fascista. Em 1940, o país entrou formalmente no Eixo, permanecendo até o fim da Segunda Guerra. Temendo que a família fosse perseguida e eventualmente morta, o pai de George Soros subornou um oficial húngaro para que ele hospedasse George dentro de sua casa e apresentasse o rapaz como seu afilhado cristão. A função deste funcionário do governo húngaro, de nome Baumbach, era encontrar judeus, denunciar para as autoridades responsáveis pelas deportações para campos de concentração e confiscar seus bens. Em muitas dessas ações, o jovem George, rebatizado como Sandor Kiss, acompanhava o padrinho. Sobre isso, numa entrevista para a CBS em 1998, Soros disse que era um mero espectador e não sentia qualquer remorso, além de revelar que foi o período mais feliz da sua vida porque, mesmo com tanto sofrimento em volta, ele se sentia protegido.

Com 17 anos, George Soros se muda para Londres e mais tarde nasce o financista. Em 1959, vai para Nova Iorque e, dois anos depois, consegue a cidadania americana. Ele vive intensamente os anos 60 nos EUA e a contracultura, que marcaram sua visão de mundo para sempre. Nessa época, fica íntimo do autor socialista Michael Harrington e passa a frequentar seu círculo de amigos. O livro mais conhecido de Harrington, o libelo esquerdista “The Other America”, foi lido e elogiado publicamente pelo presidente democrata Lyndon Johnson, que ele dizia ter influenciado seu governo e suas idéias de redistribuição de renda via estado.

Em 1992, ficou mundialmente famoso por ter “quebrado” o Banco da Inglaterra, faturando na operação 1 bilhão de euros. Assim como sua carreira como financista é conhecida, sua influência política é ignorada ou abafada. Neste mesmo ano de 1992, Soros confessa que seus gastos com suas fundações para influenciar a política e a sociedade já ultrapassava US$ 300 milhões anuais.

Seu principal executivo na Soros Foundation Network era ninguém menos que Aryeh Neier, fundador da Students for a Democratic Society (SDS), o maior e mais radical grupo de esquerda dos EUA nos anos 60, do qual uma dissidência nasceu o Weather Underground, grupo terrorista de inspiração comunista liderado por Bill Ayers, o lançador da carreira política de Barack Obama. Atualmente, Ayers se tornou especialista em educação e suas idéias estão ajudando a implementar nos EUA o Common Core, o polêmico sistema integrado e unificado de padronização educacional do país comandado pelo governo federal.

Soros é, possivelmente, o indivíduo sem cargo eletivo mais influente do mundo. Possuidor de uma fortuna pessoal estimada em US$ 13 bilhões e administrando US$ 25 bilhões de terceiros, é tão poderoso no Partido Democrata americano que no programa humorístico Saturday Night Live foi chamado de “dono” do partido. E na prática não é nada muito diferente disso. Dentro do Partido Democrata, candidatos independentes, não ligados a Soros, são cada vez mais raros.

Rebuilding Economics: George SorosSoros se vê como um missionário das próprias utopias e não conhece limites para usar sua fortuna quase sem paralelo para influenciar a política, a imprensa e a opinião pública em diversos países, especialmente os EUA. Como ele mesmo disse, “minha principal diferença de outros com uma quantidade de recursos acumulados parecida com a minha é que não tenho muito uso pessoal para o dinheiro, meu principal interesse é em idéias.” Soros também revelou que seu sonho era escrever um livro “que durasse o mesmo que nossa civilização” e que ele valorizaria isso mais do que qualquer sucesso financeiro. Ele já lamentou que mudar o mundo é muito mais difícil do que ganhar dinheiro. Num livro de 1987, disse que já tinha se achado uma espécie de deus mas que depois se convenceu que seria mais como uma mistura de John Maynard Keynes com Albert Einstein.

Sua idéias políticas incluem uma oposição à supremacia política e econômica dos EUA, que ele considera um impeditivo para a criação de uma sociedade “global”, com interesses comuns e supranacional. Num livro de 2006, afirmou que os EUA são a grande fonte de instabilidade do mundo. Segundo ele, os americanos são nacionalistas demais e ignoram os principais problemas do planeta, que poderiam ser resolvidos com “cooperação internacional”. Para ele, se os EUA não forem o tipo “correto” de líder mundial, o país vai se autodestruir.

Não por acaso, Soros é um grande entusiasta da zona do Euro e sonha com uma integração política na Europa sucedendo a integração econômica, mesmo que sem acabar formalmente com os estados nacionais, mas transformando todos em satélites dessa “sociedade aberta”. Ele crê que as nações são fontes eternas de instabilidade e só a criação de instituições supranacionais poderá trazer equilíbrio ao mundo, o que ele chama de “aliança”. A idéia é um pesadelo para qualquer democrata, mas uma utopia desejável para mentes fanáticas. O pai de George Soros, Tivadar, era um entusiasta do Esperanto, uma risível tentativa de criação de um idioma global.

Soros defende também que, a despeito dos bons resultados econômicos do capitalismo, o sistema de livre mercado é incompetente para resolver desigualdades sociais, o que é uma mentira facilmente demonstrável. Não há um único ranking da The Heritage Foundation que não prove, ano após ano, que os países mais livres são não só os mais prósperos mas também os que provêm mais riqueza e mobilidade social para os cidadãos de baixa renda (http://www.heritage.org/index/).

Na visão de Soros, o empreendedorismo é algo falho e incompleto e que deveria ser substituído pela idéia de “empreendedorismo social”, uma mistura entre a busca de lucros e “justiça social”. Alguma diferença do que pensa Barack Obama? Não que eu saiba. Soros acredita também que o terrorismo deve ser combatido com mais diplomacia e medidas pontuais, que levem em consideração as motivações e reivindicações dos terroristas, e é radicalmente contra ações militares para o combate ao terror. Alguma diferença do que pensam vários bocós, inclusive da direita? Não que eu saiba.

Sobre Israel, ele diz que não é um sionista e que a questão palestina deveria ser resolvida também com mais diplomacia, citando as tentativas de Jimmy Carter e Bill Clinton, que teriam sido torpedeadas por conta de um lobby poderoso da American Israel Public Affairs Committee (AIPAC), a principal associação pró-Israel dos EUA. Alguma diferença do que pensam vários “analistas isentos” da imprensa que culpam Israel por tudo de ruim que acontece no Oriente Médio? Não que eu saiba.

Há 30 anos, Soros mantém a Open Society, nome tirado de um livro de Karl Popper. A Open Society é uma ONG bilionária destinada a influenciar a opinião pública e a política no mundo. Ela está presente em mais de 70 países é tão poderosa que, em alguns regimes, é considerada um “governo informal”.

Nos EUA, mantém o poderosíssimo Media Matters, que dá o tom de praticamente toda imprensa americana, além de ser o principal financiador do The Huffington Post, um ícone da esquerda mundial. A Open Society é inspirada pela idéia do filósofo francês Henri Louis Bergson que acreditava num mundo com valores morais “universais” e não de sociedades “fechadas”, o que influenciou vários pensadores que até hoje criticam os ideais do pais fundadores da nação americana e do “excepcionalismo americano”.

As agendas políticas promovidas e patrocinadas financeiramente por George Soros e suas fundações partem do princípio de que os EUA são uma nação opressora e violadora dos direitos humanos, que suas ações militares são fruto de racismo e intolerância com outros povos, o que seria, na avaliação de Soros, algo historicamente relacionado à sociedade americana. Muitas dessas fundações e ONGs constantemente pautam a imprensa com denúncias contra o governo dos EUA, muitas delas promovendo processos judiciais contra o país.

Soros financia também inúmeros grupos defensores de “valores progressistas”, de “redistribuição de renda”, o que inclui o recrutamento e treinamento massivo de candidatos a cargos eletivos, militantes, ativistas e lobistas. A idéia central é expandir ao máximo os programas assistencialistas e o welfare state para corrigir o que ele vê como “imperfeições” do capitalismo. Algumas dessas organizações miram diretamente na imprensa, no sistema judiciário, o que inclui a formação de juízes, e em instituições religiosas, treinando clérigos.

Outras agendas políticas importantes incluem a flexibilização das fronteiras dos EUA e facilitação das regras de imigração, além de oposição a toda ação militar americana (classificadas como “imorais” e desnecessárias), cortes no orçamento militar, ambientalismo e ativismo feminista radical, mais poder para organizações globais como a ONU, legalização das drogas e da eutanásia, “anti-sionismo”, além do financiamento bilionário de candidatos do partido democrata.

Ele também financiou vários movimentos revolucionários e insurgentes no mundo. Nos anos 90, se orgulhava de ter patrocinado a derrubada de governos como os de Vladimir Meciar, Franjo Tudjman e Slobodan Milosevic. Na Geórgia. ajudou a derrubar o governo de Eduard Shevardnadze. Na Ucrânica, é associado a grupos que lutam contra a dominação russa. Pode parecer um contra-senso, mas Soros é um opositor das nações “isoladas” e sonha com um mundo “aberto”, sem fronteiras, por isso apoia a esquerda no Ocidente e é opositor dela na Ásia.

Soros é tão próximo de Bill Clinton que alguns dos mais importantes ocupantes de cargos públicos no seu governo são considerados indicações diretas dele. Em 2004, gastou tudo que podia para tentar impedir a reeleição de George W. Bush mas não conseguiu.

Em dezembro de 2006, George Soros recebeu Barack Obama em seu escritório em Nova Iorque. Duas semanas depois, Obama revelou que seria candidato a presidente dos EUA e, uma semana depois, George Soros anunciou publicamente que apoiava sua indicação nas primárias contra Hillary Clinton, o que parecia uma maluquice na época. O resto é história. Hoje ele apóia Hillary para a próxima eleição presidencial.

O número de fundações, ONGs, sindicatos e veículos de comunicação que recebem dinheiro de George Soros ou de suas fundações é tão vasto que só um incansável pesquisador como David Horowitz para catalogar e publicar no seu portal “Discover the Networks”. Se você tiver curiosidade, é só clicar aqui: http://www.discoverthenetworks.org/individualProfile.asp?indid=977

Publicado na Reaçonaria.




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Alexandre Borges é diretor do Instituto Liberal.

A Liga dos Camponeses Pobres

Por Carlos I. S. Azambuja

No governo Lula as entidades sem fins lucrativos vinculadas à reforma agrária já receberam R$ 549 milhões. O MST, que é o grupo responsável pelo maior número de invasões de propriedades rurais, segundo levantamento da CPI da Terra, recebeu desde o ano 2000 mais de R$ 34 milhões do governo federal e, nesse período, comandou 1.267 invasões. O MST, que não existe como pessoa jurídica, valeu-se de três entidades sem fins lucrativos para receber esses recursos: a Associação Nacional de Cooperação Agrícola (ANCA), a Confederação das Cooperativas de Reforma Agrária (CONCRAB) e o Instituto Técnico de Capacitação e Pesquisa de Reforma Agrária (ITERRA)” (“Mais Verbas, mais Invasões”, O Globo de 18 de junho de 2006).

Inicialmente deve ser assinalado que a Liga dos Camponeses Pobres é o braço camponês da Liga Operária Camponesa-LOC (uma cisão da organização Ala Vermelha que, por sua vez, já era uma cisão do Partido Comunista do Brasil), uma organização de linha maoísta. Pode ser assinalada a existência da Liga dos Camponeses Pobres no Norte de Minas Gerais, no Centro-Oeste de Minas Gerais e a Liga dos Camponeses Pobres de Rondônia. Todas essas organizações tiveram origem nas Comissões Camponesas de Luta (CCL) que começaram a surgir no ano 2000.

Segundo o INCRA, a Liga dos Camponeses Pobres (LCP) do Norte de Minas Gerais possui 19 acampamentos e administra três assentamentos, reunindo cerca de 1.500 famílias. Esse número, no entanto, segundo militantes do Movimento Estudantil Popular Revolucionário-MEPR (braço estudantil da Liga Operária Camponesa) que participaram do 3º Congresso da LCP, em setembro de 2003, em Jaíba/MG, seria de quatro mil famílias em 52 acampamentos.

O MEPR, segundo o site www.estudantesdopovo.hpg.ig.com.br, foi constituído num Encontro realizado no período de 29 de abril a 1 de maio de 2001, por um grupo de militantes maoístas que rompeu com o “reformismo” do Movimento Revolucionário Oito de Outubro (MR-8) e da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES) no Congresso dessa entidade, realizado em 1995 em Goiânia. Esses estudantes decidiram não mais participar da UBES e da União Nacional de Estudantes (UNE). Em 2000, no I Encontro Nacional dos Estudantes do Povo, em que foi constituído, o MEPR, em uma declaração, assinalou que se guia por dois princípios: “servir ao povo de todo o coração” e“ser tropa de choque da revolução”.

Em março de 2003, no Rio de Janeiro, um grupo de cerca de 30 militantes do MEPR, com pedras e coquetéis molotov protestou no centro da cidade contra a guerra no Iraque; quebraram vidros do Consulado dos EUA, apedrejaram carros da Polícia Militar e lançaram explosivos contra o prédio da representação diplomática. Agências bancárias, do Banco do Brasil e Banco Itaú, e uma lanchonete da rede McDonald’s também foram alvos de ataques. Quando da baderna, panfletos do MEPR com o título “Viva o heróico povo iraquiano. Morte às tropas assassinas norte-americanas”, foram distribuídos.

Em 20 de abril de 2003, um grupo de cerca de três mil pessoas da Liga dos Camponeses Pobres invadiu em massa a terra indígena Uru-eu-wau-wau, localizada no município de Montenegro, região de Ariquemes, em Rondônia, colocando em estado de alerta os 300 índios que vivem na área. Segundo as autoridades locais, o grupo está fortemente armado. A invasão foi denunciada pelo Conselho Indigenista Missionário (CIMI).

Em 23 e 24 de novembro de 2003 foi a vez da LCP de Rondônia realizar seu III Congresso, na cidade de Jaru, com a presença de cerca de 700 pessoas, além de um movimento de mulheres denominado Movimento Feminino Popular e de estudantes do Movimento Estudantil Popular.

A Liga dos Camponeses Pobres do Centro-Oeste (LCP-CO), por sua vez, realizou seu I Congresso nos dias 13 e 14 de dezembro de 2003, em Patrocínio, Minas Gerais, com a presença de cerca de 300 camponeses, após três anos de organização tendo por base as Comissões Camponesas de Luta.

Diversas outras organizações participaram do Congresso na condição de convidadas: a LCP de Rondônia, LCP do Norte de Minas, organizações classistas de Belo Horizonte, Movimento Estudantil Popular e Revolucionário (MEPR), Escolas Populares, Movimento Feminino Popular (MFP), cujos pronunciamentos colocaram em evidência a realização do Congresso como “um salto na construção da revolução agrária no Brasil”, assinalando “a necessidade da aliança operário-camponesa para libertar o Brasil do latifúndio, do imperialismo, e construir uma verdadeira democracia”.

E porque era o mês de dezembro, os participantes do Congresso se anteciparam e comemoraram o dia 26, data de nascimento de Mao-Tsetung em 1893. Numa breve intervenção, um dos coordenadores da Liga dos Camponeses Pobres destacou “os grandes feitos do Presidente Mao ao mobilizar e guiar milhões de camponeses e operários chineses na luta contra o latifúndio, a burguesia e o imperialismo, derrotando-os e construindo a República Popular da China; a tenacidade com que levou às últimas conseqüências a luta contra o revisionismo e o oportunismo, e com que conduziu a Grande Revolução Cultural Proletária abrindo caminho para o triunfo da revolução mundial sobre o imperialismo”.

Em 19 de agosto de 2004, quarenta e três sem-terra, integrantes da Liga dos Camponeses Pobres do Centro-Oeste, foram presos durante a desocupação da Fazenda Floresta Salitre, no município de Patrocínio, região do Alto Paranaíba mineiro. A propriedade estava ocupada desde fim de maio por cerca de 110 pessoas. De acordo com a Polícia Militar, os sem-terra resistiram à ordem de reintegração de posse, cujo prazo havia vencido no dia anterior, e atacaram os policiais com coquetéis molotov e bombas caseiras.

Durante o conflito, 12 trabalhadores rurais e três PMs sofreram ferimentos leves. Os sem-terra - 41 homens e duas mulheres - foram autuados em flagrante. Foram apreendidos com os invasores quatro revólveres, munição, 18 bombas incendiárias, 40 rojões, 32 facões e 52 facas.

A Liga Operária Camponesa classificou de "barbárie e selvageria" a ação da PM.
Cerca de três meses depois, em 6 de dezembro de 2004, cerca de 100 integrantes da Liga dos Camponeses Pobres do Centro Oeste, invadiram a sede da Superintendência em Minas do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA-MG), na região centro-sul de Belo Horizonte. Originários das regiões do Alto Paranaíba e Triângulo Mineiro, os sem-terra - entre eles, mulheres e crianças - chegaram ao local em dois ônibus, com colchões e cobertores e se espalharam pelas dependências do Instituto.

Após a ocupação, os invasores bloquearam as três entradas do prédio, impedindo a saída dos cerca de 150 servidores. Os funcionários foram dispensados, mas só deixaram a sede do órgão no final da manhã, depois de solicitada a presença da Polícia Militar e da Polícia Federal. Ou seja, um seqüestro – considerado crime hediondo – que deixou de ser punido!

O superintendente do INCRA-MG, Marcos Helênio, disse que "a Liga é diferente dos outros movimentos, que têm uma pauta sobre reforma agrária. A pauta deles tem conotação política, feita por pessoas despreparadas", observou. "Eles não querem fazer uma discussão sobre reforma agrária, eles querem fazer uma discussão sobre revolução agrária".

Em Rondônia, segundo levantamentos feitos pelo INCRA, existem pelo menos nove diferentes grupos de sem-terras, além de outros que não são conhecidos por siglas e bandeiras. Em meio a esses grupos, a LCP tenta angariar militantes para uma "revolução agrária", com a bandeira de "morte ao latifúndio". A LCP tem, no Estado, cerca de mil militantes acampados em seis diferentes áreas, sob o controle de Jânio Batista do Nascimento (“Camarão”), um dos coordenadores da LCP.

O grupo divulga suas ações num jornal intitulado "Resistência Campesina", impresso numa gráfica do município de Jaru e vendido a R$ 1 entre os colonos. Um dos exemplares do jornal, em 2003, comemorou "o avanço da guerra popular no Nepal", a "resistência iraquiana contra os invasores imperialistas" e "os 55 anos da gloriosa Revolução Chinesa". O jornal relata ainda um confronto com a Polícia Militar em União Bandeirante (RO), no qual afirma "ter botado a PM para correr" e critica "a aliança do MST ao latifúndio" e "o imperialismo dos EUA por trás do governo Lula". Refere-se ao governo Lula como “governo do FMI/PT”.

A direção da LCP afirma ser contrária à reforma agrária, porque "só a revolução agrária libertará", e admite utilizar armas na disputa pela terra. "Não pegamos em armas por enquanto porque ainda não precisou. Mas não sei, com o passar do tempo, do jeito que as coisas vão...", diz “Camarão”.

O 4º Congresso da Liga dos Camponeses Pobres do Norte de Minas foi realizado em Manga/MG dias 18 e 19 de junho de 2005 com a presença de cerca de 2.500 pessoas. Antecedendo o Congresso foi realizado um desfile tendo à frente motocicletas, cavalos, charretes e carroças, em quatro colunas que se estendiam por cerca de um quilômetro, com pessoas empunhando bandeiras vermelhas.

Em 8 de junho de 2006, cerca de cem famílias organizadas pela LCP ocuparam a sede da fazenda Sapecado/Antinha, no município de Perdizes/MG.

A Liga dos Camponeses Pobres é, segundo o INCRA, apenas mais um dos cerca de cem grupos organizados de sem-terras atuantes em todo o Brasil.

Ela, a Liga, propala abertamente que não quer a reforma agrária. Quer uma revolução agrária! E vem desenvolvendo atividades nesse sentido. Pessoas já morreram e pessoas vão morrer. E o INCRA, o governo, os deputados, os senadores, os juízes e a presidente da República não podem alegar que não sabiam.

Esclarecimento: A “Lei da Anistia atirada no lixo” é um artigo originalmente concebido pelo escritor Felix Meyer.

"Pela anistia se elimina não somente a punibilidade da ação, mas a sua própria existência como crime, isto é, as conseqüências penais que dele podem decorrer" (Mirador, Tomo 2, pg. 600 - Encyclopedia Britannica).

Essa máxima, que normalmente é respeitada em qualquer país que tenha conseguido pacificar sua população, não se aplica ao Brasil, embora o Congresso Nacional tenha aprovado a Lei 6.683/79, mais conhecida como "Lei da Anistia". Ou melhor: ela é aplicada sim, mas somente em benefício de antigos terroristas e "perseguidos políticos" de esquerda, nunca aos bravos cidadãos brasileiros que em passado recente defenderam o Brasil contra a sanha totalitária da hidra vermelha.

Criada pelo presidente Figueiredo, a Lei da Anistia cobre o período de 2 de setembro de 1961, data da renúncia de Jânio Quadros, a 15 de agosto de 1979, data da promulgação da referida Lei. Uma Lei que era para ser a base de uma confraternização da sociedade brasileira, hoje está inteiramente rota e suja, pisoteada por revanchistas marxistas raivosos, que a empunham apenas em proveito próprio, negando seu alcance aos adversários de ontem.

A mais nova vítima da safadeza esquerdista, que se prolonga há mais de uma década, foi o delegado aposentado da Polícia Federal, João Batista Campelo, proibido de ocupar o cargo de assessor jurídico da Procuradoria da Câmara Legislativa do Distrito Federal, 24 horas após ter sido nomeado. Motivo alegado: Campelo é acusado de tortura durante a ditadura militar contra o ex-padre José Antonio Monteiro.

É certo que o Brasil tipificou a tortura como crime hediondo, com a criação da Lei 9.455/97, aprovada após o episódio ocorrido na Favela Naval, em São Paulo, quando policiais foram filmados batendo em pessoas paradas em uma "blitz", ocasião em que o policial "Rambo" matou com um tiro um cidadão após este ser liberado.

Inocente ou culpado, Campelo não poderia ser enquadrado pela lei da tortura de 1997, pois a Lei da Anistia, publicada há mais de 40 anos, "elimina não somente a punibilidade da ação, mas a sua própria existência como crime". Além do mais, uma lei só pode retroagir para beneficiar um indivíduo, nunca para prejudicá-lo.

Grupos como “Tortura Nunca Mais” e o projeto “Brasil Nunca Mais” da Arquidiocese de São Paulo estão esquecendo que a anistia não é um ato unilateral; é geral - cobre os dois lados. “Repudio atos de ódio e revanchismo político de grupos como o Tortura Nunca Mais porque, quando o Congresso votou a anistia, virou a página autoritária no pressuposto de que não voltaria atrás senão como referência histórica" (Senador Jefferson Peres, in "Jornal do Senado", abril de 1998).

Muitos brasileiros de bem - e seus familiares - já foram prejudicados pela onda revanchista que ainda impera no Brasil. O coronel Ustra não foi promovido a general porque a então deputada petista Bete "Rosa" Mendes, outrora pertencente a um grupo terrorista, a VAR-Palmares – como a presidentA Dilma -,  sem nenhuma prova, acusou o militar de torturador, quando este era Adido Militar no Uruguai, durante o Governo Sarney. O coronel Avólio foi exonerado do cargo de Adido Militar em Londres durante o Governo FHC devido ao mesmo tipo de acusação, também sem nenhuma prova. O general Fayad foi impedido de assumir cargo de direção no Exército e de exercer sua profissão, como médico, devido ao mesmo tipo de revanchismo. Durante uma campanha para eleições presidenciais, o Ministro Costa Couto, candidato a vice na chapa de Ciro Gomes, foi covardemente afastado. Crime alegado: havia trabalhado como assessor do SNI.

Afinal, tivemos nos governos de Lula e Dilma antigos guerrilheiros, a exemplo do cubano-brasileiro José "Daniel" Dirceu, que no passado foi integrante do grupo terrorista Movimento de Libertação Popular (Molipo), criado pelo serviço secreto de Cuba e de Franklin Martins, guerrilheiro que agora coordena a reeleição da presidentA e que, como José Dirceu, recebeu treinamento em Cuba e que, quando do seqüestro do embaixador dos EUA no Brasil, ameaçou que o embaixador seria “justiçado” se os presos solicitados em troca de sua liberdade não fossem libertados.

Por que a Lei da Anistia beneficia apenas terroristas, verdadeiros traidores da Pátria, que estiveram a soldo de uma ideologia criminosa estrangeira, totalmente estranha à cultura, à tradição e à religiosidade dos brasileiros? E ainda mais: os que, constitucionalmente, combateram o terror, vêm tendo que se explicar para uma tal (c) Omissão da Verdade, criada pela presidentA, ex-terrorista!

Não pára aqui a safadeza cometida pelas esquerdas que sonhavam ontem implantar no Brasil um regime do tipo soviético ou cubano. Após muito conchavo político e muita pressão sobre os congressistas, a malta conseguiu aprovar a Lei 9.140/95, que reconhece como mortas as pessoas desaparecidas em razão de participação, ou acusação de participação, em atividades políticas, no período abrangido pela Lei da Anistia.

Com base nessa Lei dos "desaparecidos políticos", foram concedidas polpudas indenizações a "perseguidos políticos" e a parentes de terroristas mortos durante a chamada “ditadura militar”. Além do terrorista Carlos Marighela, autor do "Minimanual do Guerrilheiro Urbano", bíblia de cabeceira de grupos terroristas como asBrigadas Vermelhas e o grupo Baader-Meinhoff, o sanguinário Carlos Lamarca, torturador (mandou matar o capitão da PM de São Paulo, Alberto Mendes Júnior, a coronhadas), ladrão de armamentos do Exército que jurou honrar com a própria vida, também foi enquadrado na elástica interpretação da "Comissão dos Desaparecidos Políticos", recebendo as respectivas famílias gorda indenização paga pelo erário - vale dizer, por você, contribuinte.

Isso prova, categoricamente, o grau de imoralidade que norteia a Comissão inicialmente presidida por "Numerário" Miranda, em assaltos cada vez mais freqüentes aos cofres públicos. Calcula-se que o total das indenizações já ultrapassa os R$ 3 bilhões.

Um dos beneficiados pela "piñata" brasileira foi Luiz Carlos Natal, chefe do gabinete do deputado Luiz Eduardo Greenhalg (PT/SP). Embolsou R$ 1.015.384,42 e terá pensão mensal de R$ 10.931,51.

Quem foi o idiota que disse que o crime não compensa?



Fonte: Alerta Total



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Carlos I. S. Azambuja é Historiador.